A Verdadeira Guerra escrita por Zeuseocara


Capítulo 11
Capítulo 9 - Damos um passo à frente.


Notas iniciais do capítulo

Foi mal pela demora, mas eu estava sem inspiração, mas acho que o cap. ficou bem legal!



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POV Percy

         Mais ou menos às três da manhã, sai do quarto de Apolo (ei! Não me culpe você perde a hora jogando ok?). Andei vagarosamente até o meu quarto por causa do sono, cheguei até lá tomei um banho ultra rápido e cai na cama. Estava tão cansado que não tive nenhum sonho. Acordei por volta das 09h00min, tomei um banho, escovei meus dentes e fui à sala de refeições. Lá fiquei conversando com Thalia (que estava se recuperando incrivelmente bem), e com Nico. Por alguns minutos eu não tinha que me preocupar com nada. Mas quando Apolo me chamou eu já sabia que alguma coisa iria acontecer.

         - Percy, - Apolo começou – Vamos logo, Zeus está dormindo graças ao meu amigo Morfeu. Hera está com ele, mas eles são deuses muito poderosos, não durará muito mais o efeito.

         - Ok. Já está tudo pronto?

         Eu, desde o momento que Apolo propôs a idéia, estava confiante, mas agora que realmente chegou o momento, eu não acho que devo fazer. Não importa o que eu ia dizer, mas nesse momento os barulhos de transformadores estourando voltou a rugir. Era para ser mais uma carta, mas ao invés disso uma luz brilhou num canto da sala. Então um homem com armadura de batalha apareceu (contando com o elmo, então não deu para ver seu rosto).

         - Oi, normalmente eu falo com vocês através de cartas, mas hoje eu decidi vir pessoalmente. Tem algum problema? – perguntou ironicamente.

         Um grupo de seguranças foi até eles com suas lanças em punho. O homem os deixou chegar bem perto, mas ao chegar um campo de força jogou longe os primeiros da linha. Os demais recuaram um pouco, assustados. Um deles até tentou jogar a lança, mas ela também ricocheteou até se perder de vista.

         - Eu seria muito burro – continuou o homem, olhando para o grupo de seguranças ao seu redor, que continuava crescendo, mas agindo como se não fosse nada demais.  – se viesse para cá sem proteção. Mas tudo bem. Ok, eu vou direto ao ponto porque eu não tenho muito tempo. – ele olhou em cada um de nós demorando um pouco em mim, como ele estava de elmo não consegui interpretar seu olhar – vocês são burros! Principalmente vocês dois! – ele apontou para mim e para Apolo. – bem, primeiro você, Perseu.  – ele começou a andar calmamente como se pensasse em cada vírgula em que falasse – você realmente pensou que seria tão fácil resgatar Annabeth?! Não, claro que não.  Bem, você de fato a resgatou, mas- veja bem, estou te ajudando ao dizer isso: nós clonamos a Annie. Colocamos seus pensamentos no clone, foi bem fácil na verdade só que eu fiquei com um pouco de dó dela, a verdadeira Annie sofreu tanto com as operações. Mas, enfim, nós não conseguimos fazê-la idêntica, isso é impossível. Esse foi o jeito que conseguimos fazê-la falar, entende? O clone nos obedece cegamente, então já que o clone sabe tudo que Annabeth sabe, e aquela menina sabe! Mas nós não a fizemos bem o suficiente para que ela nos diga seu calcanhar-de-aquiles. Mas isso em pouco tempo iremos conseguir. E, então a idéia de deixar você levá-la surgiu. Nós criamos uma falsa doença e pronto! Você estava pronto para jogar tudo para o ar por uma mísera chance de salvá-la. Ah, e detalhe – ele se virou para mim, novamente - nós podemos mata-la a qualquer instante, por isso não nos irrite. Agora você Apolo – ele ficou de frente para Apolo, que parecia hesitante – bem, você é bem burro na verdade, só fica dando uma de bonitão, mas você percebe a merda que fez? Zeus apagou com Hera, os deuses estão uns contra os outros, graças à sua idéia de fazer a operação. E com uma ajudinha de Atena pela idéia da votação. Se nós decidimos atacá-los quem irá nos parar? Ninguém. Vocês sabem disso...

         - Quem é você e por que está nos dizendo isso? – interrompi.

         - Quem eu sou eu vou dizer ao final de nossa conversa, se eu quiser. E por que eu estou falando isso? Ora, senão fica tudo sem graça. E só para deixar claro, a verdadeira Annie está no mesmo lugar onde você resgatou o clone. E eu sugiro que vocês vão até a enfermaria, assim podem ver o que nós podemos fazer com a Annabeth... E sobre quem eu sou... – ele tirou o elmo e eu consegui ver o rosto traidor de Morfeu – e só para deixar claro Apolo, eu não acho que Zeus irá acordar tão rapidamente, se acordar.

         Então ele sumiu. Transportei-me para a enfermaria, junto com todos os deuses. Quando eu consegui chegar perto dela, vi que a mancha em seu peito voltou a ficar preta, mas dessa vez não parou e foi se estendendo por todo o corpo, quando seu rosto e suas pernas ficaram pretos, seu corpo “explodiu” em cacos de vidros, mas quando foram nos cortar eles desapareceram nos deixando olhando para o nada.

         - O que foi isso? – perguntei, quebrando o silêncio.

         - Eu acho que Morfeu tinha razão. – disse meu pai.

         - O que nós vamos fazer agora? – indaguei. Meu cérebro parecia ter parado de funcionar.

         - Ok, vamos ser racionais – interferiu Atena – em minha opinião devemos atacar e tentar salvar minha filha...

         - Falou a hipócrita! – falou Hades – como você diz para sermos racionais se na sua primeira opinião você deixa suas emoções tomar conta de você?! – agora ele estava gritando – nós não temos exército! Quando isso vai entrar na sua cabeça?

         - Não grite comigo! Você nem me deixou terminar. Nós não precisamos atacá-los de frente. Vamos usar a cabeça. Deve ter alguma entrada para o forte deles. Assim, mandamos um pequeno exército atacar por dentro. Quando eles tiverem o menor controle da situação possível eles dão passagem ao exército principal. No maior silêncio possível. Quando eles tiverem acabado vocês vão ver que dá para fazer muitas coisas com o exército que temos.

         - Ok nós vamos ter que discutir várias vezes a estratégia – ponderou Ares. De batalhas ele entende – mas pode funcionar. Mas agora não é o momento nem o lugar para discutirmos isso. 

         - Concordo com Ares. – Atena falou – mas acho que não podemos esperar mais. Eles sabem que tem maior exercito, eles estão brincando conosco, mas podem cansar e atacar de vez.

         - Muito bem, vamos até nossos quartos e depois do almoço vamos ver o que iremos fazer.

         A confusão na enfermaria se desfez e todos foram aos seus quartos. Eu deitei na cama, olhei para o teto e comecei a refletir sobre o que aconteceu hoje. Depois de um tempo pensando cheguei a uma conclusão. Vamos dar tempo ao tempo...

         UMA SEMANA DEPOIS

         Bastante coisa aconteceu nessa semana. Vamos começar: Apolo trabalhou por dois dias para acordar Zeus e Hera e depois que conseguiu mal tinha força para ficar de pé (mesmo assim Zeus deu uma bronca nele que deu medo), ele está desmaiado. Logo depois, na reunião todos decidimos seguir com o plano de Atena, mas antes, segundo Atena e Ares, nós devemos conhecer todo o território, saber possíveis modos de fuga, como entrar sem ser percebido, etc. E por isso, todos concordaram em mandar um agente nosso infiltrado lá. Zeus vai manipular a névoa e então eles irão pensar que quem for é um agente de alto escalão. E adivinha quem eles escolheram para ir? Eu! É lógico. Eu estou morrendo de medo, mas não tem outro jeito. Zeus e Poseidon arrumaram não sei como, um uniforme deles para mim. Já estava indo para a sala de estar onde todos os deuses estavam.

         - Muito bem, espero que você esteja pronto. – disse Zeus, assim que eu cheguei.

         - Fazer o que, não é?

         - É não há nada para fazer. – completou meu pai – Filho, você deve saber que só te escolhemos porque você é o mais experiente do exército. E esse trabalho é muito perigoso.

         - E eu venho pensando comigo mesmo – disse Zeus – em meio a essa confusão de espiões, eu acho que nós devemos decidir algum tipo de senha que vá mudando de tempos em tempos, para o caso de um impostor ficar no lugar de alguém! – todos nós concordamos e Zeus continuou – a primeira senha será “Olimpo”. Ok?

Todos nós concordamos novamente, era mesmo uma boa idéia.  Eles voltaram a ficar me incentivando a ir, como se eu estivesse escolha. Mas de um jeito ou de outro, aqui estou eu. Parado na frente do forte de Oceano. Na hora que eles iriam me mandar para mais ou menos perto, Zeus fez com que a névoa transformasse minha armadura também. Ela está mais desgastada. E eles me avisaram que eu seria um capitão de batalha que dera a vida pelo pelotão, por isso é provável que eu seja promovido a almirante. Eles fizeram isso para que eu possa ter acesso aos planos de batalha deles. Assim que cheguei à porta, ela se abriu revelando um pequeno grupo de vinte e seis homens, a maioria machucado, mas todos sorrindo.

         - Capitão! – um deles falou – muito obrigado, mesmo. Que bom que o senhor está bem, mas como você escapou de lá?

         - É capitão, como? – outro me encorajou.

         Eles com certeza deveriam ser alguns do pelotão que eu “salvei”, então não tive receio em contar à mentira que eu e os deuses havíamos ensaiado.

         - Só preciso dizer que eles têm uma segurança muito fraca para mim.

         Todos riram se divertindo, com certeza eles gostavam de mim.

         - Ouvi dizer que o próprio Oceano irá te promover pessoalmente. – um deles disse orgulhoso de mim.

         - Sério? – perguntei tentando parecer surpreso.

         - Sério! E adivinha? Você vai ser o 2º general!

         - Você não está brincando? Quer dizer, de capitão para 2º general!

- Parabéns! Oceano mandou levá-lo até sua sala assim que você chegasse. Provavelmente para dar a promoção. – acrescentou baixinho.

- Mas olhe como eu estou! – reclamei.

- Não importa, vamos logo. – outro falou.

- Ok.

Passando para dentro do forte vi seguranças para todo o lado. O mesmo soldado que havia me recepcionado me parou e falou:

         - E o seu colar? Tudo bem com ele?               

         - Que colar? – perguntei e olhei para o meu pescoço, e lá de fato havia um colar verde-água, com linhas cruzadas como o DNA.

         - O seu colar que permite respirar debaixo da água. – ele falou como se fosse normal.

         - Ele está bem agora, mas está bem até não estar mais. Se tiver algum outro.

         - Sim. Há, sim; Oceano achou que poderia ter algum tipo de problema com ele então já providenciou outro. – ele tirou de não sei da onde uma caixa normal de colar.

         Assim que ele abriu mostrou um colar idêntico ao meu, porém mais novo. Eu o coloquei e... Não havia diferença alguma. Talvez por eu ser o filho de Poseidon. Eles me levaram numa sala que havia por volta de uns 5 homens. No meio sentado num trono um pouco mais elevado estava um homem grisalho como meu pai, porém seus olhos revelavam que ele tinha muito mais idade, eles eram cansados e espertos, com experiência. Ele me estudou e logo depois abriu um grande sorriso mostrando seus dentes amarelos.

         - Capitão Kraus! – ele se levantou e veio até mim, e por último e meu um abraço – como vai, meu velho amigo?

         - Cansado, mas aquela segurança não deu conta de mim. – demos risadas juntos ao final da frase.

         - Sim, sim. Eu imagino, agora vamos ao que interessa. Como agora estou ciente de seu sacrifício pelo seu pelotão, eu decidi promovê-lo à 2º general. Se estiver de acordo.

         - Lógico que estou! – respondi animado.

         -Ah! Maravilha. Bom, agora como 2º general você deve saber nossos planos. E vocês – ele apontou meu ex-pelotão – tchau, vocês são só soldados, não podem ficar aqui.

         Eles deixaram a sala, um pouco envergonhados, uns com raiva, mas a maioria entendia seu lugar e não reclamaram.

         - Este, general Kraus, é seu comandante. - ele apontou para um homem que deveria ter por volta de 30 anos, porém seu rosto estava coberto de cicatrizes, deixando-o mais velho –  O 1º general, General Piltz.       

- Kraus. – ele saudou-me.

         - General Piltz. – respondi.

         - Sente-se ao meu lado, por favor. – ele pediu estendendo sua mão direita a uma cadeira como todas as outras no seu lado direito.

         Depois um tempo todos os outros haviam chegados, mas pude perceber que havia um lugar ao lado direito de Oceano.

         - Ok. – falou Oceano – vamos começar, porque pelo que parece ele demorará um pouco.

         Ele apontou para seu lado direito e depois fez um sinal para que outro homem começasse a falar. Assim ele fez:

         - Bem, todos nós aqui devemos saber nossos planos, exceto o segundo-general Kraus então devo resumi-lo à você. – ele se virou para mim, suspirou e falou – nós vamos esperar um sinal que Oceano dará e então nós atacaremos Poseidon. Sim, será difícil e metade de nosso exército sucumbirá por que não tem nenhum pingo de treinamento, por isso devemos ter certeza antes de atacar.

         - E que sinal é esse? – perguntei.

         - Não sabemos. – ele revelou.

         - Como não?

         - Oceano sabe, mas não nos conta.

         - Já está na hora de contar. – falou Oceano – eu já estava planejando isso. Bem, seria bastante difícil atacar sem uma arma secreta, Cronos me disse isso uma vez. Então eu arrumei uma arma secreta que vocês não imaginaram qual?

         Ele ficou nos encarando por um tempo, esperando nossa reação, então só disse uma palavra:

         - Luke.

         - Luke? – perguntou o general Piltz – aquele mesmo Luke dá grande guerra?

         - Ele mesmo. – admitiu Oceano, orgulhoso de si mesmo.

         - Mas ele não morreu?

         - Não, obviamente. Mas vamos deixar que ele mesmo explique. Luke, por favor, entre.

         Logo depois, por incrível que pareça, Luke entrou na sala exatamente como ele era da primeira vez que o vi. Olhos espertos e sagazes, um rosto experiente e um sorriso maroto nos lábios. Eu não conseguia falar nada, mas também não conseguia fechar a boca. Resultado: eu parecia um retardado. Mas para me salvar eu não era o único. Todos estavam como eu.

         - Nossa gente. Parece que vocês viram um fantasma. – Luke brincou.

         - Como você está vivo? – perguntei. Na verdade aquilo foi mais um sussurro, mas ele ouviu.

         - Vocês sabem que eu tinha a Maldição de Aquiles, certo? Então, tudo não passou de um truque meu e de Cronos. A Maldição de Aquiles é como se fosse uma segunda vida, quando eu “me matei”, uma vida minha foi embora, mas eu ainda tinha minha vida normal. – ficou um silêncio depois que ele terminou de falar, enquanto ele sentava à direita de Oceano – ok. Se vocês não acreditam em mim, pensem um pouco. Todos nós sabemos que Aquiles morreu com uma flecha no calcanhar. Mas o que poucos sabem ( e que foi retratado perfeitamente n o filme Tróia) é que após a flecha ter acertado seu calcanhar, Paris acertou  outras três na barriga de Aquiles, essas sim o mataram não a do calcanhar. Mas encurtando tudo isso. Eu estou de volta! – ele terminou sorrindo.

         Eu ainda não tinha palavras, mas todos a minha volta se levantaram comemorando. Enquanto suas palavras ecoavam na minha cabeça: “eu estou de volta...”


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Notas finais do capítulo

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