Eu Vou Estar Lá escrita por karumy


Capítulo 1
Quando Tudo Começou


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ♥



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Cada pessoa tem uma história para te contar. Não importa a idade e muito menos o sexo. Aposto que se você tirar da sua vida dois minutos para escutar um estranho, você vai aprender mais com ele do que em todo em tempo que você passar sentado em um banco de escola.

Passei grande parte da minha vida achando que você e nada eram a mesma coisa para mim, até que eu fui obrigado a conviver com uma garota chamada Hannah. Vê-la todos os dias não passava de uma obrigação para mim, mas depois ela me ensinou algo que eu nunca mais vou me esquecer. A historia dela me emociona muito até hoje.

Acho que nunca vou conseguir esquece-la, até porque, ela foi o meu primeiro amor.

Não sei ao certo como essa história começou, acho que ela sabe, ou pelo menos sabia...

[Hannah P.O. V]:

Durante grande parte da minha adolescência, eu acreditei que eu era importante para o meu ídolo. Ele era a única pessoa que me entendia quando o meu mundo estava prestes a desmoronar. Sempre que eu me via em uma situação ruim, colocava meus fones de ouvido e me trancava dentro do meu guarda-roupa. As musicas que ele tocava faziam “milagres” em mim.

“When you can’t breath,

I’ll be there,

Zoom into me”

Esses foram os versos que me sempre me fizeram acreditar que se eu precisasse, ele estaria lá para mim, só que isso não era verdade! Isso tudo um dia mudou.

Acho que foi em uma sexta-feira. Lembro-me exatamente das palavras que saíram da boca dele e depois desse dia, eu prometia a mim mesma que nunca mais iria procurá-lo de novo.

Hannah P.O.V. 2

Minhas melhores amigas eram Skalters, uma espécie de fã perseguidora. Apesar de nunca ter feito nada do que elas faziam para ficarem perto dos meninos, eu também era tida como uma delas! Dentre as muitas loucuras que elas já foram capazes de fazer, vale citar: Dormir na frente da casa dos gêmeos, segui-los aonde quer que eles fossem atormentar a vida deles e levar um soco no rosto do guitarrista. Eu sempre respeitei a privacidade deles, mas mesmo assim, eu sabia que se eles me vissem, me associariam a elas.

A banda dele ia ficar hospedada no hotel que pertencia a minha tia Judith. Eu chorei, implorei e ameacei me matar, só para receber um “SIM” dela. De alguma forma, ela me colocaria cara a cara com ele.

Eu só ganharia essa chance se meu bico ficasse fechado. Nenhuma amiga minha viria comigo, não mesmo! Minha tia era contra tumulto e ela sabia que isso faria com que eles não voltassem mais ao hotel dela, o que acabaria com o negócio.

A tal noite chegou. Não fui ao show deles, porque eu já tinha ido inúmeras vezes, até mesmo vi minhas melhores amigas invadirem o palco e agarrarem ele. Sempre ficava observando as feições dele e me imaginando no lugar de cada uma delas. O que será que ele faria se fosse eu lá em cima? Já perdi noites imaginando isso e nunca chegava a uma conclusão.

Arrumei-me da melhor forma possível. Não muito vulgar, porque isso não funcionaria essa noite. Coloquei um tomara que caia vermelho com um laço preto na cintura. Minha sandália preta de camurça completava o visual.

Tive que entrar pelos fundos do hotel por causa das fãs enlouquecidas que cercavam a frente dele.

Os meninos não demoraram a chegar. Só de vê-los passando escoltados pelo hall do hotel, meus olhos se encheram de água.

Esperei um tempo e depois que a gritaria acabou, respirei fundo e peguei o elevador.

Passar pelos seguranças não seria fácil, por isso fiz minha tia assinar um passe VIP para mim entrar no andar e conhecê-los. Os seguranças não eram chatos, não mesmo! Até brincaram comigo me dizendo que eu estava bonita. Esses elogios me deram mais alto estima. Olhei-me no espelho do corredor e ajeitei meu cabelo. Eu estava bonita, alias muito bonita.

O numero do quarto era 1235, uma suíte presidencial. Não consegui chegar a uma resposta plausível pela necessidade dele ficar sozinho em um quarto de quase 360m². Meu coração estava na boca. Nada estava me impedindo de bater naquele quarto e vê-lo sorrindo para mim.

Virei-me e um dos seguranças me fez um sinal positivo com uma das mãos. Sorri para ele e bati na porta do quarto.

Ouvi os passos do meu ídolo favorito do outro lado da porta. Tudo estava sendo espontâneo, até mesmo a reação dele, que eu imaginava que seria a melhor possível.

Quando ele abriu a porta e me olhou, senti que eu ia desmaiar. Só que antes disso acontecer, ele disse:

-Quem deixou essa menina entrar aqui? –ele olhou para os seguranças. –Vocês não sabem que ela é uma skalter?  Ela pode me matar, sabiam?  -ele estava aos berros com os seguranças.

-Tom, eu não sou...

-CALA BOCA! –ele gritou mais alto ainda! Eu sabia que tudo estava perfeito demais para ser real.

Os outros integrantes da banda saíram no corredor para ver o motivo de tanta gritaria. Eu vi os olhos do Bill surpresos ao me ver ali. Ele estava só de pijamas. Georg estava escovando os dentes e o Gustav estava comendo alguns cokies que tinham no quarto.

-Levem ela daqui, agora! Vocês são mesmo uns seguranças de merda! –ele estava estressado.

Eu não sabia por que a minha presença o incomodava tanto assim. Talvez ele estivesse cansado do show de hoje à noite, ou talvez fosse assim sempre. Eu não sabia dessa reposta também.

As lágrimas começaram a escorrer pela minha face, levando embora um sonho meu. Ele bateu a porta do quarto e depois de um tempo me olhando, os outros entraram em seus respectivos quartos.

Antes dos seguranças me pegarem e me arrastarem a força, eu vi o Bill me olhando com água nos olhos. Ele estava chorando pela reação infantil do irmão. Ele chorava por minha causa também.

Senti os olhos dele me acompanharem até a virada do corredor, onde ele já não conseguia mais me ver.

Os seguranças me soltaram e ficaram me olhando.

-Sentimos muito! Ele não é assim 100% do tempo! Ele é um cara legal! –um deles me disse.

-Ele é legal na parede do meu quarto, onde não pode gritar comigo e nem me destratar. Eu sonhei com esse momento por anos, e agora tudo deu errado, ele me odeia! –não consegui contar as lagrimas que se misturavam ao lápis preto que eu tinha passado hoje antes de vir até aqui.

-Não podemos fazer nada por você, pequena! –um deles me deu um abraço. –Fique em paz e se isso te conforta, ele também não nos ama muito! Só o Bill e olhe lá!

Engoli em seco e nada disse. Virei-me e sai andando para fora do hotel. Já eram 01h00min da manhã e o meu plano era passar a noite aqui, mas pelo visto ele foi por água abaixo.

Lá fora estava começando a chover. Com certeza daria tempo de chegar em casa antes da chuva engrossar, mas ao invés disso, atravessei a rua e me sentei no banco que tinha na praça.

A rua estava deserta, mas isso não me causava medo. Tinha uma pessoa que me olhava curiosamente pela janela. Coloquei meu capuz da blusa e deixei a chuva me embalar para dormir naquela noite que nunca deveria ter acontecido.


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Notas finais do capítulo

E aí???
Ficou legal o primeiro capítulo??
Ainda vai acontecer muitas coisas! xD
Beijocas..... *-*



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