Dammit, I Love You. escrita por Giii_Poynter
Na manhã seguinte, eu estava no meu quarto arrumando, a minha mala porque iríamos embora dali a 8 horas.
- Hey... – Romeu falou enquanto me abraçava por trás. Eu esquivei de seu abraço e ele me olhou, estranhando.
- Que foi? Desde ontem à noite você não fala comigo direito.
Ele estava só de box parado na minha frente com seus músculos expostos. Em outra ocasião, eu o agarraria ali mesmo e o beijaria com toda a minha força. Mas aquela não era uma ocasião normal.
- Você é incrível, sabia? – Ironizei.
- Hã?? Julieta, você pode simplesmente me dizer o que foi que eu fiz de errado? – Ele perguntou, confuso.
- Ah, você não lembra mesmo? Ok, deixa eu refrescar sua memória: Festa, cerveja, vadia, traição... – Eu disse, quase gritando de tanta raiva.
- O quê...? Ah. Julieta, me desculpa... Eu... – Ele gaguejou, sem palavras.
- Não, eu não vou te desculpar. Não tem desculpa pra isso! – Gritei.
- Você está agindo como se nós estivéssemos tendo um namoro sério! – Ele começou a gritar também.
- E o que a gente estava tendo, então? – Perguntei.
- E-Eu não sei. Nós estávamos ficando. Não precisa desse drama todo!
- Ah, então é normal pra você ficar com outras garotas enquanto você já está ficando com uma?
- N-Não. Não é isso... Olha, eu tava bêbado, não sabia o que estava fazendo.
- Agora você vai botar a culpa na cerveja? Pelo amor de Deus, Romeu!
- Julieta, você sabe que eu não faria isso se estivesse sóbrio! – Ele começou a gritar também.
- O pior é que eu não sei!
- Você ta querendo dizer que não confia em mim, é isso?
- É, é isso. Eu acho que depois de ontem, eu não confio mais em você. – Falei.
- Então, nós nunca vamos dar certo. – Ele disse e bateu a porta do meu quarto.
Eu enxuguei uma pequena lágrima que estava se formando em meu olho e, logo minha mãe adentrou o quarto.
- Filha, está tudo bem? Eu ouvi umas gritarias... – Ela perguntou, preocupada.
- Ah, não foi nada não, mãe. Não precisa se preocupar. – Eu disse, abaixando o rosto para ela não ver as lágrimas que caíam.
Ela ainda tinha o olhar de preocupada, mas resolveu me deixar sozinha.
A partir daí, eu estava com tanta raiva que comecei a jogar as minhas roupas de qualquer jeito na mala.
Resultado: Precisei da ajuda de Helena para poder fechar a mala.
E, assim, acabei tendo que explicar toda a história da festa para ela.
Pedi a ela que, quando chegássemos ao Brasil, não contasse ao resto do povo que eu e Romeu ficamos.
Ela teve que concordar, é claro. Senão eu iria pegar seu maravilhoso laptop e ameaçar jogá-lo pela janela.
Me despedi do meu pai e dos meninos e, vendo minha cara de irritada/triste, eles pediram que eu contasse o que estava acontecendo. O que eu tive que fazer, já que a minha vida é um livro aberto.
Quando chegamos no Rio de Janeiro ficamos até felizes com o sol quente que batia em nossos rostos.
Resolvemos entrar em casa pela porta dos fundos para poder fazer uma surpresa ao pessoal.
Romeu respirou fundo enquanto olhava para o céu do nosso quintal e disse:
- Hm, lar doce... AH!
Ele teria completado a frase se não tivesse caído em um imenso buraco no meio do nosso quintal.
Com o barulho, nossa surpresa foi arruinada.
Joanna, Rafa e Gabe apareceram no jardim, assustados.
- Alguém, por favor, pode me explicar por que tem uma cratera no nosso quintal? – Helena perguntou, irritada.
Joanna e Gabe gaguejaram e Rafa respondeu por eles enquanto revirava os olhos:
- Esses dois aqui tiveram a ideia de construir uma piscina.
- ELES O QUE? – Helena gritou.
- Então... Eu acho que preciso de uma ajuda aqui. – Romeu gritou do buraco e Rafa foi ajudá-lo.
- É só a gente viajar por um tempinho e vocês já resolvem destruir a casa? – Perguntei.
- Mas... A gente não destruiu a casa. Só tivemos essa ideia da piscina porque não tínhamos nada pra fazer sem a presença de nossos melhores amigos aqui. – Joanna disse, fingindo-se de inocente.
- Isso é mentira. Eles fizeram 3 festas enquanto vocês estavam fora... – Rafa comentou.
- VOCÊ QUER PARAR DE NOS DEDURAR? – Gabe gritou e Rafa o ignorou.
- TRÊS FESTAS? E eu não estava aqui pra isso??? Por que eu fui pra Londres, meu Deus, por que? – Romeu falou.
- E aonde vocês arranjaram tantas pessoas para 3 festas? – Perguntei.
- Eu tenho contatos, querida. – Gabe se esnobou.
Eu revirei os olhos e fui para a sala, me assustando com a quantidade de sujeira que estava espalhada pela casa.
- Meu Deus, como vocês conseguem viver assim? – Critiquei.
- Meu Deus, como você consegue ser tão chata? – Romeu me perguntou, fazendo meu sangue subir a cabeça de tanta raiva.
Eu contei até 10, respirei fundo e o ignorei, indo para o meu quarto.
- O que houve com eles? – Ouvi Joanna sussurrando com Helena que apenas respondeu que não sabia.
- Anda logo, Julieta! – Joanna pediu.
- Calma, calma. – Falei enquanto plugava o computador na televisão e abria o arquivo. – Ok, ok. Silêncio que vai começar.
- Eu não acredito que vocês vão assistir Glee em plena tarde de sábado... – Romeu reclamou e Helena o fuzilou com os olhos, fazendo-o calar a boca.
Ficamos todas apreensivas enquanto víamos Glee. Tivemos vontade de socar a Quinn por ser tão ridícula, rimos com Santana cantando Trouty Mouth e choramos com Kurt cantando Blackbird.
Mas a partir de 17min e 30 seg eu, Gabe, Joanna e Helena demos as mãos e prestamos bastante atenção.
E quando Blaine se declarou para Kurt e depois o beijou, nós gritamos tão alto que os meninos até se assustaram.
Blaine e Kurt se beijaram mais uma vez. Rafa e Romeu se entreolharam e fizeram cara de nojo.
Gritamos com cada pequeno momento Finchel que tinha no episódio e simplesmente amamos as músicas originais de Glee.
Depois nossa sessão Glee foi interrompida pelos pedreiros que haviam chegado e começado todo aquele barulho.
Eu olhei irritada para Joanna e Gabe dizendo que eles estavam me devendo uma por eu ter que agüentar aquilo.
Segunda-Feira, eu estava toda distraída enquanto desenhava coisas aleatórias no meio da aula. Foi quando eu ouvi chamarem o meu nome e o de Romeu. Ele, que estava dormindo em cima da mesa, levantou em um pulo ao ouvir seu nome.
- A diretora quer falar com vocês dois. – A professora falou.
Enquanto caminhávamos em direção à porta, a sala inteira fazia “UUUUUH”.
Fomos em silêncio para a sala da diretora e, quando chegamos lá, Romeu foi logo perguntando:
- O que foi que eu fiz dessa vez?
- Calma, querido. Eu só quero avisar uma coisa a vocês. – Ela disse, calma e continuou: – As mães de vocês ligaram hoje e quase imploraram para eu colocá-los na peça Romeu e Julieta. Eu aceitei, mas disse que cabe a vocês decidirem se vão ou não.
- E...? – Perguntei.
- Elas disseram que vocês vão participar da peça sim, senão vocês dois irão ficar de castigo durante 2 semanas.
- O QUÊ? – Eu e Romeu gritamos juntos.
- É isso mesmo que vocês ouviram. – Ela falou. – Então, é a peça ou o castigo?
Eu encarei Romeu.
- Peraí, a gente vai ter que atuar como um casal? – Ele me olhou com desprezo e eu revirei os olhos.
- Sim, Romeu. – Ela disse.
- Ai meu Deus... Eu não posso ficar sem ir às festas ou ao meu treino de futebol. – Ele reclamou.
- E eu não posso ficar sem o meu computador. Como eu vou baixar as minhas séries?
- Então vocês aceitam? – A diretora perguntou.
Nós nos encaramos por um tempo, tomamos coragem e respondemos:
- Sim.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ai gente, desculpa pelo capítulo curto e entediante, mas era tudo o que eu tinha para agora. Prometo que vai ficar mais animado daqui pra frente. Vocês só têm que ter paciência. Beijões.