Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 11
Capítulo 11 Desafiando.


Notas iniciais do capítulo

Adorei os reviews, claro que eles poderiam aumentar mais um cadinho... Mas em consideração as minhas fiéis leitoras que deixaram suas marquinha lá, como prometido mais um post...

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Obrigada pela indicação Zenilda e lud Cullen,estou imensamente feliz!!! o/ O Killer Agradece! :)

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PS: MOÇAS DÊEM MAIS ATENÇÃO AS PALAVRAS EM NEGRITO E SUBLINHADAS DA FIC, ELAS SÃO IMPORTANTÍSSIMAS!



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Capítulo VII  Desafiando 

Bella entrou na casa de seu pai e correu até o jardim, pulou nos braços dele,

Que surpreso ainda tomava seu café da manhã vestido com o elegante e impecável terno.


Charlie nem ao menos se importou se iria ficar todo amassado, abraçou a filha, deixando a xícara de café de lado.


Charlie – Veja só quem decidiu aparecer! Deveria tomar uma boa bronca por ter sumido dessa forma, mocinha!


Bella lhe deu um selinho sentando-se na cadeira ao lado.


Bella – Não seja tão bravo papai, foi apenas um final de semana. Ontem dei plantão, cheguei já era de madrugada...


Charlie olhou nos olhos da filha contagiado pela alegria e vivacidade na voz dela.


Charlie – Pelo que suponho foi estupenda sua volta, salvou muitas vidas?


Bella – Sim, perdi uma, mais salvei outras...


Charlie – Sabia disso quando escolheu ser médica.


Ela assentiu pegando uma torrada e passando geléia.


Bella – Mais e você? Como andam os preparativos para a nossa grandiosa festa?


Charlie franziu a testa bufando e Bella soltou uma gostosa gargalhada.


Bella– Imagino que está adorando o contato direto com todos os preparativos.

Sorriu com a ironia proferida.

- Vou à casa de Alice hoje provar uma série de doces e pratos.


Charlie permaneceu olhando até que Bella franzisse a testa terminando de mastigar seu pedaço de torrada.


Charlie – Cadê seu fiel colega de Profissão?


Bella sorriu diante da evidente ironia de seu pai...


Bella – Não sei, quando acordei ele já não estava mais em casa....



Charlie – Há alguém furioso ligando para cá, Jacob me disse que não o atende...

Bella abaixou a cabeça.


Bella – Falarei com Jake no final de semana...


Charlie olhou seu dedo despido do anel de noivado.


Charlie – Ele parece bastante zangado, escute minha bela flor, seja sincera com ele, diga que está apaixonada...


Bella – Que besteira papai, não estou apaixonada!


Charlie – Mas não nega que há algo entre você e o seu misterioso colega de Londres?

Bella sorriu abaixando a cabeça, Charlie negou com a sua, com um sorriso nos lábios acariciando os cabelos da filha.


Charlie– Eu sabia que isso aconteceria...

Bella – É mais forte do que qualquer coisa que julgo ser normal... – sorriu e sentiu a emoção aflorar.

– Sabe pai... – se aproximou mais de Charlie.

– Quando ele me olha, não me olha... – sorriu por sua confusão.

– Mais quando ele realmente me olha eu me sinto a mais bela e fascinante das mulheres... -abriu um gigantesco sorriso.



Bella– É loucura, é insano... fechou os olhos se lembrando dessa manhã.

– Mais é algo que preciso viver... Entende? Sei que no fundo gostaria que me casasse com um bom homem, mais não há tempo para isso...


Charlie franziu a testa, confuso.


Bella- Preciso de algo intenso e arrebatador nesse momento papai, preciso me sentir mulher e desejada ainda nessa vida... – sorriu.

– E quando ele me olha... – negou com a cabeça fechando os olhos.

– Quando ele me olha eu retribuo e consigo ver o quanto ele é sincero...

– E isso me enche de algo que eu não sei definir, me sobe algo... Que me faz perder o controle sobre tudo o que é certo, sobre tudo o que é desse mundo!

Começou a falar sem parar, desabafando para talvez a única pessoa que seria capaz de entendê-la

Bella – Pode ser errado, pode ser qualquer coisa mais é bom para mim papai...

Assentiu com veemência arrancando um suspiro surpreso de Charlie.



Bella- Ao mesmo tempo em que é terno é intenso... Ao mesmo tempo em que tão obscuro é claro, delirante, arrebatador, tranqüilizante... Oh, são tantas definições!

Soltou uma baixa gargalhada.



Bella – Eu quero viver isso papai, eu preciso viver isso... Quero me perder nas loucuras do prazer e dormir de madrugada, quero andar descalça sabendo que nenhum caco de vidro pode me ferir...


Charlie sorriu, entendendo sobre o que ela falava, era tão intensa, tão sincera...


Bella – Eu quero mais, muito mais do que julguei ser necessário para que eu vivesse. - respirou fundo.

– Eu preciso amar, preciso sentir-me amada por alguém que não seja você e Alice, no qual o amor tão intenso e verdadeiro sempre bastou para mim.

Mais eu quero mais papai, mais loucuras, mais prazeres, mais felicidade, mais insanidades!

– Eu só preciso que entenda isso, só isso...

Ele se emocionou e Bella se surpreendeu por falar tudo assim tão rápido...

Eu preciso viver papai, eu preciso viver!



Ele lhe beijou a testa com lentidão fechando os olhos, Bella se abraçou ao seu porto seguro, seu pai, seu amigo e confidente...


Charlie – Seja lá o que estiver acontecendo, pois eu sei que algo está acontecendo siga em frente meu amor... Faça loucuras... Eu as fiz com sua mãe e foram as melhores de toda minha vida... Só não se machuque.

Ele se tornou sério

– E não deixe que nada te machuque, é muito preciosa, você e Alice são tudo que eu tenho de melhor nessa vida, são os presentes deixados pelo amor da minha vida “sua mãe”, eu me mataria ou sua mãe me mataria se algo partisse o coração de vocês...


Bella calou-se, sentindo um frio no seu estômago.

Bella – Mamãe está orgulhosa por tudo o que fez por nós, há coisas na vida que não se deve entender papai, apenas aceitar, eu o amo, o amo muito e jamais sairei de perto de você.

Charlie franziu a testa e Bella sorriu.



Bella– Preciso ver Alice.


Se levantou dando outro selinho rápido em seu pai.

– Eu o amo, beijinhos...

Pegou sua bolsa com um sorriso nos lábios correu até a saída, entrou em seu carro ligando-o, dirigiu até a casa da irmã onde riu ainda mais, experimentando tantas coisas que se sentiu incapacitada de jantar até o final da semana.

Os comentários da bebedeira da irmã, havia sido uma gozação só. O dia havia sido de uma cumplicidade intensa com Alice. Momentos tão leves e descontraídos, que Bella não cansava de dizer a irmã o quanto a amava.


Dirigindo de volta para casa, com o vento e o sol batendo e banhando seu rosto numa deliciosa carícia, Bella se viu envolta de uma magia compreensível por qualquer humano naquele mundo...


Ela precisava, ela iria... Viver!

Edward sentou-se em um banco no meio do parque, observando as crianças que corriam de um lado para o outro, uniformizadas com balões coloridos nas mãos.

Algumas mulheres conversavam em outro banco, com mochilas e lancheiras na mão.

Olhou as crianças por alguns minutos, as gargalhadas, os tombos, as broncas que levavam quando a camiseta tão branca do uniforme era manchada de barro...

Não pode deixar de sorrir quando os balões escaparam da mão de um garotinho que havia tomado das mãos da garotinha ao seu lado, ela havia ameaçado chorar, e depois de alguns segundos de ambos observando os balões subirem e se separarem ao céu caíram na gargalhada.

Edward franziu a testa observando um casal que com sua criança havia acabado de chegar.

A menina logo se juntou  com o resto das crianças, o homem vestido de um terno elegante falava no celular enquanto discretamente quase que aos berros a bonita mulher pedia por atenção.

Quando o homem desligou o telefone iniciou-se uma discussão calorosa, que sem querer acabou chamando a atenção das demais pessoas que ali estavam presentes.

Edward observou quando a mulher começara a chorar, enumerando algo com os dedos que fez com que o homem bem forte e mais alto que ela se calasse.

Ela apontou para algo que deveria ser o carro de ambos, com mais alguns segundos ele se virou, sem nem ao menos se despedir da menina entrou no carro e arrancou...

A mulher estava aos prantos, tentando disfarçar ao máximo os olhos vermelhos e as lágrimas que escorriam por seu rosto.


Sentou-se ao lado dele no banco, tentando inutilmente limpar as lágrimas que rolavam compulsivamente pelo seu rosto. Olhou para a menina que continuava a brincar e cantarolar alegre...


Edward arregalou os olhos sem saber o que fazer, olhou para todos os lados com seu coração aos saltos...


Ed – Senhorita? Precisa de ajuda?


A mulher perturbada levantou o rosto olhando-o, negou com a cabeça continuando a chorar...


Ed– Falo a sério, está tudo bem? Está passando mal?


Ela voltou a negar com a cabeça soluçando violentamente, Edward arregalou os olhos assustado, jamais vira alguém chorar daquela maneira, engoliu a saliva tirando um lenço do bolso da calça, ofereceu a mulher que o pegou limpando os olhos com certo cuidado...

- Me desculpe a falta de controle...

Abaixou a cabeça recomeçando a chorar.

– Mais é que, que eu não entendo porque ele faz isso...Droga!

Levantou o olhar novamente, olhando diretamente para ele.



Ed– Desculpe mais de quem está falando?


- Do meu marido, é impossível que não tenha visto a vergonha que me fez passar. Oh homens! Não entendo porque um dia fui me casar com o mais grosso deles!



Edward olhou para a mulher com um ponto de interrogação enorme na testa, conseguindo arrancar um sorriso da mulher.



– Me desculpe, mal o conheço e já estou desabafando meus problemas conjugais, nunca se case! Nunca mesmo! Muito prazer Rosalie McCarty.

Ed – Sou...E... Ed... Ed-w Edward Cullen.


Ela assentiu estendendo a mão ainda trêmula com um sorriso nos lábios.



Rose – Porque está me olhando assim? Estou muito mal?

Passou as mãos nos cabelos e logo depois sorriu


Rose– Minha filha me olha assim de vez enquando!


Ed– Sua filha?


Rose – Sim, aquela com os cabelos bem loiros, correndo com o garoto moreno...

Edward localizou a menina

Ed – Sim, a vi com vocês quando chegaram.


Rose ficou em silêncio por vários segundos, antes que sua testa se franzisse novamente e caísse no choro.

Rose – Sabe? Eu amo o meu marido... – virou-se para Edward.

– Eu realmente o amo entende? Foi o primeiro e último homem da minha vida... E agradeço a ele todos os dias por ter me dado Louise, mais ás vezes... – ergueu as mãos para o céu...

– Tenho vontade de deixá-lo, deixar toda essa vida ridícula sabe? Basta um toque no telefone e ele desaparece, como se aquela merda fosse mais importante do que qualquer outra coisa, eu estou tão cansada, tão cansada...


Mais alguns segundos de silêncio e a mulher se pôs a falar novamente.


Rose – Desculpe-me, nem nos conhecemos e eu novamente falando dos meus problemas...


Ed – Não, tudo bem! Fique a vontade. Gosto de escutar, se isso te alivia...


Rose – Não... – ela se levantou.

– De qualquer jeito obrigada, senhor Cullen... – lhe entregou o lenço...

– Foi muito generoso em ouvir minhas lamúrias...


Edward sorriu não sabendo o significado da última palavra que ela havia dito.

Rose se levantou.

Rose– Sabe senhor Cullen, nessa vida, nem sempre o que julgamos ser o melhor para nós realmente o é...

Ed – Porque diz isso?


Rose – Porque às vezes, me arrependo de ter me casado tão cedo, eu tinha o mundo em minhas mãos... Claro que agradeço a cada dia pela minha filha, mas mesmo assim, há pessoas que se contentam com tão pouco quando podem ter muito... Eu sou uma delas! E talvez quando eu morrer, não goste muito dessa idéia.


Ed – Tem muito a viver ainda senhora McCarty... Acredite!!


Olhou-a nos olhos.



Ed Há coisas que devem acontecer para ter certo valor em sua vida... Faça algo que possa vir a se arrepender, só não faça algo do qual você se arrependa de não ter feito... Há planos maiores para sua vida Rosalie, respire e espere, vai ficar tudo bem.


A mulher ficou por alguns instantes observando, as lágrimas já não mais escorriam, e em seu interior uma sensação estranha a acalmava.



Sorriu sem perceber, abaixou a cabeça ainda sentindo o efeito das palavras daquele homem sobre sua forma de vida.



Rose – Preciso ir...

Ela murmurou como despertando de um transe, um pouco atrapalhada deu um passo para trás.

– Obrigada pelo lenço.


Ele assentiu com tranqüilidade se sentando novamente ao banco, Rose se virou ainda com a testa franzida em confusão, olhou-o novamente antes de caminhar em direção a filha.

Rose – Louise? Vamos querida, ficará atrasada para escola.


Edward acenou para a menina que apenas o olhou, com os olhinhos bem abertos, se aproximou da mãe a abraçando, escondendo o rostinho na cintura da mesma.


Será que o que diziam sobre crianças era mesmo verdade?


Edward se questionou...


Elas eram mais sensíveis a tudo o que se passava ao seu redor?


Sentiu o sol mais forte, se localizando em meio de tantos gritinhos, balões e correria, decidiu que era hora de voltar...

Bella entrou no hospital com seu típico bom humor de sempre. Cumprimentou as enfermeiras, os médicos e acenou para o mesmo médico que agora completamente cansado iria embora de seu plantão. A noite seria longa pensou Bella, vestiu seu jaleco pegando a prancheta da primeira paciente do dia, nada muito difícil, uma contusão no pé, foi devidamente medicada e encaminhada para a ala ortopédica do hospital.

Pegando mais dois pacientes da emergência, os atendeu com atenção e rapidez, logo após receitar os medicamentos as enfermeiras sempre muito ágeis aplicavam as medicações com todo carinho e atenção. Bella logo pegou mais dois pacientes, um homem idoso tinha uma complicação pós-cirúrgica nos pontos, passando o outro paciente para Marco o outro médico residente. Examinou o senhor que acompanhado da filha preocupada tinha o semblante de quem sentia dor...


Bella – Quando foi que fez a cirurgia, senhor Perez?

O homem mal conseguia falar, foi a filha dele quem respondeu.

- Acho que faz algumas semanas, não moro com meu pai, aliás, vai demorar? Preciso ir trabalhar e...


Bella levantou a sobrancelha abismada com a ‘preocupação’ que a filha tinha para com o senhor deitado na maca, observou bem a cicatriz da cirurgia percebendo que os pontos estavam inflamados, e que o corte não estava bem fechado. Pediu para que medissem a febre e a pressão do senhor, receitou um antibiótico e um remédio para ser aplicado no momento para amenizar a dor. Ligou para o médico que havia feito a cirurgia segundo o velho senhor, não o encontrou, estava em viagem com a família, veja se não era maravilhoso Bella pensou, o filho da mãe havia entrado de férias!

Virou-se anotando os medicamentos no prontuário, pediu para que tratassem da cicatriz e que tirassem os pontos malfeitos para que fossem refeitos perfeitamente e que mantivessem o lugar limpo e arejado.

Levantou a cabeça dando de cara com Edward que ao lado do senhor a observava. Arregalou os olhos sentindo seu coração bater acelerado...

Bella – Senhorita?

A filha do homem a olhou estava impaciente, com muita pressa!


Bella- Tem que ficar com seu pai até que seja liberado, ele vai ser devidamente medicado e trataremos da infecção nos pontos da cirurgia.


- Não posso ficar, tenho que trabalhar, meu chefe me mataria! Faremos o seguinte, o deixarei aqui e assim que eu for liberada do meu serviço venho buscá-lo, ok?


Nem deu tempo de Bella responder, a mulher já saia completamente afobada pela porta.


Bella – Filha da mãe...

Praguejou baixo mordendo os próprios lábios, incrédula.

A enfermeira deu a certeza de que o velho senhor estava com febre, Bella mesma tratou de medicá-lo, colocaram o soro confortavelmente instalado em uma maca no canto do primeiro quarto.



Com o senhor permanecendo dormindo, as enfermeiras trataram dos pontos com atenção e zelo, faziam sempre um excelente trabalho.


Bella o examinou depois de algumas horas, a febre havia baixado, se sentiu aliviada, o manteria em observação durante 24 horas e que se ferrasse a filha desnaturada...


Encontrou Edwrad ao lado de um homem que lhe explicava algo sobre futebol calorosamente.


Ela sorriu pegando outro prontuário, Edward a viu e abriu um enorme sorriso, dando-lhe uma piscada para logo depois continuar a prestar atenção no homem...

Bella negou com a cabeça saudando com um sorriso sua próxima paciente.


O dia estava tranqüilo até que ás 19:00 da noite o senhor do qual Edward discutia futebol havia sofrido um infarto e os médicos nada puderem fazer...

Logo após saber a notícia Bella deixou seu café em cima da mesa da sala de descanso.

Correu para o quarto de seu paciente, abriu a porta rapidamente e sem querer acordando outro paciente.


Com pressa e com o coração batendo rápido abriu a última cortina, e lá estava ele, conversando com o senhor que agora acordado parecia mais lúcido, ambos ficaram surpresos pela entrada afobada de Bella.


Ed – Aí, é ela, não disse que era... Maravilhosa.

Bella franziu a testa.



Bella – Vejo que já acordou senhor Perez, como se sente?


Perez – Muito melhor minha filha, muito obrigado. O moleque estava me contando de como foi cuidadosa, agradeço a preocupação.

Bella sorriu, ainda assustada...


Bella – Não deve me agradecer senhor, é o meu trabalho e o adoro.


Abriu um sorriso finalmente



Perez – Oh sim...


Bella novamente franziu a testa conferindo-lhe o soro e medindo a febre, sabia que não era sua função mais adorava esses pequenos cuidados.


Perez– Vejo do que fala seu moleque...

Sorriu para Edward que correspondeu olhando para Bella

– Ela realmente tem um lindo sorriso...


Bella agradeceu mais uma vez sem poder deixar de sorrir, o senhor já não estava mais com febre e pela sua aparência não sentia mais dor...

Adormeceu logo depois de Bella lhe checar os pontos...

Ed – Está com medo não está?

Sua voz foi baixa e Bella desviou a atenção do prontuário.

Posso sentir e... Não precisa ser deste mundo para perceber.

Bella – O homem de 46 anos... Foi você?


Ed – Não! Foi à vida, eu apenas servi como meio de transporte...


Bella – Deixou filhos e uma mulher apaixonada...


Ed – Eles vão ficar bem.


Bella assentiu sem querer prolongar o assunto.


Ed– Relaxe Bella! Esse velho tem anos pela frente.

Ela fechou os olhos suspirando aliviada.


Ed– Me sinto magoado por desconfiar assim de mim...

Ela abriu um sorriso irônico


Bella – A onde estava durante toda manhã?


Ed – Ouvindo “lamúrias”...

Bella franziu a testa saindo do quarto e Edward indo logo atrás dela.

– Esqueça! Em casa conversamos... – ela assentiu pegando outra ficha.

– Hey, olhe para mim... – ela olhou-o engolindo a saliva.

– Já conversamos sobre o que acontece...


Bella – Não estou dizendo nada Edward.


Ed – Não é preciso que o faça... – ele se aproximou a tocando nos cabelos.

– Vá até o quarto 18, a senhora de 82 anos estará com uma parada respiratória, o médico dela estará em um cochilo, não verá até que volte e encontre-a morta.


Bella sentiu seu coração bater acelerado, se virou para ir correndo até o quarto da senhora, ele segurou com força pelo seu braço...



Ed- Quando acabar seu plantão vá de táxi, não use o carro, está entendendo? Não use o carro e peça para o motorista ir pela avenida de baixo, prometa que fará isso?

Bella franziu a testa percebendo uma enorme inquietação no rosto de Edward, ficou sem fala...


Ed – Anda, prometa que o fará...

Ele engoliu a saliva levantando a cabeça adquirindo um aspecto frio, Bella franziu a testa surpresa, nunca havia o visto daquela maneira...

Bella – Prometo.


Sua voz saiu em um sussurro, ele assentiu soltando-a. Encarou Bella profundamente por alguns segundos antes de se virar, meter as mãos nos bolsos e sair pela porta com o andar rápido e pesado.

Bella permaneceu por alguns segundos olhando ele se afastar, sem entender o porquê de ela ir de táxi.


Lembrou-se da velhinha carismática do quarto 18, correu até lá e se sentiu surpresa por constatar que tudo estava bem.

Virou-se pronta para sair do quarto e antes que pudesse fechar a porta viu algo diferente no monitor, as cores estavam estranhas e o som bem baixo, deu um pulo correndo até a cama para socorrer a senhora, chamando pelas enfermeiras que logo acordaram o cansado médico que correu de encontro a sua paciente...

Após o susto Bella se pôs a observar a senhora.

Marco – Não sei o que dizer Bella, se não estivesse fazendo essa ronda no horário no qual deveria estar descansando não sei o que poderia ter acontecido, essa maldita máquina está com problema, farei um escarcéu amanhã na diretoria.


Bella assentiu um tanto alheia, fechou os olhos por alguns instantes sentindo a presença de Edward tão próxima a sua alma.

Botou a mão no coração sentindo seus batimentos tranqüilos.


Por alguns segundos, sentiu medo do que poderia acontecer quando chegasse a hora de ela mesma partir.

Estaria sozinha?

Alguém a ouviria?


A madrugada rasgou o tempo, Bella atendeu seu último paciente abrindo um sorriso para a enfermeira que notava a tranqüilidade no hospital, todos haviam trabalhado com loucura, e na recepção o fluxo de pacientes era normal.

Bella– Já vou indo Flora... Deixe um beijo para Marco e quando ele acordar diga que o cubro amanhã, ele está aqui nem sei há quantos dias.

Flora assentiu se despedindo de Bella, que foi até a sala de descanso pegando sua bolsa guardando seu jaleco e seu estetoscópio.

Fechou os olhos cansados que refletiam esgotamento de seu corpo e vontade chegar logo em casa. Antes de sair deu uma olhada no senhor Perez, pegando um táxi que demorou uma eternidade para chegar se dirigiu para casa...

Seria tão mais fácil de tivesse ido de carro, já estaria lá há tempos!



Taxista – Desculpe pela demora senhora... – Bella sorriu.

– Mas sabe como é? Aconteceu um acidente na avenida principal envolvendo uns quatro carros sabe, o negócio foi muito feio...


Bella arregalou os olhos com a boca aberta, completamente pasma, seu coração frenético batia com força total...



Taxista– Vou ter que ir pela avenida de baixo, demora um pouco mais, tudo bem para senhora?


Bella não respondeu, seu olhar assustado percorreu as ruas por vários minutos até conseguir enxergar o caos que se fazia na avenida principal na qual passaram rapidamente.


Quatro carros haviam batido á cerca de 35 minutos, levou a mão sobre os lábios fechando os olhos assustados...


‘Quando acabar seu plantão vá de táxi, não use carro, está entendendo? Não use o carro e peça para o motorista ir pela avenida de baixo, prometa que o fará?’


Taxista– Senhora? Está tudo bem?

Bella – Sim...

Respondeu depois de alguns segundos de silêncio.

– Sim está! Pode ir pelo caminho mais seguro e mais rápido... Tenho que chegar... Tenho que chegar em casa...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é enorme, talvez tenha que dividir em 3 partes. O site está bloqueando os capítulos grandes d+.


O Killer mandou dizer, que se forem tão boas quanto hj mais cedo,amanhã terá post duplo novamente e com muita ação,drama e momentos Hot.


Bjokas moças. :)