O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 18
XVII.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, obrigada pelo carinho.

O post era para ter saído ontem, mas eu não pude postar. Aqui no Nyah é complicado de avisar quando não vai dar para postar na data certa =/

Então para quem quiser acompanhar as notícias e tal, entra na minha comunidade, lá eu posto além das fics, novidades sobre as próximas histórias, dias de postagem e também para quem gosta de monstagens tem a competição de capas... Então: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=94537818



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XVII.

- Vocês estavam loucos?! O que diabos estavam pensando?! - grunhiu o líder do FBI assim que seu subordinado contou que não fora colocado os 5 milhões dentro da mala.

- Estávamos pensando em salvar sua filha. - respondeu o agente McCarty adentrando no departamento. - Black! Manda o nerd correr aqui porque o esquema deu certo.

O agente Black não entendeu a frase de Emmett, mas percebendo que não havia chances de lhe tirar a dúvida seguiu a ordem.

- Eu tenho plena consideração por você e Masen, mas não poderiam ter passado por cima das minhas ordens! Agora além de minha filha estar desaparecida eles capturaram Edward também e sabe-se lá o que farão com eles!

- Desculpe chefe, entendo a sua raiva. Mas peço que nos demita, nos prenda ou qualquer coisa que tenha mente depois que toda essa merda acabar. Eu sabia que Edward seria capturado e ele também. Na verdade fizemos de tudo para que isso acontecesse. Mais ninguém da equipe sabia de nosso plano, exceto o nerd. - McCarty sorriu ao avistar o homem de aproximadamente 23 anos se aproximar.

- Com perdão do momento chefe Swan, mas gostaria de deportar uma queixa contra o agente McCarty por sua falta de conduta e maturidade em me chamar de nerd.

Emmett revirou os olhos para ele que ajeitou seus óculos com uma de suas mãos enquanto a outra segurava um Ipad.

- Ok, bebe chorão. Agora não é hora para picuinhas. O fato é que deu certo o que planejamos. Aperta a telinha aí faça aparecer a localização de meu irmão!

A última frase chamou não só a atenção de Charlie, mas também dos agentes que trabalhavam. O Doutor então bateu seus dedos ágeis sobre a tela do aparelho que mandou as informações para a tela central do departamento.

- Eu priorizei as informações vitais, logo que não adiantaria de nada a localização se ele já estivesse morto. - explicou o doutor enquanto na tela o desenho do contorno de um corpo humano aparecia.

- Quanto tato com as palavras. - murmurou Emmett mau-humorado.

O nerd lhe lançou um olhar superior continuando sua explicação.

- Imaginem minha surpresa quando o chip1059sonarbeta captou os sinais vitais de outra pessoa. Uma mulher que tenho 85% de certeza que é sua filha chefe Swan.

Na grande tela os contornos de um corpo masculino e de um corpo feminino. Ao lado os sinais vitais. O Doutor dedilhou mais algumas informações e então lançou uma nova imagem. Pareceu como se uma câmera de visão noturna filmasse uma sala, mas em vês de ser em verde era em vermelho.

Como um sonar de avião um círculo partia de um ponto e se entendia pelo perímetro. Tudo de sólido que encontrava mostrava-se na tela. Obviamente tudo o que aparecia era o contorno das massas, ou seja, os agentes tiveram que voltar ao jardim de infância e descobrir a imagem através da sombra.

Não foi difícil identificar duas pessoas no ambiente. Uma delas deitada sobre as pernas da outra.

- Acredito que esse deitado seja o agente Masen, segundo o histórico seus sinais vitais caíram cerca de 2 horas atrás. - Emmett olhou o nerd como se ele fosse retardado, era óbvio que o corpo deitado era o corpo de um homem! - Mas agora os sinais estão em progressiva melhora.

- E minha filha? - perguntou Charlie com um nó na garganta.

Estava emocionado por saber que ela estava viva afinal.

- Como o chip1059sonarbeta não está em seu corpo não posso acessar dados anteriores, mas dês do momento em que ela entrou no raio de percepção foi possível captar que ela está a ponto de entrar em estado hipotérmico. 

O chefe Swan engoliu em seco.

- Ok nerd! Já sabemos que eles estão bem, agora mostre a localização! - grunhiu Emmett impaciente.

O homem dedilhou seu Ipad para colocar o satélite em ação. 

*/*/*

Sentiu seu estômago contorcer. Será possível que esses filhos da puta tiveram a covardia de fazer isso a ela?

- O que eles fizeram com você? - perguntou contendo a raiva.

A morena assustou-se com o tom do agente e virou o rosto para fitá-lo nos olhos. Aquele mar azul-esverdeado estava bravo, como ondas que quebram raivosas em dia de ressaca, os olhos de Edward estavam impassíveis.

- O que eles fizeram com você? - repetiu em tom autoritário, sua raiva avermelhava suas orelhas e Isabella achou aquilo tão... Fofo.

Teve vontade de bater a própria cabeça na parede por ter esse tipo de pensamento na situação em que estavam. Contrariada com ela mesma desviou o olhar fazendo uma careta.

O agente Masen pensando que seu tom estava a assustando sentiu-se completamente culpado. A raiva deu lugar a preocupação. Levou sua mão até o rosto de Isabella. Puxou-a delicadamente para fitá-lo nos olhos que tanto transmitiam sua preocupação.

- Eles... - lutou com as próprias palavras. - Tocaram em você?

A morena arregalou seus orbes verdes.

- Não! Eles não fizeram nada disso que você está pensando! - tranqüilizou rapidamente.

Edward deixou que um suspiro aliviado saísse pela boca. Fechou seus olhos sentindo a delicada pele da mulher ainda em sua palma. Não tinha muita certeza se era ele que estava fervendo por ela ou se ela que estava muito gelada.

Isabella deixou-se repousar na mão do agente. Estava longe de ser uma mão suave. Edward possuía a palma calejada e áspera, porém quente, muito quente. Deixou que as sensações que aquele simples toque lhe passava entrarem em seu coração. Como era possível? Sempre foi muito cuidadosa em relacionamentos, depois que seu coração se partiu por seu primeiro amor, nunca mais se deixou apaixonar. E agora aquele simples toque quebrava todas as barreiras que construiu ao longo dos anos.

Abriu os olhos rapidamente quando sentiu o agente ficar tenso. Percebeu que ele olhava na direção de sua barriga. Engoliu em seco sabendo exatamente o que o homem encontraria ali.

- Queria saber o que eles fizeram comigo... – sussurrou sem tirar os olhos do rosto do agente.

Edward finalmente retirou a mão do rosto da mulher. Calmamente levou seus dedos a barra da camiseta rasgada e suja de sangue de Isabella. Ela observava a expressão do agente mudar de temerosa para horrorizada enquanto ele puxava sua blusa para cima o suficiente para ver as marcas que Eleazar deixara com a ajuda de seu parceiro Laurent.

Finalmente o ruivo ergueu seu olhar para o rosto da refém. Seu coração se partiu ao perceber tamanho medo naqueles tão lindos olhos. Uma fúria cresceu em seu peito e ele ergueu-se indo em direção a porta.

- Desgraçado filho de uma puta! Como ousa fazer isso em uma mulher! – berrou descontrolado socando a porta.

Sua visão estava turva tamanha raiva que sentia. Como ele ousou em torturar uma mulher? Pobrezinha, sabia muito bem o que ela havia passado. E para que? Com que motivo? O que de tão importante que aquela inocente criatura poderia lhe falar que teria que ser retirado sob tortura? Como ousa!

A morena sobressaltou-se com o descontrole do ruivo e correu até ele desesperada.

- Não, por favor, fique calmo! Você está ferido, se eles lhe derem outra surra não irá resistir! – agarrou-se no forte braço do agente enquanto lágrimas escapavam de seus olhos. – Por favor. – implorou novamente ficando em frente ao agente.

Edward ficou confuso com o argumento de Isabella. Porque essa preocupação com ele? Se ela lhe dissesse que não queria ficar sozinha ou que não haveria ninguém para protegê-la seria compreensível. Mas que diabos! Odiava ver mulheres chorando, principalmente ela. E por mais que estivesse louco para arrebentar aquela porta e matar o desgraçado que a marcara com ferro quente como se a mulher fosse um maldito gado, segurou a raiva. Isabella estava certa, se ele levasse outra surra não resistiria e conseqüentemente não haveria ninguém que pudesse evitar que novas marcas aparecessem junto daquelas de queimadura e dos cortes feitos na região abdominal da jovem.

Tirando os dois reféns daquela profunda troca de olhar a porta se abriu em um estrondo. Imediatamente Edward puxou a garota para trás de seu corpo. Fitou de cara fechada o homem de pele bronzeada e traços latinos que abrira a porta.

- Se puderem calar a boca, estamos tentando assistir os noticiários. – falou como se repreendesse crianças bagunceiras.

Edward estreitou os olhos para Fernandes que riu ironicamente e bateu a porta trancando-a em seguida. Deixou que um bufo mal-humorado saísse por entre os dentes, mas logo se controlou, pois uma coisa pequena agarrava sua cintura e fungava em suas costas. Pequenos dedos tremulavam em volta de sua jaqueta do FBI.

O ruivo segurou as mãos de Isabella e soltou seus dedos para então virar-se dentro do circulo que os delicados braços formavam ao seu redor. Instintivamente trouxe a morena para mais perto em um abraço consolador.

- Perdoe-me não quis assustá-la. – sussurrou o agente com remorso por suas atitudes impensadas, mas então notou como a pele da garota estava gelada. – Deus você está congelando!

Tirou sua jaqueta e passou sob os ombros de Isabella que já se acalmava. Ainda preocupado levou-a até o fino colchão e a fez sentar-se ao seu lado. Enrolou-a com seu braço a puxando para perto de seu peito. Tinha que esquentá-la de alguma maneira.

Isabella aconchegou-se contra o corpo do agente. Sentiu seu rosto enrubescer ao notar quão certo era aquele abraço.

- Desculpe por isso. – murmurou mais calma sem sair do lugar quentinho em que se encontrava.

Tentou controlar-se para não puxar o ar com muita força e o agente perceber que estava adorando seu cheiro.

- Pelo que está se desculpando? – sussurrou de volta.

- Pelo meu acesso, esse lugar está me fazendo pirar. Meu humor está mais volúvel que o normal.

O agente soltou um riso sem humor.

- Eu estranharia se não estivesse.

Os dois caíram em um silêncio desconfortável. Em suas cabeças o mesmo pensamento os atingiu, ou melhor, lembrança. Recordaram a vez em que se viram pela primeira vez e perceberam o quão a vida pode lhes trazer surpresas e quão insano seria comentar que já haviam se visto na rua. E se ele não lembrar? E se ela não lembrar?


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? No próximo cap a Bella vai descobrir quem é o seu agente ;)