Abri os olhos e não estava em minha casa. Era um quarto branco, havia uma agulha presa em meu braço e minha cabeça doía insistentemente. Com muito esforço, minha visão clareou e eu vi Gerard adormecido ao meu lado numa poltrona. Com o barulho que fiz ao tentar me levantar, ele acordou e sorriu.
- princesa, você acordou! – ele me beijou carinhosamente. – se sente melhor?
- um pouco. Minha cabeça e meu estômago ainda doem. O que aconteceu?
- eu não sei, parece que foi algo que você bebeu. O médico está vindo nos contar.
Não demorou nem um minuto e o médico entrou no quarto.
- olá, vejo que a senhorita está melhor. Muito prazer, meu nome é doutor Maxwell Rugby. – ele apertou minha mão com cuidado.
- doutor, o que ela teve? É grave?
- foi grave sim, mas não se preocupe senhor Way. Ela ficará bem. O que ela teve foi um principio de envenenamento.
- o quê??? – gritamos juntos.
- mas graças a você, a situação foi controlada a tempo e ela ficará completamente bem em alguns dias.
- mas... envenenamento??
- provavelmente por algo que ela tenha ingerido entre ontem e esta tarde.
Eu e Gerard nos olhamos sérios. Com certeza ele pensava no mesmo que eu.
- mas, além disso, também tenho outra notícia que tenho certeza que irá agradar aos dois. – olhares curiosos percorriam em direção ao médico. – a senhorita está grávida.
- o quê???? – dessa vez só eu gritei. Gerard ficou calado, ainda tentando entender o que tinha ouvido. – mas... mas... – eu tentava falar e nada saía.
- devido ao envenenamento, a senhorita sofreu um ‘quase-aborto’ e por isso deve ficar de repouso por alguns dias. Vou solicitar alguns exames para detectar o período de gravidez e se está tudo ok.
- eu... eu vou ser pai?? Oh meu Deus! Eu vou ser pai! – Gerard deu um pulo da cadeira e de tão feliz, quis até levantar o médico no colo, mas graças a Deus não conseguiu. Eu só ria da felicidade dele, eu ainda não acreditava que carregava uma parte dele dentro de mim.
- meus parabéns aos dois. Com licença. – o médico saiu constrangido.
- meu amor... – Gerard me deu um beijo e me abraçou forte. – eu estou tão feliz.
- eu também estou. Eu ainda não acredito...
- nada vai nos separar, nunca. Você será minha pra sempre agora. – ele beijou minha barriga ainda imperceptível e nós passamos o dia inteiro entre carinhos.

- o que você vai fazer? – perguntei passando a mão entre seus cabelos. Sua cabeça estava encostada em meu peito e ele ainda acariciava minha barriga.
- eu não sei... mas eu nunca mais volto pra lá. Ela não pode ter feito tamanha crueldade, Anny. Ela é um monstro. – ele disse triste.
- mas ela ainda é sua mãe, Gee. E precisa saber que será avó.
Depois de muito pensar, ele aceitou meu conselho.
- você tá certa. Amanhã eu vou até lá buscar minhas coisas e conto. Devo isso ao meu pai.
- eu preciso ir pra casa. Minha mãe também tem que saber.
- fica comigo esta noite? Amanhã a gente conta a novidade pra todo mundo. O que acha?
- com um pedido desses... como eu negaria?