Um Amor de Anja escrita por TayCristie


Capítulo 5
Black's House


Notas iniciais do capítulo

Me desculpe a imensa demora com o capítulo, mas que estou muito apertada nesses dias, a escola está me levando à loucura :/
Prometo que vou tentar não demorar tanto assim mais ;)
Agora, vamos ao capítulo.
Boa leitura!



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  Eu e Alice estávamos no pátio da escola, junto com seus amigos. Era o meu segundo dia de aula e eu estava mais nervosa que ontem. Todos conversavam, mas eu não conseguia prestar atenção a conversa. Meus olhos vasculhavam o pátio a procura de uma pessoa: Jacob. Bom, ele era meu protegido, tinha que ficar de olho nele.

  _Não acha, Nessie? – Disse Alice.

  _Oh! Desculpe. O quê? – Eu disse.

  _Onde você estava? – Perguntou ela. – Não importa. Eu perguntei se você achava que máscaras é um bom tema para o nosso próximo baile.

  _Ãn... Claro – eu disse. – Na verdade, não sei muito sobre essas coisas. Nunca estive em um baile.

  Jessica fez cara de chocada.

  _Bom, então isso vai mudar – disse Alice. – O Baile de Primavera está chegando, e eu sou uma das responsáveis pela organização. Me deixaram com o trabalho de encontrar um tema para o baile, e eu encontrei! Máscaras com certeza é perfeito! E, é claro, que você vai. O que não vai faltar é garotos te convidando.

  _Não sei se seria uma boa ideia eu ir – falei.

  _Nada disso – protestou Alice. – Você vai. Temos que ter uma chance de tirar a coroa de Rainha do Baile da Vaca Clearwater.

  _Por que você não pode ser a rainha? – Perguntei.

  _Porque desde ontem, você já é a inimiga número 1 da Clearwater. Você já tem fãns, Resnesmee. Se você concorrer com a Leah para Rainha do Baile, as chances de você ganhar são enormes.

  _Por favor – disse Emily. – Temos que acabar com o reinado da Clearwater.

  Suspirei.

  _Vou pensar – eu disse. – Não gosto nada dessa coisa de querer derrubar os outros.

  _Mas acredite que ela quer te derrubar – disse Jessica. – E te pisotear com um salto agulha.

  _Quem está usando um salto agulha?

  Olhei para trás e vi Jacob parado bem atrás de mim.

  _Não é da sua conta – disse Alice.

  _Calma, Alicinha – disse Jacob. – Estou aqui com uma bandeira de paz. – Ele sorriu para ela, depois olhou para mim. – Como vai, Renesmee?

  Quando eu ia responder, o sinal tocou, abafando a minha voz.

  _Vamos, Nessie! – Disse Alice.

  Dei “tchau” para Jacob e a segui.

  Estávamos todos com nossos lanches, quando vi uns cachinhos loiros bem conhecidos passarem pela multidão. Então ele se sentou à uma mesa vazia.

  _Eu já volto – falei para o pessoal, peguei minha bandeja e fui em sua direção, me sentando à mesa. – O que faz aqui? – Perguntei.

  _Checando mais de perto – respondeu Luv. – Aquela coisa sobre sua amiga e o protegido de Evy. A propósito, ela disse que está com saudades.

  _Também estou – eu disse. – Mas e aí?! Você já conseguiu descobrir se você-sabe-quem gosta dela?

  _Ainda não – respondeu Luv. – E sobre Isabella e Edward: tudo resolvido. Agora eles já formam um casal feliz. Conseguiram tirar o dia de folga para ficarem um pouco juntos.

  _Isso é ótimo! – Eu disse. – Tenho certeza de que eles serão muito felizes. Hmmm... Mas, você vai embora quando conseguir resolver a situação dos outros dois?

  Luv sorriu.

  _Não – disse ele. – Olhe só, Renesmee! Isso é o colegial. Muitos amores platônicos e verdadeiros para serem descobertos. Terei muito trabalho aqui, da diretora à faxineira. Não poderia ter encontrado lugar melhor para trabalhar. Ah, e enquanto eu estiver por aqui, ou quando tiver alguém por perto, eu não sou Luv, o Cupido. Sou Luke Simon, vindo de Washington.

  _Tudo bem – eu disse. – Da mesma forma que agora sou Renesmee Swan, sobrinha de Isabella Swan, que está de namorado novo.

  Eu e Luv ficamos conversando por mais alguns minutos, até que olhei para trás e percebi que Alice e os outros nos observavam.

  _Tenho que ir – eu disse. – Ela deve estar se perguntando o porquê de eu estar conversando com um estranho.

  _Vai lá – disse ele. – Vou me concentrar para descobrir sobre o Hale. Até mais!

  _Tchau!

  Voltei para a mesa de Alice e ela ficou me encarando.

  _O quê? – Perguntei.

  _Você ficou maluca? – Perguntou ela.

  _Não – respondi. – Ele é meu amigo.

  _Achei que não conhecia ninguém aqui – disse ela.

  _Eu também. Mas Luv... Quero dizer, Luke, se mudou faz pouco tempo. E nos reencontramos. Fazia muito tempo que não o via.

  _Ele é um gato – disse Jessica. – Bem que você poderia o apresentar para nós, né Nessie?!

  _Claro – eu disse. – Ele vai adorar conhecer vocês.

  _Por que não o chama para se sentar aqui? – Perguntou Eric.

  _Ele está meio ocupado – eu disse. – Quem sabe outro dia.

  Ninguém comentou mais nada sobre Luv/Luke. Alice não conseguia tirar os olhos de Jasper.

  Aja logo, Luv, pensei.

  Mas eu não fiquei prestando atenção neles por muito tempo. Quando meus olhos encontraram meu protegido, só consegui prestar atenção nele. Ele estava em uma mesa com os amigos. Leah e uma garota loira estavam do seu lado. Ele conversava relaxado, e parecia não haver risco nenhum por ali. Eu poderia parar de olhar e ficar despreocupada. Mas não conseguia. Eu gostava de olhar para ele, isso me acendia por dentro. Tinha que me controlar. Não queria que as minhas asas aparecessem em público.

  No final da aula, eu senti um arrepio estranho me percorrer a espinha. Precisava encontrar Jacob!

  Saí correndo pelos corredores, trombando em todo mundo e perguntando se alguém havia visto Jacob Black. Todas as respostas eram negativas. Mas eu tinha que continuar a procurar.

  Andei duas quadras depois da escola e escutei um murmurinho vindo de um dos becos. Entrei nele e fui até a parte em que dava para uma área ampla e ao ar livre. Cinco meninos estavam ali.

  _Já disse que não precisamos de uma briga – disse Jacob.

  _Eu penso ao contrário – disse um grandalhão.

  _Só porque te chamei de “boneca”? – Disse Jacob, rindo. – Não era mentira, era?

  _Agora eu acabo com você! Agora, pessoal!

  E em segundos, Jacob estava no chão, sendo chutado, esmurrado, socado, e outros nomes que seria melhor não dizer. Claro que nessa hora eu intervi.

  _Com licença, senhores – eu disse, entrando calmamente. Eles pararam, enquanto Jacob se contorcia no chão. – Não é uma coisa muito legal ficar batendo nas pessoas.

  Os quatro riram.

  _Nossa, Black! Precisa da namorada para defender você?

  _Não sou a namorada dele – eu disse, ainda calma. – Só estava passando, então ouvi alguns gemidos de dor. Bom, não importa qual foi o motivo, mas acho que já bateram muito no rapaz. Agora podem ir. Tenho certeza que já foram preenchidos todos os campos de emoção dentro de vocês.

  _Ela tem razão – disse outro cara. – Me sinto bem melhor.

  Eu sorri e assenti.

  _Eu queria dar mais uns socos nesse imbecil – disse o grandalhão. – Mas só esse rostinho bonitinho me fez desistir. Vamos nesse, gente! – E seguiram para a saída. – Me procura depois, princesa.

  _Pode deixar – murmurei.

  Corri para Jacob quando eles sumiram de vista.

  _Como você está? – Perguntei, me abaixando ao seu lado.

  _Quebrado – disse ele. – Acho que nunca apanhei tanto.

  _Não precisava se não fosse um bad boy – eu disse.

  Ele riu e se sentou.

  _As garotas gostam de bad boys – disse ele.

  _As garotas gostam de caras que têm o nariz no lugar – eu disse.

  _O que você gosta num cara? – Perguntou ele.

  _Eu não sei – respondi. Nunca havia pensado nisso.

  _Acho que ter o nariz no lugar é uma das coisas – disse ele. Eu ri.

  O ajudei a se levantar e ao apoiei em meus ombros enquanto saíamos dali. Chegamos até seu carro.

  _Será que pode dirigir? – Perguntou ele.

  _Eu não sei – eu disse.

  _Tá legal. Eu vou tentar chegar em casa, então.

  Ele foi para o lado do motorista e entrou no carro, o ligando. Eu permaneci na calçada. Ela baixou a janela do carona e perguntou:

  _Você vem ou não? Acho que a Cullen já deve ter ido embora.

  Olhei para os lados, e não havia mesmo mais ninguém na escola.

  _Tá bom – eu disse, entrando no carro.

  Jacob pegou um caminho desconhecido, com certeza não estava indo para o prédio de Bella.

  _Para onde está indo? – Perguntei, olhando ao redor.

  _Para a minha casa, se não se importa – disse ele. – Tenho que me “regenerar”.

  _Tudo bem – eu disse. – Acho que vai precisar de ajuda com esses ferimentos.

  Ele sorriu de canto, provavelmente feliz por ter alguém para ajudá-lo.

  A casa de Jacob era um casa americana comum. Nem tão grande, nem tão pequena. Os móveis organizados e os cômodos limpos mostravam a presença de mulher na casa.

  _Eu moro com a minha irmã, Rachel – disse ele. – Ela está trabalhando agora. Se ela me ver assim, vai encher a minha cabeça – ele riu.

  _Mas depois iria cuidar de você – eu disse.

  _É, tem razão – disse ele.

  Claro que eu sabia da existência de Rachel e da sua maneira de ser. Os dois moravam aqui com os pais, até que a mãe morreu há 8 anos atrás, e o pai também se foi há 2 anos. Desde então, Rachel é responsável por Jacob. Ela está noiva, apenas esperando Jacob completar 18 anos para se casar.

  _Ela vai se casar assim que eu me tornar maior – disse Jacob, como se lesse meus pensamentos. – Hãn... O kit de primeiros socorros está no banheiro lá em cima.

  _Então vamos subir – eu disse.

  Jacob foi primeiro, e eu o segui pela escada. Entramos no banheiro e ele me entregou o kit de primeiros socorros. Pela primeira vez pensei que eu não tinha a menor ideia do que fazer com aquilo. Tentei me lembrar de alguns médicos e seus pacientes no hospital de Bella semana passada.

  _Ok – eu disse. – Vamos colocar esse band-aid aqui – eu disse, indo colocar o band-aid no ferimento em sua sobrancelha.

  _Não vai limpar primeiro? – Perguntou Jacob.

  _Ah... É claro – eu disse, tentando contornar a situação.

  _Pode deixar que eu faço isso – disse ele.

  Ele se aproximou da pia e se olhou no espelho. Limpou os machucados e colocou band-aids onde precisava.

  _Quero que faça uma coisa – disse ele. Assenti. Ele pegou um pote no armarinho. – Rachel diz que essa pomada é boa para dor. Será que poderia passar para mim?

  _Claro – eu disse, pegando o pote de suas mãos.

  Jacob virou de costas e tirou a camisa. Não sei por que, mas meu coração bateu mais acelerado depois disso.

  Tirei a tampa do pote e passei a pomada em suas costas, onde ele dizia que estava doendo.

  _Está começando a aliviar – disse ele, depois que lhe entreguei o pote. – Rachel tinha razão.

  _Você vai ficar melhor – eu disse. – Mas, por favor, não se meta em confusão de novo.

  Ele riu.

  _Obrigado – disse ele.

  _Pelo o quê?

  _Por estar sempre me salvando – disse ele. – É a única coisa que faz desde ontem.

  Porque é meu trabalho, pensei.

  _Neste caso, não há de quê – eu disse.

  _Vem, vamos descer – disse ele.

  Jacob permaneceu sem camisa, e isso me incomodou, mas eu sabia que ele tinha que ficar assim por causa da pomada. Ele foi até a cozinha.

  _Quer um sanduíche? – Perguntou.

  _Quero sim – eu disse.

  Fiquei de costas para o balcão de pedra e me encostei nele.

  _Quem era aquele cara? – Perguntou Jacob. – Aquele loiro com quem você estava conversando no refeitório hoje.

  _Um amigo – respondi.

  _Achei que era nova na cidade – disse ele.

  _E sou. Eu e Luke nos conhecemos de outro lugar.

  _De onde? – Perguntou Jacob.

  _Washington – eu disse. – Morei lá com meus pais um tempo. E agora encontrei o Luke aqui. Não é incrível?

  _Claro. Magnífico! – Disse Jacob, mas percebi que não era isso o que ele realmente estava sentindo.

  Quis perguntar o que havia de errado, mas alguma coisa me fez ficar quieta.

  Jacob terminou os sanduíches e se encostou no balcão também, ficando lado a lado comigo. Começamos a comer.

  _Me fale sobre você – disse ele. Senti um arrepio na nuca.

  _O que quer saber? – Perguntei.

  _Sei lá – disse ele. – Me conte de onde veio.

  Caí do Céu, pensei, mas isso não é hora para ironia, embora seja a mais pura verdade.

  _Eu morava com meus pais na... – onde? – Pensilvânia. Então eles sofreram um acidente de carro. Ambos morreram. Agora moro com minha tia, Bella. Ela tem me ajudado muito.

  Eu detesto mentir!

  _Sinto muito – disse Jacob. – Acho que é por isso que você tenta me salvar o tempo todo. Não quer que ninguém mais morra.

  Olhei para o meu sanduíche.

  _A morte é uma das fases da vida – eu disse. – Meus... pais morreram porque deveria ser assim. Mas eu sei que não chegou a sua hora.

  _Como pode saber se você sempre me salva? – Perguntou ele.

  Suspirei.

  _Quando a sua hora chegar – eu disse -, não haverá como te salvar. Simplesmente não poderei fazer nada.

  Jacob pensou um pouco.

  _Isso ta ficando Supernatural de mais – disse ele.

  Terminamos o lanche e fomos para a sala.

  _Tenho que ir embora – eu disse.

  _Já? – Disse ele.

  _Não quero que Bella fique preocupada.

  _Posso levar você? – Perguntou ele. Assenti. – Só vou pegar uma camisa.

  Jacob subiu, e esperei dois minutos enquanto ele se trocava. Quando desceu, seguimos para o seu carro.

  _Não queria que fosse – disse ele, olhando para a rua. – Gosto de ficar com você.

  _Eu também gosto de ficar com você – na verdade devo -, mas realmente não quero preocupar Bella.

  _Eu sei – disse ele.

  Depois de uns minutos, ele parou em frente ao prédio.

  _Sabe – disse ele antes que eu saísse -, poderíamos sair um dia desses. O que acha?

  _Eu não sei – eu disse. – Para onde?

  _Isso a gente decide depois.

  Olhei para ele.

  _Tá bom – eu disse. Ele sorriu. – Até mais, Jacob. – Dei um beijo em seu rosto e saí do carro.

  Assim que entrei – correndo – no apartamento, minhas asas se abriram, iluminando o local e me dando uma alegria imensa. Sorte que Bella não estava ali.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e, por favor, não me matem. Eu juro que não vou demorar assim mais.
Comentem e recomendem ;)
Bjukas!!
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