Betrayed By Death (traídos pela Morte) escrita por Julia-C


Capítulo 12
Whenever




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            Depois de uma lenta e, relativamente, longa caminhada pela floresta úmida de Forks, finalmente chegamos a frente de minha casa -ou talvez ex casa-.

Não me preocupava em ocultar minha decepção ao vir escoltada por Alec e Jane.Uma vez que minha intenção inicial era de ter um último momento sozinha, no lugar em que passará a maior parte do tempo depois de tornar-me imortal, queria poder reviver todos aqueles momentos ali vividos.Mas perceberá que isso seria impossível, que os Volturi não me deixariam sozinha, pelo menos não agora,suspirei, percorri até a porta, e somente quando pus  a mão na maçaneta,olhei com o canto dos olhos para Jane, que mantinha-se intacta ao meu lado,e murmurei:

-Será que eu poderia fazer isso sozinha,Aro?

Ele demorou um longo tempo para responder, parecia estar formulando uma resposta, quando falou, sua voz era grossa:

-Claro que pode Bella, saiba que estaremos vigiando-a.

Assenti lentamente, enquanto observava Jane distanciar-se sorri aliviada.

Estremeci ao avançar pela soleira, e ver, de relance, um vulto de Edward.Por um instante, ponderei que ele realmente pudesse estar ali. Mas tudo fora insignificante,um segundo depois, ao virar-me por instinto, com a esperança de vê-lo.Ao contrario tudo que vi foi Aro, acompanhado por Jane e Alec no lado de fora a casa.Observei a porta receber o sopro suave e repentino do vento, fazendo-a se fechar, acompanhada por um ruído estridente provocado pelas dobradiças.Pousei uma das mãos em minha testa, ao aspirar o ar que pairava pela casa, carregado pelo forte aroma de Edward, seguido pelo doce e suave aroma de Renesmee , então prossegui.

            Meu único objetivo naquele momento ,era percorrer diretamente a quarto e fazer exatamente o que prometera a Aro, mas todo meu esforço fora em vão. Era impossível me conter em não olhar ao meu redor.Sabia que isso poderia afetar minha decisão e me fazer querer voltar atrás, mas mesmo assim o fiz.Detive-me a observar atentamente a sala de estar,e toda mobília que compunha a peça, na esperança de memorizar cada detalhe para sempre.

            As lembranças voltaram à tona como uma avalanche, todas elas, e mais uma vez naquele mesmo dia, notei que meu lugar era ao lado de Edward.

            Estava aconchegada em seus braços,enquanto o vento uivava lá fora -em sintonia perfeita com Jacob e sua matilha-, as janelas de madeira estremeciam emitindo ruídos.O fogo da lareira contribuía, uma vez ou outra, quando provocava pequenos estalos na lenha, queimando-a.Não que estivéssemos com frio, a lareira, assim como o cobertor que nos cobria, era somente para charme, para relembrar os momentos em que eu, quando humana, recorria a uma manta em plena primavera, para cogitar ficar próxima de Edward.

            Fazia pequenos círculos em seu braço quando vira os primeiros flocos de neve caírem do céu,sorri, imediatamente deixei o sofá, e fora correndo até a janela feito uma criança em seu primeiro inverno.Apoiei minhas mãos no parapeito,e assim me pus a observar a neve tomar as cores da floresta, transformando-a em um imenso local branco em perfeito contraste com a escuridão da noite, apenas iluminada pela lua cheia que pairava no alto do céu.

            Senti os braços de Edward enlaçarem minha cintura, enquanto seus lábios acariciavam meu pescoço, fazendo uma corrente de calor formar-se pelo meu corpo.Ele não fizera questão de desencostar seus lábios de minha pele enquanto ria.Sentir sua boca aveludada tamborilar sob meu pescoço fez com que, instintivamente,eu mordesse meus lábios.Inclinei-me para trás, a fim de encará-lo, com a intenção de fazê-lo parar, mas para minha surpresa o efeito fora completamente ao contrario, ao observar minha expressão confusa e ingênua, seu riso tornou-se mais intenso.

            - O que foi? –indaguei.

            -Nada. – sua voz soou inofensiva, entre risadas,até que finamente,o riso transformou-se em um inocente sorriso em seu rosto.

            -Edward! – exigi,com as mãos na cintura forçando minha voz, no intuito que ficasse mais rígida, ao contrario ela soara mais infantil e melosa do que nunca.

            -Você parece uma criançinha, Bella! –ele começara a rir novamente, mas em um instante deteu-se, e, carinhosamente, aproximou seus lábios de minha testa.

            Após ele afastar lentamente sua boca do meu rosto, me obriguei a completar:

            -Bom...espero que isso tenha sido um elogio! –provoquei.Naquele momento,um sorriso  sarcástico abriu-se em seu rosto.

            -É claro que foi.-mentiu.

            Perdida na encanto de seu sorriso,e no brilho do seus olhos, não pude perceber o momento em que seus braços envolveram meu corpo,nem mesmo quando Edward gentilmente me aconchegou no sofá.Foi só quando senti minhas costas encostarem nas almofadas que acordei do transe frenético que Edward tinha prazer em me envolver.Estava sob controle da situação, até seus lábios se encaixarem aos meus, assim mais uma vez, fui tomada pela distração.Somente quando senti seu corpo nu roçar no meu, percebi o que estava prestes a acontecer.Tudo o que queria naquele momento era que o frio lá fora fosse suficiente para congelar essa imagem de nós dois para sempre.


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