Há 365 dias no ano, que data o périodo de translção da Terra. São doze meses e cinqüenta e três semanas. Tudo contado por astronomos ao longo dos anos, militricamente conometrado.

Mas há um pórem. Existe, a cada quatro anos, um dia diferente. 29 de fevereiro. Muitos não se importam com esses dia, só mais vinte e quatro horas, em oito mil, setecentos e sessenta. Nada demais.

Mas o que muitos não sabem é, que basta um segundo para mudar o rumo da sua vida. E foi isso que aconteceu comigo. Duas vezes.

Na primeira fui atingido pelo desconhecido repentinamente, não sabia bem o que esperar. Pórem acabou se tonando o centro da minha existencia.

Na segunda eu fiz a escolha. Não foi uma boa idéia, mas só percebi isso quando já era tarde demais. E por estar tão cego, sempre olhando para meu próprio umbigo, que terminei aqui.

Deitado como uma estatua na grama. Não ouvia, estava com os olhos cerrados e nem se quer respirava. E nesse momento, desejei mais como nunca tinha feito antes, ser humano. É muito díficil cometer suicidio quando se é um ser imortal.

Todas minhas reações estavam lentas, me sentia em um estagio letargico. Minha pele era precionada por cubos de gelo contra minha bochecha.

-Edward...- Remorso. Sentia o gosto amargo na ponta da língua -Eu sinto muito, mas... você sabia que isso ia acontecer um dia. A única diferença foi só que foi repentino- Com certeza se o plano de Tânia era me reconfortar, ela não estava conseguindo.

Para uma pessoa normal, seu timbre suave e a delicadeza que acariciava minha face, poderiam ser confundidos por amor. Mas para mim e minha habilidade especial de ler mentes, podia ouvir o tom ciumento que pensava.

Queria arrancar seu pescoço pelas sandisses que pensava direcionadas a minha Bella. Mas me refreei. Já tinha decidido terminar nosso fálido relacionamento, não importava-me mais seus sentimentos ou se estava cometendo um erro, eu só queria me sentir livre desse peso.

É curiso como, essas nóticias mudam completamente nosso modo de ver o mundo. Agora, já não sentia o peso nos ombros, medo de desapontar as pessoas, a culpa por ter causado a mortre de tantos no passado, tristeza, nada. Eu, por incrivél que pareça, sentia-me mais próximo de Bella do que já nunca senti. Quase podia tocar seu rosto macil e me deliciar com e visão das sua bochechas rubras emoldurando seu doce sorriso. Era dolorosamente leve. Se algum dia já duvidei que tivesse uma alma, agora não cometia tal erro. Eu tinha uma sim, mas ela se desprendeu de mim, quando a costura fina que a segurava em meu corpo, por fim se partiu. Por isso a leveza. Não havia mais sentimentos, desejos, nada, só existia... eu. Eu tinha negligenciado-a por tanto tempo, que agora não existia mais forças que a segura-se em mim.

Pela primeira vez me senti digno do nosso amor. Esse novo Edward, que estava enterrado sem eu saber, por tantos anos em mim, não tinha pecados ou já cometeu erros. Ele não tinha sentimentos e não sentia dor, ele tinha um enorme espaço em braco, onde nada de ruim, porém nada de bom, habitava.

Esse novo Edward, era um monstro maior do que o antigo.

Era uma irônia doentia, mas.... Agora eu estava, finalmente, de igual para igual com Bella. Ambos estavamos mortos.