Rock Model escrita por lua_gaga


Capítulo 13
Capítulo 13 - fala sério - final




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Luz, não! Resmunguei em pensamento. As cortinas! Não me tirem as cortinas!

“NÃO!” Gritei, chateada. “Vovô, o que você tem contra mim?”

“Absolutamente nada.” Disse ele, meio sarcástico. “Tenho contra sem sono excessivo.” Concluiu terminando de abrir as cortinas.

Eu coloquei o travesseiro no rosto, tentando tapar a claridade. “Não pense nisso, mocinha! Trate de levantar dessa cama agora. O café da manhã será servido às nove horas.” Ele pareceu se divertir “Teremos companhia.”

“Terei que usar vestidos de novo?” Perguntei fazendo uma careta.

“Claro que não.” Esclareceu o obvio. “Só não me ponha micro-saias.”

Dei de ombros e esperei ele sair pra me mexer. Odeio acordar cedo! Olhei pro relógio temerosa.

“Por favor seja nove horas, por favor seja nove horas” Murmurei. “Maldição! Esse velho só pode ter insônia!” Esbravejei. “Oito e quinze é judiação!”

Levantei furiosa e fui pro banho. Deixei a água quente relaxar meus músculos. Eu precisava desses quinze minutos, sempre. Apesar de hoje eu ter que diminuir pra uns dez, precisava arrumar meu cabelo. Tinha visita. Saí dali cheirando a morango. Amava morango!

Enrolada na toalha, sequei preguiçosamente meus cabelos com a chapinha. Amava chapinhas assim, principalmente a minha. Ela parecia fazer milagres! Passei um cremezinho básico – de morango também – e fui ver uma roupa. Hmm... Deixa eu ver? Nada muito chique, certo? Manter as aparência de modelo? Ok... Eu tinha que manter as aparências... Rosa? Não, rosa não! Clichê demais... Preto é muito escuro... Bege é neutro. Azul. Certo, azul marinho. Sou branca vai realçar minha pele.

Suspirei e coloquei um vestido meia manga azul marinho, um sapatinho preto de salto alto e cinto grosso na cintura. Nada de mais. Se eu tivesse que sair colocaria esse sobretudo preto acinturado. Olhei no relógio.

8:55

Maquio-me ou não? Não.. Base, lápis, rimel e gloss. Só. Desci as escadas apressada, cuidando pra não torcer um pé. Uau, sã e salva! Me parabenizem!

“Ela é um pouco impulsiva, sim.” Dizia uma voz feminina. “Mas é um amor, Peter. Você sabe.” Diminui o passo a fim de não fazer barulho.

“Ela é sim, eu sei.” Ele suspirou. “Mas é impossível!” Ele pareceu rir “Você acredita que ela bateu em uma menina esses dias?”

Aii, será que é essa a hora que eu entro chorando e peço arrego?

“E pior: Ela me ligou fazendo uma chantagem enorme!” Ele parecia rir. “Só não xinguei Isabella porque o irmão dela me disse que a garota havia ofendido a mãe dela.” Ele ficou em silêncio. “Entendi os motivos.”

A mulher riu. “De certa forma foi um bem feito! Aquela garota é muito antipática!”

“Eu sei.” Ele falou, chateado. “Só que ontem ela me abandou em uma festa muito chata e foi pra um clube de black-music.”

“Bem feito, Peter!” Ela gargalhou “Você foi junto pra chateá-la!”

“Erm..” Murmurei entrando. “Oi.”

A mulher em questão se levantou e me olhou pasma. Era uma senhora muito bonita e doce. Era a avó de Edward. 

“Isabella!” Ela disse me abraçando. “Está incrivelmente parecida com Renée quando era mais nova.”

“Obrigada.” Sorri simpática. “Me atrasei um pouco, vovô. Desculpe.”

“Sem problemas.” Deu de ombros se levantando em seguida. “Vamos comer.”

O café da manhã foi calmo e tedioso, fui liberada em seguida. E agora eu me pergunto: São nove e meia da manhã, que eu vou fazer?

“Bella,” Chamou-me meu avô. “Eu fui chamado as pressas a Port Angeles. Deu a louca em um dos chefes.” Ele rosnou. “Precisa de uma lição de bom senso.”

Revirei os olhos. “Ok. Que hora você chega?”

“Eu volto amanhã. Tenho que fazer algumas outras coisas do escritório” Disse, arrumando a gravata. “Volto amanhã pela tarde. Você vai ficar com os empregados da casa. Os outros estão de folga.” Resmungou algo sobre incompetência. “Não faça nenhuma bobagem.” Ele avisou antes de virar as costas e sair.

”timo! Estou sozinha em casa, apenas com duas empregadas que dormem cedo! Imagina se inventam de assaltar? Elas nunca iam escutar nada! Dos fundos o barulho é nulo aqui. Eu poderia dar uma festa que ninguém saberia! Meu avô só chegaria amanhã de tarde... Bufei divertida. Poderia dar uma festa e limpar tudo sem ninguém descobrir!

Olhei pela janela perdida, pensando no que poderia fazer e... DESCOBRI QUE SOU UMA PERFEITA IDIOTA!

Deu pulinhos excitados e me lembrei da Alice. Alice e Rose!

“AAAAi!” Gritei me jogando no divã da sala, telefonei rapidamente pra Alice. “Amiga do meu core!”

“Que coisa brega, Isabella!” Reclamou ela. “Que você quer?”

“Sabia que seu bom humor me cativa?” Ela riu. “Festa! Topa?”

“Opa!” Ela riu. “Quando? Onde? Quem decorará?”

“Hoje, mansão Cullen e você.”

“Ai, Mentira! Seu avô deixou?” Perguntou praticamente quicando.

“Não... Ele nem sabe que vai rolar...”

“Chego em vinte minutos, minha querida, chegarei com reforços! Convide as pessoas!”

…, vamos nos divertir então. Finalmente. 
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“Isso aí.” Ri, girando no divã e ficando de pernas pra cima “Pode chamar seus primos também! … trás todo mundo que você quiser, eu não me importo! Vamos! E vai ter DJ também. Aham, esse mesmo. …, vai bombar sim! Beijos, Emmily, aparece mesmo!” Desliguei.

“Será que vai caber todo mundo aqui?” Questionou Jasper olhando a sala.

“Obvio que sim.” Retrucou Emmett, empoleirado em uma escada, ponto algumas luzes. “E depois, se não couber tem o pátio...” Sorriu malicioso “E os quartos.”

“Claro!” Ironizou Rose. “Os quartos! Quero só ver se a doçura em pessoa descobre. Vai matar um a um e a sangue frio.” Ela tinha muito medo do eu avô.

“Deixa de ser agourenta, loira ranzinza.” Chateou-se Edward tentando pegar uma bolinha brilhosa (?) de baixo do sofá. “Alice planejou tudo.”

“Assim como ela se fez de esquecida?” Revirou os olhos. “Dispenso.”

“Deixa de falar mal dela, Rosalie!” Repreendeu Jazz. “E onde ela está afinal?”

“Fugindo.” Sorriu Edward pretensioso.

“Não!” Revirei os olhos divertida. “Ela disse que uma festa não é festa sem bufê e como ela não arrumou nenhum garçom pra nos embebedar, ela foi catar em Port Angeles.”

“Mas seria bom ela chegar logo,” Disse, Emmett coçando a cabeça. “Vou acabar fazendo isso errado.” Ele olhava para as luzes como se fossem Ets. Patético, meu irmão é um abobado.

“E já estou aqui!” Adentrou na sala “E aqui estão meus queridos ajudantes.” Apontou teatralmente para a porta.

Então entraram seis caras vestidos de sunguinhas pretas brilhosas e de cintura alta, com colete preto e uma gravata borboleta branca.

“Mudei de idéia!” Anunciou Rose. “Alice planejou tudo muito bem!” Ela mordeu o lábio inferior e o loiro – super gato, diga-se de passagem – piscou pra ela. Uau! Achei que aquele sorriso dela fosse rasgar sua boca.

Mas sobre Alice planejar bem: eu nunca acreditei tanto em uma teoria. “Meu Deus!” Comentou uma voz que eu não desejaria ouvir nunca mais. “Por que não me chamaram antes?”

“Porque você não é bem-vinda, Vera!” Suspirei.

Tinha que vir, né? Odeio minha vida!

“Ah, meu bem, você é tão querida!” Ela veio me abraçar e agarrou minha cabeça no ‘abraço’. “Você está desculpada! Não se preocupe em pedir, eu já perdoei você.”

“Eu não ia te pedir desculpas.” Corrigi.

“Não?” Ela parou de me fazer cafuné e se afastou. “Não faz mal, sei que você é tímida.” Me abraçou de novo.

Revirei os olhos. Dá pra ser mais decadente? 
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Good girls go bad – Cobra Starship
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…, você ta gata, Isabella. O short cintura alta preto, colocado com aquela blusinha branca soltinha, aquele escarpam preto brilhosinho e aquele colete, ficou um show! Eu poderia me elogiar mais, mas a Alice queria que eu descesse logo.

Droga! Todo mundo manda em mim...
Fiz um bico gigantesco, parecido com uma tromba e desci. A festa estava bombando e algumas pessoas viraram pra me ver descer. Tenho que admitir: me senti poderosa assim.

Não que eu não me sentisse quando estava na passarela, mas era diferente. Não sabia explicar. Aqui não era descendência, aqui era o que eu era. Não tinha brilho genético ou herança famosa. Era eu. A Bella. Só Bella.

Suspirei. Queria era ser invisível as vezes.

“Isabella!” Chamou-me Emmett. Andei vagarosamente até lá. “Escuta, esse aqui é o Sam Uley” Disse apontando pra um índio muito bonitinho “Ele é de Darthmouth.”

“Sério?” Perguntei simpática, lhe estendendo a mão. “Sou Isabella, prazer.”

Ele me olhou de cima a baixo. “O prazer é meu, acredite.” Corei.

“Hehehe!” Ri escrotamente. “Bom, eu vou dar um voltinha e...”

“Não, não, Bella” Sorriu Emmett. “Faça companhia a ele. Ele não conhece ninguém.”

Filho da puta! Ai, droga! Esmeee, queriida, me desculpa aê.

“Ah! … uma ótima idéia.” O índio sorriu. “Me faz companhia, Bella.”

Inclinei os dois cantos da boca exageradamente pra cima, sem mostrar os meus ricos dentinhos brancos. Sim, era pra ser um sorriso.

“Que bom que se entenderam. Sam é primo da Vera.” Ele sorriu e me fuzilou. “Ela ligou pra ele depois do acidente...”

Eu me segurei pra não rir. Pense em coisas tristes Bella: animas machucados, pernas quebradas, acidentes de carro, minha mãe... Ai, droga! Assim é capaz de eu começar a chorar! Droga, achei isso engraçado!

Nescessito parar de devanear!

“Bom, e então?” Perguntou o índio, quando Emmett já estava longe. “Como é ser famosa?”

“Um saco.” Respondi distraída e me chutei por ter dito isso. “Quer dizer... As vezes é um saco, sabe? Toda aquela atenção...”

“…...” Disse, com falsa tristeza. “Toda essa atenção, carros caros, pessoas fazendo tudo o que você quer... Nossa! Deve ser péssimo.”

Eu ri. “Não deboche de mim.” O repreendi. “Você acabou de me conhecer.”

“Desculpe.” Ela sorriu e revirou os olhos. “Você liquidou a minha prima.”

Emudeci.

“Nunca vi uma coisa tão bem feita na minha vida!” Explodiu. “Sério, sou seu fã.”

O olhei incrédula e ele riu, dando de ombros. “Não se gosta de todos os parentes...”

“Ahh... Meu amigo!” Disse, me jogando sobre ele e o abraçando. Ele riu.

Sim, íamos nos dar bem. Muito bem.

“Hã...” Sam perguntou, meio chateado. “Você conhece aquele cara ali? Se ele continuar a me encarar desse jeito assassino vou acabar morrendo.” Riu, apontando pra um belo ruivo... Com um olhar assassino.

…. Adorava ver aquele olhar em Edward. Ele significava duas coisas: você e morrer. Tudo na mesma frase e com o verbo relacionado ao sujeito. Resumindo: ele queria me matar e eu estava sendo irônica.

Ele me chamou. Eu sorri e o abanei, fingindo não entender o que ele queria dizer. Ele bufou, bravo e me chamou de novo, quase arrancando o pulso de tanta raiva. Eu sorri otária e lhe abanei de novo. Ele rosnou alto e marchou até onde eu estava, antes que ele chegasse tratei de me levantar e ir até ele.

“Eu odeio quando você se faz de idiota e blábláblá...”

Enquanto ele me xingava, eu tratei de dar uma geral pela festa. Objetos caros ali eram quase vendidos a atacado!

“...Blábláblá.”

“EEEEI!” Gritei, quando vi um cara com um vaso de estimação do meu avô. “LARGA ISSO AGORA!”

Me desvencilhei de Edward e fui atrás do arrogantezinho do Matt lhe arrancando o vaso das mãos.

“Porra, como você é...” Ele ia me xingar, mas viu quem era “Linda!”

“Larga daqui, otário.”

Virei as costas e larguei o vaso na cozinha. Suspirando de alivio ao ver que a música ali era mais baixa e que tinham poucas pessoas me fazendo companhia. Elas bebiam muito por ali. Tinham algumas garotas rindo descontroladamente no pátio, enquanto alguns idiotas se empoeiravam no trampolim. Idiotas.

Arrumei meu short e saí de lá. Estava cansada e ainda estava no inicio da festa. Iria pro meu quarto. Subi as escadas vagarosamente e quando eu ia subir pro meu rico quartinho, uma mão me puxou e me enfiou pra lá mais rápido.

Não posso ser seqüestrada!
A pessoa estava no quarto escuro e me empurrou contra a porta fechada. Colando seus lábios aos meus. A principio pensei ser Mike. Só que Mike não era assim, talvez fosse Sam... Mas aquele beijo era conhecido.

Eu ia empurrá-lo. Claro que ia. Mas quando ele traçou o contorno do meu lábio superior calmamente e sugou meu lábio inferior fortemente, minha boca se entreabriu sozinha. Serio, gente, foi muiiiito espontâneo. Espontaneamente por vontade própria...

Minhas mãos foram pra o seu cabelo e eu senti a maciez do cabelo desorganizado. Meu Deus! Eu conheço esse cabelo. Abri meus olhos e me forcei a enxergar. Era Edward. O empurrei, ele parecia tão desordenado quanto eu.

“Eu...Eu...” Ele tentava falar.

Eu podia fazer duas coisas: bater na cara dele ou continuar o beijo bom. Revirei os olhos.

Inverti minha posição, o empurrando contra a porta e esmagando meus lábios nos dele. Ele pareceu meio surpreso – ok, totalmente – mas agarrou firme minha cintura e correspondeu muito bem.

Coisa boa! Quando se tem as estrelas o resto vem tão fácil. Credo, Isabella.

Ele passou as mãos de cima a baixo nas minhas costas e as colocou por dentro de minha blusa. Suas mãos estavam frias e eu senti um arrepio desconcertante passar por mim. Senti ele sorrir. Ele começou a beijar meu pescoço, sugando e dando leves mordidas por la.

Deus. Quero pra mim!

Ta, não quero nada. Ok, quero sim... Decida-se subconsciente, é você quem eu vou culpar depois... Ou o bulbo... Ainda não decidi.

Edward puxou uma das minhas pernas e a colocou sobre sua cintura. Eu fiz a mesma coisa com a outra. A essas alturas ele já estava me carregando pela bunda pra algum canto do quarto. Que decadência, hein Isabella? Você não era assim, sabia?

Isso é uma das coisas que ele falaria se não fosse ele o desgraçado que estava passando a mão pelos meus cabelos... Eeei! Ele estava descendo... Descendo. ”timo! Ele começou a massagear o meu seio por cima da blusa. O contato ali me fez arfar.

Ninguém nunca havia feito aquilo antes. Ah, sim... Tinha sido alguma coisa parecida, ele tinha me dado um beijo ali. Aquela lembrança, misturada com o toque ousado de Edward me fizeram gemer. Como ele estava sobre mim, ainda beijando meu pescoço não demorou muito pra chegar até a minha boca e me beijar de novo. Não havia gentileza naquele beijo. De nenhuma parte. Eu puxava seu cabelo e ele esmagava minha coxa.

Tenso? Falando em tensão, acho que eu entendi que existe uma tensão sexual entre mim e o Edward...

Suspirei. Eu estava envolvida. Não adiantava mais negar ou fugir.

Eu estava muito concentrada no que eu estava fazendo, então quando Jasper entrou sem bater no meu quarto, nos pegando no maior flagra, eu queria um buraco. Um fundo em que eu coubesse.

“Er... Hoho!” Ele pigarreou tentando disfarçar um risada. “Porra meu, vocês tão se pegando?” Ele explodiu em um sonora gargalhada. Corei. God!

“Eu... Que... Eu...” Retardado! Será que ele escolhe as piores horas? Jasper quase morreu rindo.

“Arranhou o disco?” Lhe bati na cabeça com força. Ele me encarou bravo.

“Não estamos não.” Respondi, com a maior cara de pau do mundo.

“Ah, não?” Jazz perguntou divertido. “Ok. Era treinamento de primeiro socorros?”

“Claro!” Disse, convicta.

“Bella, isso não convenceu nem a mim.” Comentou, Edward.

“Que você quer, inferno?” Questionei Jasper, ele tentava se controlar.

“Nada de mais.” Deu de ombros. “Seu avô acabou de chegar e bem... Ele quer matar você e quer alistar todos os adolescentes aqui presentes no exercito, mas se vocês quiserem continuar se pegando... Fiquem a vontade.”

Nos entreolhamos.

“PUTA QUE PARIU!” Explodimos descendo as escadas as pressas. … agora! Eu vou morrer!

Edward corria atrás de mim, todo errado e ruborizado. Se meu vô nos visse assim... Droga!

“Edward!” O parei. “Volte pro meu quarto e se esconda de baixo da cama.”

“O quê?” Se indignou. “Não vou bancar o Ricardão, hein!”

Revirei os olhos, Jasper já estava lá no fim das escadas.

“Volta!” Disse, o virando. “Te explico depois.”

Deixei ele pra trás e desci. Ele não me seguia!

“E daí eu achei ela lá em cima no maior...” Jasper tagarelava com os cinco caras de funeral da sala.

“No maior sono!” Completei, sorrindo e lhe tapando a boca. “Não é Jasper?”

Ele me olhou estranho e depois concordou, contrariado.

“Cadê o vovô?” Perguntei em pânico.

“AQUI!” Ele chegou gritando comigo “COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE FAZER ISSO? EU NUNCA MAIS LHE DEIXO SOZINHA! VOCÊ … UM PERIGO!”

“Calma, vovô...” Tentei tranqüilizá-lo.

“CALMA NADA! Aqui está!” Me entregou uma vassoura, um balde e produtos de limpeza. “QUE AT… AMANHÃ ESTEJA TUDO ARRUMADO!”

“”timo!” Rosnei. “Vocês irão me ajudar!” Os parei.

Eles resmungaram algo sobre ser culpa minha, mas todos ajudaram, inclusive a Vera. Edward continuaria no meu quarto. Escondido.

Comecei a varrer. A noite seria longa. 
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“EU ODEIO ISSO!” Gritou a Vera lá da cozinha. “NÃO GOSTO DE LAVAR A LOUUUUUÇA VOU QUEBRAR UMA UNHA!” Choramingava.

Revirei os olhos.

“Porra cadê aquele filho da puta do Edward?” Resmungou Emmett “Sempre some quando se precisa dele.”

Jasper me deu uma olhadinha sugestiva, mas não falou nada.

“EEU VI UM ARROZ! AAAAI, AQUILO ERA UM ARROZ!” Chorou Vera lá da cozinha.

“Eu vou matar!” Disse, Rose, jogando um pano de tirar o pó no chão. “Juro que vou.”

“Calma, não vale a pena...” Tentou Alice.

“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI! Que nooojo!” Ela resmungou de novo.

“Quer saber? Esquece! Eu mesma vou!” Disse brava, indo pra cozinha.

“Parem com isso, temos coisas mais importantes pra fazer.” Emmett disse, segurando a anã. “Vai lá. Varre ali em baixo do sofá. Eu sou muito grande.”

“Que você quis dizer com isso?” Ela rosnou.

Ele deu de ombros. Rimos disfarçadamente, recebendo uma olhada desconfiada dela.

“Sabe." Comentou Rose. “Nem foi tão difícil.”

A fuzilamos com o olhar.

Claaro que não havia sido difícil, ela se foi pra o banheiro e saiu de lá depois de meia hora! Ela disse que estava com dor de barriga, mas não me engana. Ela se escondeu! Arrumamos a sala, a cozinha e o pátio em quase duas horas.

Foi de matar! E de cinco em cinco minutos, vovô Cullen chegava nos mandado arrumar isso ou aquilo, porque tinha ficado mal ou mal feito. Detestável.

“Cala a boca!” Ordenou Jazz. Ela riu e voltou a fazer o que estava fazendo. Ou seja: nada.

Suspirei e me joguei no sofá. Estava exausta!

“Graças a Deus!” Disse Jasper, terminando de limpar um vidro. “Acabou!” Ele se jogou do meu lado no sofá, com Emmett e Rose em seu encalço.

“Seu idiota!” Resmungou Alice “Só mandou eu varrer aqui pra eu ter que terminar essa coisa chata... AAAAAAAAAAH MEU DEUS! AAI, DEUS, AI, AI, AI!” Ela gritou, pulando pra cima do sofá, uma coisinha preta e peluda correu na minha direção. “… UM RAAAAAAAAATO!” Ela se desesperou.

“MATA, MATA, MATA!” Gritou Emmett, muito gay pulando pra cima do sofá e se abraçando a mim que já estava de pé ali a muito tempo.

“CARALHO, VOCÊ … O HOMEM DAQUI!” Disse Rose, agarrada a nós também.

“Ei! E eu?” Chateou-se Jasper.

“Você é um frouxou e... AAAAH, ELE TÁ ALI, TÁ ALI!”

Jasper desceu do sofá e lhe deu uma vassourada. O rato deu uma rolada no chão e parou no outro canto da sala.

“Pega ele!” Gritou Alice, “Aii! Meu herói!”

“Cala a boca, Alice!” Gritamos todos juntos. Ela fez beicinho.

“Emmett! Faz alguma coiisa!” Choraminguei.

“QUE ESTÁ ACONTECENDO AÍ?” Gritou a mocréia lá da cozinha.

Ignoramos.

“Vou fazer, sim, estou subindo.” Ele pulou de um sofá para o outro dando de cara com o vovô Cullen lhe olhando com um olhar assassino na escada. Ele congelou.

“Que você está fazendo?” O vinho Cullen perguntou.

“OLHA O RATO!” Gritou Jasper batendo com a vassoura na cabeça do velho.

“Vovoô!” Gritei apavorada indo lhe socorrer e ignorando que meus pés corriam sérios riscos. …Ca, que bichinho nojento.

“Ai, meu deus! Ele morreu?” Perguntou Rose.

“Não! Credo!” Alice se assustou.

“Ele está voltando!” Gritou Jasper indo atrás do rato de novo. Eu fiz o seu Peter se levantar e recebi um olhar mortal.

“Por quê você não se relaciona com pessoas normais?” Ele perguntou, dando um soco bem dado no ombro de Emmett e o tirando do transe. “Acorde, moleque.”

“S-s-si-im, s-e-nhor, senhor!” Disse, batendo continência.

Revirei os olhos. Ele consegue ser mais patético que isso?

“BELLAAAA, CUIDAAAADO!” Alice e Rose, gritaram, vendo Jasper vindo em nossa direção atrás da bolinha de pêlos. Não pensei duas vezes e pulei no colo do meu avô. Ah, sim, né? Sou mulher!

“Saí da frente!” Jasper anunciou, com cara de louco.

O meu avô subiu um degrau da escada, me segurando e Emmett ficou na frente de Jasper, que lhe acertou em cheio. Não com a vassoura e, claro, com seu próprio corpo. Eles se bateram as testas e caíram sentados, com cara de choque no chão e galos enormes na cabeça.

“Deus.” O retardado do meu irmão disse. “Anotaram a placa?”

O mini aspirante a roedor, correu pra cozinha em velocidade super sônica. Wow, shit.

“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!” Gritou a pessoa mais insuportável da face da terra.

Droga! Eu só ouvi os pratos quebrando depois disso. Corremos todos pra lá, eu ainda sendo carregada pelo meu avô. Acho que ele nem havia percebido.

Chegamos lá e a destrambelhada da namorada do meu irmão estava em cima da mesa com as mãos na cabeça, gritando feito uma louca: “MATA EEEEEEEELE! MAAAAAAAATA!”

Meu avô se emputeceu. Ela estava em cima da mesa. “Saia já daí, sua gasguita louca!” Ele xingou. “Agora!”

“Ele vai me pegar!” Ela choramingou.

Jasper correu atrás do rato que ia pra perto da geladeira, o fazendo mudar de direção e vindo na minha e do meu avô.

“Saiam daí!” Gritou Rose.

“Não me diga o que fazer, mocinha!” Ele rebateu “Eu sou mais velho, você tem que me...”

“CUIDADO!” Gritou Alice, apavorada.

Nem tive como pensar muito. Só senti um baque forte contra mim. Meu avô perdeu o equilíbrio e caiu no chão, me levando junto. Meu pé! Ele caiu em cima do meu pé! Raiva!

“Saí daí!” Gritei, segurando meu tornozelo. “Você quase o quebrou.”

O rato passou por nós e foi direto pra sala. Rose fugiu dali na velocidade de um raio pra cima do sofá, agarrada na Alice. Emmett estava completamente perdido. Sem saber se ajudava a Vera ou se protegia a si mesmo e Jasper continuava atrás do rato feito um louco.

“Garoto!” Meu avô gritou, puxando Jasper pelo colarinho da camisa o fazendo parar abruptamente. “Pare já de correr atrás daquele bicho! Você é um perigo com essa vassoura!”

O rico dito cujo, passou pelo meio das pernas de meu avô o fazendo perder o equilíbrio, levando Jasper e eu, que me apoiava nele, junto.

“Desisto! Vou chamar uma pessoa que saiba lidar com isso e...” Meu avô começou, mas quando o ratinho resolveu correr pra sala, Rose lhe acertou uma bolsada. Detalhe: a bolsa era MINHA!

O bichinho parou de correr e ficou mexendo uma patinha de barriga pra cima. Deus! Ele havia morrido!

“Simples e fácil...” Disse, convencida nos encarando. “DEEEUS, EU O MATEI!” Chocou-se, começando a chorar, sendo consolada por uma Alice, que lhe abraçava pela cintura, já que nem em seu ombro a miniatura de gente chegava.

Resumindo: fizemos um enterro ridículo com uma caixa de sapatos velha – mas pelo menos era uma bota da chanel, um luxo só – e com o meu avô vestido uma batina feita de cortina, que o deixou muito ridículo e irritado. ”timo!
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Meu atirei na minha cama as quatro horas da manhã de sexta, querendo muito morrer! Minhas costas estavam moídas e meu pé estava inchado.

“Nunca mais faço festas!” Conclui em voz alta, terminando de por minha camisola.

Me tapei até o pescoço e senti uma coisa ao meu lado na cama. Estranho.

“Isabella!”

“AAAAH!” Me assutei, Edward tapou minha boca. Droga. Tinha esquecido dele.

“Shiiiuu!” Ele disse, olhando pra porta. “Quer me denunciar?”

Eu revirei os olhos.

“Que você quer?”

“Sair?” Perguntou, como se fosse óbvio.

“Você não serve nem pra isso? Eu estou cansada!” Disse, irritada. “Sabia que eu tive que arrumar tudo?”


“Ah...” ele olhou pra baixo. “Eu ainda quero sair.”

Lhe dei um soco no ombro e pulei da cama. “Venha logo.”

Descemos na ponta dos pés até a sala e eu abri a porta. “Tchau!” Lhe empurrei porta a fora.

“Hei, espera.” Ele sussurrou de volta e me puxou pela cintura. Ele me beijou e eu senti um arrepio forte percorrer meu corpo, me agarrando imediatamente a seu pescoço. O beijo não estava com cara de que ia acabar nunca, mas Edward se separou de mim e me deu um beijo na testa. “Agora sim.”

E saiu, me deixando ali com cara de tonta e boca vermelha. ”timo! 
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“Deixa eu advinhar.” Assoviei, muito irritada. “São oito e meia?”

Ouvi meu avô rir baixinho. “Não. São nove. Levante. Agora!”

Rosnei e fui pro banho. Brigar com ele era um jogo perdido! Minha noite havia sido péssima, e quando eu digo que foi péssima não é fiasco, é a mais pura verdade! Passei a noite pensando no que Edward fez e decidi que não queria mais pensar nisso. Confuso.

Suspirei e fui ver as revistas de cima da mesa, eu estava na capa de uma. Hmm.. As fotos do mês passado haviam ficado boas mesmo. Gostava de fotografar pra Chanel e pra Dior. Era e sempre foram minhas favoritas. 

Tinha um elogio gigante ao meu corpo em uma revista que falava do novo catálogo da Victória e um jornal marcado numa página em que aparecia Emmett e eu cantando naquele dia do clube. Sorri.


Talentosa.

Parece que talento é o que mais se tem em Isabella Swan, no meio dessa semana, depois de desfilar pra Victória Secret's, a nossa Bella modelo – sacou o trocadilho? – foi a um clube de balck music e arrasou no karaokê com o tecladista da banda The Vampires.
A banda é pouco conhecida, mas ao que parece a modelo – e irmã, do tecladista – gostou muito. Ela soltou a voz em um dueto com o irmão e arrasou. Depois de seu pequeno showzinho, foi dançar com um dos integrantes e, ao que parece, seu namorado. O nome do rapaz parece ser Edward Cullen e ele é bem bonito.
Boatos de que eles foram vistos aos beijos correm por aí, mas não tendo provas, só nos resta esperar pra saber.


Uau. Odiei. Como que saiu isso? Odeio saber que minha vida é tão pública assim!

“Isabella!” Chamou meu avô “Mary vai vir almoçar aqui, esteja pronta.”

Suspirei. Eu ainda tinha tempo. Que eu poderia fazer agora?

Explorar.

Tive inclusive que rir do meu gênio. Fazia anos que não brincava de detetive. A verdade é que eu estava a dias nessa casa enorme e nunca tinha feito nada além de sair e reclamar. Poderia dar uma bisbilhotada por aí, quem sabe não descubro alguma coisa e faço chantagem com o meu avô?

…, talvez assim ele seja mais doce comigo. Sob chantagem!

Subi as escadas e dei um olhada nas portas. Dois quartos da frente eu sabia que era o dele e o meu. Não entraria em nenhum. Obvio. As ultimas portas eu sabia que eram a biblioteca, o banheiro e o escritório.

O escritório, é? Há, há. Praticamente levantei vôo pra lá. Ferveriam informações do vovô Cullen agora! Abri vagarosamente a porta e nada encontrei. Só papeis e folhas. Um saco! Quase rosnei que raiva. Entrei e fechei a porta. Os papeis eram do restaurante e do escritório... Hmm... Muito chato. Me sentei na cadeira rotatória e fiquei girando, passando os olhos pelas folhas, pelas grandes janelas atrás da escrivaninha e pelas prateleiras cheias de livros chatos.

Só havia um porta retrato. Me chamou atenção pela foto. Era de meu pai mais novo, não contive um sorriso e meu peito apertou. Sentia saudades dele. Os olhos azuis dele brilhavam com uma intensidade de assustar e tinha uma mulher loira abraçada a ele.

Eu sorri da cara de idiota do meu pai e toquei levemente o porta retrato. Ele caiu e eu rezei pra não ter quebro a peça, por sorte nada aconteceu. Coloquei no lugar e vi um estranho brilho dourado atrás do objeto. Puxei-o. Meus olhos arregalaram-se em puro choque ao perceber o que era. Era uma corrente. Uma corrente igual a minha. Uma maçã.

Vovó havia passado por aqui também.

Coloquei a correntinha no mesmo lugar que ela estava antes. Acariciando a bela mulher da foto. Deu mais uma olhada nos livros e então, me atirei novamente na cadeira rotatória. ‘, saco! Estou no ninho da cobra e não tem nenhum ovo! Coloquei os pés por cima da mesa e encarei as gavetas. Hmmm, passou desapercebido?

Abri a primeira e não tinha nada, só mais documentos, a segunda tinha mais papeladas e alguns recibos e a terceira... Tchan, tchan, tchan.... Estava trancada! …, alegria de top model dura pouco!

Bufei, chateada. Só acontece comigo!

Onde me avô guardaria uma chave? Ele é muito racional e não tem criatividade... Mas ele é velho e é um Cullen, então é esquecido... Um lugar que ele não perderia nunca... Hm... Já sei! Coloquei a mão embaixo da gaveta e a chave estava ali, presa com um durex. Tive até que rir. Meu avô era péssimo com esse tipo de coisa.

Abria gaveta e achei fotos e cartas. Todas antigas e desgastadas pelo tempo. Tinha uma caixa de veludo com um par de alianças de ouro, simples. Era estranho ver alianças simples em coisas do meu avô, ele era casquinha mesmo, mas não em coisas assim... Ele era até bem romântico.

Peguei uma das fotos. Era um homem de cabelos loiros e sorriso radiante e uma mulher morena, muito bonita

'Aquilo que se faz pelo amor, está sempre além do bem e do mal. P&A.'

Eu sorri. A frase era bonita. P&A? Quem seria P&A? P é de Peter, certo, ele era loiro e tudo mais.. A morena não parece com Jammie e Jammie não começa com A...

Torci a cara. Com quem mais vovô poderia ter se relacionado?

Peguei uma outra foto. O casal estava se beijando. Um selinho simples, os rostos deles transbordavam afeto. Era constrangedor até por foto.

“Quem será A?” Perguntei a mim mesma.

Peguei outra foto. Era só da morena... Ela era familiar, era sim. Olhei pra ela intensamente, tentando me lembrar. Cabelos castanhos, olhos castanhos, lábio superior levemente maior que o inferior... Wow, essa seria minha descrição, ou a da minha mãe... Toquei a mulher da foto. Por que eu acho já ter visto esses olhos? Virei a fotografia e tinha uma dedicatória.

'Não desista nunca de nós dois. Sempre vou amar você. 
Pra sempre sua, Anne Swan.'

O ar não chegou aos meus pulmões. Eu não conseguia acreditar. Anne Swan... Era a minha avó! Eu não sabia se eu chorava de raiva ou de indignação, mas eu chorava. Eles brigaram todos esses anos e impediram meus pais de ficarem juntos por que eles tiveram um caso e não deu certo?

O meu sistema límbico estava em surto. 

Peguei a foto, eu iria tirar satisfações com o meu avô! Desci as escadas e ele continuava conversando animadamente com a dona Mary.

“Foi por que vocês tiveram um caso, certo?” Disse, chorando e jogando a foto nele. “Foi por isso que você odiava a minha mãe e a Anne odiava meu pai, não foi?” Inquiri. “E me odiaram por quê?” Rosnei, alto, soluçando. “Porque eu era o fruto da desobediência dos dois? Porque vocês não ficaram juntos? Pelo menos assim eu não existiria e minha vida não seria essa bagunça!” Esbravejei saindo de lá rumo ao meu carro.

Meu avô correu até a porta me chamando. Não queria ouvir. Estava chocada demais, chateada demais.

“Isabella!” Gritou ele. “Volte aqui!”

Cantei pneu dali. Pra que ficar em uma casa que o cara me odiava? Por quê? Ele me odiava, me encheu de regras, me infernizou a semana inteira porque é apaixonado pela minha avó até hoje! Quero mais é que morra afogado em café – e na solidão!

“AAAAAAH!” Gritei, furiosa.

Eu só queria morrer naquele momento. Só isso. Minha visão estava embaçada por causa das lágrimas e eu estava cima do limite de velocidade, com certeza. Acelerei mais. Normalmente eu sentiria medo de me acidentar. E eu sei que é ridículo o que eu estava fazendo, mas e daí? Meu avô me odeia porque um caso dele não deu certo.

Fantástico!

Parei no sinal vermelho – eu já disse que é o único de Forks? – …, talvez eu não quisesse tanto morrer hoje. E me perguntei quanto tempo demoraria pra o meu avô me achar. Uns cinco minutos? Talvez uns dez. Não. Não queria que ninguém me achasse hoje. Não, não queria mesmo. Atravessei o cruzamento e dobrei pra esquerda. Indo rapidamente pro único lugar que ninguém em acharia, com exceção, é claro, do Edward.

Começou a garoar insistentemente. Tive que sorrir quando uma gota mais grossa caiu no meu rosto. Eu acho que era uma das poucas coisas que me faziam sentir viva.

Cheguei na mata mais densa e estacionei o carro. O resto do caminho era a pé. Podem me chamar de tudo menos de fresca. Em compensação podem me chamar de azarada. Nem choveu direito e eu enfiei meu pé em uma poça de água! ÊÊÊ, maravilha!

Cheguei ao meio do lugar. Era ali. A MINHA clareira. Ok, a do Edward, mas ele me empresta. Eu sorri. Era um lugar alto, a luz tocava em determinados pedaços de terra. O cheiro de terra molhada era forte no lugar. Inspirei profundamente e me atirei no chão. A grama dali estava seca.

Passei meus olhos pelo local e ri. Eu era louca! Eu estava sozinha, em um lugar afastado da cidade. Eu era famosa, qualquer um poderia querer me seqüestrar ou alguma coisa assim. Certo que eu deveria andar com seguranças. Eu talvez até começasse a andar, quando eu fosse pra Nova Iorque. Eu nunca fui a nova Iorque. Nunca, nunca e eu moro perto.

Acho que na minha lista de atividades a se fazer isso era a numero, tem outras coisas também. Claro. Como nunca fotografar para sapatos. Sabia que ser modelo de pés é o meu maior medo? Tive que rir. Porque você só fotografa seus pés, seu rosto não aparece. Ok, tem alguns que aparece, mas quase todos o que aparece mesmo é o sapato e o pé. A modelo não importa.

E sabe outra coisa que é única em Forks? Ta, ok, única não, mas muito difícil de se ver? São borboletas. Principalmente as brancas, igualzinha a essa que eu estou vendo agora. Ela fez uma curva em espiral e desceu, pousando no meu indicador. Suas patinhas em minha mão fizeram cócegas e ela voou.

Borboletas significam muitas coisas, mas a que mais me chama atenção é a metamorfose. Todas as borboletas são bonitas, certo, mas antes delas ficarem desse jeito, elas são lagartas feias e gordas. Elas voam, mas as lagartas se arrastam pelo chão. Também tem a simplicidade. Tão comum, um mecanismo frágil, porém voa. … como se fosse quase impossível o que ela faz, mas ela consegue.

A Borboleta fez algumas pequenas curvas no ar e se embrenhou pela mata. 

Suspirei. Eu fui injusta com meu avô. Ele podia ser ruim, me tratar mal, me acordar cedo e me judiar as vezes. Mas em momento algum, mesmo com suas grossuras ele demonstrou não se preocupar comigo. Ele só queria meu bem. Não havia necessidade da cena que eu fiz antes de vir pra cá. Eu estava estressada com o que estava acontecendo com meu irmão e a puta da Vera. Bufei. Ela tinha ido embora esses dias, terminou com ele. Doente!



When i look at you – Miley Cyrus
()


“Uma moeda por seus pensamentos.” Uma voz me sobressaltou. Era Edward. Ele vinha com um sorvete de morango na mão. Tive que rir, era o meu favorito.

Eu sorri. “Eu já tenho muitas moedas, mas aceito o sorvete.” Declarei, indo o abraçar.

Ele me recebeu com um caloroso e quente abraço. “Você demorou muito pra chegar.” Comentei. Ele ainda não me entregou o sorvete.

Ele riu e me girou no ar. “Você está aqui não faz trinta minutos.”

Eu bufei divertida. “Já soube da cena?”

“Minha avó disse que você tinha discutido com seu avô.” Deu de ombros me encarando “E você fugiu de mim ontem.”

Eu gargalhei. “Não fugi de você.” Fugi de mim; completei, mentalmente.

“Meu avô mandou você aqui?” Perguntei e ele bufou.

“Sim.” Declarou ele. “Ele está atrás de você e já me ligou cinco vezes em cinco minutos.” O celular dele tocou. “Seis vezes.”

Eu ri. “Vamos voltar.” Sorri. “Ele não merecia isso.”

Eu tentei pegar mais uma vez o sorvete e ele o levantou.

“Merecia sim!” Disse, assustado e exasperado. De uma forma engraçada. “Se você quisesse bater nele também podia.”

Revirei os olhos. “Eu poderia bater em você, se não me entregar o sorvete!” Anunciei saindo, ele me puxou pelo braço e enfiou o sorvete no meio da minha testa.

“Aí está.”

“Eu não acredito, você é um idio...” Aí ele me beijou. Na boca. De língua! Aaaaih!

Suas mãos seguraram forte minha cintura e eu coloquei as minhas em sua nuca. Eu não entendi porque ele fez isso, mas eu... Eu gostei. Eu havia evitado pensar nisso ontem, evitado de forma firme por achar ser errado, mas agora parecia ser o mais certo. Suas mãos percorreram minhas costas e me abraçaram, me fazendo girar ainda no meio do beijo, o sorvete fez um frescor estranho na minha testa. Eu comecei a rir e me abracei a ele.

Aquilo era errado, mas o errado era muito, mas muito bom mesmo – e melado.

“Eu não quero que você fuja.” Murmurou contra meus lábios. “Eu quero você pra mim, Bella, do modo mais literal possível.”

Oh, my god! Morri. 
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Estava indo pra Port Angeles, cansada e irritada. A conversa com o meu avô havia sido adiada por problemas com o bendito restaurante e eu estava muito aérea. Depois do que Edward me disse na clareira saimos logo de lá sem nem tocar de novo no assunto e agora, estava indo encontrar meu avô. Ele me devia muitas explicações.

As ruas de Forks estavam estranha,ente vazias. Era muito chato andar por um lugar assim. Um gato PRETO atravessou rapidamente a rua e eu perdi o controle da direção.

Alguma coisa em mim pressentiu o perigo. Senti algo macio bater contra mim e eu perder os meus sentidos... Ai, Deus. Abri os olhos e suspirei. ”timo! Que é esse negócio branco na minha cara? O air-bag? Desci do carro e fui dar uma olhada no estrago. Choraminguei altamente.

“Ele recém voltou da oficina!” Chorei, chateada. “Eu odeio minha vida!” Chutei o pneu e machuquei meus dedos. “Ain, por que não me matam logo? Eu só me ferro!” Choraminguei, chateada.

Cara, será que me dia podia ficar pior?

“Mãos pra cima.” Disse alguém colocando algo nas minhas costas. “Isso é um seqüestro relâmpago.” Enrijeci.

‘ Deeeeus, eu não tava falando sério sobre morrer, viu? EU AMO MINHA VIDA!

“Olha, meu companheiro.” Tentei persuadi-lo “Eu não sou quem você pensa. Sério.”

“Shiu!” Tentou me calar.

“Eu só sou parecida com a Isabella, mas eu sou a dublê dela.” Fiz positivo com as mãos “Esse carro nem é meu, eu não sei nem como vou pagar o conserto da linda Mercedes Benz que está desmontada agora.” Choraminguei, deslisando em meu difarce.

“Cala a boca, garota!” Rosnou o homem. “Entre já naquele carro amarelo lá. E fique lá dentro.”

Eu me virei com cara de tédio. “E você realmente acha que eu vou entrar por livre espontânea vontade?”

“Sim.” Respondeu o mascarado.

“Haha!” disse, indo pro outro lado.

Ele suspirou e me arrastou pro carro. “Achei que seria mais fácil seqüestrar alguém.” comentou pra si mesmo. Rosnei.

”timo, Isabella, seqüestrada por um amador. Só espero que ele lembre de me dar comida, porque aquele café da manhã, com certeza não me alimentou direito.


*


“Olha, vamos ter umas regras aqui.” Dizia ele, andando de um lado pro outro na sala. Eu estava jogada em um sofá com o braço preso a um algema que ia de um lado ao outro da sala. Me dando acesso a toda a peça, mas sem me deixar sair dali. “Eu lhe alimento, três vezes ao dia e você poderá usar ao banheiro sempre que quiser.” Ele sorriu “Se você for boazinha eu não lhe machuco.”

Revirei os olhos e não respondi.

“Você não pode nunca gritar ou fazer fiascos, eu tenho visinhos, ok?” Ele disse, sério. “Você também não pode me xingar ou bater em mim, não gosto disso... Sou meio sensível.” Ele sorriu. “E nunca chegue muito perto de mim, sem perfume de dá alergia.”

Eu gargalhei. “Ok, agora me dê as chaves das algemas.”

“O quê?” Perguntou, confuso.

Que paspalho! Ele praticamente me disse o que fazer pra sair daqui. Passei as mãos no rosto, impaciente e me atirei no sofá. Quantos dias eu posso ficar aqui até a imprenssa descobrir? Seria um up em minha carreira que vou te dizer! E o meu avô iria pirar! …, ele ia se sentir tão culpado... …, talvez eu fique por aqui.

“Nada, seu retardado.” Disse, tensa. “E quanto a roupas? E banho? Você pensa que eu uso o quê? Eu uso um xampu que custa 150 dólares, sabia? E o condicionador é praticamente o dobro! Se meu cabelo ficar ruim, matam você... E cremes! Nossa! Meus cremes são importados, sabia? Quero todos! Não posso deixar de me cuidar, vivo disso.”

Me espreguicei e cruzei as pernas por cima do sofá. Ele parecia confuso.

“Você vai me desfalcar assim, sabia?” Perguntou irritadiço.

“Ninguém manda ser um péssimo seqüestrador.” Dei de ombros.

“Olha, me respeite, ok?” Disse, ele saindo da peça. “Vai ficar sem comer.”

Revirei os olhos.

“Saia logo daqui!” Resmunguei. Ele saiu, com um semblante preocupado. Acho que levou a sério eu usar xampus daquele preço. Otário. Fechei os olhos e tentei dormir. Sim, aqui dormiria até a hora que eu quiser. Eu acho que finalmente enlouqueci, mas nem ligo. Com certeza ser seqüestrada é melhor que viver com vovô Cullen!

Suspirei em puro deleite. Enfim, férias!

.
.
.
“Achei que você nunca mais fosse acordar!” Resmungou o carinha. “Você dorme feito pedra!”

“Ah, valeu.” Sorri. “Trouxe minhas roupas?”

“Ah... Bem...” Ele se atrapalhou. “Não as suas, as da minha irmã... Vocês devem vestir o mesmo numero.”

“Ok, passe pra cá, quero tomar um banho.” Sorri.

Quando peguei as roupas eu senti vontade de gritar. “Você está tirando com a minha cara?” Rosnei segurando um lençol, digo saia, da baleia, digo, irmã dele.

“Sim.” Deu de ombros. “Era só o que ela tinha disponível.”

“Ok.”

Ali tinha saias que iam até o joelhos, blusas compridas e largas que tapavam todo o corpo. Claro! Viva! A mulher além de ter algum complexo para tapar o corpo devia pesar umas mil toneladas! Isso aí, Isabella, ta no caminho certo.

“Olha,” Eu rosnei. “No dia que isso me servir VÃO CHOVER ELEFANTES!” Gritei, brava. “Sua irmã é o quê? Uma baleia?”

“Não ofenda a Clementina, ok?” ElE disse arrancando as peças da minha mão. “E eu não achei os seus xampus, então te trouxe isso.” Me entregou um vidrinho com um liquido verde dentro.

“E o quê é isso?” Perguntei, sem paciência.

“Não sei.” Deu de ombros “Disseram que fazia bem pros fios.”

“Ok, pode esquecer. Não vou usar isso na cabeça mesmo!” Disse, empurrando sua mão pra longe e mim. “Estou com fome. O que tem pra mim aí?”

“Bom... Como você é uma modelo e eu sei que vocês comem pouco, eu comprei uma coisa saudável pra você.”

“Ok. Me dê logo estou com fome!”

Ele me entregou uma folha de alface e um aspargo. “Ta, cadê o resto?”

“Ora, é só isso, né? Você quer ficar gorda e eu não receber o resgate? Pode esquecer!” Disse, jogando as mãos pra cima, irritado. “Você é muito chata!”

“E você é um idiota!” Gritei, irritada. “Quero sair daqui já!”

Ele revirou os olhos. “Só espere um pouco mais, seu avô vai querer pagar o resgate e você será entregue.”

.
.
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2 dias depois.


“Que velho mais mão de vaca!” Gritei em plenos pulmões. “Eu vou lhe arrancar os olhos quando sair daqui!”

“Eu só queria que você arrancasse dinheiro...” Murmurou o cara.

“Meu pai vai acabar vindo pra casa!” Me apavorei. “Você sabe se a midia já está sabendo disso?”

“Sim. Estou de tocaia na frente da casa daquele velho!” Resmungou “Sabia que ele não quer deixar sua avó pagar? Disse que eu tenho que ser preso... Que ridículo!”

Eu acabei rindo dele. “Você me seqüestrou e quer sair impune?”

“Obvio. Vou pro México.” Disse, confiante.

“Ok, sonhe garoto.” Disse, revirando os olhos divertida. “Mas me diga: O meu pai já sabe?”

“Sim!” Riu ele, baixo. “Só que ele está preso na Inglaterra!”

“Por quê?” Perguntei, chocada.

“Problemas com os aeroportos de lá.” Revirou os olhos. “Um tal de Charlie está aqui também... Ele está louco atrás de você.”

“Você tem certeza disso?” Perguntei. Eu e Charlie não conversávamos muito a um tempo... Aliás, fazia muito tempo. Ele parecia não se importar muito comigo.

“Sim.” Suspirou se jogando no sofá. “E decididamente eu estou de saco cheio... Acho que vou matar você.”

“O QUÊ?”

“Eu to brincando.” Riu ele. “Você nem é tão nojenta quando está alimentada e vestida.”

Eu ri. Não estava vestida coisa nenhuma. Estava com uma camiseta dele e só. Eu ri muito quando ele teve que me comprar roupas intimas. Ele chegou muito vermelho dizendo que as vendedoras acharam que tinha sido pra ele. Enfim: cômico. E quanto ao alimento: ele me alimentava de saladas. Só saladas! Mas estava tudo certo.

“Minha irmã disse que se você der mais um dos berros que você deu noite passada, ele vem te bater.” Anunciou.

“Ah, vem é?” Revirei os olhos. “Como? Rolando?”

“HAHA.” Disse, entediado. “Não teve graça. Fique quietinha aí.”

Me joguei no sofá e liguei a Tvzinha que tinha ali. Em todos os canais dizia a mesma coisa: Sequestro relâmapago de Isabella Swan, continua sem solução.

”timo! Em um, aparecia as imagens da delegacia. Rose, Alice e Jasper estavam em um canto tensos, Alice parecia ter chorado rios e Rose parecia querer voar em um policial. Típico. Vera e Emmett estavam sentados em uns banquinhos e ela se jogava nele, que estava com um semblante fechado e preocupado. Charlie estava com uma garotinha pequena no colo. Aquele imagem encheu meus olhos de lágrimas. Aquela era Renesmee. Como estava enorme.

Toquei inconscientemente a televisão e mordi o lábio inferior para não chorar. Queria sair logo daqui, queria ver a minha irmã.

“...E parece que a senhora Swan está impaciente” Aparecia minha avó brigando com um guarda.

“Isso é um absurdo! Como que a minha neta está em cativeiro? Você são uns incompetentes!” Ela gritava. “Eu quero pagar a fiança, por que o Peter está se negando tanto? Que esperar que ela morra? NÃO ME TOQUE!” Ela gritou quando um guarda tentou acalmá-la.

Puff. Ela não se estressaria tanto se soubesse quem era o cara. Edward e Peter eram os unicos que não estavam ali.

“AAAAAAH!” Disse o trambiqueiro chegando correndo no quarto, com as mãos pra cima, apavorado. “DESLIGA A TV, DESLIGA!”

“O que aconteceu?” Me assustei. Ele veio na minha direção, ainda atrapalhado e tentou me empurrar pro banheiro. “PARE! Que é isso?”

“PARADO! MÃOS PRA CIMA!” Gritou um cara imponente na porta, com uma arma não mão.

“AAAAAAAAI!” Gritei, levantando as mãos pra cima imediantamente.

“Você não, sua bobca, venha já pra cá.” Chegou Peter, irritado atrás.

“Ei?” O cara com a arma apontou com a cabeça pro ladrãozinho. “Você fez xixi nas calças?”

Edward chegou na porta, olhando atordoado pra aquilo e sua expressão se suavizou quando me viu. Corri pra ele, o abraçando.

“Aii, graças a Deus.” Suspirou. “Quase morri de preocupação.” Ele disse, me dando um beijo nos lábios.

“Ei!” Meu avô rosnou, me arrancou de Edward e me abraçou forte. Estranho. Demonstrações de afeto.

“AAAAH!” Chegou uma louca gritando “AQUI ESTÁ ELA! AQUI, AQUI!”

Droga! Reporteres!

“Venham.” O cara com a arma nos rebocou pra fora, onde cinco carros da policia e mil de reporteres no esperavam. Fhashes. Era só o que eu via. Eu ainda estava mesmo de camiseta?

.
.
.
“Eu estava realmente chateada.” Revirei os olhos com a minha voz vinda da televisão “Eu não conseguia assimilar direito tudo o que aconteceu. Foi rápido demais.” Na TV eu sorri, com uma xícara de café gigante e um cobertor por cima de meus ombros.

“Ele machucou você?” Perguntou a repórter de quinta do programinha de fofocas.

“Não, ele não me machucou. Ele só queria o dinheiro da fiança.” Dei de ombros.

“E a vinda de Charlie?” Ela perguntou. “Como você se sentiu quando o viu ali? Porque seu padrasto veio e seu pai não apareceu...” Isso, vaca! Solta o veneno.

“Não. Ele ficou preso no aeroporto da Inglaterra por problemas com os aviões e ele já está aqui em Forks e eu já estou em casa. Charlie está em um hotel daqui e vai ficar mais uns dias, a vinda dele me surpreendeu, mas era normal que o meu pai viesse me ver. E os meus dois pais vieram.” Eu disse, convicta. “E eu também fiquei feliz, já que estava morrendo de saudades da minha irmãzinha.”

“Entendo...” Disse, ela pensativa. “Mas me diga, a unica pergunta que todos querem a resposta,” Ela sorriu. “… verdade que você está namorando Edward Cullen, o membro da banda The Vampires?”

Eles deram um close na minha cara de pânico e apareceu ao lado da imagem um video comigo abraçada a ele e ele beijando meus cabelos, um video de nós correndo juntos e eu o empurrando levemente e gargalhando e um de mim andando de carro com ele.

“Er... Bem... Ele é meu melhor amigo! Não sei de onde vocês tiraram isso.” Respondi, corando em seguida.

“Mas ele é um rapaz bem bonito, você não concorda?” Ela perguntou, maliciosa.

“Claro.” Sorri.

“Bom, isso já é um começo e você sabe que ele gosta de você e...”

Desliguei a televisão. Estava realmente chateada com aquilo. Depois daquilo, eu fiquei horas fazendo um boletim de ocorrencia e eu ainda tive que ouvir meu avô e a minha avó, juntos, me dando explicações.

“Nós tivemos um caso...” Ela disse, nervosa. “Mas não deu certo.”

“…, ela era insuportavel.” Completou ele.

“Ah, era? Pelo menos eu não era um capacho dos meus pais!” Rebateu.

Depois disso, ele discutiu com ela e ela ficou furiosa e foi embora. Preferi não perguntar mais nada. Edward estava furioso comigo, acho que por causa da entrevista. Ele ficou mesmo de mal comigo e eu, agora, estava aqui, no meu quarto de verdade, na minha casa de verdade, com o meu pai de verdade abraçado a mim, dizendo o quanto sentia não ter ficado comigo quando eu precisei.

Por ele pra fora do meu quarto foi só possivel porque Emmett se irritou com a melação e correu ele daqui. Mas foi igualmente chato, porque agora ele fica na minha volta me paparicando, nem a Vera aguentou mais toda essa atenção e foi embora. Saco. Vou ter muita atenção.


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