Sozinha?não... Isso Nunca escrita por Dehh e Dani


Capítulo 15
Capítulo 15: Meu Daniel


Notas iniciais do capítulo

Aaah, enfim postando...
Desculpem a demora, é que resolvemos alterar a fic, era para esse ser o último capítulo, mas decidimos fazer mais um, então esse, provavelmente, é o penúltimo capitulo.
Boa leitura!
:D :D



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  Um lobo, esticado no chão, insistia em permanecer imóvel. E para piorar tudo, eu não conseguia definir suas cores no escuro.

 Ele estava só, os outros partiram. Arrastei-me até o lobo, era o meu Daniel, ele não parecia ferido, e sim se recuperando.

 Coloquei a mão entre suas orelhas.

 Ele abriu os olhos grandes e se levantou com certo esforço.

 Ele olhou para floresta e voltou a me olhar, parecendo indeciso.

 Daniel correu para a floresta, não demorou muito e ele voltou correndo até mim na sua forma humana.

 Ele se ajoelhou, assim como eu estava, e me abraçou forte, retribui seu abraço.

 -O que você está fazendo aqui?- perguntou e parecia assustado.

 -Vim ver você.

 -Você vai ficar gripada desse jeito!- Ele se levantou e me puxou pelo braço, me ajudando a levantar, gemi de dor quando apoiei o pé no chão, eu havia torcido o tornozelo-Ótimo, se machucou - ele disse nervoso.

 Daniel me pegou, com cuidado, no colo.

 -Ei! Eu sei andar!

 -Com o pé machucado?!- ele corria enquanto falava.

 -Para onde estamos indo?

 -Eu vou levar você para um lugar seguro e depois voltar para ajudar Sam e os outros.

 -Vai me deixar na expectativa? Te esperando?!

 Ele pareceu pensar.

 -Eu volto - ele disse, parecendo relaxado e feliz - Não pretendo passar a noite na floresta- disse com indiferença- Sou eu que vou ficar na expectativa, como acha que vou me sentir te deixando sozinha? Você sabe que foi idiotice da sua parte ter vindo aqui.

 -Só estava tentando evitar que o nosso 1° beijo fosse o último.

 Ele sorriu, e aquela foi a melhor resposta que ele pode me dar.

 Daniel me levou até uma casinha dentro da floresta.

 -É aqui que vocês ficam?

 -É aqui que eu fico, os outros ficam em outro lugar.

 -Por que você fica sozinho no meio da floresta com um lobisomem do lado de fora?!

 -Leah, eu fico aqui por dois motivos. 1° porque eu não tenho muitas variedades de lugares que eu poça pagar e depois ia ficar chato todo mundo aqui espremido.-explicou-me ele - aonde você ficava?

 -Em um alojamento para turistas, mas não posso mais ficar lá, estou sem dinheiro.

 -Sem dinheiro?

 -É, um cachorro me roubou.

 O som da risada de Daniel ecoou pela floresta.

 Eu mal percebera e a chuva já havia diminuído.

 Ele empurrou a porta com o pé e ela rangeu antes de bater com força na parede.

 -Espero que você tenha uma porta sobrando.

 -Hum, vou ser mais cuidadoso na próxima.

 -Diga isso à porta.

 Mais um riso.

 -Não me disseram que Leah Clearwater era comediante.

 Era bom saber que ele se divertia com aquelas piadas sem graça que Seth fazia, talvez ele não estivesse gostando realmente, talvez só estivesse tentando me agradar.

 Daniel me colocou sentada na cama.

 Olhei ao redor, só tinha um cômodo, de móveis havia somente a cama, um criado mudo e uma pia pequena.

 -Não tem banheiro?-perguntei, mas a resposta era óbvia.

 -Hum...bem...não,não tem.

 Ele analisou a minha expressão.

 -Como está o seu tornozelo? – Ele mudou de assunto.

 -Do mesmo jeito que estava.

 Ele suspirou.

 -Não tenho roupas que sirvam em você.

 -Isso não é necessário, eu estou bem.

 -Você está toda molhada - me lembrou ele.

 -Você também está.

 -Mas eu sou um lobo, é impossível eu ficar doente.Tenho uma toalha para você se secar, você pode lavar suas roupas na pia e pode vestir, se quiser, uma camiseta minha.

 -Tá bom.

 -Bom, eu vou lá ajudar Sam e os outros.

 -Tá.

 -Por favor, fique aqui, não venha atrás de mim.

 -Tá bom, ta bom. Eu vou ganhar um beijo de despedida?

 Ele ajoelhou de frente para mim e me beijou suavemente.

 -Você não vai demorar né?

 -No mínimo uma noite, pode ter certeza que de manhã estarei de volta.- Ele disse e saiu.

 Bufei um suspiro.

 Eu segui as orientações de Daniel.

 Despi-me, me sequei com a toalha e fiquei com a toalha no corpo enquanto lavava minhas roupas na pia, aquela pia parecia abandonada, Daniel não devia usá-la, por isso sugeriu que eu lavasse a roupa ali. Eu não queria torcer a roupa, ficaria muito amassada depois, mas fazer o que, né?

 Eu torci bem a roupa e a deixei esticada secando em cima do mármore quebrado.

  Vasculhei a pequena mala de Daniel, atrás de alguma roupa que eu pudesse vestir.

 Tudo lá era muito grande!

 Peguei uma blusa azul-escura e a vesti.

 Parecia um vestido curto, era bem quente.

 Me deitei na cama e me enrolei no cobertor, eu até parecia de casa.

  Tentei não pensar em Daniel, ele sabia se cuidar, não tinha 15 anos e sim 20.

 Talvez eu devesse ter pensado assim antes de ter fugido daquele jeito. Mas a essa altura Jacob já devia ter sido informado por Sam da minha presença, Seth já devia ter contado para a mãe. Ela devia estar mais calma...

 Foi bem fácil dormir, pois eu já estava cansada.

  Senti algo quente e macio tocar minha bochecha e meus lábios.

 Eu me encolhi um pouco e apertei os olhos.

 -Bom dia - eu ouvi a voz de Daniel, não podia acreditar que já tinha amanhecido-Como você está se sentido?

 -Eu estou bem. Tem idéia de que horas são?

 -Ainda está cedo. Mas seria melhor já irmos.

 Eu passei os braços em volta de seu pescoço, ele estava de atravessado na cama, se levantou, sentando na cama, e eu fui junto, dependurada no pescoço dele. Aninhei-me em seu colo.

 -Você não dormiu muito, não é?- Perguntou, beijando minha testa.

 -Na verdade dormi sim- Pensei por um minuto- Nós já vamos para casa?

 -Vamos.

 -Vocês o mataram? O lobisomem.

 -Não... Mas ele se afastou da tribo, deve ter se assustado ao ver tantos lobos, acho que ele não volta mais.

 -Hum. Espero que tenha razão...

 -Preparada para ir para casa? – Ele disse, enquanto se levantava eu permaneci sentada na cama, eu não estava em condições de me mover livremente com a roupa que estava.

 Olhei para a pia, minhas roupas aparentemente, estavam molhadas, é claro que elas não secariam em uma noite fria.

 -Hum... É claro que eu não ia deixar você sair na rua assim... – me virei curiosa para ele. Daniel jogou uma sacola para mim. Dentro continha um vestido verde-escuro de um tecido fino – Não sei se você gosta de vestidos...

 -É claro que gosto.

 -Que bom.

 -Você roubou isso do varal de alguém?

 -Não! Eu tenho dinheiro, você sabia?

 Eu ri da sua reação exagerada.

 -Eu vou sair para você se trocar.

 -Está bem.

  Ele saiu e eu me troquei rapidamente. O vestido me caiu muito bem.

 -Daniel?- chamei

 -Já está pronta?

 -Sim.

 Ele entrou e me observou.

 –Não me lembro de ter te visto alguma vez de vestido.- Eu sorri torto- Você fica muito bonita de vestido, quer dizer... Não que você estivesse feia.

 -Ta bom, eu entendi – disse gentil.

 Ele vestiu uma camiseta e guardou o resto na mala.

 -Você veio com isso envolta do pescoço? –perguntei

 -Foi – Ele olhou pros meus pés – Faltou algum calçado né?

 -Estou acostumada a andar descalça. Não me importo, sério.

 -Ta bom, eu te levo no colo.

 -Rá – bufei- Você vai comigo?

 -Lógico.

 -Pensei que você fosse com Sam e os outros.

 -Você acha que eu ia deixar você sozinha? E além do mais, você está sem dinheiro.

 -Hum. Ta. Mas eu não preciso ser carregada.

 -Você quem sabe, só queria evitar que você machucasse seus pés.

 -Obrigada pela preocupação com meus pés, eles vão ficar bem.

 -Você não está com fome?

 -Não muita.

 -Ah, eu estou com fome, você espera eu comer?

 -Claro, eu não iria embora sem você.

 -Legal, vamos embora.

 Daniel me guiou pela floresta, até a parte que tinha mais civilização. Paramos em um mercadinho e ele comprou dois lanches, é,  ele comprou um para mim, apesar de eu não ter pedido.

 Conversamos um pouco enquanto comíamos no banco de uma praça. Daniel me contou um pouco sobre sua infância, que, aparentemente, tinha sido bem divertida.

 Eu não queria pensar nisso, mas a discussão vinha em minha mente, ele era diferente do Sam.

 E, com ele, talvez fosse diferente. Ele não poderia ter outro imprinting. Sempre pensei no fato de eu ter imprinting por alguém e não alguém por mim.

 -Como vão as coisas na matilha?- perguntei.

 -Vão bem, na medida do possível.

 -Algum problema?

 -Você já deve imaginar você já passou por isso também.

 -Éé.

 Ele me olhava de uma forma que me deixou desconcertada, tive que desviar o olhar. Suspirei.

 -Vamos indo?

 -Uhum.

 Eu me levantei e Daniel me pegou no colo rapidamente.

 -Aaah! – eu disse com o susto - O que está fazendo?!

 -Prometi para sua mãe que te levaria em segurança até sua casa.

 -Você está ficando mal acostumado - comentei.

 -Vou mimar você.

 -Ah, nem vem com essa.

 -Sério, vou te encher de mimo.

 -Não preciso de mimo e nem quero.

 -Então o que você quer, Leah? O que posso fazer para deixá-la feliz?

 -Não fique me fazendo essas perguntas.

 Ele revirou os olhos, mas sorriu.

 A viagem de volta se mostrou mais lenta do que a vinda. Optamos em pegar um ônibus de viagem, péssima decisão. Era noite quando estávamos chegando perto da reserva de La Push.

 E eu já não estava mais agüentando os meus pés!

 Nem pude acreditar quando pisei no chão da minha casa, estava tão feliz em ter voltado com Daniel, que,  nesse momento devia estar na casa dele.

 Não podia acreditar que tudo tinha acabado bem no final.

 -Oi, Leah- ouvi o tom zangado de minha mãe- Que bom que resolveu voltar.

 -Ah, oi, mãe, desculpe por ter fugido daquele jeito...

 -Leah, o que acha que eu pensei quando você não voltou com a Eduarda?!! Pior! Quando eu falei com a Eduarda e ela me disse que você não tinha ido ao shopping com ela?! O que você quer?! Ficar sem mãe também?!

- É claro que não!

-Bom, parece que quer! Só se importa com você, Leah?! Você acha que Seth e eu não nos preocupamos?!

 -É que sei que se preocupam, só pensei que vocês saberiam que eu estava bem.

 Ela me olhou pasma.

 Eu estava falando algum absurdo?

 -Você lembra como voltou da última vez que saiu e não avisou?

 -Mãe, por favor, não estrague tudo.

 -Não estragar tudo? Está bem.- ela disse ainda nervosa, eu odiava esse tipo de sarcasmo.-Você pode pelo menos falar com a Eduarda?

 -O que houve?

 -Ela está muito triste.

 -Triste? Mas por quê?

 -Não sei,por que não vai falar com ela? Ou está ocupada demais?

 -Está bem.

 -Não, Leah, não está nada bem!

 -Não precisa falar assim! Eu já entendi seu sermão, não brigue mais comigo.- reclamei do humor dela, e depois acrescentei- Eduarda está em casa?

 -Seth disse que ela estava na floresta.

 Eu mal tinha chegado em casa e já estava saindo, fiquei imaginando o que poderia ter deixado Duda tão triste...


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