Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Olá, moças! Peço milhões de desculpas pela minha ausência, minha vida anda um pouco enrolada, ME DESDOBREI MUITO PARA POSTAR PARA VCS, NUNCA,JAMAIS QUERO DEIXÁ-LAS NA MÃO.E por esse motivo resolvi recompensá-las hj com dois capítulos num só.

Sem muito papo aqui... Bora ler!!!
Nos encontramos lá embaixo.


Por favor, escutem a música!


;D



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Capítulo IXX

Tinha algo de estranho no ar...

Sem dúvidas o silêncio de Edward não teria somente haver com o fato de não terem feito amor, Bella ergueu os olhos o olhando. Ele estava tão sério, aliás, era umas das poucas vezes que ela o tinha visto sério e preocupado.
Estava acostumada com o semblante tranqüilo e terno, que lhe trazia paz e despreocupações, mas agora...
Olhando para ele dirigindo tão afastado dela, por mais que estivessem tão próximos. Bella pode voltar a sentir algo que a tinha preocupado, a poucas noites atrás...

Medo.
Será que ele começava a se cansar dela?
Será que suas necessidades falavam mais alto que...

Não permitiu concluir seus pensamentos, era tanta besteira que poderia imaginar...O semblante ferido de Edward...Se ele pudesse ler seus pensamentos.

Viu que não iam para seu apartamento,tomavam um caminho diferente e logo Bella parou frente a um edifício único de um belo tamanho, uma boa construção de apartamentos grandes, belos e extremamente confortáveis.

O silêncio pesou assim como durante todo o “café da tarde”. Ela se remexeu inquieta no banco, aliás, estava inquieta desde a hora que haviam saído de casa, algo... Algo estava estranho.
Era seu sexto sentido de mulher que falava, e esse, jamais tinha falhado antes.

Ed
– Já era hora de conhecer o meu apartamento.

Bella o olhou e se deparou com a realidade, nesses quatro meses a única coisa que tinham feito, era sair de casa para o trabalho, do trabalho para casa, “sua casa.”

Edward tinha se instalado nesse apartamento um mês após a morte de seu pai, e envolvida em uma louca corrida para salvar a si mesma, tinha se esquecido completamente que ainda não conhecera o apartamento dele.

Abaixou a cabeça com um fardo pesado em seus ombros, sabia da animação dele para vir morar no México, sabia da emoção e dedicação dele para com tudo, como se tudo fosse novo... Seus olhos arderam e seus dedos se entrelaçaram uns nos outros.
Onde estava com a cabeça?
Em vez de pensar em besteiras, como sonhos malucos e insanos, deveria dar mais atenção a esse homem.
Esse homem que era o mais sincero e puro que já havia lhe acontecido,
esse homem que com toda a confiança, havia lhe entregado o corpo e a alma.

Bella – Edward eu...

Ed – Vem, vamos subir, aproveite e me diga o que acha da decoração.

Bella o olhou e bem no fundo daqueles olhos, sabia que ele desviava do assunto apenas para o bem estar dela. Assentiu com um sorriso sereno, deixaram o carro na vaga, o elevador os conduziu rapidamente, eram dois apartamentos por andar, nada de um luxo absurdo, apenas algo elegante, quieto e aconchegante.

Ele abriu a porta, e Bella adentrou na habitação. Deixou um sorriso escapar pela simplicidade e familiaridade do lugar.

As paredes em tons claros, persianas em tons frios, o piso frio de uma espécie de mármore branco, móveis estrategicamente postos de acordo com a iluminação da sala, luzes e abajures, que também indicavam que o ambiente era claro e arejado.
Se deliciou, ele realmente era bom no que fazia!

Bella – É maravilhoso!

Passou a vista por todos os cantos, caminhando até a cozinha perfeitamente planejada, em móveis escuros e aparelhos em inox.

Bella – Nunca vi algo tão bem decorado. Me passa tanta energia, tanta paz, claridade!

Abriu os braços rodopiando pela sala, frente à enorme varanda que se encontrava aberta, deixando o vento frio mais refrescante da noite entrar.

Ed – Você ainda não viu de dia...

Ele sorriu, sentando-se no sofá.


Ed - Ou quando o sol nasce. Todas as cores do céu se tornam as cores da parede, é maravilhoso!

Bella desceu os braços, realmente deveria ser maravilhoso, rodaram a casa pelos três quartos enormes, que continham lá em cima. Um estava vazio, apenas com algumas caixas, o outro era na certa a suíte de Edward, tão bem acomodada e arejada como o restante da casa.

Bella – Parabéns, se tivesse te conhecido antes, diria para que decorasse ou arquitetasse toda minha casa, tem o dom Edward, e falo sério!

Ele sorriu. Desceram as escadas também de piso frio na cor branca caminhando até a sala; a noite começava a cair e por mais que o tempo não fosse dos melhores as estrelas começavam a surgir, o silêncio mais uma vez reinou. Bella caminhou até o inicio da varanda, fechou os olhos deixando que o vento, acariciasse sua face e seus cabelos...

EdVenha morar comigo!

Ele disse assim, entre o silêncio da noite e o barulho de algumas corujas.

Ed – Fique aqui comigo até que eu possa fazer de você
minha esposa.

Voltou a dizer e foi o suficiente para que todo e qualquer controle de Bella sobre suas emoções desaparecessem...

Ed
Se case comigo Bella!

Ela não podia respirar, ela não podia andar, ela não podia se mover, seu coração batia com tanta pressa, que desconfiava que pudesse ter algo errado. Seus olhos arderam, suas narinas seguiram o mesmo caminho. Virou-se devagar e encontrou Edward logo atrás de si, com aquela maldita mecha caída sobre a testa, com os olhos bem abertos e ansiosos.

Olhos esses, que a olhavam de forma intensa, e sem dúvida peculiar,
olhos que Bella jamais em vida poderia esquecer.
Não tinha reação! Seu corpo não a obedecia. Viu Edward franzir a sobrancelha em decepção pela falta de uma resposta, viu os olhos dele baixarem cristalizados por lágrimas.

Bella – Oh meu Deus!

Ela finalmente emitiu uma reação. Edward voltou a se virar e mais uma vez Bella respirou fundo, antes que se desse conta, já estava naqueles braços fortes e aconchegantes, tomada por uma emoção jamais sentida, não, não podia o largar, não podia o beijar, não podia respirar. Queria seguir ali, firme abraçada a ele, sentindo aquelas grandes mãos lhe rodeando a cintura, a apertando contra seu corpo firme, lhe dizendo, lhe implorando para que dissesse que sim. Entre tantas lágrimas de dor, Bella deixou escapar uma de alegria, finalmente olhou Edward e percebeu que ele também estava emocionado.

Bella
– Eu amo você...

Ela disse, segurando os cabelos da nuca dele, afirmando com veemência, o obrigando a encarar nos olhos.

Bella
Eu. amo. você.

Edward assentiu, passou a mão pelo rosto dela com a testa franzida em emoção,não, não podia controlar.
A pegou pelos dois lados do rosto e colou suas testas.

Ed – Então diga...Diga.

Bella
Sim...

Ed – Diga que seremos eu e você e nada do que aconteça mudará isso.

Bella
Seremos eu e você e nada, mas nada do que aconteça mudará isso.

Ed – Diga, diga que me promete, diga que sim!

Bella
Eu prometo... Oh Meu Deus, eu te amo!

Ed – Eu te amo.

A beijou nos lábios e mais uma vez repetiu.

Ed – Eu te amo, Bella.

Colaram seus lábios em um misto de emoção e desejo reprimido,
não tinha como fugir, não tinha para onde correr.
Um homem e uma mulher.
Um destino, um ato, uma conseqüência...
Que Deus e todos os anjos os pudessem ajudar.

Edward interrompeu o beijo e a olhou nos olhos.

Ed – Eu peço que você entenda...

Sua voz falhou, seu coração batia de forma extremamente acelerada.

Ed Eu lhe rogo que entenda Bella, que eu faria qualquer coisa apenas por te amar.

Bella sentiu a magia do momento e algo em seu interior lhe gritou por atenção, e ela, não deu a mínima para isso, não podia!

Seus lábios procuraram os de Edward com euforia, sua jaqueta foi arrancada com selvageria, suas línguas se tocaram de forma íntima e profunda, brincando, jogando jogos perigosos para amantes, que há tanto tempo estavam sem contato.


Bella não queria nada terno e carinhoso.
Edward entendeu, que nesse momento, ela não pedia nada terno.

Suspendeu ela em seu colo, agarrando-a firmemente pelas nádegas, rapidamente Bella circulou a cintura de Edward com suas pernas, sem que os beijos tivessem fim. Seguiu subindo as escadas, sem realmente enchergar onde pisava. Conseguiu achar a porta de seu quarto, abrindo-a com um chute, indo em direção a cama à sua frente, o mais calmo que conseguiu, depositou Bella sobre a enorme cama, feita especialmente para que Bella e ele se unissem não só em um único corpo, mas também em uma só alma.


Bella respirou fundo, sentindo seu corpo arder, como brasa viva, precisava... Queria, necessitava de Edward, como necessitava de ar para viver.
Fechou os olhos cerrando os punhos quando o sentiu por cima de si, como um gatinho escorregando no meio de suas pernas, pegando com força em sua cintura, em um tranco forte a encaixando perfeitamente a ele, até que suas intimidades roçacem uma na outra.

Bella mal podia imaginar o que aconteceria quando ambos estivessem sem roupas...

Edward a beijou nos lábios mais uma vez, perdendo as mãos naqueles cabelos sedosos e cheirosos, suspirou e um gemido escapou de seus lábios... Encontrava-se em um estado tão crítico de excitação, que precisaria se concentrar ao máximo, se segurando, e não terminar com tudo antes mesmo de começar... Tinha que se controlar para oferecer prazer a Bella.

Ela soltou um gemido baixo, quando ele lhe arrancou a bata da maneira mais primitiva possível... Ou seja, rasgando-a!

Robin Thicke - Lost Without U

http://www.youtube.com/watch?v=0DdCoNbbRvQ

Edward beijou os seios de Bella por cima do sutiã, com suas mãos massageando os montes instumescidos, em outro puxão arrancou o sutiã dela, vendo que o mesmo, nem aberto estava... Não pediu desculpas, e Bella não queria que ele pedisse... O queria assim, maluco de prazer, selvagem, primitivo.

Jogou a cabeça para trás cravando suas unhas nas costas já desnudas de Edward, quando seus seios foram tomados por uma boca possessiva, língua e dentes.

Céus! Ela poderia morrer de prazer só com aqueles beijos molhados, qua já faziam com que ela se contorcesse, embaixo do corpo que a mantinha firmemente preso a ele.
Suas mãos inquietas, procuravam algo para segurar, encontraram os cabelos de Edward, mas não foi o suficiente quando as mãos dele desceram por suas pernas, pegando-a com força pelo interior das coxas...
Bella desistiu de tentar ter o mínimo controle da situação, ela era dele, de corpo e de alma...

Edward olhou aqueles olhos turvos pelo desejo, os seios que recebiam atenção de seus lábios, agora recebiam a atenção de suas mãos, enquanto descia os beijos pelo estômago, abdômen e um pouco acima do ventre de Bella... Com pressa, ela o ajudou a tirar a própria calça, as meias também foram junto, o restante das roupas de Edward seguiram o mesmo destino, então a pausa se fez por um único instante..

O instante em que ele a segurava pelos cabelos da nuca apaixonadamente, e com a outra mão descia, descia, descia por seu ventre, entrando no meio de suas coxas, com os dedos ágeis, entrando por dentro da calcinha de renda...

Bella mordeu os próprios lábios e murmurou algo indecifrável, seu corpo se contraiu, mas ele a manteve firme, grudada na cama.

Bella
– Edward... Por favor!

Ele sabia, então colou seus lábios mais uma vez nos dela, começando a estimular a feminilidade de Bella, com dedos ágeis e rápidos, no ritmo intenso de suas línguas descontroladas, que buscavam um prazer que só ocorreria no contato mais intenso entre um homem e uma mulher...
Não tinha tempo para qualquer outra coisa que não fosse profundidade e intensidade...
Sentiu seu pescoço ser completamente devorado por beijos molhados e selvagens, apertou os olhos com força, com seu estômago se contorcendo de ansiedade, precisava, precisava assim como ele, que o contado fosse ilimitado e profundo...
O arranhou das nádegas ainda cobertas até o meio das costas, o segurou pelos ombros, já estava suada... O quarto que até então, arejado, parecia agora o verdadeiro inferno! Mais ela não estava no inferno, tinha certeza disso; O céu era onde mais combinava.

E, quando ele tirou a cueca boxe preta, em movimento rápido, Bella teve a certeza disso.
Tudo foi rápido, com olhos nos olhos, corpo com corpo, pele com pele.

Edward lhe afastou os cabelos dos olhos, tendo a visão perfeita de cada expressão de Bella, separou suas pernas, deixando que sua mão corresse dos tornozelos, passando pela lateral do corpo de Bella, até chegar aos seios, viu que ela se arrepiou por completo, viu quando ela apertou os olhos, franzindo a testa em um comunicado que não aguentava mais esperar.

Mas, ele queria mais... Ainda estava sem controle, e se ele a possuísse agora, não seria tão bom pra ela, quanto seria para ele.

Desceu os beijos pelos seios até o estômago, do estômago até o ventre plano, do ventre até mais em baixo e então ele a amou com lábios, língua e dedos ávidos...

Edward precisava sentir o gosto da sua mulher em sua boca, lambeu, circulou e introduziu a língua, em cada canto da feminilidade dela com tamanha satisfação e fome...

O corpo de Bella começou a retensar, no seu ventre uma bola de fogo se formou, suas pernas tremeram, seu corpo foi lançado de uma altura inimaginável, suas mãos procuraram algo para segurar, contraiu as costas jogando a cabeça para trás, tentou segurar, mas seu corpo foi sacudido por espasmos violentos que lhe indicavam que seu orgasmo tinha vindo rápido e forte.

Edward permaneceu segurando forte os quadris de Bella, firmando-a na cama e em sua boca, enquanto o corpo dela convulsionava pelo prazer encontrado, ele a queria ali em sua boca, até que ele sugasse a ultima gota de excitação, que de Bella escorria...Precisava daquilo, como de água para sobreviver.
Ela permaneceu em outro mundo por tempo indeterminado. Mas então ela voltou, e se deparou com os olhos de Edward e viu que nada naquela cama estava perto de terminar, ele subiu seu corpo roçando ao dela, se encaixou novamente no meio de suas pernas.

Ed – Não vou conseguir me controlar...

Bella – Não quero o seu controle.

Ed – Não vou conseguir ser delicado e cuidadoso...

Edward falou entre os dentes, tamanha era sua excitação naquele momento, sentia seu membro pulsar, seu corpo retensar, o coração batia a mil por hora...

Bella passou a língua pelos lábios de Edward, sentindo seu próprio gosto nele, contraiu seu corpo e relaxou completamente as pernas, e ele encaixou a ponta do seu membro em sua entrada, segurando uma das pernas de Bella por trás do joelho, colocando-a em sua cintura.

Bella
– Não quero sua delicadeza e nem seu cuidado!

Ed – O que você quer de mim?

Bella – Tudo... E tem que ser agora, sem demora!

Edward respirava com dificuldade e apertou os olhos por longos segundos,
seu corpo foi invadido por uma necessidade insana...
Necessidade de fazer com que Bella, jamais se lembrasse do passado.
Necessidade de fazer com que Bella, não quisesse saber de nada, além de futuro.

Com os olhos cravados nela se afastou, para que então, em uma única investida completasse sua necessidade naquele momento. Sentiu as unhas dela sobre seus ombros, sentiu que ambos prenderam a respiração.

Bella controlou a surpresa de seu corpo ter sido invadido duro e completamente, por senti-lo completo e inteiro de maneira tão rápida, tentou respirar e enfim conseguiu. Mordeu os próprios lábios sentindo que nada era mais intenso do que a união de um homem e uma mulher, e aquela sensação, era extremamente prazerosa que chegava até ser dolorosa.

Respirou fundo mais uma vez, seu corpo se contraiu e como um ótimo amante, Edward esperou até que ela se acostumasse com sua abrupta invasão, para que então seus movimentos começassem, deslizando seus corpos molhados de suor, tornando as investidas ainda mais rápidas.
Levou a mão até os quadris de Bella, dando mais pressão e intensidade a seus movimentos, parecia que nunca, que nunca seria o suficiente quando ele estava dentro dela...
Bella era seu ar, sua vida e sua própria morte!

Bella era sua metade, a metade que o recebia por completo e o acolhia dentro das suas entranhas de mulher... Bella era tudo, tudo o que ele precisava para viver.

Ouviu seu nome ser proferido, tentou beijá-la, mas não podia! Seu corpo não respondia a nada mais do que o prazer da união profunda e rápida de seus corpos... Nada era lento, nada era delicado e carinhoso, e absolutamente nada era só carnal e superficial...
A beijou no pescoço quando já não conseguiam manter a cabeça parada, entrelaçou seus dedos por cima da cabeça dela, quando suas mãos na cintura de Bella, apertavam-na mais do que ela poderia aguentar.

Bella
– Não pare...

Ela sussurrou ao pé do ouvido, sentindo o receio de Edward que pudesse estar lhe machucando.

Bella – Está me amando, não me machucando, não pare Edward, não pare...

Ele franziu a testa, pegando-a novamente pelos quadris, prolongando e intensificando ainda mais as investidas duras e fundas...
Aquilo era, o amor, da forma mais nua e crua... Não podia controlar, não podia se segurar.

Ouviu o grito alto de Bella e de seus lábios grunhido também escapou,
empurrou a cintura dela contra a sua com as mãos, e a explosão aconteceu naquele momento, arrancando gemidos altos e descontrolados de pessoas completamente fora da razão...

Edward deixou-se cair de costas sobre a cama, levando no processo Bella sobre ele, pingavam ao puro suor do prazer, seus corpos latejavam e queimavam de forma descontrolada.

Edward pensou que poderia se queimar vivo, tomando a respiração por alguns minutos, levantou-se da cama levando Bella em seus braços.
Caminhou com pressa até o chuveiro, caminhando com seu corpo fraco a levou até o boxe, ligando o chuveiro em água quase fria, entraram os dois de cabeça, mas o sangue continuou a ferver, a pele continuou a queimar e o coração...
Edward tirou os cabelos do rosto fortemente vermelho de Bella. O coração parecia que jamais voltaria ao seu ritmo normal.
Ele a abraçou com água caindo por suas cabeças e corpos nus, Bella finalmete o olhou, um sorriso emocionado escapou de seus lábios.
Não podia falar, palavras não descreveriam o sentimento mais puro que sentia naquele momento, optou por subir sua mão até a bela face de Edward,
lhe alisou a pequena cicatriz que tinha por cima da sobrancelha, e agradeceu por qualquer motivo que o tivesse trago de volta para sua vida...

Novamente algo em seu interior lhe gritou por atenção, sentiu o dedo que acariciava a pequena marca de Edward, queimar, desceu rapidamente a mão do rosto dele deixando de sorrir.

Edward engoliu em seco apertando com força os olhos, não, não poderia acontecer, ele não permitiria.

Abraçou Bella colando o corpo dela contra os azulejos do Box, a olhou nos olhos antes que ela assentisse, dando a ele o livre controle de seu corpo, a ergueu do chão, segurando-a com mãos firmes e hábeis...

Bella – O que houve?

Ela perguntou, sentindo algo diferente, o beijou nos lábios rapidamente esperando por uma resposta.

Bella
– O que te passa meu amor... Fiz algo errado, eu...

Edward negou com a cabeça com veemência.

Bella – Então o que é? Porque seu coração está tão acelerado?

Bella o olhou no fundo dos olhos e foi seu coração que quase parou de bater, ele se encontrava estupidamente sensual, com aqueles cabelos molhados caindo sobre os olhos, com aqueles braços fortes a segurando com tanta força e firmeza.

Ed
– Eu apenas preciso de você agora Bella. Será que você pode imaginar, que chega a me doer de tanto que a desejo?


Bella prendeu a respiração, ele era real? Aquela visão dos Deuses era real?

Bella – Sou tua...

Ela lhe disse para sua perdição final.

Bella – Faça o que quiser de mim.

E ele o fez, naquela hora,
Sem demora...

*************************************************************************** 

Antes que os primeiros raios de sol da manhã penetrassem pela larga janela,
Edward já tinha, cuidadosamente, se levantado. Seu corpo nu percorreu o quarto com o máximo de cuidado possível, entrou no banheiro fazendo sua higiene, para logo depois, buscar as mesmas roupas que estavam largadas pelo chão.

Quando o dia deu indícios de que estava amanhecendo olhou Bella. Tão bela! Esparramada pela cama, com o lençol lhe cobrindo superficialmente o corpo.
Ele tinha amado-a todas as formas por infinitas horas...
Ele tinha lhe mostrado que nenhum homem no mundo, poderia amá-la e desejá-la como ele a amava e desejava.

Mas agora sua cabeça lhe torturava e pela noite tinha se lembrado de algo;

precisava com urgência, eliminar um dos principais vínculos que ligavam ele e seu passado,fechou os olhos com a angústia  que percorria dos pés a cabeça,tão silenciosamente como ele havia percorrido o quarto, seus planos era que voltasse antes que ela acordasse, e voltasse a ocupar seu lugar na cama, decidiu não abrir as janelas do enorme salão, decidiu apenas ir o mais rápido possível para estar de volta o mais rápido conseguisse.

Bella abriu os olhos e com um sorriso correu a mão pelo corpo tão perfeito de Edward.
Oh Deus! Por mais que seu corpo inteiro protestasse pela noite ativa e passional, não podia acreditar que em todos esses anos como mulher, jamais tinha conhecido o prazer de forma tão intensa e passional.

Ele ainda dormia, e isso fez com que Bella sorrisse de forma angelical, lhe beijou o peito nu, lhe beijou a barriga, então subindo sobre ele como uma gatinha manhosa foi descendo seus lábios... Descendo até que mãos forte a segurasse pelos braços, impedindo que ela desse mais um único centímetro.
Bella voltou a sorrir...

Ed – Você quer me matar, confesse!

Ela soltou uma gargalhada tão espontânea, que fez com que Edward abrisse os olhos e sorrisse só por vê-la gargalhar.

Ed – Te coloco de castigo nesse instante, não tenho forças, não tenho!

Bella – Mentiroso! Aposto que correria uma maratona, sem nem ao menos suar.

Edward voltou a fechar os olhos e se espreguiçou quando Bella levantou-se completamente despida e abriu a janela, deixando que pela primeira vez, em tantos dias, o sol não tão forte, mas acompanhado com a luz do dia, iluminasse os quatro cantos do quarto.

Bella – Agora sei sobre o que falava!

Sorriu para Edward, com os cabelos bagunçados caindo em uma cascata castanha sobre suas costas e seios...

Ed – Pensando bem, acho que tive uma recuperação milagrosa!

Bella gargalhou mais uma vez, correu saltando sobre a cama e caindo sobre Edward, ele lhe beijou lábios, descendo a boca para o pescoço dela, colocando-a sentada sobre sua cintura, a campainha tocou...

Bella – Espera alguém? Que horas são?

Ed – Não sei,
não saia da cama.

Bella franziu a testa e com uma careta deixou que ele se levantasse, correu para o banheiro fazendo sua higiene matinal.

Edward caminhou em passos firmes, descendo as escadas até a porta, estava descalço, tinha colocado a cueca e uma calça cinza de moleton, nem ao menos se deu o trabalho de olhar pelo olho mágico, achou estranho a portaria não ter interfonado, abriu a porta rapidamente dando de cara com... Tânia!

Tânia o olhou dos pés a cabeça e seu coração foi assaltado por uma dor intensa.

Conhecia aquele semblante cansado e satisfeito que Edward levava no rosto...
Conhecia esse jeito desleixado que ele se vestia logo depois de...

Edward suspirou e olhou o relógio, realmente era tarde, se passava do meio dia...

Tânia – Boa tarde Edward.

Ed – Boa tarde Tânia.

Ele se perguntou que diabos ela fazia ali, então se lembrou que tinham marcado de conversar sobre o processo, que caminhava com rapidez para o divórcio, praguejou baixinho e com toda educação pediu para que ela entrasse.
Tânia caminhou pelos altíssimos saltos até a sala.

Tânia – É um belo apartamento, mais acho que não poderia reconhecer como seu. É o oposto da nossa casa em Londres.

Ed – Andei fazendo algumas mudanças, alguns cursos...

Tânia – Percebo, os tons estão mais claros e mais luminosos. É um belo espaço.

Edward agradeceu, contando os segundos que Bella apareceria pela sala vestindo completamente... Nada!
Nenhuma única peça de roupa!!

Tânia– Se não é uma boa hora, posso voltar mais tarde.

Edward notou que ela o observava intensamente, também, ele estava sem camisa, os cabelos completamente bagunçados, a barba já escurecendo seu maxilar.

Ed – Será que poderíamos nos encontrar em uma hora?

Tânia abaixou a cabeça e assentiu. Sabia! tinha certeza.

Ed – Poderíamos almoçar o que acha?

Tânia – Acho espetacular.

Um sorriso brotou em seus lábios, ele nunca a chamava para almoçar

Tânia – Acho maravilhoso que...

Ed – Tânia!

Ela calou-se, engolindo a vontade de gritar.

Tânia – Tudo bem, aguardo a sua ligação e...

Bella – Quem é Edward?

Bella adentrou na sala com os cabelos ainda pelas costas cobertas pela camisa social que Edward vestia na noite passada. As pernas desnudas à mostra, levava calcinha, mais deixava que a camisa cobrisse pouca coisa. Rapidamente fechou os botões ao avistar Tânia, e foi tudo o que pôde fazer, estava sem reação, olhou para Edward que também não parecia muito contente. 'O que Diabos Tânia estava fazendo ali?'

Tânia
– Boa tarde Bella.

Bella engoliu a saliva, se sentia como a amante? Sentia-se como se estivesse sido pega no flagra?

Negou com a cabeça, não! Não era a amante e nem fazia nada de proibido, Edward era dela, há muito tempo.
De qualquer forma,
o momento não poderia ser mais desagradável...

Bella – Boa tarde Tânia.

Bella pode ver os olhos da loira automaticamente se encherem de grossas lágrimas.

Tânia – Desculpe-me, não queria incomodá-los! Podemos marcar em outra hora Edward e...

Bella
Não se incomodem por mim, já estava de saída mesmo... Tenho que ver um paciente... O-o-o- Senhor Perez!

EdVOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM!!!!!!!!!!!

Tanto Tânia como Bella deram um pulo para trás, surpresas com a reação de Edward.
Bella franziu as sobrancelhas se aproximando de Edward,
ele estava tão nervoso assim, pelo fato de estar com sua mais nova mulher e sua ex no mesmo ambiente?

Ed – Me desculpe. É que não tomou café baby, e sabe que não pode sair sem tomar... Tânia e eu tínhamos um encontro marcado hoje. Tínhamos que falar sobre o processo do divórcio, e acabei por me esquecer de te falar.

Tânia olhou novamente para Bella, com o falso sorriso estampado em seu rosto, queria matar aquela vadia e fazer picadinho dela, o que Edward  tinha visto nessa Bella?

Não tinha nada! Nada além de um corpinho bonitinho e um olhar brilhante, não tinha cara de ser forte, nem tinha cara de ser mulher suficiente para segurar um homem como Edward, seus dedos coçaram e seus olhos arderam de raiva...

Bella – Não se preocupe, tomo café no hospital.

Ed – Isso não está em discussão,Bella! Primeiro o café, depois decidimos o que fazer.

Bella ainda confusa decidiu não contestá-lo, com Tânia ali em sua frente.

Ed – Tânia, podemos marcar as 14:00?

Tânia pôs o olhar frágil nos olhos e assentiu.

Tânia – Pode ser as 14:00, volto ainda hoje para Londres, então não se atrase.

Edward assentiu. Acompanhou Tânia até a porta e quando a fechou, olhou Bella. Ela se encontrava sentada no sofá abraçada ao joelho, olhava a enorme varanda que deveria ter sido aberta por ela.

Ed – Me perdoe baby. É que me esqueci de...

Ela se virou para ele e.... Simplismente sorriu.

Edward franziu a testa; ‘Não era agora que ela deveria gritar e fazer uma cena de ciúmes?’

Bella – Não fique nervoso por isso, ok? Está tudo bem de verdade!

Edward permaneceu parado, imóvel... Não entendia, realmente não podia entender aquela mulher. Quando pensava que ela iria gritar, ela sorria e dizia que estava tudo bem!

Sentou-se no sofá ao lado dela e apreciou a vista tão bela da tarde.

Bella – Não grito e nem me ponho histérica porque sei que não tem nada com ela, e além do mais, me pediu em casamento ontem... - fez uma careta – Que mulher seria louca de perder um partido como você?

Não sobrou outra opção a não ser gargalhar, Edward a abraçou com força, tirando-a de seu lugar e colocando-a sobre seu colo.

Bella – Ela ainda o ama.

Ed – Não, não ama. Você me ama e eu te amo, de simples assim!

Ela fez outra careta e negou com a cabeça, como quem dizia que não o amava, Edward a beijou de surpresa entre sorrisos e suspiros.

Bella – Não comece, pois necessito de um café da manhã.

Ele sorriu sem graça e assentiu.

Bella – Amo que se preocupe comigo, mas estou bem acredite! Sabia que tinha que tomar um café antes de sair?

Ed – Me perdoe pela cena,
mas é que...

Bella – Está perdoado porque gosto que me cuide!

Ela sorriu abrindo a geladeira, roçando os pés do jeito que fazia cada vez que parava em frente a mesma.

Ed – Sim.

Ele confirmou começando a pôr a mesa.

Ed – Gosto de cuidar de você!

Bella – Droga, meu celular!

Bella caçou sua bolsa por todos os cantos, onde estava com a cabeça? Não podia ficar sem celular, sem o seu bip... Quando por fim o encontrou, viu que tinha inúmeras chamadas perdidas, 97% eram de uma única pessoa, Rose McCarty.

Franziu a testa, perguntando-se porque que Rose necessitava com tanta urgência lhe falar. Caminhou de volta para a cozinha vendo que Edward já preparava uma rodada de panquecas. Discou o número de Rose aguardando a chamada ser atendida...

Rose – Bella?

Bella franziu a testa surpresa, a voz de Rose era tão abafa e trêmula que podia ter a certeza que ela estava chorando.

Rose – Bella é você?

Bella
– Sim querida sou eu, o que houve? Vi agora suas chamadas...

Rose – Preciso que me ajude, imploro que me ajude...

Bella – O que te passa?

Rose – Estou desesperada, não sei a quem mais recorrer...

Bella – Primeiro me diga o que acontece, e depois verei no que posso te ajudar.

Edward olhou Bella com o cenho franzido, parecia tão preocupada.

Rose – Meu marido, Emmett está doente, está muito doente e eu não sei...

Rose se pôs a chorar como havia feito quase por toda à noite.

Rose –... E não sei o que fazer! Já foi a todos os médicos e dizem o mesmo. Preciso que o veja, que o examine, que diga que há uma saída, que...

Bella – Se acalme, ok ? Acalme-se, para que você possa me explicar com mais clareza.

Rose – Não posso me acalmar, não consigo! Ele está morrendo, está morrendo e eu pensando que ele estava me traindo! Preciso que o examine, confio em ti Bella, sempre foi a melhor da sala, a melhor de toda a faculdade, preciso que o veja, e que me diga, que me diga que temos uma saída!

Bella levou as mãos sobre os lábios, precisava do prontuário de Emmett, de todos os seus exames, histórico, precisava da ficha completa dele para que pudesse lhe dizer algo.

Bella – Me escute, preciso de muitos documentos, fichas, diagnósticos, preciso saber o que ele tem, se é da minha área, se posso ajudá-lo.

Rose – Não Bella, não há tempo... – caiu no pranto mais uma vez – Não tenho tempo e...

Bella – Se acalme, estarei aí em poucos minutos, tudo bem?

Rose – Sim, sim, estou te esperando!

Bella desligou o telefone em alerta, o que um homem tão sadio e de boa aparência como Emmett, poderia ter de tão grave que lhe tirasse a vida?

Ed – O que aconteceu?

Bella
– O marido de Rose está doente...

Se aproximou de Edward.

Bella – Não sei o que é, mas ela acaba de me ligar com desespero, pediu por ajuda, mas nada sei do caso.

Ed – Emmett McCarty?

Bella assentiu, Edward sentou-se à mesa.

Ed
Ele tem uma doença rara e...

Se calou de imediato, seu corpo retensou, e não se atreveu a olhar nos olhos de Bella. Levou a xícara de café aos lábios, bebendo um grande gole.

Bella Como você sabe que é uma doença rara?

Ed – Não sei, foi uma pergunta simplismente...

Bella – Não. Não foi uma pergunta, você afirmou isso! Olhe para mim... – Edward o fez –
Sabe de algo?

Ed – Não, me expressei mal, me desculpe!

Bella estava preocupada e resolveu deixar isso pra lá, sentou-se à mesa tomando um rápido café.

Bella – Irei até lá e voltarei à tarde. Assim, também pode ir falar com Tânia sobre o divórcio.

Ed – Ok. Virá direto para cá? Não passará no hospital?

Bella – Não passarei pelo hospital, ligarei para saber do Senhor Perez, mas prometo que voltarei o quanto antes
pra casa.

Edward sorriu, cobriu a mão dela com a sua em cima da mesa...

Ed – Diga de novo.

Bella – O que?

Ed – Diga que voltará para casa... Para
nossa casa.

Bella sorriu, acariciou o rosto dele alguns segundos, franziu a testa engolindo com dificuldade a panqueca.

Bella
Voltarei para casa, para a nossa casa.

Edward assentiu e com um selinho cobriu os lábios.

Bella – Agora, vamos nos apressar. É importante o que tenho a fazer.

E foi isso que fizeram quando o café foi terminado rapidamente.
Arrumaram-se e saíram para seus respectivos afazeres.

 Edward a deixou em frente à casa de Rose e o mais rápido que pode, foi ao encontro de Tania.

Bella tocou a campainha da casa e aflita esperou que atendesse-na, Rose que o fez, ainda de pijama e com o rosto tão acabado e inchado pelas lágrimas. Bastou ver Bella para que a abraçasse, e o pranto se tornasse ainda mais intenso.

Rose – Oh Bella, agradeço que tenha vindo com tanta pressa, ainda mais em seu dia de folga.

Bella - Não se preocupe! Antes de ser um trabalho, é algo para uma amiga. Agora se acalme e conversaremos com mais calma.

Rose assentiu, convidou Bella para entrar e logo se sentaram no espaçoso sofá.

Rose – Emmett saiu com Louise logo pela manhã, ficarão a tarde inteira em um parque de diversões, disse–me que...

Suspirou contendo as lágrimas.

Rose – Que curtiria a menina o máximo. Desistiu de si próprio, disse que iria se entregar, pois não há outra alternativa. Onde isso entra em minha cabeça? Até antes acreditava que curtia com outra mulher e sempre que desaparecia era porque estava a noite inteira em hospital... Não posso me perdoar jamais por isso!

Bella – Porque ele não lhe disse que estava doente?

Rose – Para que eu não ficasse assim...

Apontou para seu rosto inchado.

Rose
– Para que eu não sentisse pena dele, e que corresse atrás de qualquer ajuda para adiar o inevitável... Mas não posso, não posso assistir a isso de mãos atadas, tem que me ajudar Bella.

Bella – Farei tudo que tiver ao meu alcançe, preciso dos exames, preciso saber o que ele tem...

Rose
É uma doença rara.

Bella subiu os olhos para Rose, sentia-se intrigada...

Rose– Não sei dizer muita coisa, pois pouco ele deixou que eu visse.

Bella pegou os exames, que cuidadosamente Rose já havia separado de cima da mesa, retirou um por um, lendo primeiramente a cópia do histórico, logo depois o prontuário e assim por diante, checando e relendo exames, laudos, franziu a testa finalmente concordando com um dos últimos exames, mas tinha tanto, tanto ainda para ser descoberto.

Bella
– Aparentemente é um caso raro de leucemia.

Franziu a testa relendo os diversificados exames de sangue.

Bella – O que não entendo são esses números, jamais vi isso em minha carreira.

Levantou-se andando de um lado para o outro com outros papéis na mão, observou Rose que se encontrava trêmula, levava as duas mãos entrelaçadas sobre os joelhos, seu rosto tão belo exibia sinais de esgotamento.
Bella sabia que era grave. Mas Bella, também sabia que
algo estava oculto naqueles exames.

Rose – Não sabem lhe dar um diagnóstico preciso, e enquanto isso, ele está morrendo, entende Bella? Meu marido, meu único homem, amante, está morrendo!

Bella engoliu a saliva sabendo do quanto doía perder um homem que tanto amava, fechou os olhos por alguns segundos relembrando-se das aulas de faculdade, lembrando-se de seus amigos e então um nome lhe veio à cabeça.
Romero, Romero poderia rever os exames e de alguma forma ajudá-los.

Bella – Pode deixar esses exames comigo?

Perguntou com firmeza, tentando passar segurança a Rose.

Rose - Posso... Irá me ajudar Bella? Irá salvar meu marido?

Bella
– Nessa profissão não se faz promessas Rose, você sabe disso! Apresentarei esses exames ao um médico de confiança e aos especialistas dessa área no hospital que trabalho.

Rose assentiu, limpando as lágrimas de seu rosto, sabia que Bella trabalhava em um dos melhores hospitais do país.

Bella – Não posso lhe dizer nada de concreto, porque não me especializei nessa área, mas prometo que farei o possível para que esses exames cheguem às mãos dos melhores especialistas em Oncologia, trabalharei com ardor para que possa te dar um alívio ou alguma resposta.

Rose levantou-se e um sorriso de esperança brilhou em seus olhos.

Rose
– Eu não sei o que poderia fazer se você não estivesse aqui.

Bella sorriu, abraçou a amiga com força...

Rose – Eu sabia que poderia me ajudar, porque foi enviada a esse mundo para isso Bella. Para salvar vidas.

Bella sorriu a Rose e o mais rápido que pode dirigiu até o hospital, olhou o relógio e viu que ainda tinha tempo. Identificou-se, cumprimentou Flora e as outras enfermeiras que ali se encontravam, saiu com pressa rumo aos elevadores, precisava ir até a Oncologia, e precisava ir depressa.

Algo em seu coração lhe dizia para seguir, para seguir em frente, porque talvez, essa fosse mais uma das vidas que estavam em suas mãos.

Chegou no andar da Oncologia e seu coração não pode deixar de se emocionar, como sempre acontecia quando via tantas pessoas frágeis e doentes...

Caminhou com a força que lhe tinha sido ensinada no primeiro ano de faculdade, necessitava ser uma profissional, e não uma emotiva.

Perguntou pelo Doutor Romero e soube que o mesmo se encontrava de folga, praguejou em voz baixa, com a cabeça fervendo por encontrar uma saída.

Bella – Poderia me dar o endereço do Doutor Romero, por favor? Sou Doutora Bella, fui aluna dele na faculdade de Medicina.

A jovem mocinha pareceu não gostar muito do pedido, mas com um pouco de insistência, concedeu por fim o telefone para Bella.

Entrou em seu carro com rapidez, sabia que era domingo, sabia que poucos domingos de descanso um oncologista tinha, mais tinha que fazer isso, algo lhe dizia que tinha que o fazer.
Estacionou enfrente a enorme casa de Romero, era em um bairro nobre da cidade e se encontrava aparentemente em festa, tinha vários carros do lado de fora e de onde Bella estava, conseguia ouvir risadas e o barulho de som. Apertou os olhos com força e com aquele monte de exames na mão tocou a campainha, não obteve resposta e a tocou com mais força da segunda vez.

Alguém pareceu escutar, pois vinha em passos lentos até a porta, e não deu outra, era o próprio Doutor Romero.

Ele franziu a testa em surpresa ao vê-la, havia dado aula para a pequena notável em seu segundo ano de faculdade.

Romero
- Hora se não é a filha da mãe que poderia ter roubado meu lugar se tivesse seguido como oncologista!

Bella foi obrigada a sorrir, por surpresa recebeu um abraço de Romero.

Romero – Como está Bella? Sei que se formou como primeira da classe.

Bella – Sim, foi exatamente isso Doutor.

Romero – E o que te trás em um domingo, em minha casa?

Bella ergueu as mãos mostrando os diferenciados exames que nela continha.

Bella – Preciso com desespero de sua ajuda.

Romero franziu a testa.

Romero
– O que aconteceu, está doente ou algo assim?

Bella – Não, não estou. Mas, preciso que olhe esses exames, sei o quanto é difícil uma consulta com o senhor, mas necessito de seus olhos sobre esse homem.

Romero
– Escute Bella, eu sei que se me procura deve ser grave, mais existe milhões de pessoas que...

Bella – Por favor, Doutor. Eu lhe imploro.

Olhou no fundo dos olhos tão claros de Romero, era um senhor de mais ou menos 60 anos, tinha o aspecto bem cuidado e o rosto mais jovem do que sua idade, e o diploma mais invejado de todos os Oncologistas.

Bella
– Sei que já deve ter sentido isso em sua carreira, alguma coisa me diz que há algo de estranho nesses exames. Sei que muitas pessoas esperam a oportunidade de uma consulta com o senhor, mas esse homem não pode esperar.

Romero a olhou com o semblante bastante sério, suspirou profundamente ouvindo os gritinhos de seus netos que há tanto tempo não via.

Bella - Preciso dar esperanças para a mulher desse homem, lembra-se de Rose? Chegou a dar aula para ela?

Romero negou com a cabeça, vendo que Bella começava a desesperar-se.

Bella – Droga! Pudera eu saber tudo o que sabe doutor, mas não sei. Ainda não sei, e necessito que me ajude a salvar mais uma vida... É o que fazemos não é? Salvamos vidas!

Romero engoliu a saliva, murmurando uma praga pegou os exames da mão de Bella, que soltou um gemido de alívio.

Romero
– Os verei durante a noite.

Bella
– Nem sei como lhe agradecer.

Romero – Siga sendo médica. E jamais seja Oncologista!

Bella enfim sorriu com vontade, levou a mão sobre o coração que batia depressa...

Romero
- Bella?

Bella
- Sim?

Romero
- Eu sinto muito pelo seu pai, de qualquer forma deve estar orgulhoso de você.

Bella sentiu a emoção aflorar em seu coração.

Bella - Eu também sinto Doutor Romero, eu também sinto muito...


Romero fechou a porta e logo em seguida Bella se meteu no carro,
controlou sua emoção e murmurou uma baixa oração para seu pai,
fazia sempre isso quando sentia que poderia se derrubar em lágrimas.

Mais serena, ligou para Rose, com alegria a mesma tinha recebido a notícia e repetia que jamais poderia agradecer à Bella por isso.

Então, enquanto dirigia com o vento lhe batendo no rosto, Bella imaginou o que poderia ter acontecido se caso aqui, ela já não estivesse.
Alguém teria visto aqueles exames com mais precisão, e notado que algo estava estranho?
Rose confiaria em alguém como confiava nela?

Decidiu passar em sua casa, antes de voltar para a casa de Edward, apenas tomou uma ducha rápida e arrumou uma pequena malinha para as coisas que necessitava usar com freqüência, no guarda roupa pegou seu jaleco bem passado e um dos inúmeros uniformes de trabalho que fazia questão de mandar lavar e passar. Com tudo pronto, caminhou até a sala, arrumou os prontuários e os checou antes de colocá-los em sua maleta,
faltava um...

Franziu a testa confusa. Faltava o do Senhor Perez, que havia deixado hoje pela manhã sobre os outros. Procurou pela casa e voltou ao seu quarto, fazendo uma boa busca, era uma cópia, mas não poderia perder dessa maneira. Não quando tinha a certeza de que não havia saído de casa com elas. Buscou por mais alguns minutos até que seus olhos passaram sobre a cômoda ao lado de sua cama, a gaveta não se encontrava de todo fechada, e se perguntou se tinha colocado ele ali, e esquecido...

Não, negou com a cabeça, se lembrava perfeitamente, o tinha tirado do chão e colocado sobre os outros prontuários. Mesmo assim caminhou até a cômoda abrindo a gaveta, apenas encontrou a pequena chave e o envelope que guardava seus pertences.

Como algo podia sumir bem debaixo do seu nariz?

Fuçou a gaveta e nada encontrou, abriu o envelope por via das dúvidas e notou que ali não estava. Ao contrário ali, algo faltava, franziu a testa ao se dar conta, que no envelope que guardava aquela carta escrita por si mesma, e outros documentos do seguro, apenas continha os documentos do seguro.

Olhou os cacos de vidro ao chão notando que estavam ainda mais pisoteados... Como é que ela não os tinha tirado dali?
Poderia se machucar, sua atenção foi toda para aquele incidente, recolheu os maiores cacos e deu um jeito nos menores. Pegou sua pasta, notando que o relógio lhe dizia que começava a se atrasar, deixou o quarto após fechar a gaveta, caminhou em passos rápidos até a saída, pegou a pequena mala e esperou que o elevador a conduzisse até o estacionamento.

Enquanto dirigia deu atenção a sua inquietação.

Em que lugar tinha colocado aquele prontuário e aquela carta?

Algumas horas antes...

Edward estacionou seu carro em frente ao restaurante que tinha marcado, após falar com Tânia ao telefone.
A ultima coisa que queria nesse instante, era almoçar com ela e perder um tempo precioso que poderia estar com Bella, lhe amando, fazendo amor,
e tratando de mantê-la, o mais próximo de sua vista.

Sentiu uma grande força se apoderar de si...
Uma força que conheceu durante uma longa eternidade, que agora, já não mais existia.
Sentia algo, naquela mesma proporção, mas de forma quase completamente distinta.

Sentou-se e o garçom logo o serviu de um bom copo de vinho e deixou o cardápio sobre a mesa, Edward agradeceu, mirou o relógio eram quase duas da tarde.
Quando Tânia por fim chegou, já com outros trajes, fato esse, que Edward percebeu pelo barulho ainda mais alto dos saltos contra ao chão, com toda aquela elegância e sensualidade que ela achava ser fatal, cumprimentou Edward e sentou-se enfrente a ele...

Tânia – Esperando há muito tempo?

Ed – Não, cheguei há pouco.

Tânia
– Que bom, pois eu...

Ed – Eu trouxe mais alguns documentos que acho que poderíamos ler juntos.

Tirou de sua pasta um envelope, Tânia engoliu a saliva, sentindo a extrema distância do homem a sua frente. Não que eles não fossem distantes há muito tempo,
mas agora... Agora ela sentia como se não fosse realmente Edward que estivesse ali.

Jogou a franja dos cabelos mais loiros do que o normal para trás, dando a Edward, a visão de olhos azuis tão intensos, mas sem um pingo se quer de brilho. Brilho que os olhos chocolates de Bella continham de sobra...
Brilho que fazia com que seus olhos se apaixonassem por aqueles olhos cada dia mais, de forma que seria insuportável viver sem eles.

Tânia – Vejo que está com pressa...

Ela murmurou em um tom mais duro do que sua voz de início.

Tânia – Poderia ter o pingo de respeito e me dar atenção quando falo Edward. Olhe pra mim!

Edward deixou de retirar os documentos da pasta, para que, impacientemente olhasse Tânia.

Tânia – Posso ver que está sem paciência.

Ed – Se pode ver, porque não economizarmos tempo?

Tânia – Está apaixonado por ela! Santo Deus, me diga uma só coisa, que aquela mulher tenha, que a faz mais atrativa que eu?? Sentiu-se uma vagabunda diante de meus olhos, estou pasma Edward! Pensei que seu tipo de mulher era das mais fortes, mais corajosas...

Ed Os gostos mudam, Tânia. Agora prefiro mulheres completas!!!!!!! Sabe como é, né? Completa: cama, mesa e banho! (N/A: Toma essa, sua vaca!)

Tânia corou da cabeça aos pés, diante do tremendo tapa na cara que tinha tomado das palavras de Edward.

Ed – Tem algo do qual não concorda?

Tânia negou com a cabeça.

Ed – Tem certeza? Fui bem claro e sincero quando disse que o carro e a casa de Londres seriam seus, mais logicamente a pensão que te darei...

Tânia – Não quero seu dinheiro.

Edward suspirou, e pediu por uma única explicação:

O que levaria um homem como “Edward”... Como ele, se apaixonar por uma mulher como Tânia?
Não que ele não tivesse a amado, tinha amado-a muito, mas agora, ao seu lado uma mulher como Bella, as outras que haviam passado por sua vida, pareciam tão extremamente...
Incompletas!

Ed – Então acho que não há problemas quanto ao acordo?

Tânia engoliu a saliva deixando que seus olhos vagassem para outro lugar, avistou um homem que almoçava felizmente com uma garotinha.

Ed
– Tânia?

Tânia – Sim... Não há problemas, na realidade há sim um problema Edward.

Ela o olhou no fundo dos olhos.


TâniaQuem é você?

Edward ergueu as sobrancelhas, e escondeu muito bem a surpresa e o impacto que aquelas palavras lhe causaram...

Ed – O que quer dizer?

Tânia – Vivi contigo durante anos querido, você não é assim... O que está acontecendo? Essa sua maneira controlada e distante de me tratar, essa sua generosidade para comigo, esse seu olhar tão esquisito, tenho a sensação que jamais fui sua mulher.

Edward sentiu vontade de confirmar, porém manteve-se calado.

Tânia – Vi o jeito como olhou aquela mulher hoje... De onde surgiu tanto amor, Anthony?

Edward engoliu a saliva, vendo os olhos de Tânia faiscarem, ela quase deixava escapar as lágrimas que embaçavam aqueles olhos tão azuis.

Tânia – De onde surgiu o ‘baby’ e a preocupação com o café da manhã?

Soltou um riso irônico para não se deixar abater.

Tânia – Nem quando foi apaixonado por mim me falava e me olhava daquela maneira.
O que houve contigo depois que acordou daquele maldito acidente?

Um grande instante de silêncio se fez.

Edward retribuiu o olhar que ela lançava, deixando que um outro lado seu,
aquele lado de pleno poder e força, dissessem por ele.

Ed – Não houve nada comigo, aliás houve. Eu cansei! Cansei da merda que era minha vida. Até as mais belas flores um dia murcham, Tânia!

Ela voltou a encostar-se no respaldo da cadeira, quando o garçom mais uma vez fez menção de lhe servir o vinho e o cardápio, ela o recusou educadamente com a mão.

Tânia – Diga-me porque acha que estou sendo tão passiva e calma, em um divórcio que não quero?

Ed – Por mais que tenha feito o que fez, e que seja do jeito que é, tem algo em você... Algo em você, que se esconde por trás desses olhos perfeitos e desse sorriso elegante. Algo pelo que me apaixonei quando éramos quase que adolescentes. Mas agora já não somos mais, e também já não vejo esse algo. Me dará o divórcio de forma passiva, porque no fundo sabe que não tem mais jeito, que talvez, jamais teve. A verdade Tânia, é que te conheço mais do que sua própria sombra, e sei a hora que esses seus olhos não possuem mais armas ou argumentos para manter a guerra em fogo.

Tânia – E conheceu-me durante o nosso casamento, Anthony?

Perguntou ela desafiadoramente, sabendo que ele também se culpava pelo total fracasso da união deles. Edward negou com a cabeça.

Ed
A conheci antes mesmo, de você se conhecer!

Tânia não respondeu, não tinha o que responder...

Tânia – Não sou do tipo que fará de sua vida um inferno, e muito menos perderei meu tempo criando jogos, para que veja que Bella não é mulher para você... Se quer o divórcio em acordo amigável como viemos fazendo, o terá Edward, mas quando toda essa palhaçada de romance perfeito acabar, não diga que eu não lhe avisei. Sei do que gosta Edward, e sabe tão bem quanto eu, que nunca foi um santo!

Tânia preparou para levantar-se e o fez.

Tânia- Eu o amei e estarei mentindo se disser que não o amo,
mas talvez eu goste mais de Anthony.

Deixou um sorriso irônico escapar...

Tânia
Talvez eu gostasse mais do homem que compartilhava comigo meus pecados...

Edward se levantou.

Tânia
– Terá seu divórcio e sua paz... Venderemos a casa de Londres, viajarei para o Canadá assim que deixar tudo resolvido com meus advogados.

Ed – Ótimo! A casa é sua, faça com ela o que achar melhor.

Tânia – Sim o farei.

Se aproximou de Edward após colocar a bolsa em seu ombro...

Tânia – Quando tudo isso acabar, quando você descobrir que talvez ela não seja tão perfeita assim, eu já não estarei mais aqui.

Ed – Meu amor por Bella jamais terminará, foge de qualquer entendimento de sua parte...

Tânia – Sim... Mas não se esqueça que em uma relação existem duas pessoas. Eu não sou perfeita, mais você meu querido, não está nem perto de ser. Te conheço, Anthony, e seus olhos escondem um segredo, que já não me diz respeito. Até algum dia Masen, acho que só voltaremos a nos ver caso algo saia errado, o que é difícil! Sendo assim, até algum dia.

Ela se aproximou lentamente, e lhe beijou o canto dos lábios, fechou os olhos por longos segundos antes de passar a língua pelos lábios dele, Edward virou rapidamente o rosto com o maxilar cerrado em apreensão, Tânia virou-se e do mesmo jeito que entrou no restaurante o deixou.

Edward voltou a se sentar na cadeira,
e sua metade...

A metade, puramente humana lhe alertou que sentia algo tão natural entre os mesmos: Medo

Edward Masen Cullen, sentia medo...

Levantou-se após deixar um par de notas sobre a mesa, guardou os papéis e o envelope com pressa em sua pasta, precisava passar em um lugar antes de ir para casa, e precisava com urgência...


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Notas finais do capítulo

N/A:Hahahah, amei a resposta do Edward para Tânia!

A partir do próximo capítulo as coisas começam a se derenrolar definitvamente.Estamos chegando próximo ao final da fic, acho que mais uns 4 ou 5 capítulos para o FIM. *CHORA*
E, em forma de agradecimento pela paciência de vcs, sábado terá mais post.

Bjokas moças!! Até sábado. ;)

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N/B: Olá flores,já estava com saudades!A Tânia é uma vaca mesmo heim... amei a resposta que o Edward deu pra ela