The Missys Diary - Before Its Too Late escrita por Janine Moraes, gabis, Meri, Lady B


Capítulo 8
Capítulo 8 - Rala Ordináaaria


Notas iniciais do capítulo

Eu falei que postaria naquela semana e fiquei meses sem aparecer. Me desculpem. Sinto muito por isto.
Hãn, pelo jeito perdemos muitas leitoras, leitoras linda, maravilhosas e que mandavam reviews gigantes. =( Sinto muito pela demora galere. As que comentaram. OBRIGADAAAAA. s2
Desejo a vocês um ótimo Natal e Próspero Ano Novo. Que tudo que vocês queiram, se realize.
Desculpem os erros de ortografia e pelo capítulo não estar tão bom assim. A Gabi estava muuuito ocupada ultimamente.
Essa é a Parte I. a Parte II postamos essa semana ainda (juro juradérrimo).



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Dia seguinte. Blá Blá Blá. Quatro da tarde.


_Missyyyy. AMIGÃAA. _Kari gritou da sala, aquela inútil. Eu estou aqui preparando nosso almoço, os últimos dois miojos que sobraram, já que eu necessito fazer compras. Miojos esses que, aliás, estão com uma cara de sopa de vômito. Miojo de legumes e eu; dá nisso. Parecia aquelas sopinhas de bruxa, sabe? Igual do desenho animado. Estava até borbulhando.


_O que é?


_VEM ASSISTIR CLUBE DAS WINXS COMIGO!_Bati com a colher na testa. Tem como uma criatura ser tão infantil? Coloquei o miojo nos pratos e peguei o meu, caminhando com cuidado porque do jeito que eu sou... Eu ia me queimar toda, de novo. Sentei nos sofá, sem danos, em que a Tv tava funcionando e Kari estava super concentrada._Cadê o meu?


_Vai buscar.


_Ei, eu sou visita.


_Visita? Visita aonde? Cala a boca que você vem aqui quase todo dia e assalta minha geladeira. Isso não é visita. É coisa de gente folgada mesmo.


_É coisa de Breno. Ele é que vive fazendo coisas assim, né?_Ela tinha que falar do Breno. Tinha mesmo, né? Eu mereço...


_Cala a boca, Kari. Me deixa comer.


_Que custa buscar pra mim?


_Olha aqui, sinházinha. Eu arrumei a casa toda, fiz a energia voltar, e fiz o almoço. Ta querendo mais o que? _Apontei a colher ameaçadoramente para ela._Sou uma menina trabalhadeira, deixa eu comer meu manjar dos deuses em paz.


_Claro, claro... Muito trabalhadeira. Se você chama de lavar a louçã e dobrar os lençóis de arrumar a casa toda, tudo bem!_Ela falou igualzinho a minha mãe, revirei os olhos._Se você acha que puxar uma alavanca da caixa de energia te faz eletricista, tudo beem, a Eletropaulo deve estar contratando, vai lá! E se você acha que colocar miojo por três minutos na água é difícil, tuudo bem também!


_Meus braços doeram puxando a alavanca, ta? _Fiquei indignada agora! Onde aperta pra processar essa coisuda?_E meus dedos queimados ajudaram muito na hora de lavar a louça, né? E você acha que é fácil fazer miojo? Acha? Acha?


_Acho sim. Muito fácil.


_Você sabe fazer?


_Hãn..._Kari não sabia nem fazer gelo!


_Ganhei._Sorri triunfante e ela foi buscar o miojo e se sentou do meu lado. Fazendo espirrar caldo na minha perna._Ai! Ta quente!


_Esse miojo tem jeito de cara de esgote e esses macarrões me lembram lombrigas!_Kari disse, comendo animadamente. A olhei com nojinho. Ela fez um barulhinho estranho com a boca enquanto puxava o macarrão instantâneo._Até que a lombriga não ta tão ruim...


_Olha que surpresa! Eu perdi a fome!


_Eu preferia um macarrão com salsicha e algo me diz que o Breno também._ Ô maniazinha irritante de falar do Breno. NINGUÉM se importa com o Breno! Ninguém. Rá!


_Para de falar do Breno._Eu disse mal-humorada. Talvez eu me importe um pouquinho...


_Certo, certo. Você precisa se distrair do Breno! Já sei! Vamos numa festa! Gatinhos, músicas, danças. Que tal? Que tal?


_Gatinhos? Música? _Pensei um pouco. Fazia séculos que eu não ia a uma festa. Ou apreciava a vista masculina. Seria melhor agora, supondo que Breno não estaria comigo e tecnicamente estou brava com ele. Seria melhor. Muito melhor!_Hum... Parece bom.


_Vai ser incrível!


_Ta bom, então. _Concordei, eu precisava me divertir. Beber, fingir que eu podia ser normal sóbria. Ou seja atestar meu estado de louca e colocar culpa no álcool, parecia perfeito!


~~~

Kari é a pessoa mais... Mais... Filha da mãe que eu conheço. Eu me emperiquitei toda, achando que veria vários modelos, capas de revistas, que ficaria com alguém. Fiz o esforço de me maquiar e até deixei Kari escolher minha roupa, um jeans mais apertado e uma blusa larguinha com um decote filho da mãe! Enquanto ela usava um vestido azulado que ficou perfeito nela. Achei que dançaria a dança da motinha noite adentro. Que eu cantaria sou foda na madrugada boladona. Que dançaria eletrônica como se estivesse levando um choque ou tendo um ataque epilético. Coisas que eu faço normalmente quando ando. Mas nãaaaao!


Adivinha onde estávamos? Ela não se enganou quanto a festa. Só que nessa festa estava tocando Xuxa, tinha pigmeus correndo de um lado para outro, balões para todo o lado e eu estava com um chapeuzinho do BEN! 10. Ou seja, estávamos numa festa de criança. Olhei para Kari com meu olhar malvado.


_Eu não especifiquei a idade dos gatinhos._Ela se defendeu.


_Não me disse que eram praticamente filhotes de gatos! Vira-latas ainda por cima!


_São gatinhos, foi isso que eu disse. Tem música não tem? Tem gente dançando não tem?_Uma menininha dançava aquela música do ABC da Xuxa toda animada. A de amor, b de baixinho, c de não sei o que, D dedada, f de foda-se. Algo assim._Então... Não menti. Minha mãe me fez prometer, e eu não queria vir sozinha.


_Então me arrastou?


_Eu não podia curtir os gatinhos sozinha!_Ela levantou os braços, rindo de mim.


_Ai ai... Eu já te disse alguma vez que acho gatos meio coisas do demônio? Criaturas malignas! Olha essas bochechas rosadas! Essas perninhas gordas e curtas. Olha esses olhares pidões. Estamos no inferno! Vamos embora!_Fiz menção de correr para a saída, mas Kari me segurou.


_Não antes dos parabéns! É falta de educação.


_E quem disse que somos educadas?


_Ah, Missy... Faz um esforço.


_É falta de educação eu não ter trazido presente.


_Isso não é falta de educação, é costume. Ninguém traz presente.


_Você trouxe.


_Eu sou rebelde, fia._Ela riu, me puxando prum canto da parede. Uma criança saiu correndo e esbarrou em uma tiazona que quase caiu.


_A noite vai ser longa...


_Eu quero algodão doce!_Kari gritou igual uma criancinha quando viu aqueles tiozinhos que faziam algodão doce. Me deixei arrastar, porque afinal eu já tava lá, né? Já que estava no chiqueiro, só me faltava fazer o roinc roinc. Tipo, oi? Adoro minhas comparações de merda. Adoro.


Olhei ao redor enquanto Kari esperava na fila, olhando o ambiente sabe? Só tinha guri feio! Mas eles não eram somente feios, eram babacas e infantis! Daqueles que gritavam ‘ que maaaaaassa’ quando viam um chapeuzinho do BEN 10. Tirando um com a namorada, que ficava dando piscadinhas marotas para a Kari. Coisa seduzenti!


_Cê quer um tico de algodão doce?_Ela disse, enfiando tufos de algodão rosa na boca.


_Não!_Eu disse, olhando desconfiada um grupo de crianças que passaram olhando pra gente.


_Não fica mal humorada. Eles nem estão fazendo nada de mal, só correndo e caindo, e gritando. Coisas normais, sabe? Não encostaram na gente, nem nada. Relaxa..._Ela saiu andando na minha frente, e em uma das mechas do cabelo dela tinha... adivinha? Algodão doce. Do lado dela um garoto ria comendo o que sobrou do algodão doce que ele tinha grudado no cabelo da Kari.


_Ô Karina...


_O que é?_Ela virou sorrindo angelicalmente para mim.


_Seu cabelo..._Apontei, temendo a reação dela.


_Ta razoável, né? Demorei séculos pranchando ele.


_Não... Não é isso._Fiquei com ainda mais medo da sua reação. Kari passou a mão no cabelo com cara de susto. Quando chegou na mecha de cabelo com algodão doce, apalpou e... Bem, eu posso dizer que meus ouvidos foram realmente afetados. Eu nunca mais ouvirei do mesmo jeito. E Mariah Carey... Você não tem um agudo tão agudo quanto o da Kari. Fica a dica.


Depois disso, eu me limitei a rir da Kari correndo atrás do molequinho pela casa gigante. Ela deu umas três voltas na casa até que eu ouvi um sonoro splash, perto da piscina. Não tive coragem de ir ver o que aconteceu, mas Kari logo apareceu. Sorrindo de orelha a orelha.


_Eu joguei ele dentro da piscina._Ela disse, calminha, calminha.


_Ele sabe nadar?


_Acho que não...


_Kari, isso é maldade!


_Qual é! Ele grudou algodão doce no meu cabelo! A vida era um privilégio pra ele! E já vou avisando, se algum pirralho encostar em mim. EU MATOOO._Ela gritou pros pirralhentos assustados, batendo o pé e tudo. Fez pose de rainha e soltou com a maior classe, queixo empinado e tudo._Vou arrumar meu cabelo.


Dei de ombros, preferindo ficar no meu cantinho seguro, encostada na parede, totalmente camuflada. E ver todas as crianças comendo algodão doce, me deu tanta vontade de comer também. E tinha um menininho, sabe... Com algodão doce azul! EU ADORO AZUL! Não faço ideia de porque eu gosto tanto de azul, nunca reparei muito em azul... Ok. Eu fui incapaz de resistir.


_Me dá seu algodão doce?_Implorei pra um pigmeu cheio de cachinhos escuros, fiz gesto de prece e tudo.


_Não!_Ele gritou, todo marrentinho.


_Por favor, já acabou lá._Apontei o tiozinho do algodão doce, tão distante! Estava morrendo de preguiça de me enfiar naquele mar de crianças pra pegar um algodão doce.


_Problema seu.


_Passa o algodão doce agora, manolo!_ Imitei o gesto de arminha dos V1D4 L0K4 que eu conheço. Ele riu da minha cara e voltou a comer. Peguei o algodão doce da mão dele e comecei a puxar._SOOOOOOLTAAAAA.


_NÃAAO._Ele gritou. Ficamos naquele cabo de guerra até que consegui tomar o algodão doce dele e mostrei a língua.


_Obrigada, pestinha._Saí mastigando feliz e dei e cara com um garoto lindo, mas lindo meesmo. Ele era moreno e usava boné, que escondia cachos, sendo que alguns apareciam em sua testa. Era amorenado e tinha olhos amendoados. Tinha uma boca grande e um nariz bem pontudo, não no sentido tucanense da coisa. Mas de um estilo “vou roubar seu ar durante o beijo e tu vai me agradecer, ordinária!” Que seja, ele me olhava de braços cruzados, do algodão doce pra mim e pro garotinho que estava com cara de choro.


_Você estava mesmo roubando o algodão doce da criança?


_Para minha completa defesa ele é um... um... Ser maligno. E... E... Porra, o algodão doce é azul. E aí, e aí? O que você tem haver com isso?


_Ele é meu irmão._DOOOOORGAS.


_Ops._Ri sem graça, querendo me enterrar no primeiro buraco que eu achasse. Ele ainda me olhava acusador. Abaixei a cabeça, mais envergonhada do que nunca._Quer? É azul...


Morrendo de vergonha enfiei o algodão doce na mão dele e saí correndo. Cadê a maldita da Kari? Quer saber? Não sei. Não sei. Peguei a primeira coisa com cheiro duvidoso de álcool e comecei a beber. Até estar completamente doida. Eu nem sentia meus pés. Pra cês ter noção, eu dancei na boquinha da garrafa com uma mini piriguete de uns 5 anos. Coisa linda de se ver. Eu só não entendia porque distribuíam cerveja naqueles copinhos do BEN10. Um saco eu sempre ser fraca pra bebida. Não sei por que, mas logo alguém tinha me puxado de volta pra piscina.


_Melissa! O que você tem?


_Kariii, amigãaaaaaaaaaa. Por onde você taaaava?


_O que você tem?_A ignorei, começando a cantar próxima a beirada na piscina, já que estávamos sozinhas.


_HOJE VOU BEBEEER PRA INSQUECER MEUS COMPLEXUU._Cantei, totalmente bêbada. E tomando um grande gole da minha bebida.


_O que você tem, Missy!?


_EU TO ZURETINHA, ACHO QUE BEBI DEMAIS. IRAIRAIRAIRA


_Missy... Isso na sua mão é refrigerante._Olhei para o copo plástico na minha mão por alguns segundos e logo o joguei no chão, irritada. Cruzando os braços.


_Droga! Nem ficar bêbada nessa festa dá.


_Estamos em uma festa infantil! ALÔO._Ela deu um baita tapa na minha cabeça e eu cambaleei, quase caindo na piscina. Eu ouvi o splash, senti a água batendo na minha linda carinha. Mas algo me amparou. Algo com mãos fortes, cheiro masculino e provavelmente de olhos sem cor definida, cabelos loiros e... Abri os olhos quase gritando
“Breno, meu amooor”. E dei de cara com o ordinário, lá. Carência é uma desgraça!


_Você ta bem?_Ele perguntou, todo preocupadinho.


_To sim. Agora me solta!_Resmunguei e ele me soltou. Minha carência gritou “Agarra, agarra, agarra de novo nela, doida doida...”


_Meu nome é Paulo._Ele murmurou. Só eu lembrei daquela musiquinha ordinária. Hoje é a festa da Paula, Paula lá dentro e Paula lá... É. Vamos esquecer porque vai que tem criança lendo, tipo eu. E eu não quero me traumatizar. A única coisa que consigo pensar ao olhar pra ele é “Rala ordinária”. Sei lá por que. Acho que ele desperta a dançarina do É o Tchan em mim. QUE MERDA.


_ Eu sou a ordinária do seu Cumpadre Washington._Ele fez uma cara estranha e eu bati a mão na minha cabeça.


_O que você disse?


_Eu sou a Missy. Foi isso que eu disse.


_Tem certeza?


_Claro que eu tenho! Achou o que? Que eu me apresentaria errado?_Ele deu uma risadinha. Arregalei os olhos, ainda não acreditando nesse mico colossal. Procurei Kari como forma de salvação, mas ela tinha evaporado.


_Não queria te assustar com aquele negócio do meu irmão. Eu sei que ele é meio... chato.


_Valeu por me encorajar a roubar algodão doce. É legal da sua parte, eu gosto de viver perigosamente.


_Você é esquisita.


_Eu sou selvagem._Agora todo mundo segurando o Tchan! Rawr! Certo, parei._É brincadeira... Eu sou... normal.


_To vendo. Muito normal._Ele riu, ainda perto de mim. O olhei desconfiada. Que espécie de anomalia ele é? Porque pra conversar comigo por mais de 5 minutos tem que ser doido. É só olhar as pessoas que eu me relaciono. Tipo, a Kari, e o Breno e a Shakira do shopping que agora vive me mandando mensagem...


_Então...?


_Eu só queria te dizer que... Não me importo muito com garotas que roubem algodão doce azul, não se elas tiverem olhos tão bonitos quanto os seus._ Genteee, o negócio ta ficando bom, né? Ai ai, ai. O que se responde nessa hora? “Que nada, tu é cego mesmo” ou “Magina, fio, issaqui é lente.” Mas eu não soube o que fazer. Cantar letra do É o Tchan, pode?


_Éeer..._Murmurei meio envergonhada e ele deu um passo a frente. Meio perto, meio longe. De fato, esse garoto ta me querendo! Me querendo muitcho!


_Você cheira bem._Eta narizinho potente, hein! To te falando. Haha. Ele foi chegando perto e eu fui me preparando, respirando fundo. Com medo do narizin dele. E que narizin bonitico! Pra eu estar toda seduzida, só falava ele dizer o “rala ordinária!” Ai ai ai, ui ui ui. Ele era tão liiindo e tava tão pertinho! Repito, me encantei com ele. Além do nariz espada, que era bem charmosinho, ele tinha um sorriso muito bonito. Adoro sorrisos, adoro bocas e... Claro que quando a bagaça melhora, que eu quase tava sentindo a chuvinha que ia acabar com a minha seca. Ouço um grito bem conhecido.


_MELIISSAAAAAAA.



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Notas finais do capítulo

N/A: (Janine): Oi. Primeiro, fiquei triste gente. Só porque não ameacei de morte, não significa que vocês não tem que comentar. Mas obrigada a aquelas que comentaram!
Enfim, reparam que temos uma nova autora? É a Meri! Ela me dá muitas idéias sendo ela mesma, pode crer. Sabem aquela amiga que eu comentei que me inspirava a Kari? É ela mesma! Ela vai nos ajudar com idéias e tudo o mais, então espero que gostem e etc. Vamos dar as boas vindas para nossa nosa autora? Vamos, vamos? AEWWW. ~pula e grita~
A Gabi não anda podendo me ajudar a revisar os capítulos, então esqueça os erros gritantes e terríveis. E se o capítulo ficou chato me culpem. KKK A culpa é minha mesmo. Ai ai.
Enfim, comentem? Sim ou claro? Ou não, cês que sabem. OBRIGADA POR LEREM. Exidois.
#FelizNatal e #AnoNovo.



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