Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 27
Capítulo 27 A Verdade.


Notas iniciais do capítulo

Oieee gentem!!!

Bem, aí está mais um capítulo. Peço que me desculpem se acharem alguns erros de português, como eu disse, estou muito enrolada, e como ninguém se prontificou em betar a fic e eu não quero deixar vcs tão ansiosas, dei uma revisada superficialmente e postei.

******

Agora neste capítulo muita coisa será revelada! Peço que abram suas mentes, não se precipitem... Essa fic mexe muito com o nosso emocional e a razão.

Esse é um "dos capítulos" que mais gosto!

Conversaremos lá em baixo!

PS: Não esqueçam do blá blá blá de sempre, as músicas são essenciais neste capítulo, por favor escutem! ;D



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Capítulo XIV

http://www.youtube.com/watch?v=EtO4mFLizFQ&feature=related

Logo após Bella ter saído daquela maneira, Edward ficou num estado catatônico, ficou inerte por mais ou menos meia hora. Parado, de olhos fechados em frente à porta do flat.

E, em como todo estado catatônico, alternou de passivo para excitação repentina.

Voltou para o sofá, sentando-se irritadamente. Permitindo que agora de sua garganta um som brutal de incapacidade saísse.

Agarrando fortemente os fios de seus cabelos nas mãos, Edward se arrependia de não ter explodido na hora. Deveria ter aberto aquela maldita porta, pegado Bella pelos braços, encurralado ela na parede, enquanto perguntava que Edward ela pensava que ele era!

As batidas de seu coração estavam tão aceleradas, que chegavam a machucar seu peito.

Cerrou o maxilar, um banho gelado seria sua primeira opção.

Precisava urgentemente sair e correr em busca de informações que seriam de suma importância para confirmar sua identidade para Bella.

Lançou um olhar mortal para janela, começou a despir peça por peça...

Nu, sem qualquer peça de roupa em seu corpo, Ele se prostrou de frente para a janela como exatamente veio ao mundo.

Abriu bem os braços, sentindo algo se apoderando de si com jamais havia sentido...

Poder.

Desejo.

Curiosidade.

Força.



Erguendo o queixo em uma estranha demonstração de superioridade e soberania.

Seus olhos se fecharam e neles vozes e cenas passaram como um filme rápido e borrado.

Cerrou os punhos para abrir os olhos e ter a noção exata de onde realmente estava.

Naquele exato momento, ”ele” Edward Cullen, sabia exatamente quem era!

Bella chegou em sua casa ainda trêmula, seus seios subiam e desciam com rapidez, era impossível controlar sua respiração.

No caminho, sua mente gritava avisando sobre perigo, algo durante o caminho tinha alertado-a para que se preparasse para a intensidade dos acontecimentos de agora em diante...

Correndo escada acima de seu apartamento, Bella jogou suas coisas em sua cama, enquanto se despia, seu corpo foi presenteado por arrepios e calafrios intensos...


Abraçou a si mesma com a imagem de Edward em pessoa vindo em sua mente, Nu, de braços abertos, queixo erguido numa demonstração de superioridade...

Chacoalhou a cabeça para dissipar a imagem de sua mente pertubada, o desejo intenso que sentia por ele já estava fazendo com que ela delirasse.

Banho... Era disso que ela precisava, uma bela ducha gelada!


Entrou no chuveiro se apoiando com as mãos na parede, deixando que a água fria caísse por cima de sua cabeça, lavando seu corpo, escovando seus cabelos... Fechou os olhos, esperando que a água gelada esfriasse seu corpo, afastasse as sensações intensas, numa tentativa vã...

O sentia, por todos os Deuses o sentia ali, atrás dela...

Acariciando calmo e delicadamente seu corpo, em partes sensíveis ao toque... Por onde passava, sentia o toque quente lhe queimar, seu ventre tremia e quando a carícia chegou em sua feminilidade para uma estimulação plena... Bella abriu os olhos com rapidez, deixando que um grito histérico que beirava a loucura escapasse de sua garganta.

Só poderia estar verdadeiramente louca!

***



Edward caminhou pelos corredores da enorme empresa de Charlie, vestido com um terno escuro e uma maldita gravata na cor azul.

Agradeceu a recepcionista que por um instante pareceu olhá-lo mais que o necessário, na verdade...

Desde que tinha saído do flat na manhã dessa segunda feira, as pessoas pareciam olhá-lo mais que o normal, principalmente as mulheres.

Afastou tais pensamentos da cabeça quando o elevador parou no andar de Charlie.

Cerrou os punhos com a adrenalina se apoderando de cada gota de seu sangue.

Molhou os lábios e cruzou as pernas sentando em uma poltrona confortável.

Olhou para o relógio confirmando as horas e se conformou em esperar. Não tinha marcado hora com Charlie, e naturalmente, esperaria um bom tempo até que ele podesse recebê-lo.


- Senhor Masen? O Senhor Charlie irá recebê–lo agora.

Ótimo, nem tanto tempo assim. Edward pensou, enquanto se levantava sobre o olhar curioso da secretária e se encaminhava para a sala de Charlie.

Charlie observava o tráfego de carros em sua grande janela quando ouviu de sua secretária que Edward Masen queria lhe falar.

Naturalmente tinha parado de fazer tudo para atendê-lo, se virou dando de cara com o poder vestido em forma de gente.

Deu um passo para trás, ao ver agora       o semblante não mais confuso, do homem com tinha um acordo mais forte do que os de antigamente, que eram selados com sangue.

Engoliu a saliva observando Edward fechar a porta em silêncio.

Ed – Que relação nós temos, senhor Charlie?

Se aproximou de Charlie, com o semblante fechado e aquele mesmo ar de superioridade.

Ed – Eu já estou cansado de jogar em círculos sem chegar a reta final.

Charlie também se tornou sério, com o semblante tão passional e poderoso como o de Edward.

Charlie
– Do que está falando senhor Cullen? Temos uma relação de patrão e empregado, ou se esqueceu que trabalha para mim?

Ed – Não trabalho para você, senhor Charlie e nós sabemos disso!

Charlie sorriu afrouxando um pouco o nó de sua gravata.

Ali estavam eles agora...

Dois homens iguais, jogando um único jogo, que levava a uma única pessoa...

Charlie – Desistiu do projeto?

Ed – O projeto jamais existiu. Isso foi apenas uma das mentiras que inventou para Bella.

Charlie – E você deu corda...

Ed – Ela precisava ter algo em que acreditar.

Charlie – No que você acredita senhor Cullen? Ou devo lhe chamar de Masen agora?

Edward respirou fundo, se aproximando ainda mais de Charlie.

Charlie – Ainda parece meio confuso...

Edward abriu um sorriso irônico.

Ed – Talvez porque eu não sabia de coisas que naturalmente deveria saber, coisas das quais o senhor sabe.

Charlie – Você agora me deixa confuso...

Charlie sentou em sua cadeira, seus olhos brilhavam sobre a constante advertência de perigo, diminuiu o tom de voz.

Ed – Então, deixe que eu tire a confusão de sua cabeça, senhor Charlie...

Edward se debruçou na mesa, com os olhos penetrantes cravados nos olhos de Charlie.

Ed - Porque disse que eu era seu amigo, que me conhecia, quando jamais tinha me visto, até supostamente aquele dia? Porque me entregou sua filha sabendo o que certamente eu faria com ela? Porque mentiu para Bella, sendo que foi você quem deu a ordem para que o administrador me deixasse entrar? Porque me apresentou para Bella naquela noite? Porque me fez pensar que minha memória estava abalada e que de fato eu o conhecia devido aos projetos em Londres? QUEM EU SOU? EU VOU REPETIR CHARLIE, QUEM EU SOU?

Charlie – Você é um homem...

Charlie engoliu a saliva se levantando, apoiando-se na mesa exatamente como Edward fazia.

Charlie - É o homem pelo qual entreguei a minha alma em troca da de minha filha.

Os olhos de Edward se arregalaram feito pratos, fechando-os logo em seguida, sentindo seu estômago sendo arrastado por uma forte onda de náusea.
Sua cabeça latejou e seus olhos automaticamente se encheram de lágrimas...
Suas pernas falharam, cambaleou para trás olhando Charlie como se o mesmo fosse a própria morte...

Charlie – Não posso responder suas perguntas, na verdade não era o acordo que elas chegassem a serem perguntadas.

Ed – O que quer dizer com isso?

CharlieQue isso é você Edward.

Charlie deixou que seus olhos se enchessem de lágrimas...

Charlie – Eu sei que agora pode sentir o poder em cada gota do seu sangue, porque está começando a se lembrar.

Ed – Me lembrar do quê?

Charlie De quem você é!

Edward se sentou na cadeira respirando com muita dificuldade...

Charlie – Isso é um jogo Edward, no qual o vencedor será você, e o prêmio que receberá, será...

EdBella.

Charlie assentiu.

Charlie – Exatamente.

Charlie sorriu.

Charlie – Sabe o que realmente me consola? Que desistiu de tudo por uma mulher que irá fazer você pagar pelo próprio amor que sente por ela.

Ed – O que você está dizendo?

CharlieUm dia... Bella irá saber o que realmente houve nesse jogo, Bella irá saber o que você teve que renunciar e fazer para que pudesse mantê-la aqui...

Charlie se tornou sério, com os olhos desprovidos de qualquer emoção...

Charlie – E ela jamais o perdoará por isso!

Edward se levantou com tanta rapidez, que a cadeira foi parar no chão.

Seu rosto se encontrava tão pálido como seus lábios...

Seu coração parecia ter parado, juntamente com sua respiração...

Observou bem os olhos de Charlie antes de perguntar:

Ed – E o que eu renunciei?

Charlie agora se sentou, parecendo se acalmar...

Charlie A Eternidade, O Poder...

Ed – E o que realmente houve nesse jogo?

Charlie o observou tão confuso, realmente acreditando que ele não se lembrava de muitas coisas, e se lembrava, não conseguia ligar os fatos.

CharlieDeixe que eu refresque sua memória...

http://www.youtube.com/watch?v=kex6JNjtKfQ&feature=related

Novembro, 2007...

‘... Charlie deixou seus afazeres do escritório para atender a quem sua secretária anunciava.

Franziu a testa ao ouvir o nome de Edward...

Charlie - Mande-o entrar, por favor.

Charlie esperou pacientemente até que Edward, o mais novo “amigo” de sua filha entrasse em sua sala.

Cumprimentou Edward com um belo sorriso, percebendo que o moço estava ainda mais misterioso do que costumava ser...

Charlie
– O que o trás em meu escritório, senhor Cullen?

Edward não sorriu, apenas se encostou na cadeira observando C         harlie com os olhos verdes misteriosos...

Ed – Vim conversar sobre algo que realmente nos preocupamos.

Charlie sorriu franzindo a testa.

Charlie
– Não estou entendo...

Ed – Escute com atenção senhor Charlie, por que apenas lhe direi uma única vez.

Charlie se tornou sério. Com quem esse moleque achava que estava falando?

Ed
- Você sabe quem eu sou?

Charlie
– Mais que pergunta idiota! É Edward Cullen, um namoradinho de minha filha... Aliás, Bella sabe que você está aqui?

Ed – O que tenho para falar é justamente sobre ela.

Charlie – Fez algo a minha filha? Se fez, sabe que sou capaz de...

Ed - Não fiz nada com sua filha... Ainda não. E é exatamente sobre isso que vim falar.

Charlie – O que quer?

Charlie se levantou com fúria, se esse idiota pensava que poderia ferir os sentimentos de sua menina estava muito enganado.

Ed – Quero lhe dizer algumas coisas...

Charlie – Que espécie de coisas?

Ed – Sabia senhor Charlie...

Edward se levantou ficando a altura de Charlie.

Ed - Sabia que faz mal tomar tantos remédios para conseguir dormir?

Charlie franziu a testa.

Ed – Sabia que seu cansaço constante é devido ao fato de não dormir a noite, ou que os remédios já estão alteraram seu organismo? Sabia que é feio não dizer as suas filhas que tem uma doença tão grave e bem avançada? Sabia que seu tempo aqui, ao contrário do que você pensa, será mais longo do que de quem jura amar com todo coração? Sabia que vejo toda madrugada você acordar, perambular pela casa e acabar sempre no antigo quarto de Bella, com as mãos sobre o travesseiro, se lembrando com nostalgia de como e quando a fez com Renee? Sabia que o negócio que fechará com Jacob amanhã lhe trará prejuízo, milhões a menos, em sua conta bancária? Sabia que o telefone vai tocar em poucos segundos e será sua filha, Alice, falando sobre o jantar de hoje à noite?

Charlie empalideceu como uma folha de papel.

Quem era esse homem em sua frente?

Levou a mão à barriga, com um enjôo bastante avançado tomando conta de seu estômago.

O telefone tocou, ele deu um pulo para trás cravando o olhar no aparelho preto que deveria ser atendido, com a respiração alterada deixou que a ligação caísse na caixa postal.

Ali - Oi Pai, é Alice. Estou ligando no seu número particular para não ter chance de não ser atendida, já vi que não fui feliz. Deve estar em reunião. De qualquer jeito estou confirmando o jantar hoje à noite, ok? Não se esqueça que Jacob também vai e fará uma surpresa para Bella! Bom, é isso, não chegue atrasado, te amo, vou desligar!

Charlie voltou a sentar na cadeira arrancando a gravata pela cabeça.

Edward também sentou e cruzou as pernas calmamente observando cada reação de Charlie, o olhou nos olhos.

Charlie – Por Deus, quem é você?

Edward se aproximou mais da mesa.

Ed Nesse momento, eu sou alguém que decidiu passar o resto da vida com a sua filha.

Charlie – Do que está falando?

Ed – Se eu lhe dissesse acreditaria?

Charlie – Seu moleque eu... Onde Bella está agora?

Ed – Está em algo que chamam de cabeleireiro.

Charlie se calou arregalando os olhos diante da mensagem que aquele homem lhe passava pelos enigmáticos olhos verdes.
Sua respiração se tornou mais que ofegante.
Levou a mão sobre o coração julgando que a qualquer momento teria um ataque cardíaco...


Ed – Não vai sofrer um ataque do coração, senhor Charlie. Quem decide quando seu tempo acabou sou eu. E ele ainda vai durar bastante...

Charlie
– Oh meus Deus...

Charlie conseguiu se levantar, caminhando para o mais longe possível de Edward.

Charlie – Oh meu Deus, o que fez com a minha filha?

Ed – Nada...

Charlie – E o que veio fazer aqui?

Ed – Apenas me apresentar ao meu sogro.

Charlie – Impossível, você, você é...

Estremeceu dos pés a cabeça quando Edward também se levantou...

Ed – O que eu sou Charlie?

Charlie – Não, não pode ser, é loucura é...

Olhou novamente os olhos de Edward.

Charlie – Oh Deus, veio levar minha filha!

Edward – Vejo que inteligente e compreende fácil as coisas, Charlie.

Charlie – Não fará, de maneira nenhuma fará isso!

Elevou o tom de voz encarando Edward.

Ed – E quem irá me impedir?

Charlie não pôde responder. Olhando nos olhos daquele homem seu corpo tremia dos pés a cabeça.
Deu um passo para frente vendo que o que aconteceria naquela sala provavelmente jamais teria acontecido em qualquer outra.

Aquele homem esperava que ele fizesse algo, mais o que?


Charlie – Se você é quem diz ser, porque veio me dizer?

Ed - Não sei... Diga-me você senhor Charlie.

Charlie
– Levará Bella realmente? Não, espere! Tudo isso é balela, uma brincadeira de muito mau gosto.

Edward sorriu voltando a sentar-se na cadeira.

Charlie
– Não pode ser, isso não pode existir...

Ed – Não, realmente não pode! Mais nesse caso é diferente...

Charlie negou com a cabeça.

Charlie – Bobagem, Bobagem... Saia daqui, saia agora do meu escritório!

Edward permaneceu ali, imóvel, mexendo em algo na mesa de Charlie com total curiosidade, esperando “o momento” pelo qual tinha ido até aquele escritório...

Charlie observou atentamente aquela figura e teve a certeza absoluta de que ele não estava brincando.

Apertou os olhos imaginando sua filha, sua menina morta com tanto ainda na vida para viver... Seu coração voltou a bater com força total, seus olhos derrubaram mais lágrimas.

Não podia permitir, não podia permitir que sua filha se fosse.

Charlie
Há algo que possa impedi-lo?

Edward quase gritou: Bingo!

Ele se levantou, caminhando até Charlie, sabendo que o que iria fazer agora, era contra todas as leis que a eternidade tinha imposto a ele...


Ed – Sim! Sua vida pela minha!

Charlie engoliu a saliva abaixando a cabeça...

Ed - Se você fizer isso, sua filha fica!

O silêncio foi total.
Edward respirou fundo prestes a sair da sala...

Ed – Te darei alguns dias para pensar senhor Charlie.

Charlie – Não preciso.

Charlie disse, caminhando com toda coragem de um pai que faria tudo por suas filhas.

Charlie – EU ACEITO! ‘

z

Dias atuais Fevereiro 2008.

Edward de pé, próximo a grande janela permanecia de olhos fechados.

Enquanto velhas lembranças vinham lhe tomar a mente, se sentia tão devastado como se realmente estivesse morto. Sua mão tremula denunciavam o seu estado juntamente com seu rosto tão pálido.

EdEdward Masen realmente deveria morrer... Apenas me aproprie de seu corpo que logicamente me traria suas lembranças, seus modos, seus gestos...

Charlie assentiu.

Edward apertou os olhos, com mais um flash vindo em sua mente perturbada...



- ‘Não pode roubar a vida daquele homem...

- Se sou eu que decido quem vai ou quem fica minha decisão é que ele vá. ’


Edward voltou a abrir os olhos para dar de cara com a imensidão do céu azulado.

Fatos começaram a tomar conta de seus pensamentos...

Quando tinha conversado com o destino sobre um homem não se referia a Edward Masen, mais sim ao...


Olhou para Charlie que permanecia sentado olhando para ele.

Ele, ele era o homem, ele era o homem cuja morte tinha feito um trato, ele era o homem cujo Edward iria tomar a vida.

Cerrou o maxilar fortemente nauseado pelo tanto de informação que sua mente produzia.

Clarissa havia sido a última coisa que ele tinha deixado pendente...

Por isso, só depois de cumprir seu último dever, pode assumir por completo o corpo e quem realmente era.

As pessoas que tinham reconhecido ele, era pelo simples fato de não oferecerem risco quando ele voltasse ou pessoas que antes de partir ele tinha deixado propositalmente que se recordassem superficialmente para que mais rápido e o mais depressa o levassem até Bella...

Alice, sua irmã...

Rose, sua melhor amiga...

Taxista, que servia muitas vezes de transporte para Bella...

Algo tinha dado errado, sem sombra de dúvidas, porque Bella o sentia como se pudesse se lembrar dele. Não era assim que deveria ser...

Ele a sentia como se pudesse se lembrar dela. Que também não era assim que deveria ser...


Algo que não estava em seus planos aconteceu. Algo do qual ele não contava, tinha mudado todo o curso da história...

CharlieMinha filha ama você.

Edward olhou para Charlie dessa vez o enxergando.

Charlie – Eu não sei o que deu errado, mas precisa saber que nesse mundo não pode controlar vidas como controlava no seu. Você agora é um homem e seus atos terão conseqüências...

Ed Sabe que é a hora de você partir?

Charlie assentiu.

Charlie – Cumpri com o nosso trato, não é mesmo?

Abriu um sorriso irônico.

Charlie - Ao menos posso saber quando?

Ed – Eu não saberia lhe dizer...

Charlie assentiu.

Charlie – Posso ao menos perguntar o que fará a minha filha?

Edward olhou aquele homem...

Um homem que agora ele como “homem” poderia dizer que se orgulhava.

Ed – Sua filha estará segura em meus braços até que Deus permita.

Charlie assentiu.

Ed – Aprecio o que fez... É o homem mais honrado que já vi em vida.

Charlie – Seja você um homem honrado! A ti cabe a missão de olhar por Alice, cabe a ti cumprir a palavra que me deu em relação a Bella.


Edward assentiu sério.

Charlie
– Talvez algum dia, quando tiver seus filhos, entenderá o porquê da minha atitude.

Edward respirou fundo. Sentindo pela primeira vez depois de realmente acordar, o ar entrando por seus pulmões.

EdAmarei sua filha por você e por mim.

Charlie É o seu dever, desafiou as leis de Deus para amá-la... É o mínimo que pode fazer!


Ed – Não tenho amigos... – negou com a cabeça – Não tenho pessoas que poderão me ajudar...

CharlieNão está sozinho, me disse alguns nomes.

Ed – Que nomes?

Charlie negou com a cabeça.

Charlie Tenho quanto tempo?

Ed – Receio que não muito...

Charlie assentiu.

Ed Corra, ainda há tempo de dizer adeus a Bella e Alice.

Charlie concordou, pegou seu paletó, sua pasta o mais rápido que pôde.

Ed - Charlie?

Charlie olhou para ele por cima dos ombros...


Ed - Não tenha medo, Renee estará te esperando ansiosa.

Charlie engoliu o choro e apenas assentiu, saiu pela porta ciente que não mais retornaria ao seu escritório.

Edward se colocou novamente diante da janela, ainda tendo acesso a todas as recordações que tinha esquecido.

Fechou os olhos, cerrando os punhos quando se lembrou dos gemidos e sussurros de Bella.

Que Deus de onde estivesse olhando o ajudasse...

Que Deus o ajudasse com sua perdição...

Que Deus o ajudasse com Bella.

***

Charlie estacionou o carro diante da casa de sua filha mais velha. Esperou com as mãos no volante algum tempo para que seus olhos vermelhos não denunciassem a Alice, que durante todo caminho tinha chorado igual bebê...
Respirou fundo.

Tirou a mãos do volante fechando os olhos por alguns segundos.

Um sorriso escapou de seus lábios ao pensar em Renée... Ela estaria esperando por ele, e isso talvez fosse o único conforto de sua alma.

Tinha deixado tudo para suas filhas e netos.
Os negócios, deixou na mão de seu genro Jasper, um homem honrado, que com certeza daria conta e levaria a diante junto com suas filhas os negócios.

Tudo, tudo o que possuía, tinha sido dividido igualmente para suas meninas, tirando a grande quantia que foi reservada somente para o uso de seus eventuais netos.

Charlie não tinha medo da morte.

Charlie tinha feito o que todo pai que ama uma filha teria feito.

Encontrou coragem para deixar o carro, caminhar e tocar a campainha da casa.

Foi Alice quem atendeu, e sua cara de surpresa fez com que Charlie soltasse um sorriso, e seu abraço apertado o fez se emocionar mais uma vez.

Ali – Ora, ora, veja quem veio me visitar!

Deu um selinho rápido em seu pai o convidando para entrar.

Ali – Não posso acreditar! Venha papai, quer alguma coisa? Um chá, suco?

Charlie negou com a cabeça.

Charlie – Não, apenas vim ver como você está.

Ali – Estou ótima!

Sentou-se no sofá ao lado de seu pai.


Ali – Recomposta da festa e feliz com os comentários positivos! Foi maravilhoso! Você estava maravilhoso, papai!

Charlie olhou nos olhos de Alice, acariciando os curtos cabelos negros da filha.

Charlie – Não, você quem estava!

Alice sorriu ainda mais.

Charlie – Na realidade você é linda Alice! Sempre foi...

Charlie abaixou a cabeça por alguns instantes, pegando a mão de sua menina mais velha, voltou a sorrir emocionado olhando ela nos olhos.

Charlie – Quero que saiba que você é uma das coisas mais preciosas que tenho na vida! Que é a melhor mulher e filha, que um homem e pai como eu poderia ter.

Alice engoliu a saliva correspondendo o olhar profundo de seu pai.

Charlie – Posso parecer um velho chato, mais quero que saiba que não há filha preferida...

Alice fez uma careta e Charlie sorriu.

Charlie - Eu a amo por ser minha primeira menina, minha primeira filha e minha segunda mulher! Eu a amo, pois eu e sua mãe planejamos sua vinda com esmero, em um casamento repleto de amor e respeito...

Alice se emocionou, apertando a mão de seu pai entre a suas.

– Quero que seja feliz minha filha, e não se importe com mais nada, quero que tenha filhos! Que encha essa casa de alegria, isso me fará muito feliz!

Alice se tornou um pouco mais séria, com o coração bastante apertado em seu peito.

Charlie – Faça seus planos para o futuro, pois ainda é jovem! Faça loucuras, se arrisque, faça valer à pena!

Ali – Oh pai...

Abraçou Charlie deitando a cabeça sobre seu ombro.

– Eu também o amo demais! É o melhor pai e mãe do mundo!

Charlie – Que bom minha filha.

Voltou a olhá-la nos olhos.

Charlie – Prometa... Prometa para esse seu velho pai que fará com que sua vida seja repleta de felicidades.

Alice franziu a testa.

Ali – Porque está falando dessa maneira papai?

Abriu um sorriso, passando a mão nas pernas, esticando a saia de um tecido elegante que acompanhava o terninho na cor rosa bem clara.

Ali – Quem vê parece que não seguirá firme e forte ao meu lado!

Charlie – Seguirei firme e forte ao seu lado!

Acariciou novamente os cabelos curtos da filha.

Charlie – Sempre, querida, sempre! Agora prometa!

Alice permaneceu confusa.

Ali – Eu prometo.

Charlie a abraçou mais uma vez respirando com tranqüilidade.

Ali – Papai está tudo bem?

Charlie – É claro que está. Está tudo ótimo!

Viu a filha relaxar e novamente sorrir...

Charlie – Senti saudades de você!

Ali – Nos vimos a ontem à noite!

Charlie – Qual é o problema? Senti saudades de você e pronto!

Sorriu aliviado, apertando os olhos, segurando Alice nos braços.

Charlie Eu te amo! Sempre te amei, sempre amarei!

Ali – Eu te amo papai, sempre te amei, sempre amarei!

Alice acenou para seu pai e viu quando o carro tomou velocidade se perdendo nas ruas acaloradas do México.

Franziu a testa levando a mão sobre o coração deixando que um sorriso escapasse de seus lábios.

Oh Deus! Amava de verdade seu velho pai, por mais que às vezes se sentisse enciumada em relação à Bella, nunca poderia reclamar do manto de amor no qual foi envolvida desde sempre.

Uma sensação percorreu seu ítimo, fazendo com que ela abrisse a porta denovo, corresse para a calçada na esperança de ver seu pai novamente e lhe dizer mais uma vez o quanto o amava.

Bella saiu do banho avistando o relógio, já eram quase cinco da tarde, por mais que tivesse trabalhado desde cinco da manhã, quando seu bip chamou por um paciente com trauma grave, não se sentia cansada.

Tinha trabalhado com vontade, tinha trabalhado com determinação e acima de tudo, tinha trabalhado para conseguir esquecer todas as sensações e sentimentos que lhe queimavam a alma e a pele...

Antes de sentar em seu sofá, como sempre fazia... serviu-se de uma taça de vinho tinto, ligou o aparelho de cd e então ao som de uma música calma encostou a cabeça no sofá, fechou os olhos para relaxar...

Não por muito tempo.

A campainha tocou e Bella se levantou surpresa. Não esperava ninguém nessa segunda-feira.

Caminhou até a porta olhando pelo olho mágico constatando que era seu pai, abrindo-a de imediato.

Com um sorriso caloroso se jogou como uma criança nos braços do homem que mais amava na vida.

Bella - Papai! – o beijou na bochecha – Que visita maravilhosa!

Olhou Charlie nos olhos.

Charlie – Oh, com toda certeza! Aproveitei que estava na região em uma reunião e vim te ver. Como você está? Muito trabalho por hoje?

Bella - Bastante, mais nada do qual eu não goste de fazer!

Entraram no apartamento.

Charlie – Sim, com toda certeza, eu não sei o que seria da medicina sem seu amor por ela!

Bella sorriu.

Bella – Quer vinho, papai?

Seu pai negou com a cabeça.

Charlie – Quero que se sente aqui ao meu lado.

Bella franziu a testa.

Bella
– Aconteceu alguma coisa?

http://www.youtube.com/watch?v=Tu9k55b_wRY&feature=related

Switchfoot - On Fire



Charlie segurou a choro que rasgava sua garganta. Olhou no fundo dos olhos de sua garotinha e negou com a cabeça.

Charlie – Não, claro que não aconteceu nada. Eu apenas não gostei de como terminou nossa conversa ontem.

Bella deu um suspirou, se sentando ao lado de seu pai.

Bella
– Me perdoe papai. Cheguei fazendo tantas perguntas, te fazendo acusações que não deveria ter feito.

Charlie pegou as mãos de Bella sentindo seu coração se comprimir.

Bella – A verdade é que não sei mais o que estou fazendo. Fugindo talvez!

Abriu um triste sorriso...

– Mas, não quero falar sobre isso, não quando sai do serviço direto para me ver! Quer saber, senti saudades!

Charlie – Eu também senti querida! Mas escute...

Bella lhe deu total atenção.

Charlie engoliu a saliva ciente de dizer tudo o que tinha para falar, sem que Bella com seu dom de enxergar a alma, conseguisse ver que algo acontecia.

Suspirou olhando nos olhos da filha, os olhos que um dia já fora da mulher para quem entregou seu coração... Olhos tão conhecidos, idênticos ao da mãe.  

Charlie - Quero que seja forte e pare de fugir do que te dá medo!

Bella deixou de sorrir.

Charlie – Quero que use de sua força e coragem para ser forte o suficiente para agüentar tudo o que se seguir em sua vida.

Bella – Porque está dizendo isso?

Charlie – Porque sou seu pai, e hoje decidi te dar um sermão!

Bella sorriu do modo como ele falou...


Charlie
- Nessa vida minha filha, temos que fazer escolhas, sejam elas boas ou más, temos que fazê-las para que nossa vida tome um rumo certo para encontrarmos nosso destino... É uma mulher de alma e coração ricos em pureza Bella, é uma mulher que possui mãos e um coração que salva milhares de vidas.

Bella se emocionou profundamente...

Charlie – O importante é que saiba que pecados, só são pecados, quando cometidos de má intenção. O importante é que saiba que uma alma como a sua, jamais será castigada por coisas que você julga ser pecado! Pecado é roubar de quem não tem, pecado é matar quem tem tanto a viver, pecado é o desamor, a inveja, o egoísmo, pecado são as más intenções... E pecado ainda maior é não se entregar a algo que julga ser tão bom para você! Eu me orgulho de ter você como minha filha, porque sei que é honrada, digna e responsável. Me orgulho e a amo porque você foi o presente precioso que sua mãe deixou para mim antes de partir.

Sufocou as lágrimas que Bella já deixava correr feito cachoeira.

Charlie – Sou um homem Bella, que teve tudo o que a vida poderia dar.

Afirmou com convicção com um olhar orgulhoso e o maxilar fortemente cerrado.

Charlie – Sou um homem que teve todas as riquezas do mundo, que sentiu todos os sentimentos intensos, sou rico conhecimento e de histórias.

Bella soltou um soluço e sorriu,

Charlie – Sou rico de alma! E tudo isso apenas acontece, porque tive sua mãe, que me deu vocês, que são a razão do meu viver!

Bella – Papai...

Charlie colou o dedo sobre os lábios rosados de Bella.

Charlie – Está tudo bem querida. Eu estou bem, mas preciso que você fique bem! Sempre estarei ao seu lado, mas quero que prometa que seguirá sempre o seu coração, que formará uma bela família, que terá belos filhos, que continuará com sua paixão pela medicina que com a graça de Deus salva tantas vidas.

Bella abaixou a cabeça, já não podia suportar o choro e o aperto em seu coração.

CharlieHá um homem nesse mundo mi amor...

Bella levantou a cabeça olhando os olhos cristalinos pelas lágrimas de seu pai.

CharlieHá um homem nesse mundo Bella que tem a chave, a chave para a sua paz e a sua riqueza... Riqueza de alma, espírito, e coração. Não se inquiete e nem se apresse, pois ele vai encontrá-la, e eu darei muita risada, quando mais tarde nós dois nos lembrarmos disso!

Bella abriu um sorriso em meio às lágrimas.

Charlie
– Siga sempre firme.

Falou com convicção e autoridade.

Charlie – Sua mãe foi firme, seu pai foi firme. Seja forte, seja inteligênte, seja capaz! Seu destino está em suas mãos, basta você se guiar até ele.

Abraçou Bella com vontade, apertando-a em seus braços carinhosos, acariciando os cabelos compridos, deixando-a calma e confiante para que ela não imaginasse que esse era seu último encontro.

CharlieEu te amo Bella, sempre amei, sempre amarei...

Bella agora observou os olhos tão claros de seu pai, seu coração se apertou e em seu interior algo avisava que isso ia além do que podia ver.

Charlie lhe sorriu e ela lhe sorriu de volta, foi acariciada no rosto e seus olhos se fecharam, com a sensação de acalento e amor se apoderando dela, não tinha o que temer, era seu pai, e ele jamais a abandonaria...

Bella – Eu te amo papai, sempre amei, sempre amarei!



Continua...


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Notas finais do capítulo

Que tenso e revelador, né?

Moças do meu coração, abram suas mentes... Não me matem, Ops! Não queiram matar a autora!

Como eu disse, essa fic mexe com o nossa emoção e razão.
Tudo tem seu preço e eles cedo ou tarde seriam cobrados, mas Deus é maravilhoso... Aguardem!


Ah! Estou tentando responder todos os reviews e garanto que vou conseguir, eles são tão preciosos para mim...

Plissssssss uma Betaaaaaaa!


Bjokasss moças.