Point Of View (ponto de Vista) escrita por Suzy Leal


Capítulo 8
Barrados pela chuva!


Notas iniciais do capítulo

Feliz 2011 pra todos vcs...
tudo de bão..
q 2011 venha repleto de paz e alegrias...
bjks



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-O que é isso nessa vasilha? –perguntou Jessica, que havia chegado com Ângela há pouco tempo.

-São bolinhos de chocolate. –falei abrindo a vasilha e oferecendo as meninas.

-Parecem muito bons. –apenas sorri.

-Estava pensando meninas que podíamos fazer as unhas o que acham? Eu tenho esmaltes bem legais aqui. –disse Alice.

-Eu bem que to precisando. Acho que vai ser uma boa.

Alice pegou seu estojo de esmaltes, nunca vi tanta variedade. Emily seria a primeira a fazer as unhas.

-Porque vocês se mudaram para Wigam? –perguntou Ângela, enquanto pegava mais um bolinho.

-Bom... meu pai sempre gostou dessas cidadezinhas do interior. Já moramos em Sunday Hope, mas foi aqui que meu pai encontrou segundo ele o lugar perfeito. –disse ela.

-E você já terminou os estudos? –perguntou Alice enquanto pintava as unhas dela de um rosa claro.

-É, eu fui para um colégio em Sun City. Enquanto William se formou em Sunday Hope.

-Você vai gostar daqui.

Eu tinha que ficar calada afinal não conhecia quase nada de Wigam.

-E você Bella!?

-Eu... ahn... o que você quer saber? –surpresa.

-Você é a prima do Edward. Certo? –perguntou Rosalie.

-Todos falaram da sua vinda pra cá... que moraria com seu pai.

-É... foi tudo muito repentino. –olhando para o chão, afinal eu nunca gostei de ser o centro das atenções.

-E o que você fazia lá? –perguntou Jessica.

-Bom... eu Source eu apenas estudava, tinha planos para alguma faculdade lá, algo como jornalismo. –falei ainda de cabeça um pouco baixa.

-Acho que é legal, mas eu prefiro moda. Quero ser designer. –disse Rosalie.

-Legal. E Vocês? – me virando para a Alice.

-Bom, eu quero ser veterinária. –falou Alice – eu gosto dos animais, sinto que se expressam de uma forma que eu consigo entender. –olhando para algum ponto distante.

-Pretendo sair de Wigam e estudar em Havard, quero cursar direito lá. –sorriu Jessica.

-É uma boa –sorriu Alice.

-E me disseram que lá tem muitos gatinhos. –disse Ângela um pouco tímida.

-Também ouvi falar isso. Mas como não teria, lá tem gente de tudo quanto é parte do globo terrestre. –falou Alice.

-Mas eles não são mais bonitos que os meninos daqui de Wigam. –falou Jessica.

-Isso é verdade, mal cheguei e já deu pra notar isso. –comentou Rosalie, eu fiquei calada, não sabia o que comentar.

-E começando pela família da Bella, seu primo é o maior gato daqui. –comentou Ângela.

-O Edward é mesmo um gatinho e ele é muito sossegado, ao contrário de outros por aqui. –completou Alice.

-Garanto que isso tudo é aparência. –comentei baixinho.

-Mas é verdade, ele é muito fofo e ainda foi super educado comigo, -então Rosalie começou a se gabar... aff... e blá... blá... blá... Edward pra cá, Edward pra lá... será que elas não vão se cansar de falar dele? E a Rosalie é a pior está se derramando por ele... isso é podre...

-Mas não tem só o Edward, -interrompeu Alice – tem o John e o Paul que também são muito gatinhos.

-Tem o seu irmão. –falou Jessica e todas caímos na risada.

-E também o irmão da Rosalie –falou Alice, me fazendo assustar.

-O meu irmão? É... já vi algumas meninas dando em cima dele... mas prefiro não comentar... E você Bella, quem acha o mais bonito daqui?

-Eu??? –hesitei por um momento –bom... eu acho o Tobey. –fazendo todas rirem novamente.

-Fala sério, quem você acha? –insistiu Alice.

-Ninguém em especial –acho que to ficando vermelha e eu nem sei o porque.

-Você já ta vermelha, tenho certeza que nesse mato tem cachorro, ou melhor tem um garoto. –Alice começando a desenhar florzinhas nas unhas de Rosalie.

-Na verdade não, sério mesmo.  

-E o seu primo? –acho que vou explodir de tão vermelha que devo estar.

-O que tem ele?

-Bom... você sempre está com ele, vão juntos a tantos lugares... e eu vi vocês dois de mãos dadas em frente a escola que o Tobey estuda.

O que????? Mas... como??? Que vergonha... essa é a hora em que eu procuro um buraco e me escondo dentro dele. Senti Rosalie me encarando de uma forma estranha, ela olhava intensamente pra mim.

-Ahn... mas isso não tem nada a ver. –quase engasguei. –tipo... o que você quer dizer com isso?

-Sei lá... eu só vi a cena. –explicou Ângela.

Engoli em seco... to pra morrer de vergonha e aquela loira gema de ovo não para de encarar.

Foi uma noite bem longa, mas foi legal fora a parte de ficarem me perguntando sobre o Edward e a Alice ficar querendo saber algumas coisas sobre o Jasper, tudo ocorreu bem. Fomos dormir quase três da madrugada conversando e comendo bolinhos e uma pizza que a Alice resolveu pedir.

-Você esta com cara de sono. –falou Edward assim que me viu.

-É porque ainda estou com sono. Eu já volto, vou pegar as minhas coisas.

-Vê se não demora.

Subi rapidamente até o quarto de Alice, onde as meninas ainda se arrumavam.

-Seu primo veio te buscar? –perguntou Ângela.

-É... –arrumando minha bolsa e já pensando na bomba que vinha.

-O Edward ta aqui? –perguntou Rosalie que foi respondida por um aceno de cabeça de Ângela.

-E ele veio buscar a Bella.

-Ele só veio me buscar porque eu não tenho carro ou qualquer outra coisa que se movimente. –falei.

-Ainda assim. Será que eu poderia ir de carona com vocês? –perguntou Rosalie.

-Mas... você ta de carro. –falou Alice.

-Oh... –fingindo um esquecimento –isso é verdade, eu havia me esquecido desse detalhe.

Engana que eu acredito... ahn ta...

-Meninas eu já vou, porque tem muita coisa pra ser feita hoje na fazenda e o veterinário irá ver a Suerte, então... até mais. –disse já na porta de onde todas acenaram pra mim.

-E manda um abraço pro seu primo. –falou a Rosalie.

Não falei nada, apenas fechei a porta e sai correndo dali.

-Você demorou. –disse ele assim que entrei no carro.

-Não se passaram nem 15 minutos.

-Na verdade se passaram 20. –disse ele ligando o carro.

-Não precisava contar os minutos –resmunguei. –além do mais isso não aconteceria se eu tivesse alguma coisa pra me locomover. E o veterinário já chegou?

-Ainda não. –falou ele enquanto saiamos da casa da Alice. - a propósito os bolinhos estavam muito bons. –disse ao ver a vasilha na minha mão.

-Hei... intrometido, você comeu sem eu nem te oferecer. –falei.

-Mas estavam bons. –sorrindo com cara de garoto levado.

-Aff ... Tudo bem... obrigada a Rachel que me ensinou.

-E como foi a festa do pijama? –perguntou ele.

-É... bem... engordativa eu diria... –então caímos na risada.

-Porque?

-Comi pizza, pipoca, bolinhos de chocolate, tomei refrigerante... não sei como não explodi.

-Essa não. –disse ele.

-O que foi?

-Uma boiada, -apontando pra frente. – acho que vamos ficar presos aqui.

-Como assim?

-É o gado do Baudelaire, eles tem muitas cabeças. –pensativo. –será que por aqui não tem nenhum atalho? –olhando para os lados. –vamos ter que tentar um caminho diferente para não comermos poeira.

-E por onde nós vamos?

-Ali –ele apontou dando a ré com o carro. –vamos ver se dá na estrada principal.

Depois de dar meia volta e seguir por uma estrada que eu considero estranha, andamos alguns quilômetros e não encontramos nada, olhava para um lado e para o outro e via apenas terra... poeira... alguns tufos de capim. E algumas montanhas ao longe.

-Tem certeza que esse era um atalho? Você ao menos sabe para onde estamos indo? –perguntei.

-Foi um palpite... é melhor do que ficar preso naquela boiada.

-Não sei se foi boa idéia, e ainda mais que ta parecendo que vai cair o maior pé d’água. –disse.

-É, o tempo fechou rápido demais.

-Melhor chegar logo na estrada principal porque isso aqui não vai ficar nada legal com chuva. –afinal estamos no meio do nada... oh... quero minha casa...

-Fique calma. –ele falou.

-E quem disse que eu to nervosa? Essa não... –havia começado a chover... isso não pode estar acontecendo... não era uma chuvinha qualquer mas já tinha começado uma chuva com pingos tão grossos que pareciam socos quando caiam no carro. –Isso é culpa sua.

-Culpa minha? Eu to apenas tentando chegar mais rápido em casa.

-Sei... seu falso... com essa chuva não da pra enxergar nada. Ta muito grossa. –estava extremamente preocupada.

-Acho que deve ter algum abrigo por ali.

-É... mas não para em baixo de uma arvore. –falei.

Que droga... agora tenho que ficar aqui... e ta chovendo muiitoo... não que eu não goste de chuva, mas quando você fica preso assim dá o maior medo, quanto mais que tava começando a relampejar.

-Acho melhor parar, não to enxergando nada –disse ele.

-Mas... nós vamos ficar aqui... –com cara de extremamente assustada – e... no meio do nada... –olhei para ele.

-E o que você acha que eu devo fazer? –perguntou ele.

-Não sei... me diga você.

-Olha Bella, ta chovendo muito, eu não to enxergando nada... pode acontecer algo pior, então... melhor se acalmar. –disse ele tirando o cinto de segurança e se recostando no banco.

-Ahn... –indignada. –eu não quero ficar aqui no meio do nada parada...

-Nem eu... mas... –falou ele me encarando.

-Aff... –bufei.

Encarei o que poderia ser dito como o ‘nada’, já que não dava pra enxergar muito bem. Mas não via a hora de sair dali, queria estar em casa.

-Vou procurar algum abrigo. –falei com a mão na tranca do carro.

-Que lugar. Melhor se acomodar ai, lá fora está frio a chuva está grossa.

-É melhor do que ficar aqui sem ter o que fazer. –falei já abrindo a porta do carro.

-Melhor fechar essa porta. –se endireitando no banco.

-Fui!

Ta.. muito podem pensar ser burrice, mas eu não queria ficar ali, estava desesperada com relação a chegar a minha casa. Chuva em casa é a melhor coisa que existe, mas chuva fora dela...

Ta... a quando a primeira gota caiu em mim eu me estremeci estava bastante frio. Estava tentando enxergar alguma coisa, andei um pouco e consegui avistar o que parecia uma luz branca, mas estava a uma distância considerável. Então andei mais rápido.

-É melhor você voltar ou vai pegar um resfriado. –disse Edward.

Como ele veio até aqui? Não me lembro de ter ouvido nada.

-Não... eu achei um lugar. Deve ter alguma casa por ali –apontei- você esta vendo a claridade?

-Sim... mas é melhor voltar para o carro, isso não vai compensar está muito longe.

-Impressão sua. – continuei a andar.

-Vamos voltar. –ele segurou meu braço.

-Não Edward.

-Bella. É melhor voltar.

-Já estamos encharcados mesmo. – me livrando dele.

-Você não vai continuar. –de repente ele pulou na minha frente.

-Sai. –falei.

-Não, vamos voltar.

-Já disse que não. –empurrando ele.

-Você não me deixa outra escolha.

-O que?

Argh... de novo não. Não acredito numa coisa dessas, ele me jogou em seus ombros, que coisa... e olha que eu engordei esses dias.

-Me solta Edward. –protestei.

-Estou fazendo isso para o seu bem. –andando o mais rápido que podia.

-Não é não.... aff... Edward. –comecei a bater nele, mas parecia que eu não tinha força e naquela posição também...

Quando chegamos ao carro ele abriu a porta e me desceu, me colocando em seus braços e me pôs dentro no banco, rapidamente deu a volta e entrou.

-Melhor você não pensar em sair novamente –falou quando movi.

-Porque está fazendo isso? Eu queria apenas achar um lugar melhor. –falei.

Ele apenas me encarou, enquanto pegava uma bolsa no banco de trás.

-Aqui tem algumas peças de roupa, melhor troca esse blusa.

Antes de me passar a bolsa tirou uma blusa para si. E do nada Edward tirou a blusa. Eu fiquei sem graça, então ele olhou para mim.

-O que foi? –perguntou ele.

-Nada –acho que devo ter corado, tudo bem... ele tinha até um corpo.... tipo... sarado... mas, nada comparado com Gerard Piqué (minha paixonite aguda, jogador do Barcelona). Ok... da até pra comparar sim. Mas... não nos deixemos enganar.

-Não vai trocar de blusa? –perguntou ele.

-Com você olhando? Nem pensar...-fazendo cara feia.

-Eu me viro... –falou se virando para a janela.

-E fecha os olhos também. –afinal né...

Enquanto ele estava virando para o outro lado procurei uma blusa, afinal estava encharcada.

-Mas aqui... só tem blusas enormes. –resmunguei.

-É o que tem –ele falou se virando e me encarando. –escolhe alguma mais grossa, assim você vai parar de bater queixo. –disse sorrindo.

Fiz um gesto para que ele se virasse novamente e peguei uma blusa que mais parecia uma coberta para mim.

-Está melhor agora? –perguntou ele.

-Melhor se estivesse em casa.

-Casa. –repetiu ele em tom sonhador. –essa não é a primeira vez que pego uma chuva forte assim. –comentou. –o melhor a fazer é esperar, já vi casos de pessoas morrerem por sua pressa insana.

Apenas escutei.

-Como era a sua vida antes de vir pra cá? –perguntou ele.

-Era... –pensei e respirei fundo –diferente... –e o encarei.

-Diferente como? –perguntou.

-Não sei... só diferente. –foi tudo o que comentei encostando minha cabeça no banco. – e você, como era sua vida... antes?

-Mais completa talvez. –falou ele.

-Como assim completa?

-Você já deve saber da história. –falou ele me encarando.

-Sua história? –ele apenas assentiu com a cabeça. –o Michael falou algo sobre seu irmão ter morrido, e só...

-É. Eles morreram em um acidente num dia como esse. –falou.

-E...?

-E... não quero perder mais pessoas por causa dessas chuvas repentinas. –falou ele. –já bastam eles, não quero que o tio Michael também sinta essa perda novamente.

-Ahn... –claro que fiquei sem o que pensar... o que falar e o que pensar ao ouvir algo assim? Deve ter sido difícil demais para ambos... além de que essa é uma das poucas vezes que temos uma conversa digamos

... civilizada.


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