Não Consigo Viver sem Ti escrita por Lita Black


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas leitoras! Obrigada pelos reviews!

Tenho andado muito enrolado, é testes, trabalhos de grupo, de casa, visitas de estudo...

Não posso falar mais.

Espero que gostem.
Boa leitura!



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Tinham-se passado 2 semanas desde o dia em que acordei da experiência mais horrível da minha vida. Ainda estava bastante assustada com os acontecimentos passados mas agora era altura de levantar a cabeça, sorrir e começar a caminhar novamente.

Desde esse momento para cá que a minha família tem rezado e agradecido inúmeras vezes a Deus por eu estar viva e sem nenhum trauma grave. Eu consigo ver através do olhos dos meus pais a desgraça que seria se eu tivesse acordado com hematomas graves, grande perda de memória ou no pior caso paralisada, cega… Sei lá! Algo de muito grave que me poderia estragar a vida.

Mas apesar da felicidade dos meus familiares e de eu estar acordada… Sinto que algo está a faltar, algo de muito importante, que deixa um vazio a preencher o meu coração, a preencher a minha alma e nada parece resultar.

E apesar dos meus familiares me visitem várias vezes, até p meu tio Emmett e a minha tia Rose que vivem em Inglaterra. Os meus amigos também me visitam depois das aulas acabarem, mantendo-me a par da matéria e dos assuntos mais importantes que sem têm passado naquela bendita escola. Mas… Nada resulta! Parece que já não vou conseguir sorrir como sorria para o mundo. E o pior é que não sei a razão.

Às vezes dou por mim a divagar o desconhecido, a apalpar o que não se quer mostrar mas sempre que tento ir mais longe, uma espécie de barreira não me deixa passar. Como se o que tivesse acontecido naquele período de espaço antes e quando aconteceu o acidente fosse tão grave. Tão chocante! Mas será que é?

Por falar em acidente… Contaram-me uma linda peta, para ver se eu a engolia mas nem contar mentiras eles sabem. A versão (que não é verdade mas foi-me contada) é que eu estava a conduzir muito bem quando um camião vem do outro lado de pista, de uma forma descontrolada e colidimos. Alguém acreditou? Porque eu não acreditei! Nem por um segundo! Parece que me querem proteger da verdade a todo o custo.

Neste momento estou a subir as escadas de madeira clara na minha casa, rumo à porta de madeira claro do meu quarto. Finalmente no conforto do lar! As camas de hospital eram uma verdadeira porcaria! Para não falar da comida…

Abri lentamente a porta que continha na frente as letras R e C, de Renesmee Cullen. Empurro-a até ao seu máximo e olho para o quarto.

Deparo-me com o melhor lugar da casa, pelo menos para mim. A enorme casa com o edredom em azul e preto, a secretária com um montão de livros, a janela com vista para uma enorme clareira verde brilhante, por causa do orvalho. A televisão e o pequeno sofá em branco também estavam intactos e várias fotografias em estava lá eu, a minha família e… um rapaz aparece abraçado a mim na maior parte delas. Um rapaz com uns olhos negros, que parecem pérolas. Ele é incrivelmente lindo! Nunca vi tamanha beleza, pelo menos que eu me lembre!

Toc Toc Toc

Olhei para a porta e vi a minha mãe com uma expressão irreconhecível.

-Precisamos de falar. -disse num tom forte e directo. Um calafrio passou-me espinha acima. Algo de muito grave tinha acontecido. Eu conheço este tom de voz. Sempre que algo não está bem, a minha mãe usa-o.

-O que é que se passa de tão grave? -perguntei com uma expressão parecida à dela. Acabei de chegar a casa, é impossível ter feito alguma asneira ou ter partido alguma coisa!

-Precisas de saber o que realmente aconteceu no acidente. -um “finalmente” mental, pensei. -Tu não estavas a conduzir. -vi que já se formavam lágrimas no canto dos seus olhos, que começaram a brilhar. -Era esse traste que está nestas fotografias. -apontou para a fotografia do meu lado esquerdo, onde ele estava com uma camisa branca, super sexy.

-E quem é este rapaz? -perguntei, pegando na fotografia e olhando fixamente para a sua imagem.

-Jacob Black. O teu ex-namorado. -respondeu com uma expressão de nojo.

-Como assim o meu ex-namorado? Porque é que eu estava num carro com ele? -disparei várias perguntas, à espera que a minha mãe contasse toda a história. Ela faz sinal para a cama e foi-se sentar. Eu fiz o mesmo. Ela continuava a encarar-me com aquela expressão dura.

-Tu namoravas esse rapaz à mais ou menos cinco meses. Eras completamente louca por ele, no bom sentido, estavas apaixonada. Então chegou o dia em que o encontraste aos beijos com uma rapariga qualquer da tua turma…-a partir daí já não ouvi mais nada. Como se fosse uma luz, tudo voltou à minha mente com mais força e mais dor. O beijo dele com a Alex, o acidente… Ele queria me matar. Só podia!

-N-ão é pre-cido dize-res ma-is nada. -disse a soluçar pelo choro. -E-eu estou a lem-bra-me de tu-do. -não consegui dizer mais nada e comecei a chorar. A minha mãe puxou-me para o seu colo e começou a acariciar o meu cabelo e a dizer palavras de consolo.

-Está tudo bem, meu amor. Ele não te vai fazer mais nada. Estás segura.

-BUUUAAA!!! Por-quê??? E-eu não che-gava?BUUUUAAAA!!! -perguntei mais para mim do que para a minha mãe.

Passaram-se algumas horas, a dor e o choro não acalmavam. A minha mãe passou todas estas horas a acariciar o meu cabelo e a apoiar-me mas eu podia ouvir o seu choro baixinho, e tudo culpa minha. Mas não podia fazer nada, estava pior que ela.

Sempre pensei que “acontecia aos outros” mas depois disto, aprendi a ver a vida de uma forma mais séria e cautelosa. Nunca mais iria voltar a chorar uma lágrima por algum rapaz. Especialmente por Jacob Black.

-Preciso de ficar um bocadinho sozinha. Importas-te? -perguntei, elevando a cabeça.

-Claro amor. -assentiu e andou até à porta. -Se precisares de alguma coisa é só dizeres. -eu sorri e ela saiu.

Levantei-me e fui em direcção ao computador. Abri e logo apareceu uma fotografia dele na tela. Nota mental: Eliminar todas as suas fotos. Fui até à pasta que continha as minhas músicas e deparei-me com uma das minhas músicas preferidas.

Embora Doa- Klepht [A minha música portuguesa preferida]

É a dúvida que resta

Que me leva a perguntar

Qual papel será o meu

O de quem nada faz

Embora doa

Nada fiz para mudar

Embora doa

Nada vai mudar

E revemos nas imagens

Que não passa de um esboço

Escolhem os senhores da guerra

Os motivos a seu gosto

Embora doa

Nada fiz para mudar

Embora doa

Nada vai mudar

Porque nada surpreende

Já vivemos com o medo

Quem nos chama à razão

Ao som de armas adormeço

Embora doa

Não me faz perder o sono

Embora doa

Escorre sangue pelo ouro

Em directo na TV

Explode a carne em mãos

De quem nada fez

Embora doa

Não me sujo desse sangue

Embora doa

Há sempre outro canal

Ohhhhh

Embora doaaa

Embora doaaa

Não me sujo desse sangue

Embora doa

Há sempre outro canal

É a dúvida que resta

Que me leva a perguntar

Cantarolei a música, que parecia que tinha sido feita para este momento.

E assim será! Pode doer mas eu não o vou perdoar! Primeiro ele vai aprender a ser gente e ver como dói!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

COMENTEM E RECOMENDEM!

Beijos!