You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 63
Knowing the Family - Parte 2




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Não sei quanto tempo é que passou, desde que eu entrei na casa de banho. Eu estava demasiadamente concentrada no esforço que fazia para não deixar cair lágrimas e em pensar no que a Esme me tinha dito: “Só vamos comunicar a novidade, seja qual for a reação deles, a minha decisão e a do Carlisle, não muda, querida!”. Eu acreditava nisso mais do que tudo, mas quem não me tinha aceitado era o pai da Esme. Eu não sabia se a Esme continuaria com a mesma opinião, contrariando o pai.
Assustei-me com alguém a bater à porta. Já estava há demasiado tempo dentro da casa de banho, provavelmente, alguém, também, quereria vir aqui.
- Já saio. – Respondi numa voz trémula. Queria que ela tivesse saído diferente. Levantei-me e fui em direção ao espelho, ver se ainda estava apresentável para ir ter com a família. A minha maquilhagem estava perfeita, ainda mas os meus olhos estavam ligeiramente vermelhos, de ter estado a conter o choro. Não poderia fazer nada em relação a isso, só esperar que ninguém reparasse.
- Querida, sou eu. – Disse a voz da Esme, que estava um pouco abafada pela porta. – Só quero falar um pouco contigo, querida. – Informou ela, fazendo-me ficar mais nervosa. Respirei fundo algumas vezes e depois decidi sair da casa de banho, encontrando a Esme encostada à parede do corredor. Ela aproximou-se de mim e sorriu carinhosamente enquanto olhava atentamente para o meu rosto. Sabia que ela iria reparar nos meus olhos. Ela sempre reparava quando alguma coisa se passava comigo. – Vamos até ao teu quarto? – Perguntou ela ainda com o sorriso terno no rosto. Eu apenas afirmei com a cabeça e segui-a até ao piso de cima. Assim que entrámos no meu quarto, sentámo-nos as duas na cama, ficando ainda uns minutos em silêncio. O silêncio só me estava a deixar mais nervosa mas não me atrevia a falar. Estava com tanto medo que a Esme me dissesse que me teria que pôr numa instituição, porque eu não poderia ficar mais com eles.
- Porquê medo, querida? – Perguntou ela. Ela sempre percebia o que eu sentia, dizia que via através dos meus olhos. Eu apenas baixei o olhar e continuei mais um pouco em silêncio.
- Vais levar-me, de volta, para uma instituição? – Perguntei num tom baixo que eu saberia que ela iria ouvir. Apenas ouvi ela arfar em surpresa.
- Querida, o que te faz pensar isso? – Perguntou pegando na minha mão. Eu apenas continuei a olhar para as minhas mãos. – Ouviste a conversa entre mim e o meu pai, não foi? – Perguntou ela suspirando. Eu afirmei lentamente com a cabeça.
- Eu não queria, mas quando passei pela cozinha para ir à casa de banho ouvi e ele estava a dizer para me pores de novo numa instituição e que não concordava com a minha adoção. – Disse num sussurro.
- Querida, lembras-te do que eu te disse? A minha decisão não vai mudar! A decisão do Carlisle não vai mudar. Não são eles que têm de te aceitar, somos nós e para nós tu já fazes parte da família. Tu és minha filha, tal como és filha do Carlisle e irmã do Edward e da Rose. Tu pertences-nos e não é pelo meu pai não concordar que eu não te vou adotar. – Explicou ela. – Se eu deixasse de fazer as coisas por o meu pai não querer, nunca me teria casado com o Carlisle, nunca teria tido três filhos, nunca teria esta família, nunca seria feliz. Ele não tem mais poder de tomar conta da minha vida, eu tenho. Eu é que desenho o meu futuro, não ele e no meu futuro, tu és minha filha e pertences à minha família. Ele só tem que se habituar à ideia e aceitar-te também. Não posso dizer que vai ser rápido e fácil porque não vai. Vai demorar. Mas ele vai acabar por aceitar. – Disse ela com tanta intensidade que me fez verter algumas lágrimas. Ela apenas as afastou e beijou-me a testa carinhosamente como só ela sabe fazer. Sorri timidamente com o beijo na testa e ela sorriu quando viu o meu pequeno sorriso. – Melhor? – Perguntou ela. Apenas afirmei com a cabeça e sorri um pouco de novo. – Temos que descer, vão dar pela nossa falta e não deve faltar muito par ao Jasper vir à tua procura. Sabes como ele é preocupado.
- E protetor. – Disse sorrindo apaixonada.
- Sim, querida. – Respondeu a Esme sorrindo abertamente. – Vamos?
- Deixa-me só ir à casa de banho retocar a maquilhagem. – Respondi, levantando-me da cama e indo em direção à casa de banho.
- Está bem, fico à tua espera. – Disse ela. Fui num instante à casa de banho e rapidamente restaurei a minha maquilhagem, indo ter, de seguida, com a Esme que ainda se encontrava sentada na minha cama. Saímos as duas do quarto e fomos até ao jardim onde estava toda a gente. Assim que lá chegámos, alguém chamou pela Esme. – Ficas bem? – Perguntou. Afirmei com a cabeça tentado parecer convincente. – Se precisares de algo, vem ter comigo. Vou estar por aqui. Está bem?
- Está bem. – Respondi sorrindo verdadeiramente. Ela apenas sorriu de volta, deu-me um beijo na testa e foi ter com a pessoa que a chamou. Procurei pelo Edward, pela Rose e pelo Jasper, mas todos estavam a falar com algum familiar e eu não queria interromper a conversa. Percebi que o Carlisle estava sozinha a grelhar as carnes, então decidi ir ter com ele, mas antes fui buscar algo para comer, visto que estava com fome outra vez.
- Tudo bem? – Perguntou ele quando me viu a encostar à parede que se encontrava próxima da churrasqueira.
- Sim. – Respondi simplesmente. – Agora sim. – Ele olhou para mim com aquele olhar que dizia que sabia de tudo o que se tinha passado. Apenas sorri para o tranquilizar e ele sorriu de volta. – Queres ajuda com algo? – Perguntei.
- Sim, se não for muito incomodo. Supostamente, o Edward e o Jasper eram para me ajudar mas como vez abandonaram-me. Só tu é que me amas, Alice e vieste ajudar-me. – Disse ele com uma voz dramática que me fez rir. Ele riu também. – Podes levar essa travessa de carne para a mesa. Já está feita. É para as pessoas começarem a comê-la antes que ela arrefeça.
- Está bem. Eu vou levá-la. – Disse sorrindo. Peguei na travessa e caminhei até à pesa, colocando as carnes no sitio certo, levando a travessa outra vez para ele meter as que estavam a grelhar agora. Assim que as pessoas viram que a carne já estava na mesa, começaram a servir-se. – Já está. – Disse assim que voltei para o pé do Carlisle.
- Obrigada, Alice. – Disse ele beijando a minha testa. – Estás com fome? Queres um pouco de carne? – Perguntou preocupado depois de ouvir a minha barriga a resmungar.
- Eu espero por ti. – Disse. Ele continuou a grelhar a carne enquanto falávamos sobre assuntos banais. A maior parte do tempo, ele fazia-me rir. E, agora, conseguir ver algo parecido que ele tinha com a tia Carlie. Ambos tinham a capacidade de me fazer relaxar e rir e não era toda a gente que conseguia fazer isso comigo. Quando ele acabou, decidimos fazer uma sandes com um hambúrguer e molhos o que não resultou muito bem, visto que ao comer sujámo-nos os dois, tanto a boca como a roupa, com os molhos.
- Alice, limpa a boca, está cheia de ketchup. – Disse o Carlisle rindo, fazendo-me rir. Limpei a boca rapidamente com o guardanapo.
- A Esme vai matar-te. Tens a camisa cheia de nódoas de molhos.
- Vou matar os dois! – Disse ela atrás de nós. Nós virámo-nos, lentamente, para ela e demos um sorriso inocente o que só a fez rir. – Estão os dois sujos! – Disse ela olhando para nós tentando esconder o sorriso. – Parecem crianças! – Comentou ela balançando a cabeça. - Vão mudar de roupa assim que acabarem de comer. Alice, eles depois vão para a piscina. – Informou-me a Esme o que fez com que eu fizesse uma pequena careta. A última experiência que eu tinha tido quando expus as minhas cicatrizes não foi muito boa e não queria que ela se repetisse. – Querida, sei que, provavelmente, não vais querer ir, mas veste algo um pouco mais fresco e leve e ficas na espreguiçadeira ou algo do género. Está bem?
- Está bem. – Respondi percebendo o ponto dela. Ela queria que eu ficasse com eles, na mesma. – Bem, vou mudar de roupa. – Disse assim que engoli o último bocado de hambúrguer na boca.
- Está bem, querida. Vai também Carlisle. Tens a camisa toda suja! – Disse a Esme para o Carlisle. Entrei dentro de casa e fui até ao meu quarto. Tirei o meu vestido sujo e os meus sapatos e fui vestir uns calções de ganga com uma camisola de um tecido leve e fresco que tapava as minhas cicatrizes. Por fim, calcei umas sandálias rasteirinhas e apanhei o meu cabelo. Quando voltei a descer, eles já estavam todos na piscina. Sentei-me na espreguiçadeira e fiquei a vê-los. Além da Rose, do Jasper e do Edward, estavam outras pessoas da nossa idade na piscina com eles e uma delas era o Hugh. Deviam ser mais primos, que eu não me lembrava dos nomes deles. Sou horrível para decorar nomes. O Jasper reparou em mim e sorriu o que fez com que eu abrisse um sorriso enorme para ele. Só ele consegue tirar estes sorrisos de mim. Ele chamou-me com o dedo e eu fui prontamente para o pé dele. Sentei-me na borda da piscina e pus os pés dentro dela, sentindo a água gelada em contato com a minha pele.
- Como é que vocês conseguem estar aí dentro? Está gelada! – Exclamei. O Jasper apenas se riu do meu comentário e ia dizer-me algo mas foi interrompido pelo Hugh.
- Entra na piscina, Alice! – Disse ele num tom alto para mim. Eu olhei apreensiva para o Jasper mas acabei por responder.
- Não, não me apetece.
- Anda lá, está ótima, Alice! – Voltei a negar com a cabeça mas ele também continuava a insistir comigo. Ele não desistia.
- Ela disse que não queria, Hugh! Deixa-a em paz! – Disse o Jasper incisivo fazendo com que o Hugh olhasse para ele um pouco surpreso.
- Está bem. – Disse ele, deixando de insistir comigo e indo ter com os outros.
- Obrigada, Jasper. Não sabia mais o que responder. – Disse assim que voltámos a ficar meio sozinhos.
- De nada, Alice, mas tu tens de deixar de ter medo de mostrar as tuas cicatrizes. – Disse ele num tom carinhoso.
- Eu sei, mas da última vez que o fiz não correu muito bem e não quero que haja o risco de isso acontecer, hoje. – Esclareci.
- Eu sei disso. – Disse ele sorrindo ternamente. – Mas mudando de assunto, já estava com saudades tuas. – Disse ele colocando-se entre as minhas pernas, molhando-as.
- Estás gelado Jasper. – Comentei rindo e empurrando-o um pouco.
- Eu digo que estou com saudade e tu empurras-me? – Disse ele com um biquinho muito fofo nos lábios. – És má, Alice.
- Anda cá. – Disse sorrindo. Ele apenas se chegou para o pé de mim e voltou a pôr-se na mesma posição. – Também já estava com saudades tuas, muitas! – Respondi, beijando, de seguida, o biquinho fofo que ele ainda tinha nos lábios.
- Porque é que vocês se estão a beijar?


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Espero que tenham gostado! E o que acham que se vai passar para o próximo capitulo? Fico à espera dos vossos comentários!
Beijinhos
S2



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