Dammit, I Love You. escrita por Giii_Poynter


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

HEY! Aqui está o novo capítulo. Na minha opinião, está bem legal e eu acho que vocês vão gostar também.



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Acordei sentindo algo meio molhado no meu rosto e logo pensei que era Romeu, me acordando.

- Para Romeu! Eu to tentando dormir aqui. – Murmurei ainda de olhos fechados.

Sem ganhar nenhuma resposta, estranhei e abri os olhos.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!! – Gritei quando vi um cachorro arfando em cima do meu rosto.

Saí correndo para a sala e todos estavam lá me encarando, assustados. Até Romeu.

- Alguém pode me explicar por que eu acordei com um cachorro lambendo o meu rosto????? – Gritei.

- Ah, então você conheceu o Ruffles. – Rafa afirmou e pegou o cachorro que vinha andando atrás de mim, no colo.

Admito que ele era até fofinho.

Era um Beagle de mais ou menos uns 5 meses e com grandes olhos castanhos.

- Ruffles? – Perguntei.

- É. Eu o achei ontem de madrugada quando eu tava voltando de uma balada com meus antigos amigos. Ele tava fuçando um pacote vazio de Ruffles perto de uma lixeira. Aí eu resolvi trazê-lo para casa e nomeá-lo em homenagem à deliciosa batata que ele tanto ama. – Rafa sorriu, orgulhoso de si mesmo.

- Rafa, por mais que ele seja lindo, nós não podemos ficar com ele. – Helena disse. – Não até vermos se ele tem dono.

- Ok então. – Ele concordou, cabisbaixo.

- Nós vamos contigo para fazer os cartazes e colar pela cidade. – Joanna tentou animá-lo.

- Todos nós? – Gabe reclamou.

- Todos nós.

Depois de termos mais de 200 cartazes prontos, deixamos Ruffles com os vizinhos e fomos no carro conversível de Romeu para rodar pela cidade e colar os cartazes.

- Er, eu acho que nós já nos distanciamos demais de casa, não? Aonde nós estamos? – Helena perguntou, com medo.

Estávamos perto de uma pequena floresta e não havia uma alma viva passando por ali.

- Eu não sei. – Romeu respondeu. – Mas eu vou dar a volta aqui.

No momento em que ele virou o carro, ouvimos um barulho bem alto e o carro parou do nada.

Uma fumaça começou a sair do capô e Romeu arregalou os olhos, apavorado.

- Ah não! – Joanna reclamou.

- Eu pensei que o seu carro fosse de marca, Romeu. – Gabe reclamou.

- Mas é! – Ele saiu do carro e foi verificar o motor. – Não tem jeito. Só indo a um mecânico.

- Vê se os seus celulares estão com sinal. – Rafa falou e todos verificamos nossos celulares.

- Nada. – Bufei e todos disseram o mesmo.

- O que a gente faz agora? – Helena perguntou.

- A gente pode entrar naquela floresta e ver se tem alguma casa por aqui pra nos ajudarem. – Romeu deu a ideia.

Como era a nossa única opção, acompanhamos Romeu.

- Eu to com medo... – Gabe falou e abraçou a pessoa mais próxima, Rafa.

- Ei ei, não precisa se agarrar em mim não! – Rafa reclamou.

De repente, ouvimos um trovão e começou a cair uma chuva muito forte.

- Ah, só faltava essa! – Helena reclamou.

Logo, todos estávamos muito molhados caminhando no meio de uma floresta.

- Eu odeio mato com todas as minhas forças. – Joanna disse e Gabe concordou com ela.

Conseguimos achar uma pequena clareira na floresta, mas nenhum sinal de população.

- Agora que eu me lembrei. – Romeu disse, assim que chegamos. – Eu tenho uma barraca no meu carro da última vez que eu acampei. Ela é meio grande, então eu acho que se nos espremermos, conseguimos caber todos lá dentro.

- Peraí, você ta sugerindo que a gente passe a noite aqui? – Gabe perguntou, sem acreditar no que tinha ouvido.

- Ué, já está anoitecendo e pelo visto nós não vamos conseguir sair daqui tão cedo, então... – Rafa respondeu.

- Ok, mas eu não vou lá com vocês. – Gabe disse. – Minhas pernas precisam de algum descanso.

- Idem. – Joanna concordou.

- Então vocês nos esperem aqui. – Romeu disse.

- Vocês vão nos deixar aqui sozinhos? – Helena perguntou.

- Qual o problema? Nós já voltamos. – Rafa disse e logo depois sumiu de vista com Romeu.

Para esperar, sentamos em algumas pedras e tentamos ficar embaixo das árvores para não nos molharmos, porém, era impossível. A chuva era tão forte que parecia que nós havíamos tomado um banho com roupa e, a cada trovão que tinha, alguém pulava de susto.

Depois de uns 10 minutos, os meninos ainda não haviam chegado e nós começamos a ficar preocupados. Afinal, o lugar onde o carro estava não era tão distante da clareira.

Ouvimos um grito que parecia vir de Romeu e depois ouvimos Rafa gritar “Socorro! Socorro!”.

Logo depois, a floresta ficou em total silêncio.

- Ai meu Deus, o que será que aconteceu com eles? Eu to apavorada! – Joanna se desesperou.

- E se... E se eles morreram? – Gabe perguntou.

- Cala a boca, Gabe! – Gritei. – Ninguém morreu. Vamos ficar calmos e tentar pensar em alguma coisa que a gente possa fazer.

- Ahn... Vamos ver. – Helena pensou. – Que tal a gente... Sei lá, correr? Porque provavelmente deve ter um assassino nessa floresta.

- Parem de imaginar coisas! – Me estressei. – Isso vai piorar a nossa situação.

- Eu to com medo. – Joanna disse.

De repente, começamos a ouvir passos atrás de nós.

- Eu amo vocês, ta? – Helena disse, como se fosse morrer.

- Eu também. – Joanna falou.

- Jo, me desculpa por eu ter usado seu perfume importado da França sem te falar? – Gabe pediu.

- Você fez o quê?! – Ela gritou, mas nós fomos interrompidos pelos passos que se tornaram cada vez mais fortes.

Eu não queria admitir, mas até eu estava com medo.

Então, quando virei de costas para a floresta, senti alguém me agarrando pelas costas.

Eu nunca dei um grito tão alto. Sério.

A pessoa veio correndo tão rápido que eu acabei caindo na grama com ela em cima de mim.

Quando abri meus olhos para ver quem era...

- PUTA QUE PARIU, ROMEU! EU TE ODEIO, GAROTO! – Comecei a gritar e bater nele para poder sair de seu abraço.

Ele me deu um selinho e me soltou.

Logo atrás dele, veio Rafa rindo das nossas caras assustadas.

- Cara, essa sua ideia foi muito boa. – Romeu fez um hi-five com o amigo.

- Eu te odeio, eu te odeio, eu te odeio, eu te odeio, eu te odeio. – Murmurei sem parar com o coração quase saindo pela boca, ainda com raiva do meu namorado.

- Todos nós sabemos que isso é mentira. – Ele sorriu.

- Vocês quase me fizeram ter um ataque do coração, sabiam? – Gabe deu chilique.

- Admitam que foi engraçado. – Rafa falou. – Pelo menos o grito da Julieta. Olha, ela deu um grito tão alto que talvez alguém tenha ouvido e venha nos salvar.

- Acho meio impossível, mas tudo bem. – Falei.

- Ok, vamos começar a montar a barraca? – Rafa jogou as coisas na nossa frente.

- Mas é claro que não. – Joanna negou. – Vocês quase nos mataram de susto e ainda querem que a gente monte a barraca? Vocês é que façam o serviço.

Ela sentou na pedra, cruzou as pernas e sorriu para os dois.

Eles bufaram, mas concordaram.

Quando a chuva parou, nós fizemos uma fogueira em frente à barraca e sentamos em volta dela.

- Se pelo menos nós tivéssemos marshmallows... – Helena disse.

- Eu trouxe alguns salgadinhos que estavam no meu carro, serve? – Romeu mostrou três pacotes de salgadinhos.

Nós comemos enquanto ouvimos Rafa contar algumas histórias de terror.

Não foi tão terrível quanto o susto que eles haviam nos dado, mas mesmo assim nós ficamos com medo.

- Eu te protejo hoje à noite. – Romeu me deu um sorriso malicioso.

- Ei! Só temos uma barraca, ok? Guarde seus momentos pervertidos para quando nós voltarmos para casa. – Rafa disse.

- Se nós voltarmos para casa... – Joanna o corrigiu.

- Da pra você parar de ser tão negativa? – Pedi.

Nós começamos a sentir frio por causa das nossas roupas molhadas e tivemos que tirar pelos menos as blusas para elas secarem.

- É assim que eu gosto... – Rafa sorriu com a visão.

- Pervertido. – Joanna tacou sua blusa nele.

Helena se recusou a tirar sua blusa, mesmo que ela ficasse com frio.

- Já não basta eu dar uma de stripper toda vez que bebo. – Ela se justificou. – Daqui a pouco a cidade inteira já me viu pelada.

- Por favor alguém tira o pensamento da cidade inteira vendo a minha irmãzinha pelada da minha cabeça? – Romeu pediu.

- É só imaginar a sua namorada. – Rafa recomendou.

- Qual é o seu problema, cara?! – Romeu perguntou para ele com cara de nojo.

Fomos dormir lá pras 2hs da manhã, todos apertados na barraca.

Acordei com um braço em cima do meu rosto e senti um peso na minha barriga.

Quando abri os olhos vi que Helena estava deitada com a cabeça na minha barriga e com o braço jogado no meu rosto, Romeu estava abraçando o lado esquerdo da minha cintura.

- Psssiu, Julieta, você ta acordada? – Gabe sussurrou do outro lado da barraca.

- Não, Gabe. É que os meus olhos têm vida própria, aí eles se abrem sozinhos. – Ironizei.

- Cala a boca e vem ver o que eu to vendo. – Ele falou e foi aí que eu percebi que ele havia aberto uma pequena fresta na porta da barraca e espiava algo lá fora.

Também percebi que Rafa e Joanna não estavam lá dentro.

- Que horas são? – Perguntei enquanto tentava tirar, com muito cuidado, Helena e Romeu de cima de mim.

- 6hs. – Ele respondeu sem olhar para mim.

- O quê?! – Quase gritei, mas ele tapou a minha boca antes disso.

Quando fui olhar pela pequena fresta na porta o que tava acontecendo, arregalei os olhos.

Rafa e Joanna estavam sentados de frente para o nascer do sol de mãos dadas e conversavam bem baixinho para não nos acordarem.

- Puta que pariu! – Exclamei, o que acabou acordando Helena e Romeu.

- O que ta acontecendo? – Helena perguntou, vindo espiar junto com a gente.

Romeu veio atrás e, logo, todos nós estávamos amontoados em frente à porta da barraca espiando os dois.

De repente, Rafa se inclinou para Joanna e a beijou.

Nós ficamos tão chocados que não conseguimos falar nada.

Helena, tentando ver mais de perto, nos empurrou e nós acabamos caindo por cima da pequena porta da barraca, de cara na grama.

- Vocês estavam espiando a gente? – Joanna perguntou, enquanto nós nos levantávamos.

- Er... – Romeu gaguejou.

- É tudo culpa do Gabe! – O acusei.

Ele me olhou com uma cara de indignado, mas aceitou.

- Vocês estão namorando? – Helena perguntou.

- Eu... – Rafa não sabia o que responder e esperou que Joanna respondesse em seu lugar.

- Estamos. – Ela sorriu para ele.

- Ai que coisa linda! – Gabe exclamou.

- Ok, ta tudo lindo, fofo e maravilhoso, mas hoje é quarta-feira e nós temos aula. Então, a gente tem que decidir como sair daqui. – Helena interrompeu.

- Nós podíamos pegar uma carona, ué. Essa hora deve ter pelo menos alguns carros passando por aqui. – Romeu disse.

Nós concordamos com ele, arrumamos nossas coisas e fomos ver se algum carro passava naquele lugar.

Ficamos quase meia hora esperando até que finalmente apareceu um carro grande que coubesse a todos nós.

- Obrigado pela carona. – Rafa agradeceu ao motorista.

- Sem problemas. – Ele respondeu, com um jeito hippie de falar. – Aceitam um pouco de maconha?

Chegamos quase uma hora atrasados na aula e o professor perguntou o por quê daquilo.

- É uma longa história. – Romeu respondeu. – Acredite em mim, você não vai querer saber.


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Notas finais do capítulo

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