Rock Model escrita por lua_gaga


Capítulo 9
Capítulo 9 - Festinha




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Querida Huilen, eu sinto muita saudade, sabia? Eu nem acredito que não posso vê-la todo dia e que a ultima vez que nos vimos foi a quase um ano atrás... Você faz muita falta amiga, nunca pensei que seus sermões fossem tão necessários... Esses dias eu me apresentei em um pub. Você lembra que eu falei sobre uma grande reviravolta?  Pois é, amiga. É o quinto que eu toco em duas semanas, meus finais de semana são lotados.

Emmett disse que me ama e que eu sou a melhor irmã do mundo.

Claro que sou, ele depende de mim pra ter um vocal feminino, e vamos combinar, eu canto bem, né? Esses dias eu desfilei pra uma grife nova daqui. Minhas economias estão mais gordas do que nunca. Você acredita?

Carlisle não me deixa gastar nada do que eu ganho, ele paga tudo pra mim e dinheiro não falta pra ele. E ainda tem a herança... A metade é minha. Mas eu não curto muito, acho que vou deixar tudo pra Nessie. Falando nela, você sabe como ela está? Faz tempo que não tenho noticias, sempre que ligo pra Charlie ele diz que está preocupado com ela.

Não entendo o que se passa. Me mande noticias.

Hoje, mais precisamente as nove horas da noite, vai ser aniversário de Carlisle.  Na verdade já é aniversário dele, mas Esme nos fez prometer fingir esquecer. Ela está dando um gelo nele a três dias porque ele não lembrou de seu próprio aniversário, ele está sobrecarregado. Ela está pensando em fazer eles tirarem umas férias, mas eu duvido que ele queria.

Ele não quer me deixar, é capaz dele me levar junto pra sua próxima lua de mel.

Revirei os olhos instintivamente.

Por isso, eu tive a genial idéia, de dar de aniversário pra ele duas passagens de avião pra um hotel novo. Costumava ser uma casa privada, mas o morador idiota entendeu que com 103 quartos em uma casa, era muito melhor ela ser um hotel.

Na verdade, ela me chamou atenção pela beleza. Ela é um pequeno hotel, mas é maior que o palácio de Buckingham. Fica na Inglaterra. É lindo! Eu não vou fazer propagando pra você, vou fazer pro Carlisle mais tarde. Você já reparou que eu quase nunca chamo ele de pai? E que eu NUNCA chamei ele de pai?

Bom, eu te amo amiga linda, sinto sua falta.

Beijos.

Isabella Swan Cullen.

Fechei o notebook e encarei as passagens e estadias pagas na minha mesinha. Eu menti sobre nunca ter tocado no meio dinheiro, eu já toquei duas vezes. Pra pagar as passagens de avião e a estadia no hote e ainda, no meu aniversário. Eu acho aque aquele foi o jeito de minha mãe me presentear.

Ele, era realmente lindo! 

Fica em  Windlesham, na Inglaterra. Ela tem 234 mil metros quadrados de jardins e bosques e nisso tudo ainda tem quadra de squash, cinema, heliporto, salão de bailes, pista de boliche e lugar para oito limusines.

Minha próxima viagem de fim de ano vai ser pra lá, garanto.

 Mansão: http://201.63.6.108/azzi/newsletter/Azzi-NewsLetter/Imagem/casa16.jpg

Ela era uma das mais caras do mundo e a mais linda e cativante.

(N/A: gente, essa mansão na nossa rica vida real não é aberta ao publico e não é hotel coisa nenhuma. Porém, na fic, se eu quiser dizer que macaco da em árvore eu falo. Hahahaha)

Eu paguei um mês de estadia por lá e espero mesmo que ele aproveite. Eu tive que dizer quem eu era e de quem eu era filha e ele só me abriu essa pequena exceção, porque eu prometi um autógrafo e fazer propaganda. Decadente. Mas o quarto presidencial merece isso.

Me olhei no espelho e senti vontade de chorar. Isso era mais uma festa adolescente do que qualquer coisa. Eu estava vestindo um escarpim meia pata preto, com uma saia cintura alta brilhosa preta e uma blusa listrada preta e branca.

Eu estava linda, mas odiava fazer social na festa do meu próprio pai. Até Phil viria. Inferno!

Batidas ritmadas na porta me desapertaram. Era Edward. Ele estava com uma taça de vinho em uma mãe e na outra champanhe.   Ele sorriu lindamente pra mim e eu reparei no quão bonito ele estava com aquela roupa meio social dele.  Estava com uma camisa, grava e calça social, porém o casaco estava em seu braço.

Ele nem esperou eu mandar ele entrar, só entrou. Mania.

Ele se parou atrás de mim e olhou nosso reflexo no espelho. Eu observava calmamente seus movimentos, sem precisar – nem querer – dizer nada.

Ele me entregou a taça de vinho, fazendo seu corpo encostar levemente no meu e seus braços me abraçarem dã* pela cintura.  Ele colocou seu rosto na dobradura do meu pescoço e ficamos abraçados assim por um tempo. Amizade de homem é mulher é complicado.

Fazer carinho em uma amiga assim não rola, já sendo com um menino é diferente.

É o jeito deles de demonstrar carinho e é muito bom! Eu amo ficar assim com Edward. Não que ele faça muito, na verdade, nunca fez. Mas é muito bom!

“Estamos bem carinhosos hoje.” Comentei sorrindo.

Ele sorriu contra meu pescoço e deu um beijo estalado ali. Me fazendo arrepiar.

“Victória está lá embaixo. Com os Brandon...” mordi o lábio, chateada “Com James.”

Bufei. “Ela é uma idiota, Edward.”

“Eu sei.”

Beatiful soul. – Jesse Maccarney

(http://www.youtube.com/watch?v=GAG3hJ50_Vc)

Ficamos em silencio por um tempo e deu pra ouvir a música que tocava lá em baixo. Rimos.

“Vamos dançar?” disse me pondo de frente pra ele e largando as taças na mesa do notebook.

“Vamos, cavalheiro”. Sorri.

Começamos a dançar normalmente, como sempre fazíamos. Ele estava com as mãos na minha cintura e me guiava com perfeição. Eu coloquei minhas mãos em seu pescoço e ficamos ali, um tempo.

Ele me pegou pela mão e me fez girar, me puxando pra ele em seguida. Eu sorri. Ele me fez girar com ele, fazendo círculos pelo grande quarto, até ele bater no baú que ficava nos pés da minha cama e cair. Eu gargalhei quando cai na cama. Ele não teve a mesma sorte e caiu no chão.

Quando ele levantou estava com a testa arranhada e saia um pouco de sangue.

“Não danço mais com você!” acusou “Culpa sua.”

Eu gargalhei “Você que é distraído.”

Dei de ombros e fui procurar um pano para limpar o sangue do local “Sente-se aí, já volto.”

Ele sentou e tocou casualmente na testa, fazendo um som chateado quando viu o sangue. Revirei os olhos. Homens...

Voltei pro quarto com o esparadrapo que eu guardava sempre em meu banheiro. Eu era um perigo! Ele estava na cama, chateado. Eu sabia que era por causa da Victória.

“Não se fresqueie comigo” disse, já avisando, me sentando em seu colo logo em seguida “É pra limpar isso aqui. Se eu me inclinasse mostraria meus peitos.”

Edward riu “Que peitos, Bella?”

“Idiota” disse, limpando o machucado dele.

Eu podia senti-lo calmo em baixo de mim, depois de limpo eu fui sair dali, mas ele me impediu, me abraçando. Eu ri e o abracei também. “Quer um beijinho pra sarar?”

“No machucado!” completei, rápido, corando pelo que ele pode pensar.

Ele gargalhou “Pode ser.”

Fiz uma caretinha e dei um beijinho ali. Carinhoso e delicado. Como minha mãe fazia comigo.

“Minha mãe fazia isso comigo” dissemos isso em uníssono.

Eu ri. “estou andando demais com você, Edward.”

Ele riu também. Eu só notei que uma de suas mãos não estava mais na minha cintura e estava na minha coxa quando senti uma leve pressão embaixo de mim. Encarei Edward, mas ele olhava fixamente para minhas pernas de fora. Babando.

“Edward!” lhe chamei a atenção.

Ele me encarou constrangido e riu “Eu acho que estou muito na seca, Bella!”

Eu revirei os olhos “Idiota! Que está achando que sou? Água?”

Ele riu e me encarou intensamente “Ta mais pra vinho.”

Eu ri e tirei sua mão que AINDA estava na minha coxa “Eu acho que você está necessitando ficar com alguém.”

Ele riu “Sim! Se não é capaz de eu agarrar você.”

Eu gargalhei “Ta a fim de relembrar o dia do meu aniversário?”

“Tipo um flashback?” perguntou, rindo.

“Sim.” Gargalhei.

“Era uma boa...” comentou.

Eu pulei de seu colo. “Ta, já perdeu a graça” ele riu “Vamos?” lhe estendi a mão para ele levantar ele ao invés de levantar me fez cair na cama, ele subiu pra cima de mim rapidamente, prendendo minhas mãos em cima de minha cabeça. “Edward!” gritei, chateada “Que pensa que está fazendo?”

Ele gargalhou. “Não está mesmo pensando que eu vou agarrar você, está?”

Eu corei. “Estou sim! Quer que eu pense o que?” perguntei irritada, tentando esconder meu constrangimento.

E talvez... Decepção? Eu queria que ele me beijasse? Era isso?

Ele estava próximo demais de mim e me olhava divertido. Gostando de todo aquele meu constrangimento. Ele sempre brincou comigo, sempre fez esse tipo de brincadeiras, principalmente, em relação a nós dois.

Ele vivia dizendo que tinha uma melhor amiga modelo e que nunca pode dar uns pegas nela. Eu ria daquilo tudo, mas agora, me perguntava se não tinha uma essência de verdade naquilo tudo. E pior: me perguntava se eu também não queria dar ‘uns pegas’ no meu amigo guitarrista.

“Você é absurda, Bella” riu ele, beijando minha bochecha “Só gosto de te constranger.”

Revirei os olhos e me debati, querendo que ele me soltasse, ele perdeu o equilíbrio e caiu por cima de mim, me esmagando. Eu arfei. Quantos quilos ele pesa?

“Edward!” gritei, brava “Saaaaaaaaaaaai!”

Ele gargalhou e levantou, baixado minha saia e me puxando. Idiota!

“Eu vi seus paises baixos.” Ele sorriu amarelo “Pela milésima vez.”

“Ótimo!” disse me levantando, irritadiça “Então não te surpreende!”

Disse e me virei pra sair. Edward brincava tanto as vezes, que eu não sabia mesmo quando ele falava sério. Eu detestava isso.

Desci e Carlisle não havia chegado ainda, estava no hospital e ficaria lá até meia noite, acredito. Rose e Alice discutiam altamente em um canto e quando cheguei lá, só consegui ouvir algo como

“(...) Esse espinhaço é meu, deixe sua carne longe.” Sinceramente não estava com saco pra aquilo, então dei meia volta e dei de cara com Michael Newton.

Ele estava com seu pai e parecia tão entediado quanto eu, talvez até mais. Ele me enxergou e sorriu timidamente quando me viu encarando. Ele era legal pra mim, não pra Natasha, mas o que ele ra com ela, era problema dela – ou meu, dane-se.

Saí dali apressada e dei de cara com James e Victória se comendo na minha escada. Argh! Aquilo ali era uma língua mesmo? Jesus! Saí dali tremendo de nojo e fui até meu irmão que conversava com mais dois rapazes. Não faço idéia de quem sejam eles, só sei que conversavam animadamente.

Os dois garotos começaram a me comer com os olhos e Emmett bufou irritado vindo ao meu encontro.

Oh, ok irmão super controlador onn.

“Isabella!” disse ele pondo um braço possessivamente em minha cintura “Esses daqui são Nick e John.”

Instantaneamente me veio a história da Rose em minha cabeça e rosnei em sussurros por meu irmão: “Os da Rose?”

“Eles não fizeram nada, Bella, só estão te engolindo com os olhos!” esbravejou.

Revirei os olhos.

“Essa aqui é a minha irmãzinha” me apresentou “Isabella Swan.”

“Ahhhhhh!” disseram ambos “A filha da modelo?”

Eles perguntaram tão simetricamente que recuei um passo, fazendo Emmett rir “É, e filha de Carlisle também.”

“Ahhhhhh.” Disseram os dois em uníssono também.

“Ok...isso foi...realmente MUITO estranho.” disse, cortando “Divirtam-se.”

Saí de lá apressada e passei por uma Esme sorridente. Ela estava com um vestido preto perfeito, que lhe marcava o corpo até pouco acima do joelho, básico e não demasiado marcado.

Perfeito.

“Bella!” sorriu “Você está fantástica!”

“Obrigada!” disse, lhe sorrindo “Você está linda, Esme!”

“Oh” disse, constrangida “Bondade sua. Phil já chegou, ele está na ala norte da festa então trate logo de dar meia volta antes que ele lhe ache.” Sorriu ela.

“ok” disse trocando de rumo e voltando pra onde eu tinha ido.

Ela me acompanhou até uma parte e foi falar com a mãe de Victória. Revirei os olhos.

“Isabella Swan” comentou uma voz, suave atrás de mim “Tão linda você está!”

Olhei pra voz que me chamava e me deparei pra uma senhora parecida comigo. Mais velha, claro, bem mais velha. Mas ela era estranhamente loira e com olhos castanhos marcantes.  Ela usava um vestido bege que marcava suavemente sua silhueta até a cintura e depois descia plissado até os joelhos, usava um salto alto e seu corpo bem conservado era delineado e bonito.

“Desculpe” disse, levemente constrangida “Não conheço a senhora.”

“Nem esperava que conhecesse, meu bem” sorriu ela musicalmente pra mim “Seria demais até pra você!”

Sorri timidamente e ela segurou-me pela cintura, me conduzindo a umas poltronas mais afastadas do barulho. Ela era uma senhora simpaticamente estranha.

“Você está cada vez mais linda, meu bem, sinto imenso orgulho de você.” Disse sorrindo largamente.

“Está tão grande!” ela sorriu nostalgicamente “A ultima vez que vi você era tão novinha...”

“Er, me desculpe,” disse, mordendo o lábio inferior “Não quero ser indelicada... Qual é o seu nome?”

Seus olhos brilharam em um vivo estranhamente apagado. O brilho lhe rejuvenesceu uns cinqüenta anos. Me mostrando uma loira parecidíssima com Carlisle, se sua mãe não estivesse morta a tantos anos, diria que era ela.

“Meu nome é Jammie.” Sorriu.

“Ah” sorri meio sem jeito, constrangida com a espontaneidade do seu sorriso largo “Prazer.”

“O prazer é meu, meu amor” disse, feliz “E então? Curtindo a festa?”

“Oh,” disse hesitante “Mais ou menos...”

Ela estranhou minha expressão “Por quê?”

“Muita gente...” suspirei.

Ela gargalhou musicalmente. “Ora, meu anjo, achei que já estivesse acostumada.”

“E estou, mas não gosto muito...”

Ela sorriu e tocou automaticamente seu colar de ouro. Ele era uma maçã... Ei! Esse era o mesmo colar que eu tinha. Ela notou que eu o olhava e parou de mexer, sorrindo pra mim. “Ouça, meu bem, eu preciso falar com você...” ela sorriu “Não se assuste se você não compreender, querida, só me ouça”

Assenti e ela continuou “Eu preciso que você entregue seu colar por Michael.”

“Mas...” ela me interrompeu.

“Esse não é o seu, meu bem, é o dele. Futuramente ele entenderá melhor. E eu quero e necessito que você diga ao seu avô para ele deixar de ser um velho tão ranzinza!” gargalhou ela “Mande-o deixar de esconder e se prender a quem não vive mais entre ele, mande ele me deixa descansar. Peça pra ele assumir o que ele sente pra ‘sua bela dama’, diga a ele deixar de ser orgulhoso.” Sorriu me encarando com seus intensos olhos azuis “Eu não vou ser a ultima pessoa que você vai ver, querida, nem a primeira que você viu, mas não se assuste.” Sorriu encorajadora “Você é uma pessoa de muita beleza interior e sua vida não será fácil, você vai entender alguns sentimentos mais tarde.”

“Do que a senhora está falando?” perguntei, estranhando seu comportamento.

“De absolutamente nada” sorriu “Dê, por favor, um beijo no seu pai e, a propósito, ele vai ficar muito feliz com seu presente” piscou. COMO ELA SABIA? “E se você conseguir dizer a pequena palavra que ele tanto espera ouvir hoje, ele não caberá em si.”

Sorriu. Eu não entendia nada.

“Eu tenho que ir e saiba que você estar sempre com você, onde quer que você esteja, e sentirei saudades.” Sorriu “Eu amo você, minha querida neta, eu amo você.”

Eu estranhei estar chorando e estranhei saber que aquela estranha senhora falava a verdade. Eu não entendia direito o que estava acontecendo. Ela beijou o topo de minha cabeça e me entregou um anel com uma enorme turquesa sobre ele, delineado a ouro. “Entregue isso a ele, ele procurou durante muitos anos.”

Eu peguei o anel tremula e a abracei. “Por favor, vovó, não vá...”

Ela pareceu emocionar-se com o ‘vovó’ e me abraçou. “Eu devo ir, minha filha, mas não se preocupe, no encontraremos outras vezes.”

Eu me afastei dela, limpando uma silenciosa lágrima e assentindo, apertando fortemente o anel em minhas mãos.

“E, meu bem, seu colar estará sobre sua estante a hora que você subir” piscou “Digamos que eu sou boa em achar coisas...Tenha uma boa festa, meu amor e uma boa noite.”

“Boa noite,vovó.” murmurei quando já era tarde e ela sumia por entre as pessoas.

Me sentei ainda tremula e assustada no sofá, com uma sensação de contentamento tão grande no peito que parecia não caber em mim. Um tremor frio passou por o meu corpo, seguido de uma risadinha nervosa minha.

Coloquei o anel turquesa no dedo a fim de não perdê-lo. Era uma bela peça.

Fui atrás de Mike ou meu avô, o primeiro que aparecesse estava bom.

“Bella!” exclamou Michael.

Oh, ótimo! Seria mais fácil com o insensível de meu avô.

“Mike” sorri “Isso é seu.” Disse tirando minha corrente de meu pescoço e lhe entregando.

“Não, bells” riu ele “Não quero sua corrente.”

“Não é minha, Mike, ela é mesmo sua. Quem mandou eu lhe dar não me explicou porque.”

Disse lhe entregando em mãos a peça em ouro e dando um beijo em sua bochecha. “Até mais.”

Ele estranhou meu comportamento e pegou a peça entre suas mãos com visível estranheza. Eu ri.

“Bella!” chamou-me Jasper “Me salve!”

“O quê?” perguntei quando ele me puxava porta a fora.

“Como assim salvar você?” disse, ele me levava rumo a ala norte “Não! Aí não! Phil está por aí.”

Ele parou e me encarou “Alice está tentando me matar, Bella!”

“Como assim?” estranhei.

“Ela me agarrou!” disse, em pânico.

Eu gargalhei. “Era pra você estar feliz com isso.”

“Sim, deveria estar e estou” disse sorrindo, levemente “Mas ela está querendo me levar pro quarto!”

Eu gargalhei ainda mais alto “Era pra você estar contente! Você é o primeiro homem que reclama de uma mulher com um bom apetite sexual...”

“Bella!” ele me encarou, chateado “Eu sou virgem!”

“Ah.” Disse, chocada. Mordi o lábio inferior, reprimido uma risadinha “Vá até lá e conte pra ela.” Disse

“Ela está amnesiada, mas ela, com certeza, entenderá isso.”

Ele parou de me puxar e me encarou. “Tem certeza?”

“Absoluta.” Sorri, encorajando-o .

“Obrigada, Bellinha!” sorriu, me beijando a bochecha e me largando ali sozinha.

Suspirei. Será que eu ficaria assim a noite toda? Ta, eu briguei com Edward e tudo mais, mas será que ele está com Emmett e aqueles dois idiotas? Será que Rouyce estava aqui?

Revirei os olhos.

Ele não se atreveria. Vi Phil por entre as pessoas e ele me enxergou. Me fiz de boba e saí correndo dali. Me camuflei por entre as pessoas e fui para a varanda que tinha na frente de minha casa. Tinham umas pessoas por ali, grupos de outros adolescentes que também se chateavam com a quantidade de adultos ali presentes.

Apoiei minhas mãos na cera da varandinha e fiquei encarando a bela piscina que a propriedade Cullen possuía. Esperava ansiosamente um dia com sol. Só um, só pra eu poder dar uma festa naquela belo local.  Notei no grande anel que brilhava em minha mão. Era da exata cor da água na noite, um azul escuro profundo e intenso.

Era um anel com a cor dos olhos de meu avô. De um azul escuro e intenso.

“Eu não gostei de como você apareceu tão rápido pra mim, vovó” murmurei “Preferiria que você tivesse ficado mais tempo.”

Eu olhei pra cima e me deparei com a lua. Lua cheia. O céu era uma verdadeira preciosidade a noite, não tinha como não achá-lo no mínimo romântico ou apaixonante. Daí eu me pergunto: É ali que minha mãe está? Será que por entre essas estrelas que ela se encontra? Será que algum dia eu vou voltar a vê-la? Será que algum dia deixarei de ser brega?

Bufei e voltei minha atenção pra Ângela e Ben, eles estavam se beijando perto da piscina. Eu via o carinho que um sentia pelo outro, o amor presente ali. Ângela riu de alguma coisa que ele disse pra ela e jogou a cabeça pra trás em um movimento exagerado. Ben riu e segurou firme em sua cintura. Ela soltou-se dele e saiu correndo ameaçando levantar o vestido.  Eu ri quando ele a pegou e baixou seu vestido, dando um beijo estalado em sua nuca.

Eles ficaram olhando o céu, o mesmo céu que eu olhava a um tempo atrás.

Eu me sentia diferente quando estava com Mike... Eu não gostava dele, claro, mas não do jeito que Ang e Ben se gostavam, sabe? Suspirei pesadamente.

Senti alguém perto de mim, com um copo de vinho. Sorri.

“Oi, vovô.” Disse, feliz em vê-lo.

“Oi, Isabella.” Disse, sem ânimo. “Bella noite, não?”

Disse observando as estrelas.

“Linda.” Me virei pra ela e tirei, discretamente o anel do dedo “Vovô, uma pessoa falou comigo e pediu pra eu falar umas coisas pro senhor.” Sorri fraco “Só não se chateie comigo, só irei repetir.”

Ele me olhou com seus olhos lindos, turquesa e me analisou. Reparei seus olhos cauteloso sobre o colete preto e a calça social da mesma cor, me estudando.

“Fale, Bella” disse simples, bebendo seu vinho.

“A mulher que falou comigo mandou o senhor deixar de ser ranzinza e de ser tão orgulhoso” ele me encarou confuso e irritado e antes que em xingasse continuei “Ela pediu pra o senhor deixá-la descansar e que pare de se prender a ela.” Ele me encarou estranho e eu segui: “Também pediu pra o senhor assumir o seu amor pela ‘bela dama’” ele engasgou com o vinho.

Ele me olhou, mordendo o lábio inferior. “Ela disse mais alguma coisa?”

Fiz que não com a cabeça “Ela disse o seu nome?” perguntou ele com um fio de voz.

“Ela se chamava jammie, vovô.” Disse, olhando pro seu rosto.

Estava pálido e com uma leve expressão de dor no rosto, segurando uma lágrima que perigava cair. Eu o abracei. Ele me abraçou fortemente e quando me encarou seus olhos estavam vermelhos.

“Ela lhe mandou isso também.” Disse lhe entregando o anel.

Ele o estudou e sorriu nostalgicamente de algo. “Eu a pedi em casamento com isso...Ficou tantos anos desaparecido...Engraçado.” disse sorrindo e me fazendo sorrir “Eu a amei demais...”

“Ela também, vovô.” Sorri.

“É... amou sim.” Sorriu, mexendo cuidadosamente no anel “Eu dei turquesa porque azul era sua cor favorita”

Eu sorri. “E a cor de seus olhos” lembrei.

Ele riu “Também...” ele me encarou e pegou minha mão, pondo o anel no dedo do meio “Eu quero que fique com você, Bella, ela ficaria muito feliz com isso.”

“Mas, vovô... Era seu.”

“Não, não é seu.” Sorriu “Agora vá. O filho dos Masen está desesperado atrás de você.”

“Obrigada” disse olhando pro anel “Por tudo” lhe dei um beijo na bochecha e saí. Talvez minha noite não fosse tão ruim assim.

Fui até a porta da frente e faróis de um carro me cegaram. Ow, shit!

“GALEEEERA!” gritei o mais alto que consegui “É O CARLISLE! É O CARLISLE!” ri um pouco e completei “ATENÇÃO ISSO NÃO É UM TREINAMENTO!”

Saí correndo dali e pulei em meu pai que me beijou, animado pela minha animação.

“Ué, desde quando você é tão carinhosa assim?” sorriu ele.

Digo que tem uma festa surpresa, que minha avó me visitou e que eu ganhei um anel perfeito? Não.

“Não posso ficar feliz e cumprimentar meu pai animada?” sorri, indo em direção a porta sendo abraçada na cintura por ele.

Seus olhos brilharam quando eu disse a palavra pai.

“Pode e deve.” Sorriu “Gostaria de ser recebido assim todos os dias por você.” Disse, beijando o topo da minha cabeça.

“Vou pensar” ri.

“E por que você está vestida assim?” perguntou confuso “Vai sair?”

Eu ri e beijei sua bochecha quando já havíamos chegado na porta. “Quase isso.”

Abri a porta de supetão e todos lá dentro fizeram um coro de ‘SURPREEESA!”

Eu morri de rir da cara chocada do meu pai e de como Esme estava radiante com aquele bolo enorme cantando parabéns pra ele. “Eu te amo, papai, feliz aniversário” desejei beijando sua bochecha novamente e saindo dali.

Eu pude jurar ver uma suave lágrima cair de seus olhos, mas eu tinha que ir buscar as passagens no meu quarto. Sério, ele tinha que aceitar aquilo. Apesar de eu saber que ele faria. Vovó disse que sim.

Subi para o meu quarto e tirei os sapatos rapidamente. Eu não agüentava mais aquelas porcarias, poderia descansar uns cinco minutos, não podia?  Cheguei perto das pulseiras e sorri vendo o meu colar ali em cima, como prometido.

O coloquei no pescoço com gosto e me atire na cama, ouvindo um gemido baixo.

E, Jesus, não era meu.

“Edward, seu imbecil!” disse saindo de cima dele ele estava com a boca ensangüentada e a cara amassada. “Oh, Meu Deus!” me apavorei “O que aconteceu com você, Edward?”

Ele gemeu e não me disse nada. Ele estava com um olho roxo também! Onde eu estava quando isso aconteceu, meu Deus?

“Ed, por favoor” implorei, em pânico “Me diga o que aconteceu!”

Ele sentou um pouco na cama, visivelmente, doido.  Levou a mão a boca e rosnou. Será que essa cara era de quem bateu ou apanhou?

“Quer mesmo saber?” rosnou ele “Pois saiba que aquele filho da puta do James me bateu!” esbravejou “Me arrebentou a pau e se não fosse Jasper ele teria me afogado na piscina.”

Estranhei. Edward sempre batia em todo mundo. Ele notou.

“Sabe que aquela vadia da Victória fez? Drogou o meu champanhe!”

Eu espumei de raiva! Espumei.

Recoloquei meu saltos altos e desci, Edward tentou me parar, mas eu corri. Eu faria aquilo pra descontar toda a raiva que eu estava sentindo.

Ela estava na escada com o James. Ele mostrava os músculos pra ela do braço, forçando até o dedo do pé pra ver se aumentava alguma coisa. Repugnante. Ela com certeza daria aqui pra ele se sua mãe não estivesse a alguns passos de nós, controlando feito um gavião sua filha.

Cheguei em James e ele olhou discaradamente para minhas pernas. Revirei os olhos.  “Levante” disse seca.

Ele me encarou, sorriu pra Vistoria e se levantou. Não esperei duas vezes antes de lhe dar um soco de baixo pra cima – em cheio – no seu nariz. Ele urrou de dor. Bem feito! A minha estatura baixa me ajudou muito e ainda bem que seu grito, abafado pela musica, não chamou muita atenção. Victória se levantou e quando ia partir pra cima de mim, sua mãe a atacou.

“O que Diabos você fez?” gritou ele, furioso.

“Senhora mãe da Victória” caralho, isso é hora de esquecer sobrenomes? “Eu o vi se agarrando com a empregado nos fundos! Tive que fazer justiça a honra de sua filha.” Sorri amarelo.

Victória espumou de raiva e partiu pra cima de James. “Então era verdade? Eu achei que você estava só falando com ela! Seu cachorro!” uuau! Eu sou uma vidente!

Sorri amarelo pra dondoca que me encarava furiosa “Ok! Tchau!”

Sorri e subi, feliz, as escadas. Agora sim! Me vinguei por Edward.

Edward estava no quarto, se divertindo com o meu fiasco. Eu sairia na capa de uma revista amanhã, certo. Que coisa mais linda de se ver! Odeio minha vida.

“Bellinha, cada vez você me surpreende mais!” disse, ainda divertido “Você bateu em James! O valentão mais metido do colégio apanhou de uma modelo, isso é humilhante!”

Revirei os olhos. “Você apanha direto de mim e não reclama.”

“Mas é de brincadeiira!” vibrou ele “Ele quebrou o nariz!”

Eu revirei – novamente – os olhos. “É, e você apanhou do cara que apanhou de mim, então cale a boca e pare de se mexer.”

Eu estava TENTANDO limpar o machucado dele de novo, estava de joelhos em sua frente, com certeza, melhor do que sentar no seu colo. Preferia mostrar meus peitos a ele por a mão em minha coxa, fato.

“Ah” disse, fazendo bico “Mas eu estava drogado!”

Bufei “Deixa de ser idiota, Edward, não consigo assim!”

Ele não parava de se mexer e fugia feito uma criança teimosa do algodão. Me irritei e o peguei pelos cabelos, segurando sua cabeça, conseqüentemente me inclinando mais pra frente e passando o algodão ali. Ele ficou estático perto de mim, claro.  Notei que meus peitos estavam ainda mais perto do seu rosto e que meus dedos prendiam fortemente seu cabelo. Podia até ser uma posição mais ... erótica se eu não tivesse acabado de bater em um cara e tivesse cuidando de seus machucados.

A respiração de Edward estava ficando cada vez mais pesada perto de meu pescoço, me arrepiou. Ele riu e eu puxei mais seus cabelos, pra maltratar mesmo. Ele riu de novo.

“Vou puxar mais forte” ameacei.

Ele gargalhou “Puxa que eu gosto.”

“Af, Edward” bufei “Você não sabe falar sério nunca?”

Saí de cima dele e ele me empurrou pra cama, caindo em cima de mim e me prendendo ali. Eu arregalei os olhos e depois bufei, ele estava brincando comigo, de novo.

Me surpreendi com um beijo no canto da boca. Era Edward mesmo quem estava fazendo isso?

“Eu não estava brincando quando disse que gostava, Bella” sussurrou no meu ouvido “Gosto bastante e ainda mais vindo de você, gosto tanto que até me assusta.”

Ele saiu de cima de mim , resmungando coisas inaudíveis e parou na frente do meu baú. De costas pra mim, eu não sabia bem o que fazia, só me levantei e pulei em suas costas. Tipo um  macaco. Ele gargalhou alto disso e se atirou na cama, caindo em cima de mim.

Eu não o larguei, obvio. Ficamos assim um bom tempo, até baterem na porta e ele levantar -  junto comigo claro – em uma velocidade inumana.

Era Emmett. Ele olhou confuso pra nós e bufou. “Vem, Bella, queria que você falasse alguma coisa pra Carlisle.”

Oh, droga! Odeio discursos.

Edward me estudou de cima a baixo e riu. “Boa sorte, Bellinha”

Bufei chateada a hora que ele saiu do quarto. Que Diabos Edward estava fazendo comigo?

“Pai, meu amor” comecei, rindo um pouco da careta que ele fez quando lhe chamei de amor “Eu acho estranho falar essas coisas na frente de todos... Essas manias de americanos me tiram do sério!” eu brinquei “Mas eu, realmente não tenho muito que falar. Eu acho que você já sabe que uma das melhores coisas da minha vida foi eu ter te conhecido e que eu me arrependo muito de algumas coisa que eu lhe disse no inicio” disse, corando um pouco “Eu realmente gosto de você, gosta daqui, gosto de Esme... Até gosto de Emmett...”Emmett bufou com o ‘até’ destinado a ele “Só que isso não muda os fatos de você estar trabalhando demais, então, eu como sou uma filha muito legal eu comprei uma passagem para você e outra para Esme, com hotel pago, na bela cidade de Windlesham, na Inglaterra.” Ele quase engasgou “Para férias programadas para daqui a uma semana...” sacudi as passagens na minha frente “Já está pago, não pode dizer não.”

Ele me encarou horrorizado e eu só notei um detalhe, quase, tarde demais: Emmett estava na faculdade, Esme e Carlisle viajariam e eu? Ficaria onde?


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Notas finais do capítulo

Quero dizer que Beward deu um importante passo nesse capítulo e que a Bella dessa fic (isso serve pra quem lê EVED tbm) não é tãããããão lentinha :B hihi
tbm) não é tãããããão lentinha :B hihi

Beward capítulo que vem, vão ferveeeeer! UAHSUHHSUAHSAH vocês vão gostar mesmo, mas não vai ser nada muito surpreendedor...Eu acho ;xx garanto surpresas, breves. Acreditem.



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