Sincronicidade escrita por WinnieCooper


Capítulo 5
Realizando promessas




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Realizando promessas

- Terminei – disse Scorpius mostrando a Rose um pergaminho.

Os dois estavam “tentando” estudar a mais de uma hora. Rose com muito sacrifício conseguiu fazer com que o loiro escrevesse uma redação sobre a Revolta do duendes de 1365 a.C.

Rose sorriu satisfeita e começou a ler.

- Isso não é história da magia.

- Não? – ele perguntou fingindo inocência.

- É a letra de uma música das Esquisitonas.

- Ah, sim, mas qual das músicas das Esquisitonas?

- Hei, não sou eu que estou aqui para ser testada – ela contestou o olhando.

Scorpius olhou seu relógio de pulso:

- Dez segundos...nove...oito...

- Ei, Pare. – ela olhou o pergaminho novamente.

- Sete...seis...cinco...

- Pare é uma música antiga...

- Quatro...três...

- Está me desconcentrando – ela reclamou com a testa enrugada de concentração ao que estava escrito no pergaminho.

- Dois...

- “This Is The Night” – Anunciou Rose finalmente encontrando a resposta.

           

- E a Rose ganhou outro Ótimo – ela não deixou de sorrir – Ei, você quer sair daqui?

           

- O que?

- Estou cheio de estudar – ele levantou da cadeira na qual estava sentado e começou a bisbilhotar nos armários.

- Como pode estar cansado de estudar? Você não estudou nada. Fez truques com cartas, como sempre, me indicou um livro da Agatha Christie, tentou me convencer que os “Duendes do Porão” podem ser considerados uma banda alternativa, mas nada de estudar.

- Uma vassoura! – ele gritou tirando uma velha vassoura de dentro de um dos armários – Vem! – ele puxou Rose pela mão sem seu consentimento.

- Scorpius, onde pensa que está...

O loiro virou para ela e colocou sua mão na boca da garota impedindo que ela continuasse a falar. Seus corpos estavam colados um no outro. Rose o olhava a apreensiva e com dificuldade para respirar, deveria ser por causa da mão do garoto, a proximidade de seus corpos não tinha relação alguma com a falta de oxigênio repentino.

- Rose, eu estou acostumado a ganhar detenções, mas não quero que você ganhe uma, então silêncio ok? – ele pediu e ela confirmou com a cabeça prontamente – Vamos! – o Sonserino voltou a pegar em sua mão e os dois correram para fora do castelo, direto para o estádio de quadribol.

- Você não está fazendo o que acho que vai fazer... – disse Rose não agüentando mais ficar calada.

- Oh! Droga, esqueci o pergaminho e a pena. Abaixe a cabeça – ele ergueu a varinha apontando para o castelo.

- Por quê?

Rose só teve tempo de desviar para o lado quando viu um bloco de notas e uma pena voando rápido feito um foguete em sua direção.

- Eu disse que te ajudaria então... – Scorpius entregou o bloco e a pena para Rose – Você fica no meio do campo eu vou subir nessa vassoura e vou voar em sua direção, você precisa desviar, enquanto inventa uma noticia sobre um ataque de bruxos Russos em um pub trouxa, ok?

- Espera ai eu vou ter que inventar a noticia?

- Preparada? – Scorpius subiu na vassoura e se ergueu um pouco no ar – No três.

- Espera! – ela gritou correndo para o meio do campo.

- Um...

- É impossível escrever enquanto você me “ataca”...

- Dois...

- E ainda ter que inventar uma notícia, Scorpius?

- Três! – ele sobrevôou o campo.

Rose aproveitou para rabiscar em seu bloco e nem percebeu quando Scorpius começou a descer rápido o bastante para machucá-la.

- ROSE – ele gritou assim que viu que ela não desviaria.

Rose apenas abaixou seu corpo sem ao menos olhar para cima e continuou a escrever frenéticamente.

Scorpius parou sua vassoura um momento respirando forte. Olhou para Rose que continuava a escrever, ele tentava se recuperar do susto que levou ao pensar que ia mesmo colidir com ela.

- Ei! Dodger desistiu? – ela gritou sorrindo.

- Jamais! – ele respondeu subindo alto – Não vou pegar leve com você desta vez.

E voltou a descer de encontro a ela. Rose correu para o lado oposto que ele descia sem parar de escrever.

- Baryshnikov Vladvostok Prerestroika! – gritou Scorpius enrugando a testa.

- O que é isso? – perguntou Rose quase rindo.

- Eu te xingando em russo – ele sorriu – eu disse que ia falar duas línguas enquanto te bombardeava.

A garota colocou a mão na barriga quando começou a rir descontroladamente.

Scorpius aproveitou a descontração de Rose e voou em sua direção, ela novamente desviou. Ficaram assim “brincando” mais alguns minutos, quando a morena ergueu o bloco no ar dizendo que havia terminado sua noticia.

Ela deitou na grama cansada e Scorpius prontamente fez o mesmo.

- É cansativo ser correspondente internacional – ela disse arfando.

- É difícil ser um bruxo russo querendo a morte dos trouxas – ele disse sorrindo roubando o bloco da mão da garota – Vamos ver essa notícia.

Os olhos de Scorpius passavam rapidamente pelas palavras escritas no pergaminho.

- “A balbúrdia no lugar era tamanha...” Balbúrdia? Não seria mais fácil você colocar bagunça? – ela sorriu e não respondeu ao garoto e Scorpius voltou a ler – “...que os trouxas estavam recônditos em um canto afastado...” Recônditos? Escondidos é tão mais simples de se ler.

- E qual é a graça de se escrever palavras fáceis? – ela perguntou escorando sua cabeça em sua mão encarando Scorpius.

- Exibicionista – ele disse lhe devolvendo o bloquinho – Está tão perfeito que até fico chateado por não ter conseguido lhe atrapalhar.

Ela voltou a sorrir levantando depressa de onde estava deitada.

- Precisamos voltar Scorpius, se alguém nos pega não quero nem imaginar, já corremos perigo demais – ela começou a puxá-lo para dentro do castelo.

Entraram sorrateiros pela grande porta e andaram devagar até a sala que estavam minutos antes.

- Já é mais de dez horas, é melhor voltar, não quero que seu namorado brigue com você novamente.

Rose mordeu os lábios ficando na ponta dos pés e beijou a bochecha do garoto.

- Dê uma chance a Anne Frank, é um diário real – disse ela se encaminhando a porta.

- Leia o “Guia do mochileiro” é a melhor comédia que existe.

- Ok!

Ele a viu sumir quando passou pela porta e não conseguiu evitar de colocar suas mãos aonde os lábios da garota haviam estado segundos antes.

Rose tentava dormir a mais de uma hora, mas apesar de estar cansada não conseguiu pregar o olho. Resolveu descer até o salão comunal e ler o livro que seu mais novo amigo Scorpius Malfoy havia indicado. Foi quando ouviu um bater de bico na janela e correu para abri-la.

Era uma coruja cinza que trazia um pedaço de pergaminho para ela

“Irei lhe torturar depois, esse livro é muito chato e essa menina é maluca...

Dodger”

Rose sorriu fazendo não com a cabeça e pegou um pedaço de pergaminho para respondê-lo:

“Onde está? Não julgue o livro, a Anne Frank era nova e estava escondida com medo de ser morta o tempo inteiro. O Guia do Mochileiro que é maluco, um planeta onde iam todas as esferográficas perdidas e abandonadas?

Rose”

Ela amarrou o pergaminho na perna da coruja que voou e minutos depois lhe trouxe uma resposta:

“Olhe para a janela, vê se me enxerga...”

Rose obedeceu e reconheceu os cabelos loiros bem longe, podia se ver que ele estava nos jardins.

“Querendo ganhar outra detenção por estar fora do castelo há essa hora?”

           

Minutos depois a resposta veio:

           

“Só se a monitora da Grifinória quiser me dar. Hei, saia pelo buraco do retrato, estou indo ai...”

            A garota ia responder para ele ir dormir, mas quando olhou para fora notou que o Sonserino já havia saído de lá.

           

            Apertou o amarrado do seu robe com vergonha que Scorpius visse seu pijama e saiu pelo buraco do retrato.

O garoto estava parado lendo o livro encostado na parede sustentado apenas por uma das pernas.

           

- Então a tortura vai começar agora? – Scorpius perguntou erguendo a sobrancelhas.

           

- Já sentiu minha falta, é Dodger?

           

O loiro não respondeu, sentou-se no chão e convidou para que ela fizesse o mesmo.

           

- Não vou te deixar sair daqui enquanto não me explicar esse livro.

Rose sorriu sentando ao lado dele.


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Notas finais do capítulo

N/B: Awwwn, Scorpius gosta da Rose , lalalala /parei.
Bom pessoal, como sempre a fic está otima!
Dá pra notar que os sentimentos de Scorpius pela Rose ficam mais esplícidos!
E admito, nao li nenhum dos livros que eles falam, mas agora fiquei curiosa.
Acho que irei acabar lendo =P
Beijos e aproveitem a fic ;)

N/A: Devo dizer que os gostos literários de Rose e Scorpius são meus gostos literários, afinal preciso saber sobre o livro que estou postando então...
Esse é uns dos capítulos que mais gosto, o que acharam?
Comentários deixam meu dia imensuravelmente feliz ^^

beijinhos