O Melhor dos Dois Mundos escrita por AnaMarinho11, Lady B


Capítulo 10
Perdoar é Preciso - Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Não, nós não abandonamos a fic (:



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POV Lily

Acordei com uma dor nas costas do cão.

Percebi que meu colchão estava muito mais duro do que realmente era, e meu travesseiro estava muito mais gostoso.

Abri meus olhos e me deparei com um par de olhos castanho-esverdeados me observando. Aquele castanho-esverdeado que eu poderia passar dias olhando e não me cansaria, aquele tom que, por mais que eu observasse atentamente e olhasse nos olhos de todas as pessoas do mundo, nunca acharia uma tonalidade igualmente linda.

Eu não lembrava direito o que tinha acontecido ontem pelo fim da noite. Sei que não estou de ressaca, porque minha cabeça não está latejando, mas o pensamento não vinha. As peças do quebra-cabeça ainda não tinham sido encaixadas.

Fechei novamente meus olhos e senti lábios tocando minha testa ternamente.

James sabia que eu estava acordada, assim como eu tinha plena consciência de nossa situação.

Estávamos nós dois deitados no chão da Sala Precisa. Não sozinhos, claro. Era possível ver Marlene de costas para cima apoiada nos pés de Dorcas, Sirius, o abusado, deitado ao lado de Marlene com a mão boba em partes traseiras da minha melhor amiga e Remus dormindo como uma criancinha de cinco anos, em uma “pose de anjinho”.

Parecia a típica cena de filmes americanos em que os adolescentes acordavam depois de uma festa, com uma p*ta ressaca, não lembrando de por... caria nenhuma.

A nossa situação não estava muito prazerosa... Eu estava só de shorts e sutiã, James de cueca e meias, Sirius só de cueca, Remus sem a blusa, Lene de lingerie e Dorcas sem sua calça.

Quando resolvi me levantar, senti uma mão envolvendo minha cintura, quase que prevendo meu movimento e me impedindo de realiza-lo.

Me encostei novamente em seu peito e deixei minha mão percorrer toda a extensão de sua barriga, até que de repente...

- SIRIUS BLACK, TIRA LOGO SUA MÃO DAÍ – gritou, acordando a todos, Lene – OU VOCÊ RESOLVE TIRAR SUAS PATAS DE CIMA DA MINHA LINDA BUNDA, OU EU VOU GARANTIR PARA QUE VOCÊ NÃO TENHA MAIS SEU “SIRIUS JUNIOR”.

Sentei para ver a briga e senti novamente o braço de James, porém dessa vez em meus ombros.

- Marlene, sua filha da... sua mãe, quantas vezes eu vou ter que falar que NÃO SE MEXE COM O MEU SIXZINHO !

Essa foi de mais. Sixzinho? Começamos todos a rir enquanto Sirius nos fuzilava.

De repente, o riso sessou e senti os olhares se voltando para mim.

- OMG! – exclamou Dorcas – Aconteceu alguma coisa que eu não saiba?

Olhei para Dó e respondi com um aceno negativo de cabeça enquanto James me dava um beijo no ombro.

Mesmo com a minha negação, todos nos olhavam curiosos.

Então resolvi mudar de assunto.

- Gente, tô com fome... – comecei a falar, mas fui interrompida.

- QUERO LEITE! E EU ASSUMO, UMA PIPOCA ME SACODE. QUERO CROQUETE, COM MAIONESE. EU TE APRESENTO...

- SIRIUS ! CALA A BOCA, SEU IMBECIL! – Lene começou a bater no cachorrão com seu jeans.

- Lene... – Dorcas começou  – Você conseguiria ficar uma hora sem brigar com o Six ? – Lene assentiu – ÓTIMO ! UMA HORA DE SOSSEGO, CAMBADA!

Marlene bufou e foi para um canto da sala onde sua blusa estava jogada.

- Gente... Sabe o que eu tava pensando? – perguntou Remy parecendo procurar algo.

- Não sei se você ainda não percebeu meu caro amigo aluado, mas essa fanfiction aqui é de Harry Potter e pelo que eu me lembro, o personagem que tem o poder de ler mentes é um vampiro de outra saga, mais conhecida como Twilight, então... Não, nós não sabemos o que você está pensando. – James falou e eu olhei boquiaberta para ele.

Como assim ele conhecia Crepúsculo??

OMG, depois dessa eu acredito em tudo.

Remus revirou os olhos e continuou falando.

- Ficamos muito impressionados com o seu monólogo Jay, mas o que estava tentando dizer é... O Frank não tava aqui com a gente também?

Putz, é verdade. Eu me lembro de que o Longbottom estava jogando aqui com a gente, mas... Não faço a mínima ideia de como ele desapareceu.

Será que ele foi raptado pelo coelhinho da páscoa?

Coitado... Mas, pense bem, ele vai ter chocolate à vontade para o resto da vida dele!

Ok, brisei LEGAL agora.

- Ah, tá. – falou Sirius avoado e todos olhamos para ele.

- Ah, tá o que? – perguntei.

- O que o quê? – disse Six parecendo acordar de algum pensamento (?).

Bati com a mão na minha testa e fui ao lado dele.

- O QUE VOCÊ TAVA PENSANDO CRIATURA? – perguntei chacoalhando-o.

- Ah... Isso. O Frank não tá aqui. E eu lembro de acordar de madrugada com ele levantando, abrindo a porta e indo embora.

- Mas por que ele fez isso? – perguntei.

- E lá sei eu Lily? Voltei a dormir né?

Hum... Interessante. Mas tanto faz, isso não muda a minha vida e... Poxa, eu tô com uma fome caverna agora.

- Whatever povo... Depois a gente descobre o que ele fez. E agora... Vamos tomar caféé !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Exclamei (juuuuraa ?!) animada.

- Mas Lily... – Remus começou a falar. Nossa, como esse pessoal tá começando hoje, hem... – A gente não pode sair daqui e ir pro Salão Principal com as mesmas roupas que estávamos ontem, né? O que vão pensar?

Uh... Remy tinha razão...

AAH !!! ACENDEU UMA LUZINHA!!!

- Elementar, meu caro Remuxo... Simples assim...

Logo após falar, pensei no meu vestido azul de verão e em uma rasteirinha branca e delicada, e de repente eles estavam na minha mão.

Comecei a tirar meu shorts jeans quando, de repente, sinto todos os olhares em mim.

- Sabe Lily... – James se protestou – Eu achava que você era um pouquinho mais tímida, amor...

- James, love da my life... – olhei pra ele enquanto todos olhavam para mim – Já me troquei na frente de muita gente “estranha”. – fiz aspas com as mãos – Nada me impediria de me trocar na frente dos meus amigos...

Olhei pra Marlene, que, assim como eu agora, estava só de lingerie, e ela me mandou um sorrisinho convencido.

- E além do mais... – comecei novamente – Olhem para Lene! – todos olharam para a morena que estava do outro lado da sala - Ela tá assim por causa do jogo... Não faz muita diferença...

- É... – Dorcas concordou.

- E também... – atraí as atenções de volta para mim – Já fiquei assim jogando strip poker...

- O QUE? – Sirius me respondeu – COMO ASSIM “JÁ FIQUEI ASSIM JOGANDO STRIP POKER”? VAI PERDENDO E TIRANDO UMA PEÇA DE ROUPA?! LILY EVANS! MOCINHAS NÃO JOGAM STRIP POKER! E NEM STRIP POKARIA NENHUMA! (N/A/A: O “pokaria” é por causa de poker... não é erro ortográfico não, viu...) (N/A/B: Quantas vezes eu tenho que dizer que piadinha sem graça NÃO SE EXPLICA!!)

- SIRIUS! PARA DE DAR UMA DE IRMÃO CIUMENTO! – gritei com ele.

Eu e Sirius tínhamos virado amigos no primeiro ano, assim como toda galera. Mas, diferentemente do que aconteceu com as outras meninas e meninos, nós continuamos a ser amigos, e então ele “desenvolveu” um ato de protecionismo sobre a minha pessoa. Meio que como um irmão mais velho.

- COMO ASSIM PARAR DE DAR UMA DE IRMÃO CIUMENTO? PRIMEIRO VOCÊ DIZ QUE JÁ FICOU “SEMI-NUA” NA FRENTE DE “DESCONHECIDOS”, E AGORA FALA QUE JÁ FICOU ASSIM JOGANDO STRIP POKER! O QUE VOCÊ QUER QUE PENSEM DE VOCÊ? QUE É UMAZINHA AÍ QUE SAI COM QUALQUER UM?

Ah... Ele tava jogando lenha na fogueira...

- NÃO, SIRIUS. EU NÃO SOU UMA DESSASINHAS AÍ. EU SÓ SOU UMA ADOLESCENTE. VOCÊ NÃO JOGA STRIP POKER? NÃO FICA “SEMI-NU” NUMA BOA? POR QUE PRA MIM TEM QUE SER DIFERENTE?

Sirius olhou em meus olhos, e, pelo jeito, ficou mais calmo.

- É só que você é a minha menininha. E eu não quero que ela cresça. É difícil pra mim. Eu sou homem, você mulher... Mulheres tem que ser mais certinhas... Não ficar ficando semi-nuas por aí. – falava Six calmamente – Meu único consolo agora é saber que você é virgem.

- O QUE ? – berramos todas nós (meninas).

- Eu não sou virgem, Sirius. – falei na maior tranquilidade do mundo.

- COMO ASSIM?

- Como assim, como? Quer que eu te explique?

- NÃO! EU SEI COMO, MAS COMO, LILY!?

- Nada de mais Sirius. Aconteceu, ponto. Nada vai mudar o que já passou.

- Quem Lily? – ele começou, em um tom ameaçador.

- Como assim quem ?

- O imbecil que tirou a pureza da minha irmãzinha. – falou mais ameaçador ainda.

- Meu ex-namorado.

- QUAL, MERLIN? QUAL?

Fiquei em silêncio por um tempo, até que Sirius voltou a falar.

- Não vai responder? – perguntou impaciente.

- Não sei... Você perguntou pra Merlin, não pra mim...

Sirius bufou e eu segurei o riso, assim como todos.

- Dá pra me responder? – insistiu Sirius.

- Logan Lerman, quando a gente namorava, à dois anos, em Paris, três dias antes do meu aniversário, logo após uma festa, e não, nós não estávamos bêbados. Antes que você pergunte, namoramos seis meses, mas depois eu me apaixonei pelo Cole Sprouse e terminei com ele. Ainda somos amigos e nos vemos de vez em quando. Sim, ele conheceu meus pais e não, você não conhece ele. Ele não é de Hogwarts e é trouxa... Ele é um doce de pessoa e eu o amo muito, até hoje... Mas só como amiga. E não Sirius, você não pode arrancar o pescoço dele... Ele é um bom rapaz. Vocês seriam grandes amigos. Ele é dois anos mais velho que eu.

Todos me olharam espantados. Eu sabia tudo que Sirius iria me perguntar, assim como ele fez quando descobriu, no segundo ano, que eu não era mais BV.

Cara, que “irmão” eu arrumei, hem...

Mas ainda assim eu o amo muito.

POV James

Nossa, a ruiva realmente sabia o que o Six ia perguntar.

Confesso que fiquei com ciúmes ao saber do “segredinho” do meu lírio... Mas não pude fazer nada...

Como ela mesma disse, já tava feito, e ponto.

Mesmo eu esperando que ela estivesse se guardando para o verdadeiro amor (vulgo eu), isso até que é justo.

Mesmo eu não querendo falar isso (a autora me obrigou), se nós, homens, na sua maioria não fazemos isso, por que as mulheres teriam que fazer?

- Lily Evans ! Dois anos mais velho ? É pedofilia ! PEDÓFILOOO ! Onde ele mora ? – começou Sirius.

- Sirius... – interrompi – Deixa a ruiva um pouco em paz.

Todos me olharam indignados. De todos que poderiam ter uma “má reação” a essa notícia, eu era o segundo depois de Sirius. Afinal, eu que a amava, não?

- COMO ASSIM? DE QUE LADO VOCÊ TÁ, SEU VEADO COR DE ROSA?

Veado cor de rosa ????????????????????????????????????????????????????????????????

COR DE ROSA ????????????????????????????????????????????????????????????????????

(Nota Mental: Perguntar pra Tia Minnie se existe um veado cor de rosa)

- É CERVO, SEU VIRA-LATA! E COR DE ROSA É A SUA BUNDA.

- Na verdade... – começou Sirius a me contestar – Ela é meio branquinha... Eu nunca tomo sol sem sunga... Então ela é meio... Cor de talco, sabe... – falou com voz infantil – Mas ela continua sendo SUPER-SEXY! – acrescentou entusiasmado – E NÃO FOGE DO ASSUNTO, JAMES CHARLUS POTTER!

Oopa! Ferrou. Usou meu nome completo... E nem colocou o Pontas entre Charlus e Potter...

- Pensa Sirius... Você tirou a inocência de quantas menininhas? – Sirius ficou quieto – Muitas né?  Algumas até mais novas que você... – ele me olhou indignado – E a Ruiva tem a sua idade, nada a impede de não ser pura, assim como você. E eu estou do lado da razão, ou seja, o da Lil’s.

Me orgulhei do meu pequeno monologo, assim como a Red, que veio para o meu lado e sussurrou um singelo obrigada ao pé do meu ouvido enquanto me abraçava.

Sério (não que eu esteja reclamando...), parece que eu e a Lily estamos juntos a muito tempo. Até alguns dias atrás a ruiva me tratava como um legume insensível, e hoje me trata como um príncipe... Mas... Assim tá bonito...

- James! Que tipo de namorado você é? – Sirius falou, em uma voz completamente gay – Primeiro fica contra mim, e agora me trai com a Foguinho? Amor, você está me decepcionado! – disse, abanando a mão e jogando seus cabelos, quase na altura dos ombros, para traz.

- Ó! – declamei dramaticamente – Amado Siricutico, nunca irei te trocar por nada, minha estrelinha mais brilhante. Lily é apenas um disfarce. Ninguém pode saber da nossa relação super secreta...

Todos riram da nossa encenação, até que Remus nos interrompeu.

- Dá para os dois pararem? Já chega de viadagem por hoje.

- Remuxo, Reminho, Remus remador, não fique com ciúmes, meu amor – falou Sirius, recitando cada palavra em um som de canção de neném.

- Lobo, Lobinho. Lobo, Lobo-Mal. Venha me dar um abraço no meio do Lual. – completei, no mesmo ritmo que Sirius, tentando rimar.

Ligeiramente, Sirius e eu fomos em direção ao Remus e o abraçamos, arrancando risadas das meninas.

- Vixi! – Dorcas tentou falar, sendo impedida por suas próprias risadas – A partir daí é só viadagem...

Nos soltamos do Lobinho e olhamos para ela, que já estava trocada, fazendo uma cara de decepção.

- Não se preocupe, Dorquitchas... – Sirius interrompeu as risadas – O coração do Aluado ainda é todo seu...

Dorcas e Remus ficaram mais vermelhos que os cabelos da Red, e rimos de novo. Até que minha bochecha começou a doer.  

- Sério – falou seriamente Lene, quando parou de rir (também já trocada) – se vocês não andarem logo, só vamos chegar na hora do almoço...

Imaginei uma roupa e comecei a me trocar, não antes sem tirar uma peça de roupa... A peça que me incomodava e tampava a melhor parte do meu corpo...

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As minhas meias.

Qualé. Vocês esperavam que eu tivesse tirado minha amada cuequinha cor de...

PERAÍ! DESDE QUANDO MINHA CUECA É COR DE ROSA?

-SIRIUUUUUUUUUUUUUUUUUS!! O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA CUECA, SEU PATIFE?

Todos olharam para minha cueca e desataram de rir.

- Uh... – começou o cachorro traidor... Depois dizem que cachorros são fieis... – Quem sabe um feitiço irreversível de coloração???

- SEU VIRA LATA, VOCÊ ME PAGA!

Corri rapidamente rápido até o Black e, ligeiramente, peguei minha varinha no chão e fiz um feitiço que havia aprendido na aula da Minerva.

E Sirius ficou com as orelhinhas e o rabinho de coelho mais bonitinhos do mundo...

Cara, como eu sou diabólico...

- Jay, como você é diabólico... – começou minha amada amiga Lene.

Falando em Lene... Alguém sabe da ruiva? Ela sumiu faz algumas linhas...

- Lil’s? – perguntei pela minha Julieta.

- Sim? – respondeu a voz melodiosa e doce da minha linda e amada, amada.

- Ó amada Lily? Aonde estiveres? – interpretei teatralmente, me virando para traz.

- Sempre ao seu lado, amado James. – retrucou Lily no mesmo tom.

- Tanto tempo pode ser compensado por tamanha belezura. Estás estonteante, srta. Evans. Gostaria de acompanhar-me em um delicioso café da manhã?

- Lógico que sim, sr. Potter. – respondeu a ruiva, se curvando de um modo “real” e fazendo uma reverência.

A Lily estava perfeita naquele vestido azul. Seus cabelos ruivos emoldurados por uma tiara prata e a rasteirinha branca a deixavam com um ar mais angelical, se possível.

Ela era uma princesa. Literalmente.

E eu seria seu príncipe.

- Vamos? – eu disse, oferecendo meu braço a ela.

- Claro... – ela me examinou – As meninas vão adorar te ver de blusa e cuequinha rosa...

Corei. E isso era um fato raro... James Potter não corava.

Acabei de me arrumar e, em menos de cinco minutos, já estava pronto.

Dessa vez, estendi minha mão para a ruiva, mas ela negou.

- Vamos esperar eles...

Murmurei um ok como resposta e pensei em um puff, fazendo-o aparecer na sala e indo sentar nele.

Meu gesto foi imitado pela Red, que pensou em um puff... Estranho...

- Lil’s... – comecei – Por que o seu puff tem um formato estranho?

Ela me olhou com um ponto de interrogação na cabeça, e então resolveu olhar para o seu puff, e no momento que fez isso, corou.

- Opa... – examinou novamente o puff – Eu não queria que fosse isso...

Comecei a rir, assim como Dorcas.

- Lily? – falou Dó – No que você estava pensando?

- Sinceramente? – perguntou Lily.

Dorcas assentiu e Lily riu.

- Em uma vez que eu fui com meus pais pra Disney e... Quando a gente foi para o Sea World, eu me apaixonei pela primeira vez e...

- E você se apaixonou... – começou Dorcas.

- Por um golfinho??? – perguntei, segurando a risada.

- Ué! – disse ela, se defendendo – Eu tinha seis anos... E até hoje golfinhos são meus animais favoritos...

Olhei para ela com uma cara suspeita, meio intrigada, e exclamei:

- Achava que seu animal favorito era o Sirius...

Todos começaram a rir, menos o cachorrão.

- Certo... – falou o pulguento – Agora vou me arrumar, antes que me difamem mais ainda...

*30 minutos depois...*

- Acabei!! Vamos tomar café!

- Nossa – começou a Lene – A Noiva finalmente ficou pronta...

Dorcas fuzilou Marlene. Fuzilou tão fuzilamente fuzilado que poderia até ser uma Super-heroína e lançar lazer com seus olhos.

- Marlene McKinnon... Uma hora... – repreendeu Dorcas...

-Rará ! – retrucou Lene – Já se passaram uma hora, quatro minutos e vinte e sete segundos...

Todos reviraram os olhos e saímos da Sala Precisa.

Fomos andando para o salão principal, e muitos nos lançavam olhares críticos... Não era sempre que poderiam ver Lily Evans e James Potter convivendo em um ambiente onde não fosse ouvido gritos e negações da Lily.

Sentamo-nos à mesa da Grifinória ao lado de uma Alice que nos olhava com uma cara meio brava.

- Posso saber onde os senhoritos (?) foram ontem e porque não dormiram em seus devidos quartos?  - perguntou não tentando conter a voz.

- Isso mesmo Alice! Fala mais alto! Quem sabe o diretor não ouve e vem expulsar a gente?? – falou Marlene, a rainha do sarcasmo – É uma anta mesmo. – e da delicadeza, porque né.

- BRUTA! – Allie disse e saiu andando do refeitório.

Todos olharam para Marlene com uma cara de repreensão. Mas duvido muito que ela se sentiu culpada.

- Ah, depois eu me resolvo com ela. – falou dando os ombros enquanto sentava na mesa para tomar o café.

Eu não intendo como mulher consegue fazer tantas coisas de uma só vez. Comigo é assim: ou eu falo, ou eu dou os ombros, ou eu sento na mesa. Uma coisa de cada vez manolo!

O resto da população de paçocas (leia-se os meus amigos) acabou de se sentar. Eu sentei do lado da minha ruivinha né? Óbvio!

Peguei na mão dela que estava em cima da mesa e sorri. Ela olhou para mim com aqueles olhos claros, porém muito calorosos e sorriu de volta. É... Parece que minha vida está começando a entrar nos eixos.

POV Lily

- AH!!! PELAS CALCINHAS DE MORGANA,  LILY! EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ VAI SER ENTREVISTADA PELA CLAIR LONDANCES!!!!! – gritou Dorcas em nosso dormitório quando contei às meninas que precisava sair mais cedo hoje, já que tinha uma entrevista.

- Quem é Clair Londances? – perguntou Alice.

- SEI LÁ! – exclamou Dorcas. – MAS É A CLAIR LONDANCES, CARA!!

É, essas são as minhas amigas. E sim, elas são loucas.

- Ai Merlin, me dê paciência... – suspirou Marlene saindo do banheiro.

A Lene acabou tendo que pedir desculpas a Alice pelo comportamento bruto naquele dia no salão principal. E nós quatro chegamos à conclusão que uma é muito sensível e a outra um pouco grossa demais, então temos que arrumar um meio termo. Mas a gente se ama! Awn!

E esse ano está aparentando ser o melhor da minha vida.

Os primeiros dias de aula tinham passado calmamente. Lógico que os professores já começaram a fazer pressão na gente para os NIEM’S, mas nada que eu não tire de letra depois. Não tomei nenhuma detenção ainda, mas os marotos já tem coisa para fazer à tarde pela semana inteira, principalmente o James...

James. Ele tem se portado como um príncipe por todos esses, hum... Três dias desde que eu o beijei por vontade própria. Ele está tão fofo que eu ainda nem me arrependi de ter aceitado sair com ele.

Mas cara... Como é que eu posso me arrepender? Ele é lindo, amigo, gentil e está tão mudado que eu não vejo problemas em me... NÃO LILY! VOCÊ NÃO PODE ESTAR SE APAIXONANDO! NÃO MESMO!

- Lils, você vem com a gente almoçar? – perguntou Alice.

- Podem ir indo, eu tenho que entregar esses cadernos para o Remus.

Elas assentiram e desceram. Como eu vou perder as últimas aulas para ir à Londres ter uma entrevista com a People (ou com a Clair Londances, como a Dorcas preferiria) eu vou deixar meus materiais com o Remus que além de saber o real motivo de eu ter que sair mais cedo é o meu amigo mais aplicado nos estudos e vai dar conta de anotar tudo certinho para mim.

Peguei meus cadernos e saí do quarto. Olhei para os lados para ver se alguém estava vindo e entrei sorrateiramente no dormitório masculino.

Imagina se eu vou entregar as coisas para o Remus e encontro o James pelado? Aiii tentação...

Cheguei na porta do quarto que eu sabia que era dos marotos e parei quando comecei a escutar uma conversa que pareceu um pouco interessante.

Mas fala sério... Quando que uma mulher não gosta de uma fofoca, hein? E a culpa não é minha se eles se esqueceram de usar o abaffiato.

Resolvi esperar um pouco e parar para escutar. Ainda mais agora que eles parecem estar conversando sobre alguma aposta.

- Ah não... Nem vem cara. Não vou fazer isso! – falava Sirius.

- Mas é claro que vai! Você perdeu! – discordou Remus.

- Me livra dessa... – Six.

- Nananinanão! Você vai ter que pedir para sair com a McKinnon de cuequinha rosa de patinhas no meio do salão principal! – disse James.

Hahahahahaha! Essa eu quero ver... Imagina só o Black de roupa íntima convidando a Lene para sair na frente de todo mundo!

Vai ser um sarro!

- James... – implorou Sirius.

Nossa... Agora eu tô pensando aqui... Qual será que era o motivo da aposta? Devia ser uma coisa muito impossível, porque para o Sirius se arriscar desse jeito só tendo certeza que não ia perder de jeito nenhum.

- Você apostou comigo Black! E eu ganhei a aposta! Fiz com que a Evans aceitasse sair comigo!

EU. NÃO. ACREDITO!

Deixei todos os livros caírem no chão devido a enorme surpresa e percebi que os garotos tinham se dado conta da minha presença. Saí correndo de lá tentando conter o choro.

Não, ele não pode ter feito isso comigo! Dessa vez eu tinha acreditado que ele gostava de mim de verdade, dessa vez eu tinha dado um voto de confiança para ele, dessa vez eu tinha me dado uma chance de ser feliz. Mas tudo não passou de uma mentira.

De novo.

Como ele pode ter sido tão baixo a ponto de me apostar? Depois de ter dito todas aquelas palavras bonitas e que pareceram tão sinceras. Parece que minha mãe está mesmo certa. As pessoas podem até tentar mudar, mas no fundo sempre continuarão sendo as mesmas.

E aqui estou eu mais uma vez me desmanchando em lágrimas pelo mesmo motivo de sempre. James Potter.

Acontece que dessa vez não são lágrimas de raiva por ele me zoar, nem de estresse por ter que rejeitar todas as propostas dele, e muito menos de confusão por não saber o que eu sinto de verdade pelo garoto de cabelos rebeldes.

Dessa vez meu pranto é de tristeza, de decepção e de falsas esperanças. Eu me permiti aceitar a sair com ele, eu me permiti a acreditar em tudo o que foi dito, eu me permiti sim, admito, a ficar apaixonada. Só para ser derrubada mais uma vez.

Não vi mais motivos para ficar até às duas horas na escola. Decidi que iria embora para Londres naquele momento. Eu não estava pronta para ter que olhar para a cara do Potter de novo.

Só tinha um problema.

Para desaparatar dentro de Hogwarts eu tinha que ter a permissão do Dumbledore. E a permissão tinha sido dada somente para duas horas depois.

Limpei meu rosto e fui correndo até sua sala e, depois de dizer a senha (sempre a mesma), entrei no recanto do nosso diretor.

- Professor? – perguntei abrindo a porta bem devagar.

- Pode entrar senhorita Evans. – disse com a voz sempre calorosa.

Adentrei a sala bem devagar e me sentei em uma das poltronas indicadas por ele.

- Então, o senhor se lembra de que hoje eu preciso sair um pouco mais cedo, certo?

- Absolutamente, e é sobre isso mesmo que eu precisava conversar com...

- É que surgiu um imprevisto e eu preciso sair agora mesmo e eu preciso da sua permissão, senhor. – falei.

- Tudo bem, minha querida. Permissão concedida. – disse estralando os dedos e eu sabia que esse era o sinal que eu precisava para sair – Só que eu preciso que... – ele começou, mas na hora estava tão aturdida que nem percebi que comei a interrompê-lo.

- Muito obriga diretor! – disse e saí correndo de sua sala.

Torcendo para não dar um encontrão com James no caminho, fui até o começo da floresta proibida, onde costumo aparatar para os outros lugares, por ser uma área restrita da escola, não tendo ninguém ali.

E com o meu pensamento ainda em todas as mentiras que ele tinha me contado, deixei a escola sem avisar ninguém. Somente eu e o meu sofrimento.

POV James

- Olha só Sirius! Acabei de me lembrar de uma coisa. – exclamei enquanto me trocava.

Tava todo o bando de manés lá no dormitório. Como teve aula vaga, todo mundo foi tomar um banho ou qualquer outra coisa para almoçar.

E como eu sou uma pessoa maravilhosamente maligna que não se esquece de nada eu fui cobrar o meu amiguinho de uma coisinha que ele tinha prometido fazer, mas que eu ainda não tinha visto.

- Sério? Quer um prêmio? – disse o idiota.

Até que um prêmio não seria tão má ideia assim... Ainda mais se fosse um beijo da Lily... FOCO JAMES!

- Haha! Muito engraçadinho o senhor. – falei enquanto via o Remus rolando na cama de tanto rir.

- Eu sei, são várias as minhas qualidades. – ai, que humilde.

- Então você não vai se importar nem um pouquinho de pagar a aposta que você está devendo para nós, não é mesmo?

Hehe, te peguei bocó.

- Ah não... Nem vem cara. Não vou fazer isso! – falou parecendo se dar conta do que eu estava falando.

- Mas é claro que vai! Você perdeu! – disse Remus entrando para a dança.

Parece que todo mundo se lembrou agora da aposta que a gente tinha feito no trem.

- Me livra dessa... – Sirius.

Ah tá Claudia, senta lá.

- Nananinanão! Você vai ter que pedir para sair com a McKinnon de cuequinha rosa de patinhas no meio do salão principal! – falei e escutei Frank dar uma gargalhada depois de perceber a roubada que o amigo tinha se metido.

- James... – implorou Sirius vindo até mim.

- Você apostou comigo Black! E eu ganhei a aposta! Fiz com que a Evans aceitasse sair comigo!

A nossa conversa foi cortada por um barulho de alguma coisa caindo do lado de fora da porta. É macumba!

- Mas o que é isso agora? – perguntei não esperando uma resposta e fui, junto com os outros, olhar para fora do quarto.

Encontrei vários cadernos no pé da porta e, quando olhei para frente, só consegui enxergar uma cabeleira ruiva desaparecendo pelas escadas.

Lily. Ela escutou a parte da aposta.

- LILY! – gritei e saí correndo rumo ao salão comunal da Grifinória.

Cheguei lá em baixo, mas ela já havia ido embora.

Isso não podia ter acontecido. Ela deve ter entendido tudo errado. Deve estar achando que eu sou... Eu sou um canalha.

Eu não podia ter apostado isso. Não, não, não!

E sabe qual é o pior disso tudo? É que dessa vez eu gosto mesmo dela. Não, eu não gosto, eu AMO Lily Evans. E eu estraguei tudo.

Como sempre.

Depois de tantos anos esperando por ela, depois de várias tentativas fracassadas de fazê-la sair comigo, eu faço essa besteira que pode acabar com tudo o que eu tinha planejado para a minha vida.

Se bem que minha vida agora é Lily Evans, e eu acabo de perdê-la.

Dei um murro na parede como se toda a minha frustação fosse passar para lá e escutei os marotos descendo as escadas.

- O que aconteceu, cara? – perguntou Sirius.

- Vocês não viram? A Lily. A EVANS! Escutou que eu apostei sair com ela e saiu correndo daqui. – falei e desabei no sofá.

- Ela entendeu errado. – disse Remus negando com a cabeça.

- Ela deve estar pensando que você é um idiota. – completou Frank.

- Ah, mas isso o James é mesmo! – exclamou Sirius. – Todos e todos os dias.

- Você não está ajudando Six! – Remus.

- Ah, tá bom, tá bom... Não tá mais aqui quem falou.

Ficamos um tempo calados olhando um para a cara do outro. Então eu percebi que não ia resolver nada ficar parado lá como um dois de paus.

- Eu vou atrás dela! – falei levantado do sofá num pulo.

- Não cara. – negou Frank – Você tem que dar a ela um tempo para pensar. Nunca dá certo conversar com uma mulher de cabeça quente, sempre vai dar alguma coisa errada. Pode confiar, eu sei bem o que é isso.

O pior é que o Bicudo tem razão. Se eu encontrar com a Lily nervosa é bem capaz de alguém dizer alguma coisa por impulso e acabar de uma vez com o nosso “quase relacionamento”.

- E agora cara, o que eu faço? – perguntei sentando e colocando as mãos na cabeça.

Frank pareceu pensar um pouco e disse:

- Olha, uma vez me disseram que quando você erra feio com uma menina, você tem que pedir desculpas lindamente. E se me permite, eu tenho uma ideia.

POV Lily

- Podemos começar Lily? – me perguntou Clair Londances da People depois de tudo estar pronto para a entrevista.

- Claro. – respondi.

Depois de chegar mais cedo a Londres e quase causar um ataque cardíaco na coitada da Jolie que não esperava me ver ali naquele momento, o resto dos preparativos aconteceu até que com certa calma.

É lógico que enquanto me arrumava contei tudo o que tinha acontecido para a minha futura titia (vulgo a minha assessora. Eu tinha comentado que a Jolie é namorada do meu tio? Não? Então agora tá comentado) e ela conseguiu me tranquilizar um pouco e fazer o choro cessar.

É, realmente, nenhum homem merece as minhas lágrimas.

Principalmente James Potter.

A Clair até que é legal, pelo menos para uma repórter. Ela me tratou com muita atenção e me ofereceu chá. Sei lá, ela deve ser alguma parente do diretor Dumbledore viu... Ô povinho pra gostar de tomar água de vaca.

- Então Lil... – ela começou a dizer enquanto apertava um botão do gravador – Posso te chamar de Lil, não é?

- Na verdade eu gostaria que todo mundo me chamasse de Haley, esse é um nome que eu sempre quis ter. Mas já que vim ao mundo por uma mãe que adorava o nome Lily, não tem jeito. Então você pode me chamar de Lil. – falei tentando dar uma de simpática.

- Awn! Mas que gracinha você, haha. – foi só pra mim que isso soou um pouco falso?

- Obrigada.

- Mas então me diga, Lil... O que vai vir de novo para os fãs?

- É o seguinte Clair, estrarei no MTV Europen Music Awards, é claro, e posso adiantar para vocês que terei uma surpresa para os fãs e que estarei em alguns programas de Halloween e Natal.

- Ah, então quer dizer que você está entrando em uma vida de atriz?

- Não, não... São só os especiais mesmo.

- Mas você nunca pensou em atuar de verdade? Fazer um seriado, um filme...

- No momento não Clair, meu tempo é muito divido e eu não teria tempo para mais uma coisa. Além de que minha verdadeira paixão é cantar mesmo.

- Ok, e por falar em paixão... Como anda o seu coração?

- Batendo.

- Haha, você é um amor. Mas eu estou falando de amor. Você tem algum garoto especial?

- Quer saber Clair? Pode até ser que um dia eu tive a decadência de pensar em amar algum homem. Acontece que eles são bichos insensíveis que te usam e jogam fora. Eles falam palavras bonitas e fazem você cair em seus encantos, para que? Para depois te largar, te magoar, como se você fosse de brinquedo. – falei um pouco exaltada.

- Nossa, parece que temos alguém com alguma decepção por aqui, não é?

- Decepção. Sabia que eu achava que não ia ter mais isso? Mas aconteceu o que sempre acontece, eu fui iludida. Você pode pensar que não Clair, mas os homens são hipócritas, nojentos, inúteis, canalhas. Nos amam só por uma noite enquanto nós ficamos apaixonadas por tempos. Acham que não temos sentimentos, nos apostam, nos pegam e fica tudo por isso mesmo.

- Mas o que foi que aconteceu para você estar assim?

- Não importa o que aconteceu a verdade vai ser sempre a mesma. HOMENS NÃO PRESTAM! Então eu digo para todas essas garotas apaixonadas que são minhas fãs: Não se iludam com esses idiotas. Não vale a pena. E eu ainda digo mais...

Não percebi que eu estava exagerando e nem me liguei que tudo aquilo estava sendo gravado por uma repórter de uma das revistas mais lidas de todo o mundo. Eu só pensava em colocar para fora tudo o que o canalha do James estava me fazendo sentir. Mas graças a Merlin a Jolie estava persente.

- LILY EVANS! – ela gritou baixinho enquanto me segurava pelo braço – É melhor você se acalmar mocinha! Imagina só tudo isso que você falou saindo em uma reportagem? O que a imprensa vai pensar?

- Tudo bem, tudo bem... – falei e me virei para a repórter – Desculpe Clair, me exaltei um pouco. Er... Será que podemos começar de novo?

POV James

Onde será que a Lily se meteu?

Faz anos que eu tô olhando no Mapa do Maroto, mas parece que a Evans não está aqui em Hogwarts, a não ser que o mapa esteja com defeito.

Não... É lógico que ele não está com defeito... Foi feito por mim! E tudo que vem de mim é tipo... PERFEITO.

E eu também já perguntei para as meninas se elas sabem onde a ruiva está, mas uma se faz mais de desentendida que a outra.

- Será que aconteceu alguma coisa com ela? – perguntei desesperado para o Frank.

- Até agora eu achava essa ideia um pouco possível, mas olha quem vem vindo ali. – falou apontando para a direção da floresta proibida.

E lá vinha ela. A ruiva.

Nem pensei direito e fui correndo em seu encontro. Quando ela percebeu a minha aproximação, mudou a direção em que estava indo.

Voltei a correr atrás dela e agarrei seu braço.

- Hey Lils, eu preciso falar com você!

- Nossa, que interessante! – disse parecendo surpresa – Eu não sabia que legumes falavam!

- Legumes? – perguntei intrigado.

- É! PORQUE VOCÊ JAMES, É UM LEGUME INSENSÍVEL! – gritou e continuou andando.

Fui atrás dela.

- Mas você tem que entender Lils...

- Eu não tenho que entender nada! Seu... Seu... Seu ENERGÚMENO! – berrou parando de andar e virando para mim.

- Ener... o que? – alguém aí sabe?

- Idiota, Potter.

Ela me chamou de Potter. Ela não me chamava mais de Potter. A coisa tá feia mesmo.

- Não, Lils...

- Não o que James? Vai negar que você ME apostou? Vai negar que só tentou sair comigo para não ter que perder para o Black? Eu sabia que nunca devia ter confiado em você, Potter!

- Deixa eu me explicar Lily!

- Você... Você não tem direito nenhum de explicar coisa nenhuma! O disparate já foi feito.

- Dis... o que?

- Besteira, Potter.

- Foi uma besteira sim, mas eu...

- Você o que? Você foi imprudente, estúpido, ignorante, insensível... Por que logo eu? Só porque eu sou um pouco ingênua e você achou que seria mais fácil me enganar? Caramba! Eu acreditei mesmo em tudo o que você tinha me dito, e você me usou... Sabe? Eu não sou um brinquedo!

- Tudo bem, eu sei que eu não devia ter feito isso, mas... Eu não pensei na hora, foi por impulso, e eu sempre quis sair com você, com ou sem aposta. Eu juro.

- Seu mentecapto! Ainda tem coragem de mentir na minha cara!

- Mente... o que?

- Cretino, Potter.

- Será que dá para começar a falar na minha língua? – me exaltei.

- Eu não tenho culpa se o seu cérebro tem tanto retardo assim! – retrucou.

- Tá bom, eu mereci... Mas Lils, por favor, me escuta!

Ela cruzou os braços e esperou. Levei isso como um sim e continuei a falar...

- Desde o começo Lily foi só você quem eu desejei. E por nunca ter te conseguido, sim, eu saí com um monte de outras garotas. Mas sempre foi você a única em minha mente. O Sirius duvidava que eu conseguisse sair com você algum dia, então eu apostei com ele. Só que mesmo se não tivesse a aposta eu faria tudo do mesmo jeito. E eu também só apostei porque eu senti que esse seria um ano diferente. Não sei por que, mas eu me sentia diferente. E quando eu consegui que você me desse uma chance, me senti o homem mais feliz do mundo. Sabe por quê? Porque eu te amo, Lily Evans!

UFA! Falei tudo o que eu precisava. E cada palavra foi verdadeira.

Eu esperava que ela me perdoasse ali mesmo, me beijasse e já começasse a decidir o nome dos nossos filhos... Mas ela simplesmente virou para mim e disse.

- Está blefando.

Então agora é a hora de colocar o plano do Frank em ação.

- Vem comigo. – falei e a peguei pela mão. – Vou ter que te provar uma coisa.

- James...

Não dei ouvidos a sua reclamação, comecei a puxá-la em direção aos jardins, onde a maioria dos estudantes deviam estar localizados devido ao lindo dia de sol que estava fazendo.

Percebi que ela tinha voltado a me chamar de James. Pelo menos o meu minidiscurso tinha servido para alguma coisa.

Chegamos à árvore que fica bem no meio do local. Soltei sua mão.

- Espere aqui. – falei e comecei a escalar.

- O que você vai fazer James? – escutei ela perguntar lá de baixo, mas não respondi.

Ela iria descobri logo.

Me acomodei no topo da árvore onde todos iriam conseguir me ver. Olhei mais uma vez para a Lily, ela me encarava confusa.

Usei o sonorus para poder começar com o meu lindo e original (?) pedido de desculpas.

- EI, PESSOAL! – consegui chamar a atenção de todos. – EU SÓ QUERIA QUE VOCÊS SOUBESSEM QUE ME CORAÇÃO TEM DONA! E O NOME DELA É LILY EVANS! LIL, EU TE AMO!

E então começaram os murmúrios... Ou garotos comentando o quão gay tinha sido a minha atitude, ou garotas se lamentando e fazendo comentários ruins em relação a minha ruiva.

- James, desce daí! – escutei Lily falar (mais vermelha do que nunca) lá de baixo.

- Não preciso gritar mais uma vez? – perguntei só para provocar.

- Não, não precisa. – e então eu tive certeza que estava perdoado.

Quase pulei da árvore, mas decidi que não era uma boa ideia porque eu poderia me esborrachar no chão e tinha muita gente olhando.

Fiquei na frente de meu lírio e peguei em suas mãos.

- E então... – comecei.

- Olha James, eu só quero que fique claro uma coisa. Você pode até ter conseguido concertar isso, mas pode ter certeza que daqui pra frente eu não vou facilitar as coisas para você. – ela disse e eu sabia que tinha a resposta certa para isso.

- Você nunca facilitou as coisas para mim.

E o beijo que seguiu foi um dos melhores da minha vida. Não só por ser um beijo da Evans, mas por ser um beijo sincero e dado pela Evans.

Depois de um tempinho pude escutar palmas e “uhus” vindos de trás de nós. Certeza que são os marotos estragando o meu clima.

Um dia eu me lembro de matar eles. Agora estou muito feliz para isso.

- Aê! O casalzinho feliz voltou... A ser feliz! – tinha que ser o cachorrão.

- Eu não ficaria tão contente assim Sirius. Mesmo tendo o seu lado ruim, essa confusão me deixou sabendo de algumas coisas... E ao contrário do Jay, eu não vou voltar a esquecê-las.  – falou Lils enquanto passava o braço pela minha cintura.

É por isso que eu amo ela!

- Ah, tanto faz! – disse Six dando os ombros – Mas eu tenho uma novidade para contar para vocês!

- Ué, tá andando tanto com mulher que já começou a pegar a mania de fofoca? – perguntou Remus.

Haha, adorei essa.

- Não mané! É uma coisa que eu estava pensando em fazer...

Uai! O que será?


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Notas finais do capítulo

Gente...
Só queríamos pedir desculpas pela demora e dizer que vamos tentar não ficar mais tanto tempo sem postar.
Espero que tenham gostado do capítulo.
Reviews ??
Recomendações ??
Beijooos açucarados ;*