Complicated escrita por Dark_Hina


Capítulo 5
Eu preciso de você Final


Notas iniciais do capítulo

Capítulo final, demorou, chegou e eu me sentindo triste por acabar essa fic que marcou minhas férias
Eu não sei se vão gostar, tomara que sim.


Como boa seguidora de Dan Brown que sou, por favor, tomem nota: eu me perco nos finais, normalmente quebro a linha de pensamento.



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I hate it, cuz I've waited

Eu odeio isso, porque eu esperei

So long for someone like you.

Tanto tempo por alguém como você

Oh what do I do?

Oh, o que eu faço?

Oh should I say it? should I tell you how I feel.

Oh eu deveria dizer isso? Eu deveria dizer-lhe como e sinto.

Oh I want to you know

Oh eu quero que você saiba

But then again I don't.

Mas novamente não faço.

It's so complicated.

É tão complicado

It's so complicated.

É tão complicado

It's so complicated.

É tão complicado

Uma brisa boa batia em meu rosto, o sol claro ofuscava meus olhos, a imagem diante de mim era quando invisível pela claridade, mas eu distinguia uma árvore frondosa de verde exuberante, um tecido

quadriculado em cima do gramado verde, nele posicionado uma cesta, ao lado uma maçã, dois pratos e um homem sentado ao seu lado...

Eu corri em sua direção, ele se levantou, eu não via seu rosto, a luz não deixava eu ver... A luz vinha dele... Ele ficou de frente para mim e a cada passo apressado sua imagem parecia ficar ainda mais distante... A minha corrida frenéticas só me distanciava dele... Eu estava cansada, sem ar, muito exausta, só nessa hora percebi que sua imagem havia desaparecerido por completo, gritei, gritei louca e histérica, gritei de forma desesperada e pude sentir meus olhos abrirem em um sobressalto... Me vi suada seminua em uma cama e não sabia exatamente aonde estava, minha mente estava confusa e meu celular tocava descontroladamente... Por que as coisas não podem ficar como nos sonhos?... Meu pensamento se dissiparam quando atendi o telefone, pareceu que toda a minha exaltação se transformou em um frio na espinha... Só de pensar nele me causava aquilo...

–Sidle. - Disse sonolenta e com um foz esquisita.

–Preciso de você na Las Vegas Boulervard, 423. - Eu estava desorientada, a não sabia aonde estava... Olhei para a cadeira perto da porta, vi minha bolsa cinza, meus chinelos ao lado... Aos poucos minhas memórias, junto com uma leve dor de cabeça, foram para minha mente. Domingo. Aquela palavra ressoava no vácuo dos meus pensamentos.

–Eu já estou indo Grissom. - Foi quando eu vi que ele já havia desligado... - Qual a novidade?

Me levantei sonolenta, só naquele instante vi que eram mais de onze horas...

Fui ao banheiro... A ficha finalmente caiu quando, ao tirar minhas roupas para tomar um banho, vi minha pele bronzeada... Eu me lembrei que naquele dia, mais cedo, me esqueci do meu trabalho, me esqueci que estava presa a fantasma, me lembrei como era bom ser uma coisa que nunca fui...


A água fria fez meus lábios tremerem, ela incomodou um pouco minha pele, algo que não iria levar em consideração naquele momento.

No fundo, me batia uma raiva por aquilo... Sempre, incondicionalmente eu iria correndo ao encontro dele... Não importa o que acontecesse eu sempre estaria a seus pés e com certeza eu jamais negaria que eu tanto gostava do que fazia como gostava de saber que ele estaria por lá...


Saí do banho, me enxuguei com uma toalha felpuda roxa que tinha desenhos de borboletas... Tudo conspirava contra mim me provando que minha existência podia ser facilmente confundida com a de um inseto... Maldita simbologia.

~♥~

Olhei para mim mesma no espelho... Meu rosto avermelhado pelo sol com certeza não seria notado... Não importa a quantidade de luzes em Las Vegas, eles não podem produzir um novo sol... Eu no máximo demonstraria felicidade, isso já era o bastante para me cobrirem de olhares desconfiados...

Já vestida e com minha mochila pronta... Sara Sidle, você não tem amor a vida... Não estava gostando da forma como meus próprios pensamentos me criticavam, mas já bastava o que eu tinha que esconder para mim mesma, negar mais um pouco tudo que eu sabia e não queria admitir não estava ajudando ao Grissom a criar coragem para me falar alguma coisa ou simplesmente sair do seu casulo... A única pessoa que estava sofrendo com aquilo era eu, eu era a única que percebia e via uma complicação fora do comum em simples sentimentos, era eu que chorava por dentro tentando fazer ele perceber alguma coisa, então era mais que justo aguentar também o peso da consciência cainda em cima de mim me mostrando o quanto era covarde de não tomar a primeira atitude... Sim eu merecia todos os insultos que minha mente me mandava, eu precisava deles para ser tomava jeito e conhecia meu lugar, que onde tudo indica não seria ao lado da felicidade.

Com tudo o que minha mente me mostrou naqueles segundo eu só senti vontade, se pudesse, de me socar, ou até mesmo cortaria meus pulsos, eu deveria pensar em parar de viver, mas no caso, parar de sofrer vivendo... Só que a vontade de ver aqueles olhos azuis novamente não me deixavam fazer aquilo... Por aquele olhar delirante valia apena continuar seguindo cada dia, até porque, pelos meus pensamentos, parecia que eu tinha morrido a muito tempo...

Então eu só fiz o que devia, deixei um bilhete pendurado na geladeira por aqueles ímãs de portas e fui embora, talvez se tivesse tempo ligaria tendo a decência de agradecer por aquele dia, o único dia, em quatro anos, que eu pude viver minha vida com gente viva.


Fui até a garagem, liguei meu carro e como um bom cachorro seguindo as ordens do seu dono voltei para Vegas... Sabia que não voltava por obrigação, mas sim por necessidade... Querendo ou não, sabendo e tendo certeza, aquilo me consumia e me destruía, mas valia apena, me enterrar nos mais profundos fantasma, se isso faria ele me salvar...

~♥~

Eu poderia achar até peculiar as luzes vermelhas e azuis no final da esquina... Mas eu estava diante das hipnotizantes luzes de Las Vegas e várias viaturas...

Desci do carro, como instruída, na mala sempre levava um kit extra... “Se for se surpreender com uma coisa que seja com o final do caso, nunca com sua ocorrência”... Eu juro que gostava de pensar nas coisas sem me lembrar das frases dele...

Assim que adentrei no hotel vi Catherine passando por mim quase disposta a levar meu braço com ela.

–Boa noite para você também! - Disse um pouco irritada olhando para ela sair da cena soltando fumaça pelo nariz... Ela não me escutou, estava com raiva demais e um nariz muito empinado, deixando sua cabeça alta demais para que o som das minhas palavras chegassem.


Nick vinha atrás, assentiu com a cabeça como forma de me cumprimentar, lamentou com o olhar e apontou com os dedos que ia na direção do dragão loiro. Depois de acompanhá-lo com o olhar voltei a me concentrar em achar o possível causador da nova batalha de São Jorge.

Ele estava agachado diante do corpo perto da piscina e virado de costas para mim. Por um minuto, o maldoso pensamento de empurrá-lo 'sem-querer' me passou pela cabeça... Poderia vê-lo sem camisa e com muita sorte, que com certeza não possuía, sem as calças... Sonhe um pouco mais... Realmente o pensamento tinha me valido os dia seguinte de folga furado.

Com um leve sorriso no rosto me aproximei atravessando a faixa amarela.

–Oi! - Disse olhando para o corpo e em seguida para ele. Meu sorriso não foi retribuído, na verdade fui recebida com um olhar mortal.

–Eu te liguei faz duas horas. - Ele disse sério, seco, grosso e áspero.

–Eu estava fora da cidade. Lembra? Você disse para eu ter uma vida. - O desconhecimento cobriu o seu semblante

–Eu disse isso? - Ele perguntou incrédulo do que eu afirmei, parecia que eu tinha blasfemado na frente do papa.

–Sim Grissom, você disse isso! - Minha fala havia ficado tão rude como o seu olhar e depois de uma tenso silêncio no ar ele cedeu com um suspiro.

–Mais dois corpos, todos sobre pressão. - Ele falou encarando o cadáver, em seguida encarou meus olhos, olhando fundo neles. - Eu preciso de você. - Seria totalmente justo e compreensível eu desmaiar naquele momento... Isso, se o sentimento de vitória não tivesse me tomado...

Na quele momento me senti a tal... Me senti a própria Catherine Willows, dona da verdade indiscutível e incontestável, a CSI chefe!

Esbocei um sorriso de confiança e lhe retribuí o olhar.

–O que eu poço fazer por você?

Eu só disse aquilo e bastou para ele e para mim... Eu sempre faria tudo que ele queria...

~♥~

Nossos se encontraram na passagem do corredor, eu tinha papéis em mãos e ele um suor e impaciência notáveis... E quando eu pensei que aquele casual encontro não se aguardaria nada e senti meu braço ser puxado e aquele penetrantes olhos azuis fazerem minhas pernas balançarem e meus meu coração quase parar de cansaço pelas batidas loucas e descontroladas que estava naquele momento.

–S...Sim? - Eu gaguejei.

–Nada. - Ele soltou meu braço, ele parecia perdido e saiu como se não conhecesse o local que estava.

Certas pessoas não devem ficar juntas...”

Aquelas frases que apreciam no vácuo da minha mente... Elas deveriam saber que existe um bom motivo para eu voluntariamente não querer pensar nelas...

~♥~

Tudo aconteceu tão rápido naquele dia... Eu me vi na situação mais constragedora e delicada desde que quando aceitei vir morar em Las Vegas...

Sua mão macia em contato com minha. Somente para dar um ar melancólicono ambiente, o sol de final de tarde, a luz alaranjada dele batia em nossos rostos cintilando ainda mais minha face úmida pelas lágrimas...

Nós dois sentados a poucos centímetros de distância de mãos dadas, eu sentindo todo o conforto, calor e bem estar que seu toque me dava.

Minha vontade de beijá-lo me deixar ainda mais vulnerável que estava, ela só não se comparava ao desejo de continuar chorando e sendo amparada por toda a sua ternura.

Ainda sendo conectados por nossas mãos, você se sentou no mesmo sofá que eu, me deixou em seu colo, e mesmo que tudo tivesse acontecido sem minha permissão eu precisava dos seus braços para afanar um pouco de minhas tristezas e dores provocados pelos fantasmas do meu passado.

Eu falei tudo que eu queria, tudo que eu sentia... Só que acho que me esquecido de dizer o mais importante, se bem que não era possível ainda houver dúvidas que eu o amo...

Quando me entreguei a seus braços e passamos até o anoitecer abraçados, havia se formado, na minha mente, uma fortaleza impenetrável aonde nenhuma dor, sofrimento, nem lágrimas poderiam me alcançar.

Eu imaginei terminarmos aquele episódio da história de nosso passado com um beijo delicado e molhado, ou com o suor de uma noite de paixão... Mas não foi isso que aconteceu, e sinceramente se tivesse acontecido não seria tão bom...

No fundo é isso que importa... Alguns gestos são mais que palavras, elas nem sempre são capazes de descrever sentimentos, e normalmente, verdadeiros sentimentos não são descritos...

É complicado, é frustante, conviver ao lado de alguém que sente o mesmo que você, e o melhor, por você, e mesmo assim não poder fazer nada... Mas as vezes é necessário se aventurar no desconher dos sentimentos para poder amadurecê-los e diferênciá-los... Não importa se no final das contas não vai ter coragem de contar ou admitir, mas perceberá que seus atos lhe incriminarão e tornarão certas coisas óbvias.


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