Muito além do Desejo escrita por LoaEstivallet


Capítulo 16
Recordações e realizações




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Oi pessoinhas liiiiindas do meu coração!

Este cap marca o final dessa história de amor conturbada que eu AMEI muuuito escrever! 

Teremos ainda um epílogo e, talvez, se vocês forem muito boazinhas comigo e me encherem de coments e reviews, um extra com TODO O POV EDWARD para os caps 12 e 13 (Onze anos atrás e mais algumas verdades parte I e II) que eu postarei exclusivamente no blog.

 Um beijo grande no coração, e aproveitem o cap!

EDWARD PDV

Bella ressonava tranquila enquanto eu passava meus dedos lentamente em seu cabelo macio e negro, perdido em pensamentos e lembranças.

Eu sempre desejei aquilo, mas não conseguia assimilar. Nada do que havia feito em minha vida até ali era digno o suficiente, a ponto de me fazer merecedor daquela mulher. Ainda não podia acreditar que ela estivesse realmente ali, ao meu lado, em minha cama, depois de se entregar a mim a noite inteira, sem reservas, provando que ainda me amava, mais do que antes, e que havia realmente me perdoado.

Meu coração pareceu que poderia saltar por minha boca a qualquer momento, acelerado em sua felicidade.

Bella havia me perdoado. Eu ainda repetia isso em minha mente, sem cessar, tentando aceitar a realidade.

Ela repetira que me amava tantas vezes em meio aos nossos gemidos apaixonados, me beijara de forma tão arrebatada... Se entregara a mim com um misto de desespero e loucura que espalhava perfeitamente meus sentimentos... Eu nunca esqueceria esta noite.

Ela resmungou meu nome, um sorriso leve brincando em seus lábios, me arrancando de minha introspectiva avaliação de nossa reconciliação tardia.  

Como eu a amava...

Olhando ela em meus braços não conseguia imaginar como fui capaz de passar onze anos afastado dela... Como pude permitir que ela se afastasse, em primeiro lugar...

As recordações vieram num jorro.

Lembrei-me de como havia conhecido minha menina... E clara como água, enxerguei a imagem de Bella, tão novinha e frágil, um pouco desengonçada em sua delicadeza, esbarrando em mim naquela manhã...

Eu não pude evitar ficar encarando ela como um paspalho.

Ela era tão perfeita e aqueles olhos... Os olhos de Bella me prenderam no segundo exato que nosso olhar se encontrou pela primeira vez...

Eu havia ficado bestificado comigo mesmo naquele dia. Nunca antes tinha ficado tão interessado em alguém daquela forma, e tão rápido.

Ela era tão fascinante!

E eu, que nunca havia acreditado em paixão ou amor até ali, tive a certeza de que me apaixonara a primeira vista. Num encontro ao acaso e, meio desastroso, que durou menos de meia-hora...

Obviamente eu flertei com ela descaradamente como fazia com todas, mas Bella, me provando o quanto era diferente e especial, nem havia notado... E se notou, não me deu a menor chance, o que me surpreendeu ainda mais. Eu não estava acostumado a ser ignorado por garotas.

Naquela noite eu me peguei suspirando... Sonhando acordado com o par de olhos castanhos mais lindos que já havia visto... E bolei um plano ridiculamente simples para passar algum tempo a sós com ela.

Ri baixo com a recordação.

Eu tremia tanto ao aborda-la no estacionamento do colégio naquela manhã, que mal consegui controlar a vontade de desistir e sair dali correndo.

Era a primeira vez que estava hesitando. A primeira vez que estava nervoso por uma menina. E Bella parecia tão inquieta quanto eu.

Me lembro de como me senti encurralado e idiota ao ouvi-la replicar meu pedido, frisando minha afirmação de ser bom com números... Eu quase perdi a linha por ali... Mas consegui contornar a situação e faze-la aceitar minha patética idéia.

E por uma semana eu me reprimi. Não queria assustá-la com um convite para um encontro tão rápido. Ela sabia quem eu era, e minha fama me precedia naquela época, então eu teria que ter cuidado para ela não pensar que eu estava apenas me aproveitando.

Mas eu sofria sem poder toca-la à medida que os dias passavam... Era incrível como eu poderia flutuar com seu perfume suave, me arrepiar com sua risada musical, sentir meu corpo arder ao vê-la caminhando... Mas nada, absolutamente nada era tão torturante quanto a vontade de tocar sua pele suave, que queimava baixa nas pontas dos meus dedos todos os dias depois das aulas.

Então nosso primeiro beijo preencheu minha mente...

Eu havia inventado a desculpa mais esfarrapada e ridícula do mundo para acompanha-la até em casa depois de leva-la para tomar um sorvete... Minhas pernas estavam estranhamente bambas e minhas mãos suavam quando caminhei ao seu lado até sua porta, me fixando no degrau mais baixo da escada propositalmente, mantendo meu rosto na altura do dela... Eu sentia como se pudesse explodir de tão ansioso.

E num gesto que surpreendeu a mim mesmo, eu toquei finalmente o rosto de porcelana com a maior delicadeza que já tinha sido capaz de demonstrar na vida... E depois de confessar minha fascinação por aqueles olhos que me prendiam... Enfim pude sentir seus lábios nos meus.

Nunca teria sido capaz de imaginar a sensação que me preencheu naquele momento. Era ainda vívida em mim, eu era capaz de senti-la agora... Meu corpo inteiro formigando de uma maneira desconhecida, meu coração batendo descompassado me deixando assustado e, ao mesmo tempo, desejoso, querendo mais daquilo que, eu tinha certeza, seria minha perdição.

Lembro de como seus olhos estavam maiores e sua respiração ofegante, assim como a minha, quando o beijo terminou, deixando em mim um sentimento de vazio estranho e quase desesperador...

Naquele instante eu percebi como seriam as coisas com Bella.

Eu estava preso a ela de uma maneira que eu nem entendia, completamente nova pra mim. Ela seria o centro de toda a minha vida, seria minha razão para existir. De alguma forma, eu tive certeza... Era pra sempre.

Bella se remexeu na cama, aconchegando-se mais ao meu corpo, me fazendo arfar baixo com o calor que emanava de sua pele.

Acariciei a curva de seu pescoço até seu colo, deslizando devagar a ponta dos meus dedos em sua tez macia, finalmente pairando minha mão sobre seu seio.

Meu corpo já pedia pelo dela outra vez, como se não tivéssemos passado a noite inteira nos completando.

Eu queria deixa-la descansar, havíamos combinado de retornar a Nova York pela manhã mas... Eu não seria capaz de me impedir. Não quando ela suspirava daquele jeito, me provando o quanto meu toque era apreciado.

Coloquei um pouco mais de força no contato, e ela abriu os olhos sorrindo pra mim.

- Não vai me deixar dormir, não é?! – Perguntou com a voz arrastada.

Fiquei em dúvida se pela excitação ou pelo cansaço. Talvez uma mistura de ambos.

- Eu estava quieto, mas você me provocou...

Bella riu baixo, escorregando uma de suas mãos pelo lençol fino que nos cobria, constatando o quão imediatamente ela me deixava pronto ao encontrar o que ela procurava.

- Nossa... – Ofegou – Eu posso me acostumar mal desse jeito... – Sussurrou, acariciando meu membro com sua mão pequena.

- Bella... – Arfei, atirando o tecido pra longe e me encaixando em seu corpo perfeito.

-No que está pensando tanto? – Ela me perguntou enquanto se posicionava sobre meu peito, os olhos atentos em meu rosto.

Estávamos ainda nos recuperando do recente êxtase e eu fitava o teto com o olhar longe, perdido ainda nas memórias.

- Eu não paro de lembrar de tudo que aconteceu... – Falei com um meio sorriso – A maneira como nos conhecemos, nosso primeiro beijo, nossa primeira briga... Nossa primeira vez...

- Minha primeira vez... – Ela corrigiu sorrindo.

- Sim... Foi sua primeira vez, mas foi nossa primeira vez também. Em vários sentidos.

- Como assim? – Ela perguntou elevando o rosto.

Suspirei com a recordação e o que ela me provocava.

- Foi muito especial pra mim também, Bella... Aquela noite... Bem, foi minha primeira vez também, não tecnicamente, mas foi. Foi a primeira vez que toquei em você com liberdade, que pude expressar meu desejo louco por seu corpo e, ao mesmo tempo, demonstrar minha paixão por você completamente. Foi a primeira vez na vida que fiz amor...

Bella sorriu, os olhos brilhando mesmo na penumbra.

- É uma das melhores recordações que tenho daquele tempo... E você nem queria, lembra? Todo preocupado com o lugar...

- Eu só queria que fosse especial pra você... – Murmurei tocando seu rosto.

- E foi! Por que foi com você.

Meus lábios se esticaram incontrolavelmente. Era impossível esconder o quanto suas singelas declarações me emocionavam.

- Eu lembro que você me seduziu... – Provoquei.

- E você adorou...

- Não, eu não adorei... Eu amei. E amo. Você. Pra vida inteira.

Ela me beijou, um beijo amoroso e suave que me dizia o quanto ela também gostava de me ouvir dizer que a amava.

- Eu quero conversar com você sobre algumas coisas... – Falei um pouco hesitante, assim que nosso beijo se quebrou.

- Sobre?

- Sobre a maneira como me comportei... Naquela época. – Engoli com dificuldade, recordando a dor de sua perda – Eu gostaria muito de explicar, Bella...

- Shhh... – Ela me calou com um dedo em meus lábios – Você não tem que explicar nada. Você era imaturo e estava acostumado a se preocupar primeiro com as aparências... Eu também fui imatura. Poderia ter te dado a chance de se redimir, mas não dei por orgulho. – Ela suspirou e, surpreendentemente, sorriu – Edward, nós éramos adolescentes, e adolescentes erram, é normal. Não era pra ser. Era pra acontecer agora, que nós dois somos adultos, sabemos o que queremos e precisamos para sermos felizes e, somos capazes de enfrentar o que for pra realizar alguma coisa. Deixe o passado no passado, está bem? Nós vivemos uma história lá atrás, mas, o que realmente importa é o agora.

- Eu nunca deixei de amar você...

- Eu sei disso... E nem eu deixei de te amar. Foi bom de certa forma que tudo aquilo acontecesse. Quem sabe, se nós tivéssemos ficado juntos desde aquela época, se não teríamos cansado um do outro e terminado? Vai ver que o destino organizou tudo exatamente como aconteceu pra fortalecer o que sentíamos um pelo outro, só esperando que estivéssemos maduros o suficiente para viver isso...

Eu sorri com sua perspectiva.

- Eu te amo... – Falei sorrindo – Muito.

- Eu também.

- E o que o Emmet te contou? – Perguntei curioso.

- Tudo. Suas bebedeiras, suas crises de choro, as histórias bizarras sobre você chamar outras garotas por meu nome...

- Sabe que só agora eu percebo que nunca tinha dito seu nome a ele? Nunca, até o dia que encontrei ele num restaurante e descobri que era seu irmão...

- É. Ele me contou sobre isso também. O destino brincou muito com a gente...

- Nem me fale.

Nós rimos, mas eu me lembrei de algo muito sério e achei que era melhor não esperar para tocar no assunto.

Me sentei, puxando Bella para o meu colo, apertando-a contra mim.

- Não sei se é o melhor momento para discutir isso mas... Não quero segredos entre nós dois. – Respirei fundo – A Tânia não quer me dar o divórcio.

Bella suspirou e deitou sua cabeça em meu ombro.

- Eu imaginei que isso aconteceria...

- Bella, eu quero me casar com você. Eu quero que a gente tenha uma vida juntos, uma família nossa... Eu juro que vou lutar por isso, mas eu preciso que você tenha um pouco de paciência.

Ela se sentou reta novamente.

- Eu tenho. – Afirmou, me encarando firme – E terei. Eu vou esperar pelo tempo que for preciso.

- Posso te pedir uma coisa?

Ela riu de repente, e eu enruguei a testa em confusão.

- O quê? – Exigi.

- Você me fez essa mesma pergunta no último dia em que eu, supostamente, te ajudava com matemática. Lembra?

Sorri.

- Lembro. – Falei beijando seus lábios macios – Mas, eu posso?

- Pode.

- Mora comigo?

Bella arregalou os olhos em surpresa, e por um segundo eu imaginei que era cedo pra pedir isso, e ela não aceitaria.

Mas para minha surpresa, suas mãos voaram para meu pescoço, me puxando de encontro aos seus lábios com força.

Quando o beijo foi quebrado por ela, eu ainda estava em dúvida se sorria ou se me amargurava.

- Sim! – Ela falou radiante – É tudo que eu quero, ficar com você.

Nos abraçamos. Meu peito quase explodindo de tanta satisfação.

- A propósito – Falei em seus cabelos – Só pra que você saiba... Eu nunca fiz amor com nenhuma outra mulher além de você.

Senti seu sorriso em meu ombro, onde seus lábios estavam colados.

- Eu só sei o que é fazer amor com você, Edward... – Ela murmurou.

E então ficamos em silêncio vendo os primeiros raios do dia iluminarem meu quarto.

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Um mês depois, Bella preparava o jantar em seu novo apartamento, onde vivia com Edward há quase três semanas, quando ele entrou esbaforido pela cozinha, um sorriso resplandecente no rosto corado.

- Ela assinou! – Falou urgente, fazendo Bella sorrir também – Estou divorciado! Estamos livres pra casar!

Edward a abraçou com ímpeto, levantando-a em seu colo, quase derrubando a travessa de salada que ela estava segurando quando ele entrou. Se beijaram ardorosamente, absolutamente felizes.

- Mas... Como o Winston conseguiu fazê-la ceder? – Perguntou Bella confusa e intrigada, assim que Edward a pôs no chão.

- Assim que ele a procurou, logo depois que voltamos de L.A., explicou que eu entraria com o pedido litigioso e que isso exporia muito a nós dois, bem como à empresa e nossas famílias, mas ela ainda se mostrou irredutível. Então anteontem eu consegui conversar com Aro, o pai dela, que está aqui desde que nos separamos, e ele interviu, preocupado com a repercussão de um escândalo completamente desnecessário. Ela não teve escolha.

Eles sorriram um para o outro, envolvidos no alívio que aquela notícia lhes proporcionava.

- Pra quando quer o casamento, senhorita Swan, futura senhora Cullen? – Edward indagou, pressionando-a contra o balcão de mármore que ficava no meio da cozinha.

- Amanhã?! – Ela brincou.

Ele beijou seus lábios com doçura e paixão.

- Pode esperar uma semana? A Alice nos mataria se não a deixássemos preparar algo decente...

- Hummm... Acho que aguento esperar sete dias... Mas precisamos ligar pra ela agora. É complicado encontrar passagem aérea nessa época do ano, assim, de um dia para o outro.

- Eu mando o jato da empresa para busca-la... Precisamos avisar a nossas famílias... E escolher onde vamos passar nossa lua de mel... – Edward pausou, levemente desconfortável – Uhm, Bella... Eu sinto muito privar você de alguma coisa, mas... Não poderemos casar numa igreja... Meu casamento com a Tânia foi tradicional...

Seu tom soou decepcionado, mas Bella ainda sorria, inabalável.

- Lembre-se de uma coisa, Edward... Sempre. Não me importo com o onde, e sim com o quem... – Falou segura – Nós fazemos uma coisinha intimista naquele jardim maravilhoso da casa de seus pais em Los Angeles.

Edward sorriu, entre aliviado e satisfeito.

- Vai deixar dona Esme ainda mais apaixonada por você... Ela vai amar ter meu casamento no jardim que ela tanto adora.

- Então vamos anunciar nosso futuro e próximo matrimônio ao mundo! – Bella falou mais alto, abrindo os braços.

Riram e seguiram juntos, abraçados, para o escritório do apartamento, já empunhando seus celulares.

- Fica calma, Bella! Desse jeito vai estragar a maquiagem! – Alice esbravejou enquanto alisava, pela milésima vez, a saia evasê longa do vestido azul de seda de Bella.

Ela havia escolhido a cor por um pedido de Edward, que afirmava amar o contraste daquele tom em sua pele. O modelo havia ficado por conta de Alice, que escolhera algo simples, de alças finas e busto reto, mas muito elegante, completamente harmonioso com a personalidade da noiva e com o evento íntimo que estavam realizando no fim daquela tarde.

Esme entrou esbaforida pela porta do quarto de Edward, acompanhada por uma Rosalie e uma Renée, não menos nervosas.

- Edward vai ter um filho pela boca se você demorar mais um pouco, querida... – Falou sorrindo para a futura nora.

- Sim, filha – Renée comentou – Seu pai também não se aguenta de tão nervoso lá embaixo. Sabe como ele odeia exposições públicas.

- Ai, mãe... Não tem mais que oitenta convidados naquele jardim... Papai é tão absurdo! – Bella resmungou.

- Hei, vamos acalmar os ânimos – Rosalie se intrometeu – Aqui, Bella. Uma coisa emprestada.

E depois de retirar de seu cabelo as discretas presilhas de brilhantes que adornavam seus cachos loiros, Rosalie estendeu a mão para que Alice as posicionasse antes do véu que caía, a partir do coque trabalhado em finas tranças, até a cintura de Bella.

- Obrigada, minha cunhada preferida! – Bella falou abraçando-a emocionada.

- Eu espero que seja a única... Mato seu irmão se ele tiver uma amante.

- Meu bebê não tem amantes, Rose! – Renée defendeu Emmet num tom brincalhão – E agora uma coisa velha...

Fechou no colo da filha um colar de pérolas muito delicado, que combinava com seus brincos.

- Ah, mamãe... Eu sempre quis usa-los quando era mais nova! – Bella disse com a voz já embargada.

- Aham! –Alice chamou a atenção – A maquiagem é à prova d’água, não de enxurradas. Vamos controlar essas lágrimas Bellinha. – Falou com sua autoridade de madrinha – Bom, já tem uma coisa velha, uma emprestada... O vestido é azul e é novo. Só falta o buquê.

Esme estendeu o arranjo delicado de copos-de-leite que ela mesma preparara com tanto carinho e esmero. E depois que Bella o pegou, abraçou sua quase filha com ternura.

- Obrigada, Bella. – Sussurrou.

- Pelo quê?

- Por estar realizando o sonho de meu bebê... – Respondeu cheia de lágrimas nos olhos.

As três jovens se olharam e sorriram, falando em uníssono.

- Mães!

A gargalhada coletiva e espontânea amenizou a tensão, permitindo que Bella começasse a realmente curtir aquele momento.

- Hora de ir. – Alice anunciou, ao ouvir a música de sua entrada com Rosalie, também madrinha de Bella, soar pela escada acima.

Edward não conseguiu evitar. Na verdade, nem ao menos tentou.

Seus olhos não conseguiram conter as lágrimas brilhantes e quentes que escorriam por sua face concentrada enquanto observava a mulher de sua vida vir em sua direção sustentando um sorrido nervoso no rosto corado. Menos ainda quando ouviu o sonoro e seguro sim dos lábios que tanto amava.

Ele estava casado com Bella. A mulher que ele amava era finalmente, definitivamente e irrevogavelmente dele.

Não poderia sentir-se mais feliz.

- Você está maravilhosa, senhora Cullen... – Murmurou no ouvido de Bella enquanto rodopiavam em sua primeira dança como marido e mulher na frente de todos os convidados – Mas eu estou louco pra fugir daqui e arrancar esse vestido lindíssimo desse corpo delicioso...

Bella sentiu um arrepio profundo em toda sua extensão.

- Edward... – Sussurrou em tom de reprimenda – Controle-se.

Sorriram um para o outro e beijaram-se, ignorando completamente os sorrisos felizes de suas famílias e amigos.

Tiraram todas as fotos de praxe, receberam cumprimentos com sorrisos espontâneos esbanjando alegria. Então, finalmente, a hora da partida chegara.

Edward esperava na porta, enquanto Bella trocava de roupa para a viagem.

- Eu falei, não falei? – Emmet perguntou a Edward, enquanto eles se abraçavam – Você seria meu cunhado se tudo desse certo...

- Com Bella do meu lado tudo dá sempre muito certo, meu amigo... Obrigado por tudo, Emm... Eu sei que se não fosse sua atitude, talvez não tivéssemos essa segunda chance.

- Poderia demorar um pouco mais... Mas vocês ficariam juntos sim... Um amor como o de vocês não se ignora... – Emmet falou olhando para sua esposa, que sorriu com a declaração implícita do marido – Cuide bem de minha irmã... Ela te ama mais que a ela mesma.

- Como eu a amo mais que a mim mesmo... Não se preocupe. Sua irmã é minha vida. E eu não posso viver sem minha vida, posso?

Eles sorriram cumplices e se despediram assim que Alice e Jasper pararam ao lado de Edward.

- Quem diria... Você com a Bells... Nunca poderia imaginar uma coisa dessa! – Jasper falou com o primo, o tom divertido.

- Eu que nunca poderia imaginar que você a conhecia!

Se abraçaram.

- Espero vocês na Itália... Quem sabe no natal?! Seria bom juntar as famílias agora que não temos que conviver com sapos...

- Jasper! – Alice o acotovelou nas costelas.

- Tudo bem, Allie... O Jazz está coberto de razão. Foi por isso que eu parei de ir nas reuniões anuais... Era desagradável demais com a família de Tânia. Aliás... Com ela.

- É, mas agora tudo vai ser diferente... – Alice falou abraçando o amigo – E eu nem tive que interferir... Emmet realmente me surpreendeu sendo o cupido no meu lugar dessa vez. – Sorriu – Seja feliz, Ed. E faça a Bellinha feliz.

- Ele vai fazer. – Bella afirmou, se posicionando ao lado do, então, marido.

Sob uma chuva de arroz e gritos de felicidades, eles se despediram com acenos e correram para o carro.

Bella suspirou e pegou a mão livre de Edward, apertando-a entre as suas.

- Enfim sós?!

Edward riu baixo.

- Ainda não como eu queria, mas, sim... Enfim sós.

- Logo estaremos na Jamaica... Apenas o sol, o mar, o céu e a areia por testemunha...

- Eu não vejo a hora... – Edward suspirou e acelerou o carro para o aeroporto, onde seu Jato particular os esperava.


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