Simply Happens escrita por eatalpaulaa


Capítulo 11
Capítulo 9




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Capítulo 9 – Ódio e... Medo.
Bella PDV

"Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes."

William Shakespeare

Eu não estava acreditando naquilo. Não podia ser verdade. Aquele... Aquele IMBECIL havia falado que eu estava grávida... E DELE? Oh, agora ele realmente morreria, eu providenciaria isso. O mataria com minhas próprias mãos, mas antes claro, ele iria sofrer. Claro, ele não teria uma morte tão fácil assim, ele tinha que sofrer muito antes de morrer. E não adiantaria ele fugir, eu o caçaria até no inferno se fosse preciso. Será realmente divertido quando ele olhar em meus olhos... Meus lindos olhos vermelhos. Provavelmente ele sairá gritando de pavor, eu teria que tratar que tampar sua boca... Quem sabe eu poderia sequestra-lo no meio da noite, levá-lo para um lugar afastado, prendê-lo e esperar ele acordar... Quando ele acordasse, eu faria questão de que ele visse meus olhos de perto. Depois eu poderia quebrar cada um de seus ossos, deixando para esmagar sua cabeça por último... Eu não beberia uma gota de seu sangue certamente. O sangue dele é ainda mais sujo do quê o de sua mãe. Mas para isso eu teria que esperar até a noite... Não, eu quero matá-lo agora. Eu simplesmente posso ir onde ele está e levá-lo para um lugar afastado... Ninguém me veria mesmo. Mas daá teria o sumiço inexplicável... Pense Bella pense...

- OH MEU DEUS!

O grito de Vânia tirou-me de meus pensamentos assassinos, e quando eu a olhei ela estava mais branca que papel, e me olhava aterrorizada. Eu não estava entendendo o motivo dela estar assim, será que eu falei meus planos em voz alta?... Oh, meus olhos! Mas antes que eu os fechasse Vânia estava desmaiando e Carlisle a segurou.

- Bella! Tome mais cuidado, por favor.

Ele colocou Vânia deitada no sofá.

- Desculpa Carlisle, mas é que eu... Eu estou morrendo de raiva! Minha vontade é de ir até aquele... Aquele imbecil e matá-lo!

- Eu sei Bella, e essa é minha vontade também, mas não podemos fazer isso...

- Claro que podemos Carlisle, por favor, deixe-me ir até lá e matá-lo! Só ele. Eu juro que nunca mais vou matar ninguém. Só me deixe matar ele!

Eu estava vendo vermelho e quando fiz menção de sair pela porta Carlisle me segurou.

- Acalme-se Bella! – ele nunca havia gritado assim comigo, e eu até me encolhi um pouco. – Você não vai matá-lo! Ou... Ou você virou um monstro sem piedade e eu não percebi?

Aquelas palavras me chocaram, e eu o olhei ofendida. Ele apenas me encarava firmemente. Foi ai que eu parei realmente para pensar. Eu... Eu não queria ser um monstro, e matando Austin... Eu estaria me tornando um. Eu não poderia fazer isso. Mas também não posso simplesmente deixar que ele saia falando pela cidade que estou grávida dele!

- Eu... Eu não quero ser um monstro Carlisle. Mas, eu estou morrendo de ódio dele! Veja o que ele fez! Saiu bêbado pela cidade falando que estou grávida dele! Imagine o que devem estar pensado de mim Carlisle. O que devem estar pensando de você por deixar que isso tenha acontecido. Não acha que isso possa lhe prejudicar no hospital? Não acha que agora as pessoas olharão torto para nós?

- Eu sei Bella, e também estou com raiva, mas você sabe que matá-lo não levará a nada. Temos que ficar calmos e pensar no que fazer. Primeiramente, tenho que ir até lá desmentir tudo. E como um homem que se preze posso dar uma lição no garoto. Isso será difícil, vou ter que me controlar muito para não jogá-lo na parede com um simples soco. Também tem a possibilidade de eu quebrar seu pescoço, mas eu também poderia...

- Carlisle!

- Oh bem, eu acho que posso somente lhe ensinar que não se fala assim de uma senhorita respeitada como você não é?

- Eu acho melhor. Até porque se fosse para fazer outra coisa, eu já tinha pensado em algumas possibilidades sabe, mas eu realmente gostei da ideia de quebrar o pescoço...

- Bella!

- Está bem, está bem, já entendi, somente alguns socos sem força. – bufei irritada e ele riu.

- Agora eu vou até lá antes que eles passem a fofoca para outro estado! E você fique aqui, e por favor, esteja com os olhos fechados quando Vânia acordar!

- Será que ela vai lembrar?

- Com certeza sim, mas você pode inventar alguma desculpa. E eu vou salvar nossa honra. – ele olhou sério e seguiu para a porta quase marchando. Eu ri e fui me sentar no sofá ao lado de Vânia, e só para garantir já fechei os olhos.

Quando ela acordar eu posso dizer que ela ficou muito nervosa e desmaiou, e bateu a cabeça, e por isso acha que viu meus olhos vermelhos... Ela acreditará, provavelmente. Eu só espero que ela não peça para eu abrir os olhos... Eu não saberia o que falar se ela pedisse isso. Quem sabe, eu possa falar que eu não gosto que as pessoas vejam meus olhos, ela entenderia. E agora que Austin fez isso, como sua querida mãe deve estar? Com certeza isso acabou com qualquer classe que os Hilten tinham. Eu realmente espero que ela fique com tanta vergonha da atitude do filho que se mudem. Isso ajudaria muito, não só a mim, como a todos dessa cidade, que tem que ter uma mulher arrogante como aquela. Quem sabe se ela se mudar, eu e Carlisle possamos até ficar mais algum tempo em Florence... Eu realmente não queria me despedir de Edward tão cedo. Ele me cativava cada vez mais e tinha me prometido que se ele tivesse uma filha, o nome dela seria Isabella, e ele esperava que fosse tão bonita quanto eu. Um dia eu tinha saído de dia, para dar uma volta pela floresta, eu também não consigo ficar o dia inteiro presa em casa. E subi em uma árvore alta e observei a cidade, foi quando vi Edward e Elizabeth em um banquinho que tem na frente da mercearia. Suas mães deveriam estar lá dentro e eles aproveitaram para ficar juntos. Eles ficavam tão lindos juntos, e de repente Edward saiu correndo, Elizabeth ficou com uma cara tão triste coitada eu estava começando a ficar com raiva de Edward por ter feito isso quando ele apareceu correndo novamente, agora com algumas flores na mão. Ele entregou-as para uma Elizabeth muito vermelha e lhe deu um beijo na bochecha, se possível a deixando mais vermelha ainda, e então a mãe de Edward saiu da mercearia e eles foram embora e eu fiquei observado, Elizabeth cheirar as flores e sorrir até sua mãe também sair e elas irem embora.

Eles eram tão pequenos, e mesmo assim o amor que tinham parecia ser tão grande... Como podem, duas crianças ter um amor assim? O que tornava o amor deles ainda mais bonito, era pensar que eles não tinham malícia, que verdadeiramente gostavam um do outro, da companhia e não de outras coisas, como os adultos pensam. O amor deles era puro e sincero o verdadeiro amor de um homem para com uma mulher. Mas como poderiam eles, duas crianças ter encontrado o amor tão cedo, e eu nem sei se o encontrarei um dia, se algum dia serei como Elizabeth, que fica vermelha quando recebe flores... Bom, eu não posso ficar vermelha realmente... Mas será que eu era digna, de um amor assim? De ter um homem que me ame, e cuide de mim. Eu acho que sim... Acho que todos têm o direito de ser feliz, de ter um amor. Mesmo aqueles que erram, porque todos merecem uma segunda chance. Mas só algumas pessoas realmente a aproveitam... Será que o que aconteceu com Jacob valia como um erro de minha parte? Será que, se eu simplesmente tivesse me entregado a ele, agora eu não estaria feliz e apaixonada por meu marido? Mas mesmo assim ele iria se transformar uma hora ou outra... E se eu tivesse me apaixonado por ele, o que eu pensaria de meu marido ser um... Lobisomem? Eu aceitaria ou me afastaria achando que ele é um monstro? Muitas perguntas, que eu nunca saberei a resposta, e sinceramente não quero. Vânia começou a acordar do meu lado, mas eu já estava com os olhos fechados e não havia com o que se preocupar. Ela se sentou e quando percebeu que eu estava a seu lado gritou.

- Calma Vânia! Sou só eu, Isabella.

- Isa-Isabella... – ela veio e se ajoelhou na minha frente – Eu vi... Eu vi seus olhos e eles eram... Vermelhos. Eu estou ficando louca ou eles realmente são vermelhos?

Ri nervosamente.

- Acho que bateu a cabeça muito forte no chão Vânia, eu... Eu não abri meus olhos. Só escutei você desmaiando.

- Mas... Mas eu vi... Ou, eu bati a cabeça forte mesmo. Seus olhos vermelhos? Ah, devo estar ficando velha e caduca! – ri já mais aliviada de que ela não ia insistir muito.

- Imagine Vânia! Você é jovem ainda.

- Obrigada Isabella. Mas, agora fiquei curiosa, que cor são seus olhos? Você poderia me mostrar? – vai ficar feliz Bella vai!

- Éeh, sabe Vânia, eu não gosto muito de mostrar meus olhos...

- Oh, que indelicadeza a minha, me desculpe Isabella, bom, já estou melhor e vou começar o serviço. Imagino que Carlisle tenha ido à cidade...

- Sim, ele foi. E não se preocupe, não fiquei magoada.

- Sinto muito mesmo Isabella, agora vou parar de lhe perturbar.

Ela foi e limpou primeiro o meu quarto e depois seguiu para o de Carlisle. Eu fui para meu quarto, tratei de fechar a porta e peguei um quadro e pinceis. Meu quadro? Um Austin morto e cheio de sague em volta e eu do lado com um enorme sorriso no rosto. Eu realmente estava ficando louca. Vânia bateu na porta e eu corri esconder o quadro, afinal como uma cega ia pintar aquilo?

- Entre Vânia. – falei na minha melhor voz sem ressentimentos.

- Isabella, eu já terminei e vou indo. – eu assenti – Verei se a essa altura Carlisle não matou Austin ainda. – eu ri alto.

- Eu espero que sim Vânia. – ela riu e foi embora.

Logo que ela saiu peguei o quadro com Austin morto e pensei o que fazer com ele... Escutei Carlisle entrando e corri até a sala para falar com ele.

- Como foi Carlisle? Quebrou-lhe um braço? Quem sabe uma perna? Arrancou alguns dedos? Ah já sei, deixou uma linda cicatriz naquele feio rosto? – Carlisle somente riu.

- Não, não Bella, somente dei alguns socos e falei que se ele falasse alguma mentira sobre minha sobrinha novamente, ele morreria na hora. Ele estava tentando se esconder de mim imagina? Claro que eu segui o cheiro do álcool, o que me levou a Austin tremendo atrás de uma lata de lixo. Sinceramente não sei o que fedia mais. Alguns homens que estavam no bar vieram estavam atrás de mim, e viram-me batendo nele, mas nem fizeram menção de tentar impedir, ainda bem, porque se eles fizessem eu bateria em cada um que tentasse.

- Oh, senhor deixe-me salvar a honra de minha sobrinha. – eu ri, mas ele ficou sério.

- Sabia que tinha gente querendo vir lhe dar os parabéns já? – ele sorriu e eu parei de rir.

- Aquele desgraçado! Mas eu vou me vingar ainda, e já sei o que vou fazer. – Carlisle me olhou preocupado.

- Espero que não envolva nenhum de seus planos malignos Bella.

Eu contei-lhe meu plano e ele achou perfeito e que depois disso Austin ficaria tão traumatizado que ficara longe de mim, e nem mesmo falaria meu nome por ai. De noite quando Carlisle foi para o hospital, eu sai para minha vingança. Fui até a casa dos Hilten muito discretamente, era uma casa muito grande e muito bonita também. Vi uma janela aberta no segundo andar e percebi que o cômodo estava vazio, e logo entrei. Para minha sorte era exatamente o quarto de Austin. Peguei a folha que eu havia pintado o corpo ensanguentado de Austin, sem eu ao lado, eu não seria tão burra assim, e deixei em cima de sua cama, e quando ele estava chegando ao quarto eu pulei pela janela e cai com um baque surdo no chão. Antes que eu saísse correndo ouvi seu grito de mulherzinha e logo seus passos pela casa, ainda gritando. Corri para casa rindo depois daquilo. Acho que ele ficou realmente traumatizado, se ele não merecesse até sentiria pena dele, mas ele mereceu, então somente me divertirei. Cheguei à porta de casa, mas não estava realmente com vontade de entrar, então resolvi dar uma volta pela floresta e caçar. Eu estava entrando um pouco mais na floresta quando senti um cheiro... Conhecido. Vampiro. Antes mesmo que eu percebesse havia uma mulher na minha frente. Ela era mais alta que eu, e tinha cabelos castanhos claros, e tinha os olhos vermelhos, mas seu rosto parecia calma, então ela não deveria ser uma recém-criada. Vantagem pra mim, sou mais forte. Mas eu não sabia lutar realmente, e ela deveria saber. Ou não. Antes que eu pudesse pensar em ataca-la ela falou.

- Eu não quero briga, simplesmente vim até essa cidade para me alimentar, assim como você. – eu rosnei.

- Eu não vim até aqui para me alimentar, eu moro aqui. – ela riu.

- Ah, e você vai à cidade vizinha se alimentar então?

- Olha, eu não estou com paciência para ficar aqui perdendo meu tempo com você, então é melhor você dar meia volta se não quiser arranjar problemas.

- Olha aqui menina, quem acabou de arranjar problemas foi você com essa sua boca grande, eu vou embora, mas só para buscar meu clã que ficou a algumas cidades daqui enquanto eu vim passear. Nós somos cinco e você é uma então se preza essa sua vidinha medíocre, é melhor você sair da cidade. Dou-lhe dois dias. E antes mesmo que eu falasse alguma coisa ela saiu correndo. E agora, o que faria? Eles eram cinco, e eu não queria que Carlisle se metesse nisso. Olha o que ele foi arrumar, uma filha encrenqueira... Nós não podemos ficar aqui... E se... E se eles voltam e nos matam? O que adiantaria minha mãe ter suplicado tanto para Carlisle me salvar? Não, isso não podia acontecer, nós tínhamos que ir embora.

Voltei para casa e já comecei a arrumar minhas malas, uma mala na verdade, não havia porque colocar muita coisa terminei rapidamente e fui arrumar a de Carlisle. Arrumei as duas malas na sala e fiquei esperando ele chegar. Quando amanheceu e ele chegou, estava com um sorriso no rosto, mas quando viu as malas o sorriso logo se apagou e confusão e medo apossaram seu rosto.

- O que... O que houve Bella? Porque suas malas estão todas aqui? – ele não havia visto que uma era sua... Será que ele pensou que eu estava partindo? – Olha, eu sei que não deve ser divertido ter que fingir que é cega, mas, podemos nos mudar e ir para o Alasca e lá você não teria que... – Como eu pensei... E antes que dissesse mais alguma coisa eu falei.

- Carlisle, eu não estou indo embora. – seu rosto melhorou um pouco – Nós estamos indo embora.

- Por quê?

Eu contei toda a historia para ele, que achou totalmente certa a decisão de partir.

- Com certeza vamos embora Bella, não somos pareôs para um clã desse tamanho, e nem você nem eu sabemos lutar, e sou muito jovem para morrer. – nós dois rimos – mas, primeiro eu tenho que me demitir no hospital, e vender a casa.

- Você poderia fazer isso... Agora?

- Sim, posso dizer que você não se sente bem morando aqui mais, depois do que aconteceu, ninguém achará estranho.

Eu assenti e ele saiu de casa, eu dei algumas últimas olhadas na casa, e os quadros que eu havia pintado, em cada um escrevi: "De Isabella, para meus lindos e melhores amigos: Edward e Elizabeth Masen".

Peguei-os e levei todos na porta dos Masen, não havia ninguém na rua ainda, mas mesmo assim coloquei-os e sai muito rápido. Quando voltei Carlisle já estava de volta.

- Já me demiti no hospital, eles compreenderam e nos desejaram felicidades na próxima cidade. Agora vou cuidar da casa, e saiu novamente. Antes que eu percebesse ele já havia voltado novamente.

- Pronto, já podemos ir Bella.

Eu assenti, pegamos nossas malas e fomos até a cidade, onde pegamos um carro que nos levou até a estação de trem. Carlisle pagou e descemos, ele foi e comprou nossas passagens.

- Para onde vamos Carlisle? – ele sorriu.

- Para o Alasca Bella, hora de visitar velhos amigos.


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Notas finais do capítulo

eee, mais um cap *-*
espero que tenham gostado!
comentem pufavo
Beijos x3



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