Walking hand in hand (Andar de mãos dadas)

You are all I ever want (Você é tudo que eu sempre quis)

And when you're not around yeah (E quando você não está por perto, sim)

Don't even notice that you're gone (Nem sequer percebo que você se foi)

We are barely hanging on (Nós estamos mal sobrevivendo)

 – A Loaded Smile

Adam Lambert’s POV

-Vamos Adam, só temos cinco minutos agora. – Gritava meu empresário, mas eu estava pouco preocupado.

-Já vou indo. – Passei mais um pouco de glitter por minhas têmporas, reforcei o lápis de olho e por fim coloquei minha blusa preta, um pouco aberta formando um V, agora seria Fever.

E daí?

Pois é não estava nem um pouco preocupado, nem um pouco feliz. Hoje era o primeiro show depois do trágico acidente que tirou a vida de meu amado baixista. Meu glitterbaby, meu pretty kitty, meu Tommy Joe.

Não sabia se teria forças o suficiente para retorna aquele palco sem ter o garoto de cabelos loiros com olhos amendoados, que sempre quando nossos olhares se encontravam brotava um lindo sorriso em seu doce rosto.

Não sei se vou conseguir cantar ali sem ele para ficar fazendo apoio em mim ou eu nele. Agora não poderei mais brincar com seu baixo dizendo que ele só estaria me ensinando, arrancando gargalhadas da platéia e um meigo sorriso de sua bela face.

 Não seria o mesmo para apresentar a banda sem ele para chamar de pretty kitty, mas, contudo a vida segue e eu lutei muito para chegar onde estou.

Sinto-me culpado algumas vezes por não ter mostrar-lhe como o amava, por quase nunca ter beijado seus rosados e macios lábios docemente, por nunca chegar para todos e dizer: Querem saber de uma coisa? Eu estou com o Tommy e ninguém pode mudar isso! Eu o amo e isso é o que realmente importa.

O mau deste nosso mundo é que não existe uma maquina do tempo que reverte nossos caminhos errados. Igual a um jogo de vídeo game, aonde o jogador tiver uma escolha ruim ele pode simplesmente aperta restart.

Olhei para o meu espelho e lá estavam umas fotos nossas junto com a turma, pregada no mesmo. Retirei-a e fiquei observando. Alguns dias antes do acidente ele pegou uma das fotos, na qual estávamos nós dois, e escreveu um pedaço de sleepwalker na parte de trás.

I saw a picture of you

(Eu vi uma foto de você)

Hanging in an empty hallway

(Pendurada em um corredor vazio)

I heard a voice that I knew

(Eu ouvi uma voz que eu conhecia)

And I couldn't walk away

(E eu não podia ir embora)

It took me back to the end

(E isso me levou de volta para o final)

Of everything

(De tudo)

I taste it all I taste it all

(I taste it all I taste it all) […] - Sleepwalker

       De quem sempre estará contigo,

                        Tommy Joe

Coloquei a foto no mesmo lugar de antes, senti algo molhado e quente corre pelo meu rosto. Limpei-a rapidamente, arrumei um pouco do estrago antes que o Sutan, meu maquiador, visse aquilo e tivesse um ataque cardíaco. 

-Adam? Esta tudo bem ai? – ouvi baterem na porta e logo identifiquei a voz. – Vamos Adam! Esta na hora.

-Esta tudo bem sim. – respondi para meu irmão. – Já estou saindo Neil.

Olhei-me para o espelho, conferindo se estava tudo em perfeita ordem, dei uma ultima olhada na nossa foto e sai do camarim indo em direção ao palco.

Estava tudo escuro quando a banda iniciou as batidas da banda e luzes multicoloridas alternavam entre o meu rosto e a platéia. Um único holofote pousou em cima de mim e todos aguardavam calorosamente eu começar a canção. Olhei para o final do palco, onde ele ficava aguardando-me para nos beijarmos ou apenas trocar um pouco de carinho. Imaginei o meu gatinho ali e desci as escadas recebendo um abraço invisível, mas que me deu alguma força para continuar.

Cantei todas, sem nenhum sorriso na face,quando chegou em soaked, deixei minha alma extravasar  e as lagrimas tomaram meu rosto de forma assustadora.

No final da musica fui ternamente aplaudido e rapidamente deixei o palco. Escutei o Monte me chamando, porem não dei ouvidos. Entrei no meu camarim fechando a porta rapidamente, escorregando pela mesma e abraçando meus joelhos, juntando todo o corpo, formando uma bola humana.  Deixei minhas lagrimas rolarem por minha face sem me preocupar com o resto lá fora.

Ouvi algumas batidas na porta. Deveria ser o Sutan para a próxima muda de roupa.

-Espera um pouco, Sutan. – falei fungando.

-É a mamãe, meu querido. – destranquei a porta rapidamente, olhei-a e logo me aconcheguei em seus braços enquanto ela fazia um carinho em meus cabelos. – calma, meu menino. Vamos sentar ali um pouquinho.

Sentamos de frente um para o outro, as lagrimas já ameaçavam cair e uma já teimosa caiu, mas foi amparada pela mão de minha mãe.

-Meu amor, não chore. – ela erguia meu queixo com seu indicador. – Você acha que Tommy gostaria de vê-lo assim? Você lutou tanto, não pode parar agora. Continue por você, pelo Tommy.

-Ma-a-as mãe. – minha cabeça doía, mas não era nem comparada à dor espiritual. A dor de perde aquele que amou tanto. - Mãe, eu nunca tive a chance de dizê-lo o quanto o amava, o quanto era importante. Desde que o conheci no teste para banda que eu me apaixonei por ele e nunca contei por que tive medo de perde meu amigo.

-Filho não se culpe. Ele sempre soube que você o amou e isso sempre foi o bastante. – ela beijou minha testa. – vamos, alegre-se. Vá trocar essa roupa, só faltam três musicas para acabar o show e você vai poder descansar. Coloque um sorriso nesse rostinho.

-Obrigado mãe – sorri forçadamente.

-Vou deixá-lo trocar de roupa. Te amo e o Tommy também.

Troquei a roupa, esperei Sutan para retocar algumas da maquiagem e me encaminhei para o palco.

Cantei ‘Music Again’ e agora era ‘If I Had You’. Sem muita cerimônia comecei a apresentar a banda. Quando chegou à parte do baixista foi a que mais apertou meu coração. Iria apresentar o novo baixista. Isso era doloroso demais.

-Bom pessoal, esse aqui é o Russell. O nosso novo baixista. – todos os fãs calaram-se e era possível escutar alguns sussurros. - Então, vamos lá Russell! Mostre para eles o que você é capaz. – dei um sorriso falso.

Logo após ele chegou à vez do Monte. O mesmo deu umas batidinhas em minhas costas e um sorriso amigável pelo qual foi correspondido de mesma forma. Ele fez seu solo e em seguida eu já cantava.

No bis optei por cantar Mad World e não abri a boca para falar dele nenhum minuto com os fãs. Eu nunca conseguiria. Fiz tudo como se ele nunca tivesse existido e vi a expressão confusa estampada em cada rosto.

No final, nos despedimos, segui para o camarim e troquei de roupa e fui dar autógrafos.

Recebi varias lamentações e ‘ficará tudo bem, nós te amamos’. Fui pro hotel, tomei banho, troquei de roupa e resolvi pegar uma camiseta dele para apenas tentar senti-lo perto de mim.

Senti seu cheiro e recordei do nosso primeiro beijo.

                                       - Flashback/on-

-Então, esta tudo combinado?- Perguntou o produtor.

-Sim. Antes do final - uns 15 segundos - eu vou subir essas escadas – apontei para o objeto em minha frente - e puxar o cabelo do Tommy Joe e finalizar a musica.

-Esta de acordo, Tommy Joe? – perguntou o produtor

-Claro, sem problema algum. – Um sorriso calmo tomou sua face.

-Vamos então pessoal. Sem demora! Daqui a 12 horas começa o AMA’s e vocês ainda tem que revisar alguns equipamentos, novamente.

De 17 horas da tarde saímos de lá. Ainda teria que ir para, me arrumar e voltar para cá.

-Quer que eu te leve até em casa, Tommy Joe? – curvei os lábios em um sorriso angelical.

-Obrigado senhor Adam, mas acho melhor voltar de taxi.

-Tem certeza que quer pagar em vez de ir de graça? E por favor, não me chame de senhor. Alem de uma relação de Patrão e empregado, você é meu amigo. – sorriu.

-Vamos.

-Vamos.

Destravei o carro e em seguida entramos.

-Já fez alguma apresentação assim, Tommy?

-Não, na época quando eu era guitarrista de uma banda lá de minha cidade sempre nos apresentávamos em bares e pequenos shows.

-Entendo. Na época quando estava fazendo algumas peças, decidir querer ser um rock star. Então, por meio de amigos conheci o Monte e formamos uma banda. Fazíamos pequenos concertos e quando estava prestes há avançar um pouco mais com a banda, fui chamado para a Wicked, então larguei tudo.

-Por que você não seguiu com a banda?

-Por que eu iria ganhar mais e assim pagaria o aluguel. Percebi que não era do dia para noite que eu poderia virar ‘O Adam Lambert’. Teria muita estrada para percorrer, muitos obstáculos para enfrentar, pessoas ignorantes para lidar.

-Sei bem como é. Há alguns meses atrás eu estava trabalhando em algo que não tinha nada a ver comigo. Eu passava horas atendendo ao telefone dentro de um pequeno espaço que era divido apenas por uma parede de gesso. Quando eu vi o anuncio para fazer teste de guitarrista para você, eu só faltei pular de alegria. Finalmente eu faria algo que eu realmente quisesse. E desde quando entrei para a sua banda que eu me sinto realizado.

Sorri largamente. O resto do caminho foi calmo.

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Depois de ter deixado o Tommy em sua casa, fui para casa me arrumar.

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Já arrumado, passei na casa do Tommy e até o nosso destino nós conversávamos bastante, apenas conhecendo um ao outro.

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Chegamos ao AMA’s e ele entrou pelos bastidores, enquanto eu seguia para o tapete vermelho. Depois me acomodei em minha cadeira, junto com meus pais e meu irmão, e fiquei esperando até a minha hora.

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Estava com minha banda, nos posicionando, quando o narrador (n/a eu acho) pronunciou meu nome.

-Senhoras e Senhores, Adam Lambert. – as telas abriam-se ao meio enquanto alguns batiam palmas e já se aconchegavam em seus lugares.

Dei inicio a ‘For your entertainment ‘. À medida que a musica “caminhava” eu sentia que minha voz não estava tão boa hoje. Estava desafinada!A música deixou minha voz assim, pois tamanha era a excitação que eu sentia no momento.

E quando estava há 15 minutos para acabar a musica, subi as escadas, fui até o Tommy e em vez de puxar seu cabelo, o puxei para um beijo selvagem. Estava louco! O soltei e no final da musica mostrei meu dedo médio para a platéia. A música acabou. Os holofotes desligados. As telas fechadas. Todos estavam em choque, até eu. Agora tinha medo que o Tommy quisesse se afastar de mim.

Senti alguém cutucar meu ombro, já perto do camarim.

-Adam? – virei-me bruscamente dando de cara com seus olhos amendoados.

-To-to-tommy? – gaguejei. Pois é! Por trás daquela figura de ‘eu estou um pouco me lixando para o que você pensa’, eu ainda era um ser humano. Um ser humano com medo de ser rejeitado.

-Uau Adam! Aquilo foi demais. – falou referindo-se ao beijo e me abraçou fortemente.

Depois de suas palavras em não me importei com a crítica da imprensa. Se ele gostou, para mim já estava de bom tamanho e foi ai que eu percebi que estava amando o meu querido baixista.

                                       - Flashback/of-

Já sentia meus olhos virarem rios e transbordarem. Não era difícil ficar recordando dele sem que ao menos uma lágrima desabe. Lembrei-me do dia do acidente e de suas ultimas palavras antes de parti.

                                       - Flashback/on-

O dia estava ensolarado e aproveitaríamos para descansar um pouco. Depois de muita discursão resolvemos ficar no quarto -do hotel- e assistir qualquer filme.

Pedimos pizza, coca-cola e finalmente estava tudo pronto para começar nosso entretenimento. Assistimos alguns filmes de terror, de comedia, ação e por ultimo musical.

-Aqui não tem nenhum uísque? – perguntou Isaac fazendo uma careta sofrida.

-Não. Esquece cara! Vamos nos diverti e não encher a cara. – disse Brooke.

-Por isso mesmo!- ficou emburrado.

-Isaac, esquece isso amanhã bebe – falei.

-Não. Eu vou lá comprar! Alguém vem?

-Eu vou. – falou Tommy levantando-se.

-Esta muito tarde garotos e vocês são conhecidos. Acho melhor não. – Monte olhava para eles preocupado e tentava convencer de que era melhor ficar.

Eu sabia que quando Monte falava alguma coisa era melhor seguir seu conselho, já que também era o mais velho da turma. Levantei-me e fui até Tommy, segurando o seu braço.

-Não vá Tommy, nem Isaac. Escutem o que o Monte diz.

-Não ocorrerá nada demais, babyboy. – e me deu um beijo no canto da boca. Não causou tumulto algum, já que todo mundo sabia de nossa amizade colorida. – e nós vamos à loja de conveniência que fica aqui perto, não se preocupem a toa.

Persuadimos muito, porem não teve jeito. Saíram por aquela porta e deixando todos nós aflitos devido à hora.

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Passou uma hora e não tínhamos nenhum sinal deles. Liguei, mandei SMS e não obtive nenhuma resposta.

-Vou atrás deles. – falei pegando meu casaco e minhas chaves.

-Espere! – disse Monte, correndo atrás de mim. – vou com você.

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Já estávamos chegando à loja que o Tommy falou que iria e não acreditei no que vi. Freei o carro bruscamente, desci correndo ao seu encontro vendo sua camisa cheia de sangue, sua calça um pouco rasgada também toda ensangüentada.

-Tommy! Oh meu deus, o que aconteceu com você? – olha seu ferimento e o colocava deitado em meu colo, enquanto o mesmo me olhava com expressão sofrida ameaçando fechar os olhos.

-Aadam – suas palavras saíam arrastadas. – desculpe-me por não... - tossiu um pouco fazendo o com que um filete de sangue escorresse no canto de sua, delicada e rosada, boca.

-Calma gatinho, – alisei seus cabelos dourados – vai ficar tudo bem. – beijei sua testa e virei para o Monte, que erguia o Isaac – ele tinha só alguns cortes –. - Monte, chama a emergência.

-Adam... – Tommy puxava minha blusa com suas mãos tremulas. –Você, - tossiu novamente – graças a você, quando o meu pai morreu, eu conseguir ir em frente. – olhou para mim e seus olhos estavam lacrimejando. - Adam, não importa o que acontecer comigo, eu sempre vou estar aqui para você e não quero que você pare de sorri mesmo que este corpo – apontou para si – partir, por que a matéria fica, mas sempre minha alma pertencerá a você e nunca quero ver você chorar por mim. Se algo acontecer comigo desejo que você levante a cabeça e encontre alguém que te ame. Obrigado por ter me dado a oportunidade de participar de sua banda, de realizar meu sonho, de conhecer você sem aqueles flashes. Obrigado por ser meu amigo, meu amor. Siga em frente e não ligue para o que pensam de você. Eu te amo, Babyboy. – e fechou os olhos.

Peguei seu pequeno corpo, agora sem vida, e lhe dei um grande abraço. Não liguei se estava me sujando de sangue, eu só queria sentir seu corpo uma vez.

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A emergência tinha sido acionada. Levaram o corpo do Tommy para o necrotério e o Isaac foi para hospital tratar das poucas lesões.

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-Então Isaac, o que foi que te aconteceu? – já estávamos no hospital e o Isaac só precisou dar três pontos no joelho. – quem e por que fizeram isso?

-Estava eu e o Tommy voltando da loja com a bebida quando eu escutei alguns malandros zoando com o Tommy...

-Ei Gabe, não é aquela bichinha que fica com aquela outra bicha que não ganhou aquele reality show?

- Verdade, Joseph. Vamo lá

-Ei, o que vocês querem? – falei me colocando na frente do Tommy que guardava o uísque e veio olhar o que estava acontecendo.

-Nada colega – falou o tal do Gabe. – só queremos brincar com o seu amiguinho ai. – apontou para o Tommy.

-Podem dar meia volta por que aqui não tem nada para vocês.

-Não, a gente vai ficar assim. – e o Joseph (eu acho) tirou uma faca de dentro das calças.

-Ei! Quem são vocês? – falou Tommy

-Seus amigos. – piscou para ele e avançaram para cima do mesmo. Não esperei nenhum segundo e parti para cima também.

Seguravam o Tommy pelos pulsos enquanto batiam em seu tronco.

-O deixe em paz! Ele não tem nada a ver com isso.

-Claro que tem! Esta desvalorizando nós homens. – falou o Joseph cortando a perna do Tommy que gemeu de dor.

-Esqueçam esse preconceito de merda!

-Olha só Joseph, outro bicha.

-Vai! Pega ele Gabe. Corta essas coisas que ele não merece. – falou apontando para minhas partes íntimas enquanto sua outra mão prensava o Tommy na parede.

O outro idiota veio para cima, porem era mais fraco e ele só conseguiu corta meu joelho.

... Quando me levantei para ajudar o Tommy, era tarde demais. O cara já tinha o esfaqueado em todo o seu tórax, perfurando seu peito esquerdo. Só o vi escorregar pela a parede e os idiotas saírem correndo. Uns 5 minutos depois vocês chegaram.

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Depois de saber como o meu amor faleceu, o Isaac deu seu depoimento e fizeram um retrato falado dos agressores.

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No dia de seu velório foi uma das piores coisas do mundo. Não consegui falar, comer, arrumar-me durante 20 dias. – os dias que eu pude ficar afastado da turnê, assim como todos.

                                       - Flashback/of-

Agarrei-me mais a sua blusa inalando todo o seu cheiro, o cheiro que eu jamais queria esquecer.

-Por mais que seja difícil farei isso por mim, pelo Tommy e por todos que me amam. Não vou deixar que os meus inimigos tirem vantagem disso! Serei forte, irei tentar e vou conseguir! – falei a mim mesmo, levantando-me e seguindo para o banheiro tirando toda a maquiagem, a roupa e seguindo para a banheira.

-Amanhã será um longo dia.

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Acordei-me com algumas batidas leves na porta.

-Pode entrar. – vi uma figura masculina adentrando no recinto.

-Bom dia Adam. – falou meu irmão bagunçando meus cabelos. – como esta?

-Bem melhor. – sorri sincero.

-Mamãe mandou avisar-lhe de que cancelaram todas as suas entrevistas, para não sobrecarregá-lo.

-Não, de jeito nenhum! Eu vou fazer essas entrevistas. Eu não já lhe disse, estou bem.

-Uau! Que bicho te mordeu?

-Tommy Joe Ratliff. – respondi com um sorriso em lábios.

-Adam, desculp...

-Pare de pedir desculpa e vá mandar re-agendar todas as minhas entrevistas.

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Com um sorriso enorme no rosto cumpri toda a minha agenda. Não me deixaria abalar.

Agora eu teria que me arrumar para mais uma noite de show e o levarei comigo em meu coração.

Claro, eu não estava a mil maravilhas, porém agora eu tinha um motivo para ir em frente e mesmo que o tempo passe ele sempre terá um lugar especial em meu coração. Um lugar que ninguém tomaria.

Ele sempre será o meu gatinho de olhos castanhos, com cabelos loiros e um sorriso tímido que sempre me aconchegará ao recorda-me...

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Já era o final do show e já estava prestes a me despedir da platéia quando virei e falei tudo o que meu coração pedia.

-Ninguém vive de lembranças, mas elas existem para mostrarem que tudo o que você viveu não foi em vão, que apesar das dificuldades e das tristezas, elas sempre estarão ali para mostrar-lhe momentos felizes. – todos faziam silencio enquanto uma única luz, um único holofote iluminava todos nós. -Não desista de seus objetivos por causa da morte. Ela sempre irá querer te levar para escuridão e você terá que ser forte o bastante para lutar contra ela, mas no final você conseguirá. O Amor sempre estará ali para lhe guiar no caminho certo. Ele sempre estará presente. – os outros da banda iam se retirando quando eu fiz sinal para que ficassem.

 -Faça igual a Peter Pan. Acredite no amor, nos momentos bons, nas alegrias, do mesmo modo que ele acredita em fadas. Sem amor não somos ninguém, alem de simples robôs programados que não se importa com o mundo em sua volta. Não deixem de chorar! Chorem a te quando suas cabeças doerem. Querem falar? Falem! Coloquem tudo para fora, senão o peso será maior.  – e acabei. Todos batiam fortemente palmas. – Obrigado.

Antes de nos retirarmos chamei todos da banda e demos as mãos, criando uma corrente e agradeci:

-Obrigado a cada um de vocês que fazem o show ser inesquecível. Obrigado ao Monte, Isaac, Russell, Camilla, Sasha, Brooke, Taylor e Terrance.

Saímos do palco e nos encontramos nos bastidores.

-Heey Adam. – Sasha veio me abraçar. – Topa assistir um filme com a gente lá no quarto do Taylor?

-Claro por que não? – sorri. – Vou para o camarim me arrumar.

-Ok! Nós vemos lá. – acenou.

-Nós vemos lá. – acenei de volta.

Despedimo-nos e cada um foi para o seu camarim. Aquela seria uma longa noite e eu sabia que ele estaria lá comigo.

FIM!