Fênix Parte I: Exílio escrita por Imogen


Capítulo 8
Cap. IX • Troca de Gentilezas


Notas iniciais do capítulo

Capítulo postado especialmente para Hanna
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Cap. IX • Troca de Gentilezas

Na manhã seguinte a discussão, Draco acordou cedo. Nos últimos tempos havia se acostumado a dormir pouco. Lavou o rosto, se arrumou e saiu do quarto onde Rony e Harry ainda dormiam serenamente. Chegou à sala, ainda sonolento e viu uma xícara de chá ainda fumaçando cuidadosamente colocada sobre uma mesinha, ao lado de uma pilha de livros, denunciando que ele não havia sido o único a acordar mais cedo.

Hermione havia dormido pouco. Passou grande parte da noite pensando em uma maneira de fazer com que Draco a enxergasse de verdade e, contrariando a lógica que seguia normalmente, decidiu iniciar um novo plano de aproximação. Quando percebeu os primeiros raios de sol entrarem pela janela, viu que não conseguiria voltar a dormir e decidiu aproveitar a tranqüilidade daquelas primeiras horas e ler um pouco na sala.

Vestiu uma calça preta e uma camiseta branca sem mangas, prendeu os cabelos e se dirigiu à sala sem fazer barulho. Ainda era muito cedo e não queria acordar as meninas. Escolheu alguns livros e pouco a pouco começou a devorá-los, fazendo algumas anotações em um pedaço de pergaminho.

Depois de algum tempo pesquisando, sentiu fome, algo raro pela manhã, e foi à cozinha buscar alguns biscoitos para acompanhar seu chá; Quando voltou para sala encontrou Draco, parou por alguns segundos e respirou fundo antes de continuar seu trajeto. Era hora de começar a atacar.

Ao ver Hermione, Draco logo imaginou que ela ignoraria sua presença, mergulhando nos livros, exatamente como havia feito durante dias em La Madeleine, mas para a sua surpresa não foi o que aconteceu.

- Bom dia! – disse a menina naturalmente enquanto colocava o prato com biscoitos junto à xícara de chá.

- Bom dia! – respondeu o rapaz meio desconfiado da atitude da garota.

- Acordou muito cedo… – disse a menina puxando conversa.

- Não tão cedo quanto você. – respondeu sem conseguir dar nem um passo.

- Acabei de fazer biscoitos… Que tomar seu café da manhã agora? – perguntou gentil, já se dirigindo a cozinha e servindo o café exatamente como ele costumava tomar, junto a um prato com biscoitos. Depois disso voltou ao sofá e começou a ler um pesado livro entre um gole e outro de chá.

Draco a olhava intrigado. Talvez ela não fosse louca, talvez ela estivesse apenas tentando enlouquecê-lo. Como poderia ser possível que depois de ter ficado tão furiosa na noite anterior, ela o tratasse tão bem? Não imaginava o que pudesse justificar o comportamento de Hermione, mas novamente decidiu aceitar o desafio e entrar na brincadeira.

Caminhou a até a mesa, pegou a xícara que a garota havia preparado para ele, tomou um gole, se surpreendendo por estar realmente do jeito que ele gostava. Foi até Hermione e lhe deu um leve beijo na testa dizendo: “Está ótimo, querida! Obrigada!”, para se sentar longe dela em seguida.

Aos poucos os outros foram acordando e o pequeno apartamento se encheu de barulho e de vida. Gina e Luna foram as últimas a acordar e quando chegaram a sala, Harry, Rony e Lupin, já estavam terminando de tomar café. Ao passarem por Draco e Hermione e constatarem o clima estranho, Gina não resistiu e comentou: “Gente estranha!”, obtendo um aceno de concordância de Luna.

O dia transcorreu em um falso clima de harmonia. Todos já haviam percebido que mesmo com toda a educação e gentileza com que se tratavam, algo estava errado entre Draco e Hermione. Durante todo o tempo trocaram falsas cortesias e farpas disfarçadas a cada tentativa de diálogo, sendo que na maioria das vezes, Draco levava a pior e o sonserino, que não estava acostumado a perder, ficava cada vez mais irritado com a forma contraditória da menina o tratá-lo.

Após o jantar Rony e Harry não tinham sono e permaneceram conversando no quarto sobre assuntos banais até que viram Draco adentrar o recinto com uma expressão chateada. Vendo a cena, Rony não se conteve:

- Malfoy, eu não sei o que você fez, mas eu não queria estar na sua pele! – falou o ruivo se divertindo com a derrota do sonserino.

- Do quê está falando Wesley? – perguntou Draco irritado.

- Do quê, não! De quem! Óbvio que falo de Hermione! Você a deixou realmente zangada! – disse sem segurar o riso.

- Não fale do que você não sabe! Talvez ela tenha ficado um pouco chateada, mas certamente já passou, ou ela não me trataria daquela forma… – disse mais para si do que para os garotos.

- Me desculpe, Malfoy! – disse Harry rindo. – Mas bem se vê que você não conhece a Mione! Mil vezes se ela estivesse te ignorando! Aquele excesso de educação é só o começo da tempestade! Melhor pedir desculpas logo!- concluiu o moreno.

- E de joelhos! – completou Rony, deixando Draco ainda mais preocupado.

Novamente a noite não foi das melhores. A conversa com os garotos só havia piorado as coisas. Não suportaria passar outro dia como aquele; Precisava reverter àquela situação e rápido, mas o que fazer, se ele nem mesmo havia entendido qual crime havia cometido dessa vez… Por que algumas mulheres conseguiam ser tão complicadas?– pensava.

Aquele seria o último dia do grupo em Nova Délhi e havia começado exatamente igual ao dia anterior: formalidades e gentileza disfarçando a distância. Hermione parecia estar decidida a não permitir que Draco se aproximasse dela além do extremamente necessário, o deixando ressentido.

O sonserino observava Hermione de longe pensando no que iria fazer. Tinha que pensar muito antes de agir, ou acabaria a afastando mais ainda. “Maldição! Eu tinha que me interessar justamente por uma garota tão complicada?” – perguntava a si mesmo, quando foi interrompido por Gina que se aproximou sem que o loiro percebesse.

- Pensando em como consertar a besteira que você fez? – perguntou a ruiva com um olhar severo.

- Eu não fiz nada! Aquela garota é que é louca, Wesley! – se defendeu.

- Tem certeza? – provocou Gina.

- Ela falou alguma coisa pra você? – perguntou intrigado.

- Ok! Já vi que vou ter que fazer o papel de sua consciência já que pelo visto, você não está acostumado a ter uma! O quê exatamente você fez com Hermione, Malfoy? – perguntou Gina bastante séria.

- Não fiz nada, juro! Nós estávamos na cozinha e íamos conversar, mas… – ele não concluiu a frase.

- Mas? – perguntou a menina o forçando a continuar.

- eu a beijei…- respondeu sem graça.

- Beijou? Ela está assim porque você lhe deu um beijo? – provocou Gina.

Ele não respondeu e nem precisava. Gina já havia matado a charada há muito tempo e percebendo que o garoto ainda não tinha compreendido as conseqüências de seus atos, achou por bem facilitar as coisas para ele.

- Você passou quase duas semanas sem vê-la e sem dar notícias; Ela sofreu todos estes dias com medo que te fizessem alguma coisa, pensando que podia até estar morto e quando você chega o que você faz? Você a leva para a cozinha e a agarra sem dizer sequer um “oi, como você está?”! Ah! Por Merlim! Ela não é um brinquedo, é uma pessoa! – falou Gina sem paciência.

- Foi o que ela me disse! Droga, eu não queria magoá-la, eu só… – novamente ele não conseguia dizer.

- Você só o quê, Malfoy? Fala! – disse a ruiva já irritada com a lentidão do sonserino.

- Eu só estava com saudades! – disse Draco alto demais chamando a atenção de todos.

- Ótimo! Então vai lá e diz isso para ela! – falou a ruiva empurrando Draco para a sala.

Mas as coisas não eram tão simples assim… Ele não podia simplesmente ir até Hermione e dizer “me desculpe, fui um idiota”, ou será que podia? Draco Malfoy jamais havia pedido desculpas a uma garota e não sabia por onde começar, mas estava decidido a não permitir que a situação da praia se repetisse. “Preciso de uma boa oportunidade!” – dizia a si mesmo.

Mais tarde, todos estavam reunidos na sala e se perguntavam sobre o que fariam naquele dia, já que não podiam deixar o apartamento. Lupin permanecia trancado em seu quarto, onde se dedicava a analisar informações sobre Bellatrix.

- O que vamos fazer hoje? – perguntava Gina.

- Não sei… Não temos muitas opções! – lamentou Harry.

- Talvez agente não precise de muitas opções… Acho que só precisamos de uma boa idéia! – falou Luna.

- Então perguntem a Mione, ela é o gênio de plantão por aqui! – falou Rony chamando a atenção de Hermione.

- Na verdade, estava pensando em estudar. – respondeu tranqüila.

-AAAAAAAAAAAHHHHHHHH! – disseram as meninas

- Nem pensar em estudar, Mi! Temos que aproveitar nosso último dia aqui! – disse Gina se aproximando sorrateiramente da amiga enquanto lançava um olhar maroto para Harry que prontamente entendia o recado.

- Acho que a Gina tem razão! Hoje não é um dia para estudar. – falou Harry se aproximando de Hermione e fazendo um sinal para Rony.

- Hã? È mesmo! Não é um bom dia! – continuou Rony e posicionando próximo aos dois.

Draco apenas observava a arapuca que se formava em torno de Hermione, que distraída com a leitura nem se dava conta da atitude suspeita de seus amigos. Luna se aproximou de um velho aparelho de rádio trouxa e o ligou fazendo que um rock americano dos anos 60 ecoasse pelo apartamento. Era a deixa que estavam esperando.

Harry segurou Hermione, enquanto Gina arremessava o livro para Rony que corria em volta da sala, instigando a amiga a tentar tomá-lo de volta.

- Hei, me devolve! Esse é um exemplar raro, sabia! – dizia a garota zangada enquanto perseguia Rony, que subiu no sofá e rapidamente atirou o livro para Harry.

- Ora temos um gato para pegar os ratos! – falou Harry divertido, lançando o livro para Luna.

Assim, o livro mudava de mãos sempre que Hermione tentava se aproximar. A garota já estava cansada de tanto correr quando viu seu precioso livro parar nas mãos de Draco que o segurava sem se mover.

- Ok! Fim da linha! Me devolve o livro! – ordenou a menina ofegante.

Rony fez uma cara de desgosto ao se dar conta de que como sempre, Draco Malfoy estragaria tudo, mas não foi bem isso que aconteceu.

- Já que você está pedindo assim com tanta delicadeza, não tenho como negar! – falou fazendo com que a menina se aproximasse dele com um sorriso vitorioso e em seguida arremessou o livro para Luna que gargalhava ao ver a cara de raiva da amiga.

- Você me paga Draco Malfoy!- berrou a castanha.

- Com todo o prazer, querida! – respondeu o loiro entrando de vez na farra.

Depois de algum tempo correndo e subindo em cima dos móveis, todos estavam exaustos, principalmente Hermione, que se jogou sobre uma poltrona, desistindo por completo de tentar recuperar seu precioso livro.

Observou Harry se sentar no chão, trazendo Gina para perto de si e Rony deitado no chão, rindo ao lado de Luna e pensou como era bom estarem juntos e apesar de tudo, ainda poderem brincar.

Vendo todos sorrindo e tentando recuperar o fôlego, Draco decidiu que aquela era uma boa oportunidade. Lembrou-se da conversa com Gina, se aproximou da poltrona em que Hermione estava e se sentou aos pés da garota, deixando-a nervosa.

- Posso falar com você? – pediu o rapaz sem dar chance para a menina tentar fugir.

- Eu tenho escolha? – perguntou sarcástica.

- Na verdade não. Só te deixo em paz quando você escutar o que tenho pra dizer. – falou decidido.

- Então seja breve, por favor! – respondeu impaciente.

- Tudo bem, serei breve! Na verdade só queria me desculpar com você pelo que aconteceu no outro dia; Sei que não agi corretamente…

Hermione mal podia acreditar. “Ele realmente estava lhe pedindo desculpas e demonstrando arrependimento sincero?” – pensava a menina, tentando assimilar as palavras do sonserino.

- Quando te disse que queria conversar naquela noite, era verdade… Eu tinha muitas coisas pra te contar e só me comportei daquela maneira porque estava com saudades. – falou deixando a menina atônita.

Hermione o olhou nos olhos e desta vez os viu novamente como um espelho d água – ele não mentia e definitivamente havia conseguido ganhar sua atenção.

- O que você quer exatamente, Draco? –perguntou séria.

- Para começar, quero que me desculpe e volte a sorrir pra mim. – respondeu de imediato, derretendo o coração da garota, que não conseguiu ter outra reação que não abrir um sorriso para o rapaz.

- Tenho certeza que você faz isso de propósito! – disse a castanha encarando Draco.

-Isso o quê? – perguntou sorrindo.

- Tentar me confundir! – respondeu Hermione um pouco contrariada.

- Na verdade só te confundo por que você me confunde primeiro! Se você não me deixasse sem saber o que falar ou como agir quando fico perto de você nada disso aconteceria. – justificou-se sorrindo enquanto beijava delicadamente a mão da menina.

- Então está dizendo que eu sou a culpada? – questionou Hermione sem perder a pose.

- Definitivamente, você é a culpada! Se você não fosse tão incrivelmente linda, talvez eu conseguisse conversar antes de te beijar ou quem sabe te entregar isso… – disse o loiro tirando uma pequena caixinha de veludo do bolso e entregando a garota.

Hermione abriu a caixinha e encontrou em seu interior um lindo colar de ouro branco com um delicado pingente de cristal em formato de coração.

- E-eu não sei o que dizer! – gaguejou a menina diante do gesto completamente inesperado de Draco.

- Não diga nada, apenas use! – disse se levantando e colocando o colar no pescoço da garota. – É uma jóia antiga, mas disseram-me que traz boa sorte!

Novamente Draco conseguia surpreender Hermione e deixá-la completamente sem palavras. Agora um tinha os olhos presos nos olhos do outro e nem se davam conta da movimentação que surgia em seu redor. Alastor Moody acabava de aparatar no centro da sala, cumprimentando a todos alegremente.

- Harry, meu rapaz! Como vai? – perguntou o auror empolgado, fazendo com que Hermione despertasse.

- Estou bem! - respondeu Harry se levantando e cumprimentando o auror.

- Tem certeza? A julgar por este cenário eu diria que acabou de haver um ataque de comensais por aqui! – disse Moody brincalhão ao observar a bagunça que os jovens haviam feito na sala.

-Alastor! Que surpresa! Não o esperávamos tão cedo! – disse Lupin, que chegava a sala.

- Decidi antecipar a viagem em algumas horas, para evitar a noite, sabe? Velhos hábitos! – explicou. – Então, meus jovens, prontos para partir?

Ninguém estava preparado para viajar antes do jantar, então imediatamente iniciou-se uma enorme correria. Todos andavam de um lado para o outro no pequeno apartamento tentando recolher seus pertences, já que não podiam usar magia – situação onde esbarrões se tornavam inevitáveis.

Em um destes esbarrões Hermione aproveitou para agradecer o presente de forma correta e deu um rápido selinho em Draco, dizendo “obrigada” e voltando a correr em seguida. O garoto permaneceu estático por alguns segundos e Rony acabou se chocando com ele.

- Acorda, Malfoy! – gritou o ruivo fazendo com que Draco despertasse se seu transe. Em outra situação, teria sentido raiva e provavelmente tentaria azar Rony, mas naquele momento estava tomado por uma sensação tão boa, que se quer se importou. Era a primeira vez que ela tomava a iniciativa de beijá-lo e esse gesto significava muito para Draco.

Em pouco tempo estavam todos reunidos na sala com seus pertences e prontos para partir.

- Obrigada por tudo, Lupin! Mande lembranças a Tonks e a minha mãe! – disse Gina abraçando o professor e iniciando a sessão de despedidas.

Hermione foi a última a se despedir de Lupin, e após agradecê-lo por toda sua dedicação, se juntou aos demais em um círculo, iniciando uma nova viagem rumo a um novo lugar desconhecido.

Chegaram a um imenso pátio no interior de um casarão antigo; Haviam plantas de diversas espécies, incluindo as rosas que Hermione tanto amava. No lado esquerdo barris estocando água e algumas tinas de madeira. Acima de suas cabeças varais repletos de peças de roupas.

Todos observavam atentamente os detalhes do local, até que uma simpática senhora rechonchuda adornada por um xale colorido surgiu para recebê-los extremamente animada e falando depressa e misturando idiomas.

- Alastor! Que alegria! Pensei que não voltaria mais aqui!

- Lupe! Quanto tempo, hã! Como está?

- Ah! Estoy como o bom Dios lo permite! Mal pude acreditar quando recebi su carta! Oh! Estes são os jovenzinhos que mencionastes… Mas como son hermosos los rapazes!- disse a senhora deixando Rony e Harry um tanto sem graça e recebendo um sorriso cortês de Draco.

- E las chicas también son mui guapas! Venham! Entrem, por favor! – dizia a mulher sorridente, indicando um corredor um tanto escuro que levava a sala principal.

Guadalupe Maria de Castilho Long, ou Lupe, como preferia ser chamada, era uma senhora extremamente risonha e animada. Tinha a pele morena e cabelos negros cuidadosamente presos em um coque e usava roupas coloridas; Devia ter por volta de cinqüenta anos e era a proprietária da Hacienda “Las Nubens”, localizada nas proximidades da cidade de Hermosillo, no México, onde o grupo permaneceria pelas próximas duas semanas aos cuidados de Alastor Moody.

Lupe não era bruxa, mas em sua juventude conheceu o bruxo Richard Long, que era amigo de Moody desde a infância, e com quem veio a se casar. Richard não se importou em deixar o mundo mágico para viver na fazenda com Lupe. Durante muitos anos, Moody e eles mantiveram grande proximidade, visitando-se constantemente; Mas após a morte de Richard há dez anos atrás, Lupe e Moody passaram a se falar somente através do correio coruja.

Para Moody era difícil retornar ao México após a morte de seu grande amigo. Nem mesmo ele sabia quantas vezes tinha adiado aquela viagem, mas quando se viu obrigado a pensar em um lugar distante e seguro para abrigar seus protegidos, não conseguiu pensar em outro lugar que não fosse Las Nubens.

Lupe estava radiante com suas visitas. Cumprimentou carinhosamente um por um e tratou de acomodá-los da melhor maneira possível. O velho casarão dispunha de muitos quartos, todos decorados com móveis antigos feitos de madeira. As meninas ficaram com os quartos do lado esquerdo e os rapazes com os quartos do lado direito.

As meninas pareciam encantadas com tudo, principalmente Hermione, que se sentia extremamente a vontade naquele casarão que lhe lembrava a casa de Don Diego De la Vega, o Zorro, um famoso herói trouxa dos filmes de sua infância.

O jantar transcorreu em clima alegre e divertido, todos se deliciavam com as guloseimas preparadas por Lupe, embora tivessem estranhado um pouco o excesso de pimenta na comida. Moody aproveitou o momento para agradecer Lupe por sua hospitalidade e esclarecer algumas coisas importantes com os garotos.

- Bem, quero dizer para vocês que podem transitar livremente por esta casa, que meu amigo Richard protegeu com os melhores feitiços de segurança que já existiram. Além disso, também tem permissão para utilizarem a área externa durante o dia, desde que se mantenham a uma distância segura.

- E o que seria considerado uma distância segura? – perguntou Hermione com sua curiosidade habitual.

- Bom, isso significa não ultrapassar cerca de cinqüenta metros além da casa, o que permite a vocês acesso a parte do campo, ao pomar e ao celeiro onde se não me engano, Lupe mantém belíssimos cavalos. – respondeu Moody.

- Podem utilizar sem receio todas as dependências da casa e se algum de vocês precisar de alguma coisa, qualquer coisa, peço que falem comigo! Quero que procurem se divertir o máximo que puderem! – disse a simpática senhora.

- Nós agradecemos senhora Long! –disse Harry gentil.

- Ora, querido, pode me chamar de Lupe, sim? – pediu, recebendo um aceno do rapaz.

As horas correram depressa enquanto conversavam na sala, fazendo com que Lupe e Moody, cansados decidissem se recolher, deixando os jovens extremamente surpresos.

- Está certa que não há problemas em deixá-los sozinhos? – questionou Moody enquanto subia as escadas acompanhado da amiga.

- Garanto que eles estão seguros. Todos os empregados já foram devidamente instruídos e não haverá nenhum problema. - assegurou Lupe.

Na sala, o grupo se mantinha reunido próximo à lareira e conversava animadamente.

- Eles foram mesmo dormir e nos deixaram aqui? – perguntava Rony incrédulo lembrando do rigor de Tonks e Lupin quanto ao horário de se recolher.

- Ora, Ronald, Moody deve confiar completamente na segurança desta casa e, além disso, não somos mais crianças. – respondeu Hermione, enquanto se encostava em uma delicada almofada bordada com motivos florais.

- È a Mione está certa, Lupin exagerava! – concordou Gina.

- Então agora que temos liberdade, o que fazer com ela? – questionou Draco com uma expressão marota, enquanto Harry e Rony olhavam um para o outro com olhares nada inocente.


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Notas finais do capítulo

——– Notas da Autora ——–
Desembarcamos oficialmente no México, onde essa turma promete aprontar muito, mas muito mesmo. Espero que tenham gostado do capítulo e continuem acompanhando essa aventura.