Gomenasai escrita por Karenine


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! Muito obrigada pelos reviews *____________* Eu fiquei incrivelmente feliz com todos eles! Muito, muito, muito!!
Agora vem as novidades...
Primeira... Personagem nova, criada por mim e personagem do anime que resolveu aparecer! Aliás – encheu o meu saco para aparecer... vou dizer que eu praticamente fui assombrada por ela....
Leiam e descubram o porquê (mas essa de quem eu estou falando vai aparecer muito mais no cap. 7)
Agora os agradecimentos especiais a vocês, leitoras que acompanham essa fic *____*
Obrigada:
Jessika_anime, Gabii-higurashi (aliás, SEJA BEM VINDA GABII), Kagomebi, IBruuHxD, Makonamodoki (eu não sou tão malvada Mako!!), Jaline_Uchiha, Gaa, SakuraHaruno2007 e Choco_caty.

Obrigada de coração!!!
E vamos ao capítulo >—_



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Cap. 6

Uma luz azulada vinda do poço o envolveu completamente. Começou a ouvir diferentes vozes, e a ver muitas imagens em conjunto. Tentou prestar atenção no que estavam dizendo e se surpreendeu em ouvir a voz da mãe de Kagome ao longe.

            - Filha! O que aconteceu? – a ouviu perguntando.

            - Mana!! Mana!! – chamou Souta enquanto escutava um choroso “Me deixem!” de Kagome.

            Kagome... tentou chamá-la, mas sua voz não saía. O que estava acontecendo?

            - Ela não pode te ouvir. – falou uma garotinha ao seu lado. – Ninguém pode te ver ou ouvir aqui. Só eu.

            - Quê? – perguntou observando melhor a menina ao seu lado. Tinha longos cabelos escuros e olhos dourados. Parecia ter uns 10 anos. Seu sorriso era vivo e alegre, e estranhamente causava uma sensação de conforto e felicidade. Uma estranha sensação de que a conhecia de algum lugar... – E quem é você, pirralha?

            - Sabia que é feio chamar as pessoas assim? – falou a garota fazendo uma careta e olhando chateada para ele. Estranhamente aquele olhar o lembrava alguém... – Meu nome é Chihiro, e eu vim te fazer um favor do céu.        

            - E por acaso eu pedi favor aos céus? – perguntou Inuyasha de mau humor, enquanto tentava sair daquele lugar. Aliás, onde estava mesmo? Parecia que estava voando por cima da casa de Kagome. – Ei pirralha! Como se desse aqui???

            - Você não tem mesmo educação, não é? – ela perguntou dando um estalo com os dedos, e eles pousaram em cima do tronco da árvore perto do quarto de Kagome. Quer dizer, ela pousou. Ele caiu de cara no tronco e ficou xingando por alguns minutos, até notar onde estava. – Eu espero que mamãe consiga mudar esse seu gênio antes de eu nascer, pai. – falou a garotinha de repente, captando a total atenção do hanyou.

            Inuyasha a olhou sem entender e depois arregalou os olhos. Como assim “pai”? Olhou melhor para a menina e percebeu algumas semelhanças... Mas não eram tantas, ela era mais parecida com...

            - É! Eu sei que sou mais parecida com a mamãe! E ela não é linda? – perguntou Chihiro apontando para a janela de Kagome. – Sabe... eu já teria nascido se você não atrapalhasse tanto, pai. Você está sendo bem difícil, sabia?

            Aquilo era um choque. Um choque não, aquilo nem tinha como definir. Olhou para a menina e para Kagome deitada na cama, com o rosto coberto pelo travesseiro. Elas se pareciam muito, era verdade, mas... ele ... e ela...? Pai??

            - Ei! Você me ouviu? – perguntou a garotinha se aproximando.

            - Você é minha filha? – perguntou meio abobalhado não conseguindo esconder o sorriso que aparecera no seu rosto.

            A menina revirou os olhos.

            - Não... acho que sou filha da árvore! Ei!!! Acorda! Por que eu te chamaria de pai, hein, pai? – perguntou ela dando um sorriso brincalhão. – Será que é tão difícil me imaginar como filha?

            Com esse gênio, não! Quase gritou Inuyasha balançando a cabeça e Chihiro riu. Ela olhou melhor para o seu futuro pai. Era um homem bonito, sua mãe tinha escolhido muito bem. Mas do jeito que ele era grosso... Realmente as coisas poderiam ser difíceis. Esperava que ele a ajudasse a consertar os problemas que ele mesmo criara, antes que ela não pudesse mais nascer. Nunca pensara que vir à Terra seria tão complicado. Lembrou-se do que uma moça muito parecida com a sua mãe lhe dissera no céu.

            Flash Back

            Uma linda mulher de cabelos negros, e uma estranha roupa antiga, talvez de sacerdotisa, aproximou-se sorrindo.

            - Você parece ansiosa. – falou ela se sentando ao seu lado.

            - Papai está criando problemas. – comentou a garotinha suspirando, olhando a briga de sua mãe e seu pai através do reflexo em um lago. – Ele é muito complicado...

            Ouviu a risada delicada da moça, e sentiu seu rosto corar.

            - Não se aborreça. – falou ela sorrindo. – Mas tem razão, seu pai é realmente complicado...

            - Você conhece ele? – perguntou a garotinha se virando para encarar a linda moça que sorria.

            - Bem mais do que imagina. E à sua mãe também. – ela falou mantendo aquele sorriso calmo no rosto. – Eu os conheço há muito tempo.

            - E eles são sempre assim? – perguntou Chihiro já desesperada.

            - Bem... talvez não fossem... mas o destino não foi muito fácil conosco. – ela falou se incluindo com um olhar triste. – Mas me chamo Kikyo. Qual o seu nome?

            - Chihiro. – ela falou sorrindo. – Mas, como conhece meus pais?

            - Digamos que é meio complicado... – ela falou carinhosamente. – E por que você anda tão aborrecida?

            Emburrou a cara. Por quê? Porque nunca iria nascer se seu pai baka não parasse de brigar com a sua mãe.

            - Porque papai perde muito tempo discutindo com a mamãe. – falou irritada. – E eu preciso nascer logo... e não consigo.

            Kikyo alargou o sorriso e pegou a mão da menina.

            - Então, por que não damos uma mãozinha a eles? – ela falou com carinho.

            - Como? – perguntou sem entender, e como resposta recebeu uma piscada de olho da moça Kikyo.

            - Vou te mostrar...

            Fim do Flash Back

            - Eu vim ajudar você com a mamãe, porque se depender de você, não vou nascer nunca! – falou carrancuda.

            Sentiu seu rosto queimar. Aquilo não estava acontecendo! Até sua filha estava cobrando uma atitude dele! Kami-sama, devo estar sendo um homem péssimo mesmo! Até minha filha, que ainda não nasceu, está querendo que eu... Ficou ainda mais vermelho, mas ao contrário do que aconteceria na frente de Miroku, a menina não entendeu a causa do súbito constrangimento de seu pai. Deu de ombros então e o puxou pela mão.

            - Precisamos fazer mamãe voltar, pai! E só você pode fazer isso. Por isso estou aqui! – ela falou confiante. – Eu vim te ajudar a reconquistar a mamãe!

            - E como vou fazer isso? Ela acabou de...

            - Eu sei, eu vi! – falou antes que o meio-youkai terminasse a frase.

            - Você viu? Como você viu? – perguntou o hanyou com os olhos arregalados.

            - Eu estou observando vocês há muito tempo, e vi quando vocês começaram a brigar feio. Eu quero nascer sabe, pai? E por isso eu vim! Porque do jeito que está, tá meio difícil disso acontecer! – continuou a garotinha olhando para Inuyasha. A confusão do seu pai a fez rir, e ela pensou como seria engraçado viver ao lado daquele casal tão estranho. Talvez fosse muito interessante. – Bem, vamos logo, então! Não temos muito tempo!

            Puxou Inuyasha pela mão e começaram a se aproximar da janela de Kagome. Mas o meio-youkai estava confuso, estava... chateado consigo mesmo. Será que seria certo tirar Kagome de sua Era... Depois de tudo que ela dissera, talvez fosse melhor eles ficarem separados. Olhou para sua futura filha, e sentiu uma dor enorme, talvez pelo medo de nunca poder sentir o prazer de ser pai.

            - O que foi, pai? – perguntou a menina sem entender. – Já não disse que não temos muito tempo?

            - E se não der certo? – perguntou Inuyasha sem jeito. Há quanto tempo não ficava tão cheio de dúvidas, tão cheio de medo?

            Viu a menina balançar a cabeça negativamente e suspirar.

            - Sabe, pai... – ela falou apontando para a janela. Do outro lado, deitada na cama, Kagome dormia, cansada demais de tudo que tinha acontecido, mas em seu rosto era possível ver o sofrimento de se sentir só e sem aquilo que mais queria no mundo... ELE. – Eu não entendo porque é tão complicado, pai. Mas quando olho pra mamãe, vejo que tudo poderia ser mais fácil. Por acaso não ama mais a mamãe?

            Lembrou de Miroku ao ouvir as palavras da garotinha “Mas tudo vai depender de você, Inuyasha. Meu plano é só uma ajuda. Mas só você pode trazê-la de volta... sempre...”. Olhou novamente para sua futura filha e deu um sorriso, pequeno mais ainda um sorriso. Talvez ele estivesse fazendo sempre tudo errado mesmo. Era um idiota, afinal! Sempre fora, não é?

            - Então? – perguntou a pequena, pousando com ele na janela. – Mamãe vai ficar feliz de te ver, pai! – abriu a janela deixando que o ar frio entrasse e que a passagem ficasse à disposição do meio-youkai.

            Sentiu o coração falhar por um momento. Quando fora a última vez que se sentira tão nervoso? Olhou para o pequeno quarto, mal iluminado pela noite de inverno, já imaginando como seria ver aquele sorriso de novo. Mas antes que pudesse pensar em entrar no quarto, ouviu Kagome se mexer inquieta. Ficou em silêncio, observando, enquanto a jovem de cabelos negros se sentava na cama.

            - Droga! – exclamou a humana, colocando as mãos na cabeça. Não consigo tirá-lo da minha mente! Não consigo esquecê-lo! Droga! Por que isso tudo está acontecendo?

            Olhou para a cômoda perto da cama e viu o pingente de ouro que dera a Inuyasha certa vez. (Cena do filme 2 de Inuyasha) Pegou-o com cuidado e o abriu. Tinha a forma de um coração e dentro dele a foto dos dois, um em cada lado.

            Sempre fazendo careta..., pensou carinhosamente observando a foto dele. Sempre fazendo careta por estar comigo..., pensou em seguida com um olhar triste, jogando o pingente no chão, e deixando-o aberto ali como algo sem valor.

            Suspirou pesadamente e se levantou. Sua família estava preocupada com ela. Todos queriam saber o que havia acontecido, mas como dizer o que sentia de verdade? Primeiro, aquela situação já se transformara em rotina. Há quanto tempo Kagome não voltava para a sua Era por estar magoada com Inuyasha? E segundo, seria extremamente embaraçoso contar o motivo daquela mágoa. Na realidade, sua mágoa não se resumia apenas à rejeição, mas principalmente ao fato de finalmente ter certeza de que nunca significara alguma coisa para o meio-youkai.

            - NÃO! VOCÊ NUNCA PODERIA TOMAR O LUGAR DA KIKYO!”

            Lembrou-se das palavras do hanyou. É... ele está certo, eu nunca poderia tomar o lugar dela, porque eu não sou a Kikyo... Deixou-se ficar com aquele último pensamento, quando subitamente sentiu uma enorme vontade de sair, de andar um pouco.

**

            - Chihiro... – ouviu uma voz feminina falando de trás da árvore. Virou-se e avistou uma moça de longos cabelos negros lhe chamando. Concordou com a cabeça, e desapareceu.

**

            - O que ela está fazendo? – perguntou Inuyasha à menina, mas ao olhar para o lado percebeu que não tinha ninguém lá. Mas o quê?!, pensou confuso.

**

            Colocou um casaco e saiu do quarto. Estranha aquela vontade de sair de casa daquele jeito, sem aviso, sem nem ter pensado nisso. Mas o que importa? Não estou conseguindo dormir mesmo...

            Ao passar pela sala notou um bilhete na mesa e um prato de comida ao lado. Parou e o pegou. Era a letra de sua mãe.

            Querida,

            Espero que esteja bem. Você chegou tão triste que não tive coragem de chamá-la para a ceia.  Seu avô e Souta estão preocupados... Mas descanse e não fique se culpando.

            Deixei um prato para você. Eu sei que não é o melhor em uma noite de Natal, mas eu entendo que queira ficar sozinha. Pelo menos coma alguma coisa, querida. Quando quiser, saiba que estarei sempre aqui.

            Com carinho

            Mamãe

            - Natal... – sussurrou tristemente. Hoje era noite de Natal e tudo o que fiz foi chorar no quarto... Que filha horrível estou me tornando!, pensou enquanto relia as últimas palavras “Quando quiser saiba que estarei sempre aqui”. Sim, ela sempre teria sua mãe para apoiá-la, assim como seu avô e seu irmão. Sorriu passando a mão nos olhos, ainda um pouco úmidos de tanto chorar. Comeu alguma coisa do prato, e saiu.

            A noite estava fria e calma. Tudo coberto de neve. Um típico inverno em Tókio, pensou enquanto calçava as botas.

            Começou a andar pela rua. Estava tudo muito silencioso... Também há essa hora!, pensou inspirando o ar frio. Apesar disso, aquele silêncio lhe confortava... Era como um descanso para o turbilhão de sentimentos que a dominava desde que voltara da outra Era.

            Foi quando avistou um lago ao longe...

            Estranho... Nunca vi um lago por ali. Aproximou-se um pouco para ver melhor. Não era grande o lago, mas era estranho nunca ter reparado nele antes. Será que passei tanto tempo na outra Era, que me esqueci que tinha um lago por aqui?, perguntou-se enquanto chegava mais perto.

            Em cima de um galho Inuyasha a observava. Algo o preocupava. Estava muito tarde para uma humana sair sozinha, mas o real motivo de sua angústia era a energia que emanava daquele lugar. Não que fosse maligna. Não era, realmente. Mas era diferente... e ao mesmo tempo... familiar...

            Viu Kagome colocar os pés na água congelada e sentiu um calafrio. Pensou em tirá-la de lá, mas ao olhar ao redor viu a garotinha, que lhe chamara de pai, em pé no meio do lago. O que ela pensa que está fazendo?, pensou confuso, e ouviu a voz de Kagome.

            - Ei, menina! É perigoso ficar aí!

            Ela pode vê-la?, pensou descendo da árvore. Estava sentindo uma presença... Tinha algo errado ali... Foi seu pensamento à medida que via a jovem de cabelos negros se aproximando de Chihiro. Tem algo errado... estava começando a ficar nervoso. Tem algo errado... essa presença...

            De repente era como se tudo ficasse em câmera lenta. O gelo estava muito fino, e a própria garotinha parecia assustada. Não houve muito tempo para refletir. Não!, pensou começando a correr até a jovem humana.

            - KAGOME, NÃO CHEGUE MAIS PERTO! – gritou tentando alcançá-la, mas antes que conseguisse, o gelo se partiu e a garota caiu em cheio dentro da água gelada. – KAGOME!!!!


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Notas finais do capítulo

E agora???? O que vai acontecer à Kagome? Inuyasha conseguirá salvá-la?
Gostaram de Chihiro?
E Kikyo...? O que será que está aprontando?
REVIEWS PLEASE!!!!!
ashuashuhasuas Estarei esperando ansiosamente pelos comentários ^____^ Continuem fazendo essa autora feliz >—< E novos capítulos aparecerão!!!

Beijos