The Human Past Alec Volturi escrita por Gragra


Capítulo 4
3. Paralisado.


Notas iniciais do capítulo

Fiko minúsculo... Pleease, nn me matem!!!



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3. Paralisado

Depois de sairmos do beco, eu estava atordoado demais para voltar para casa. Jane certamente também estava.

Então fomos dar uma volta pela maravilhosa Itália. Mas, eu não conseguia prestar atenção a nada. Minha mente estava direcionada a pensamentos nada felizes para mim.

Jane estava certa, por que nós?

Bem, certamente não era eu que sabia a resposta. Tudo o que eu esperava era estar dormindo em minha cama, tendo um pesadelo. Mas, não estava.

— Alec, talvez não seja tão ruim quanto estamos pensando. Podemos ajudar algumas pessoas com nossos dons. - disse Jane.

— E irmos para a fogueira acusados de bruxaria? - balancei a cabeça. - Não Jane, não podemos.

Ela assentiu, mas abaixou a cabeça, fitando o chão. Seus olhos grandes estavam preocupados e tristes.

Cheguei mais próximo a ela e a abracei. Seu corpo pequeno estava tremendo.

— Não se preocupe minha irmã. Não deixarei que nada aconteça com nós dois. - falei e beijei sua tez.

— Jura?

— Juro.

***

Voltamos para nossa casa. Não era tarde, mas certamente nosso pai estaria preocupado.

Mas, ao entrarmos no jardim não nos deparamos com ele nos esperando aflito. Ele nem estava em casa.

Deparei-me com Michaella, minha única amiga em Toscana.

— Oi Alec! - ela sorriu e me abraçou.

— Olá. - respondi.

— Oi Jane! - ela cumprimentou minha irmã que estava parada nos observando.

Seus olhos eram um lembrete para mim. Diziam silenciosamente que eu não contasse nada a Michaella.

Meneie a cabeça e ela se foi.

— Tudo bem com a Jane? Ela está estranha hoje. - alou Michaella.

— Sim, tudo bem. - sorri.

— E com você Alec? Como vai? Faz uns dois dias que não nos vemos, estava com saudade. - ela corou.

— Estou muito bem, e você?

— Também. Tem alguma nova notícia? - ela me perguntou.

Sim, tenho. Agora eu descobri que tenho dons e posso usá-lo com qualquer pessoa. E você? Tem alguma notícia?

— Nada de interessante. - respondi após hesitar. - E você?

— Nada de novo também.

Ela sorriu e pôs uma mecha de seu longo cabelo loiro para trás. Seus olhos castanhos sorriam para mim.

Sentamos na grama e ficamos conversando até que anoiteceu e meu pai chegou.

Sua cara estava pálida e ele parecia estar prestes a desmaiar a qualquer hora.

— Pai... você está bem? - perguntei e Jane apareceu na varanda do quarto dela com Karina nos braços.

— Alec, eu vou... - e caiu, simplesmente caiu na relva branca.

Não iria me esquecer desse dia nunca.

Karina e Jane gritaram. Michaella correu até meu pai e pôs as mãos em seu peito e começou a massagem cardíaca. E eu... e eu fiquei parado como uma estátua. Não conseguia me mexer, não podia.

Só me mexi quando Michaella me tirou das águas profundas em que me encontrava.

— Alec! Alec... - ela estava chorando e não sabia como diria as palavras seguintes, mas eu já sabia que ele não estava mais entre nós.

 — Ele se foi.

Ela assentiu e encostou-se em mim, mas eu não sentia o calor que sua pele me transmitia.

— Papa... - Karina gritava enquanto uma Jane desesperada tentava segura-la.

— Alec... Alec... precisamos ajudar o papai. - gritava ela.

Lágrimas escaparam do meu rosto. Como isso foi acontecer? Por que meu pai estava morto. Nós não merecíamos isso.

— Se acalme Karina. - disse para ela e ela me olhou. Seus olhos estavam carregados de uma tristeza inimaginável.

A abracei e transmiti uma onda do meu dom, menor do que eu usara nas outras pessoas.

 Ela se aquietou e parou de chorar. Eu não a deixara inconsciente, só retirei a dor de seu pequeno coração.

— Liguei para os médicos, Alec. Eu sinto muito. - Michaella tocou em meu braço e depois foi até Jane que chorava.

Logo depois de uns minutos sofrendo sozinho, as ambulâncias chegaram.

 Por que nós? Perguntei-me pela segunda vez no dia.

***

Não foram muitas pessoas no enterro, só Michaella e alguns poucos amigos que meu pai fizera.

No obituário dele o médico constatou que ele estava com alguma doença em grau fatal.

Para mim, não era isso. Para mim o inferno chegara a Terra.

Minha irmãzinha estava em meus braços, o rosto apoiado no vão entre meu pescoço e minha cabeça. Suas lágrimas encharcavam meu paletó.

Jane estava quieta em um canto com Michaella.

Todos nós três sofríamos pela perda de nosso único parente vivo. Uma dor inconsolável.

Bem, se eu pensava que seria só isso, eu estava enganado. Muito enganado.

De fato, o inferno estava na Terra. Em minha vida.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço Reviews?



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