Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 4
Capítulo 4 México


Notas iniciais do capítulo

Como o ano de 2011 acabou de começar, e eu estou muito feliz por isso,vou mandar mais capítulo dessa linda história.;)



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Capítulo II México

O avião chegou ao México, seu destino, às quatro da tarde. Bella coçou os olhos acordando de um cochilo rápido. Seu coração batia acelerado e seu rosto suava de forma assustadora, apertou os olhos levando a mão a cabeça, tentando respirar, sem que a mesma desse pontadas que a fazia perder o ar. Desembarcou com pressa caminhando até o banheiro. Sozinha se pôs frente ao espelho, apertando novamente os olhos, "Diabos o que estava acontecendo?"

- Sim...

Bella se assustou olhando para as cabines vazias do banheiro da alta classe, os lábios estavam secos, e a sensação de que sua cabeça explodiria, se fazia ainda mais constante.

- Quem é você?

Só podia estar ficando maluca, engoliu a saliva se encostando a parede, se ao menos pudesse tirar seu telefone da bolsa...

Bella – Oh Meu Deus...

Sentou-se no chão levando as mãos a cabeça, a dor era completamente insuportável.

- Sim...

Bella –
Sim o quê? Quem é que está falando?

Respirou fundo uma, e duas vezes, tentando se levantar quando sua cabeça deu uma pausa, foi em vão, outra pontada ainda mais forte, se ajoelhou no chão com o suor escorrendo pelo rosto.

- Sim, é a resposta para sua pergunta.


Bella –
Quem está falando? Eu não tenho perguntas! Alguém, por favor, alguém...

- Ninguém vai te escutar...

Bella – Quem é você?

- É a hora, Bella. Chega uma hora que todos sabem quem eu sou... Já chega de dor.

Bella arregalou os olhos conseguindo respirar sem que sua cabeça parecesse que iria explodir, molhou os lábios passando as mãos na testa...


Bella – O que você quer de mim? Diga! Diga logo quem quer que esteja falando!

- Está me dando ordens?

Bella – Não... Eu apenas...

Conseguiu se levantar olhando o espelho

– O que quer de mim?

- O que acha que quero de você?

Bella levou as mãos aos lábios trêmulos e sem cor, apertou os olhos e flashs do mês anterior vieram em sua cabeça. Não estava de férias, estava de licença, estava doente, havia algo... Algo em sua cabeça.

O silêncio se fez presente. Ela só pode sentir o calafrio atrás de si acompanhado com a horrível sensação de estar sendo observada por todos os ângulos do banheiro.

- Há tempo...

Bella – Há tempo para quê?

Não houve resposta. Coçou os olhos se perguntando se isso era produto de sua mente, já tão cansada. Se levantou jurando que procuraria seu neurologista assim que chegasse de volta para o seu trabalho. Lavou o rosto se sentindo mais limpa, mas mesmo assim precisava de um banho, de um longo banho...

Caminhou novamente pelo aeroporto para retirar suas malas, tentando parecer o mais normal possível, pegou as malas e o peso não ficou em sua mão por muito tempo.

Deus, aquilo não saia da sua cabeça! Piscou repetida vezes ao entrar na limusine, após agradecer o chofer de seu pai, e por um momento desejou que Jacob estivesse ao seu lado. Ele havia ficado em Londres por mais uma semana a mando de seu pai, resolveria alguns contratos, impedindo que se desviasse de seu objetivo principal pelos próximos meses,
casar com a filha do chefe.
A magnífica casa em estilo gregoriano apareceu a vista de Bella, saiu do carro e caminhando até a grande porta que os ligava a incrível construção, construída pelo avô de seu pai há muitos anos atrás, nada era mais lindo do que seu seio materno! Charlie não poderia desconfiar, nem por um segundo, que uma nova crise havia acontecido, seria demais para seu coração tão frágil.

Ouviu a voz de Alice após deixar o casaco e cumprimentar a governanta da casa; Délia estava com eles há vários anos, desde que sua mãe havia falecido.

Alice – Veja se não é a desnaturada da minha irmã mais nova, que vai a Londres e pelo visto não me trouxe um único brinco!

Bella sorriu correndo em direção a Alice, que abriu os braços a abraçando com vontade, com os cabelos pretos e curtos, os olhos no mesmo tom de seu pai, a estatura mediana e o terninho Armani que usava a diferenciava completamente da mulher de jeans, camisa de seda preta, botas de cano e salto alto que, caracterizavam Bella naquela noite.

Alice era linda, feminina, mulher e não tinha nada de frígida.

Alice– Senti saudades de você, Bella. Papai me mandou seu beijo, mas conhece esse velho!

Bella beijou a irmã nas bochechas, a apertando com força nos braços, logo em seguida contornou o sofá enorme para abraçar seu pai, caiu em seu colo como uma garotinha, o olhou nos olhos e um sorriso maravilhoso a acalmou de qualquer medo ou dor que pudesse sentir.

Charlie– Como foi de viagem?


Bella – Bem, Jacob mandou-lhe lembranças e disse que na próxima semana está aqui.

Charlie assentiu.

Charlie – Não quero falar de seu noivo, quero falar de você, de seus olhos, o que houve?

Bella lhe deu um selinho rápido como sempre fazia, o abraçou para então se levantar.

Bella – Preciso de um banho...

Jasper – Precisa me cumprimentar isso sim!

Bella sorriu para ao cunhado, o abraçou e com um beijo na bochecha cumprimentou

– Como foi de viagem? E cadê o chato do seu futuro marido?

Bella – A viagem foi ótima! Jacob ficou em Londres, precisava resolver algumas coisas. Jasper assentiu se sentando ao lado da esposa, que lhe deu um abraço gostoso seguido de um beijo nos lábios. Alice o amava e ele a amava ainda mais, a beleza estava nesse fato e em nenhum outro.

Seu olhar cruzou com o de Charlie, que com as mãos no queixo a olhava com a sobrancelha erguida, Bella lhe mandou um beijo seguido de um grande sorriso, aprovou o cardápio dado por sua irmã, que com uma pasta na mão e soltando uma de suas famosas gargalhadas, discutia algo sobre a cor das luzes com seu pai, que a todo custo tentava mudar de assunto.

Charlie – Não se demore, meu bem.

Bella assentiu, subiu as enormes escadas que dava para as sete suítes que havia no segundo andar, entrou na sua, quer dizer, na que habitava quando chegava de viagem ou do serviço direto para casa de seu pai. Abrindo a mala que já estava em seu quarto, tirou uma roupa confortável, se despiu mesmo estando fora do banheiro, deslizando a roupa por seu corpo em quanto tentava relaxar a tensão do ocorrido no banheiro do aeroporto.

A calcinha foi parar no chão, o sutiã teve o mesmo rumo, fechou os olhos sentindo um calor desconhecido apoderar-se de seu corpo, apertou ainda mais os olhos, com seus pêlos se arrepiando conforme algo descia por toda sua coluna, deixou o pescoço cair para trás cerrando os punhos.

- De onde você veio?

Abriu os olhos com força com o coração disparado, olhou por todo o quarto com a nítida sensação de estar sendo observada, a janela estava aberta, deixando que o vento da noite esvoaçasse as cortinas do mais puro e elegante cetim. Precisava comer, dormir, organizar suas idéias e tomar o maldito remédio...

Entrou na banheira com a água quente e espumante, relaxou todos os músculos do corpo, fechando os olhos de vez. Tomou seu banho por mais de 20 minutos, se enxugou, em mais 20 se vestiu e se maquiou o mais leve que pode, deixando os cabelos lisos secarem naturalmente.


- Fingindo que não me escuta?

Bella se virou diretamente para a direção da janela, com sua corrente sangüínea já alterada

- Engraçado... Por mais que sua alma seja tão grandiosa, você é incapaz de deixar que alguém veja a vulnerabilidade atrás desse seu olhar...

Bella – Quem está fazendo isso?

- Seu pai está preocupado com você, deveria contar a ele o que aconteceu hoje no banheiro.

Bella mordeu os lábios sem reação, o quarto estava escuro, somente a luz do abajur o iluminava, a janela bateu com força causando a aceleração da batida de seu coração, apertou os olhos, sentiu medo.

- Medo? Tem direito. É uma reação normal de vocês humanos... Toc, Toc, há gente na porta, Bella.

Bella quase gritou quando alguém bateu na porta, olhando o quarto inteiro com as emoções à flor da pele, caminhou com intenção de sair, não viu ninguém, ninguém no corredor, ninguém em lugar nenhum... Desceu as escadas abrindo um débil sorriso ao seu pai, que falava no telefone com Jacob, voltou para a sala de estar que antecedia a enorme sala de jantar, encheu um copo de vinho e de uma única vez bebeu a taça inteira...

Alice– Vai com calma bonequinha, não quero levar ninguém carregada para casa, agora me conte como se sente preste a se casar com o Jacob?

Bella sorriu da excitação da irmã, que agora ao seu lado, entrelaçava suas mãos...

– Ele foi romântico? Seu anel é maravilhoso me faz lembrar o que me deu, não é, Jass?

Jass – Claro que é, amor.

Bella – Foi, foi romântico sim...

- Não vai me atender Bella?

Bella – Desculpe Ali, não entendi...


Alice – Eu não falei nada, Bella. Ah, olha lá, o papai está nos chamando para a mesa, Delia fez um risoto maravilhoso!

Jasper se levantou abraçando a mulher, caminharam juntos até a mesa de jantar, posta sem nem um único erro, os talheres, os diversos pratos e copos compunham um mesa elegante e confortável. Chegando próximo ao seu pai, recebeu outro gostoso abraço, sentiu seu nome ser chamado de forma discreta...

Delia – Bella? Há alguém na porta perguntando pela senhora. Um cavalheiro...

Bella puxou o ar com força, olhou seu pai, Jasper e Alice que esperavam a resposta que ela daria.

Bella – Obrigada, Delia. Mande-o entrar, diga que conversaremos na biblioteca.

Alice – Quem é, Bella?

Bella sorriu sem responder, Charlie a segurou levemente pelo braço.

Bella – Não me demoro, tempo de tomar mais um drink...

Charlie assentiu a beijando na testa.

Charlie – Está tudo bem, querida?

Bella – Sim, pai. Está tudo bem, eu não me demoro.

Alice – Pai, o que acha de distribuirmos pulseiras de prata para as mulheres, e chaveiros de platina para os homens. Não, não, acho que podemos...

Bella caminhou até a biblioteca lentamente, acalmando seus nervos e pensamentos. Pisou no local enorme e rodeado de livros de todas as espécies, as janelas também estavam abertas e as estrelas faziam seu show particular.

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Angel – Sarah McLachlan

Observou a sala iluminada pelos abajures de iluminação forte, em pontos estratégicos, girou os calcanhares com o coração a mil, suas mãos suavam tentando controlar sua respiração ofegante...

Bella - Onde você está?

Continuou olhando para todos os lados...

- Aqui.

Bella negou com a cabeça soltando um sorriso irônico.


Bella – O que é isso? Algum tipo de brincadeira? Uma brincadeira de muito mau gosto que...

- Quieta!

Bella deu dois passos para trás, mordendo os lábios prestes a sair da sala.

– A onde vai, Bella? A pequena garota perdeu a fala? A mulher que sai na madrugada, faz loucuras e mostra ao mundo o que há por trás desse olhar perdeu a fala? O que é mostrar ao mundo, Bella? Fazer loucuras? Quanta energia!

Bella – Que diabos é isso?

Conseguiu manter o controle com os lábios trêmulos.

– Quem é você?

- Imagine milênios, multiplicados por eras e ciclos infinitos, é o tempo que existo. mas você provocou meu interesse recentemente, chame-me de tédio se quiser... Eu, o elemento mais antigo e essencial da existência, teve a curiosidade de vir te ver.

Bella – Por que?

Seus olhos focalizaram a parede de tijolos de vidro que dava para o outro lado da biblioteca iluminada por mais dois abajures, conseguia ver quase perfeitamente o reflexo de um homem que seus olhos insistiam em dizer que lhe era familiar.

- Quero explorar um pouco antes de levá-la...

Bella – Me levar para onde?

Sentiu o controle fugir de seu corpo, levou as mãos a boca do estômago, com o olhar fixo no contorno que podia ver.

- Por tudo o que você foi e é... A escolhida, Bella.

Bella – A escolhida para quê?

Sua voz trêmula falhou, apertou os olhos tentando se convencer.

- A escolhida para me mostrar o mundo, ser meus olhos, minha guia, em troca ganhará...

Bella – O quê?

- Tempo... Mais dias, semanas, quem sabe meses. Mais horas, não nos prendamos a detalhes, o importante é que eu continue interessado...Sim?

Ela voltou a abrir os olhos marejados pelas lágrimas do medo.

Bella –
Sim o quê?

- É a resposta para sua pergunta.

Bella – Diabos, que pergunta?

Ofegou tirando a franja que caia em seus olhos, dando mais um passo para trás.

- Ora Bella, por favor! A pergunta... A pergunta que você se faz, cada vez com mais freqüência, quando tem dores de cabeça insuportáveis em sua corrida matinal de sexta feira, quando o avião decola, sábado à noite, hoje no banheiro do aeroporto... A pergunta que te perturba, incessantemente, sem parar.

Bella – A pergunta?

Olhou para a janela, sentindo o vendo frio da noite lhe desarrumar os cabelos, apertou os olhos novamente...

- Sim.

Bella respirou fundo por longos instantes antes de voltar a abrir os olhos.

Bella – Eu vou morrer?


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Notas finais do capítulo

E então? o que vcs acham? comentários serão sempre bem vindos...bjusss



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