Capítulo 1 - Californian dream - We were always just that close ( Nós sempre estivemos tão próximos )

O sol brilhava intensamente em La Push. Mal conseguia explicar minha felicidade com aquele tempo maravilhoso que fazia do lado de fora de casa.

Coloquei uma saia e uma blusinha qualquer e fui encontrar os meninos na casa do senhor Billy.

Todos já estavam lá quando cheguei e senti todos seus olhares em mim. Era sempre assim, eu sabia que era um tipo de musa pra eles. Bando de safados.

# Qual é, ela é minha irmã! # Seth, meu irmão mais novo, resmungou como sempre fazia. O resto apenas deu risada.

Todos eram mais velhos que Seth, portanto ninguém dava muita bola para o que o crianção falava. Passei pelo seu lado e baguncei todo o seu cabelo e ele ficou mais nervoso ainda. O coitado saiu bufando e todos nós caímos na risada.

# Como você é má Leah. # Embry comentou e eu sorri.

# Você ainda não viu nada meu bem. #

# Ô meu Deus! Chamou pro pau Embry! # Jacob bateu no amigo que revidou com um pouco mais de intensidade. Pronto, era o suficiente pra começar a briga de quem mostrava mais força. Garotos...

Então Sam entrou acabando com a festa de todos. Não sei ao certo o que Sam tinha, mas ele era como o líder no meio de tantos garotos. E aquilo me chamava muita atenção.

# O pessoal da escola deu a ideia de uma festa hoje na reserva, e aí? # Sam disse enquanto depositava uma caixa doze de cerveja. Não precisava nem esperar os garotos responderem, era óbvio que a festa ia rolar mesmo.

# Estou dentro. # Respondi me entrosando com os garotos novamente.

# Sabia que você ia curtir a ideia Leah. # Ele piscou para mim e eu sorri de volta.

Assim, quando tudo ficou resolvido, decidi voltar para casa e escolher alguma roupa boa para usar mais a noite. Afinal, eu senti algo diferente naquele olhar de Sam.

Podia ser loucura minha, mas que tinha algo ali tinha. E eu não ia perder essa oportunidade, se não meu nome não seria Leah.

...

O fato era que Sam sempre me atraiu de algum jeito. Quando eu tinha treze anos, costumava suspirar sempre que ele passava do meu lado com aquele corpo todo moreno. Não que eu não fizesse isso hoje em dia, qualquer garota faria, mas é que eu não era do tipo de se apaixonar por alguém. Ou pelo menos eu achava isso...

Ajeitei meu cabelo pela milésima vez em frente ao espelho. Seth já estava impaciente na sala me esperando. Olhei minha roupa novamente, a batinha branca estava ótima em cima do shorts. Sorri enquanto me olhava e gritei novamente para que o pirralho do meu irmão me esperasse.

# Pronto, já estou aqui seu bobo. # Olhei para Seth e me surpreendi. Tinha que ter alguém especial nessa festa para ele se vestir daquele jeito.

# O quê? Está tão ruim assim? # Ele perguntou todo preocupado me fazendo dar risada.

# Está ótimo, eu juro maninho. # Abracei-o pelo pescoço e beijei o topo de sua cabeça. # Seja lá quem você queira hoje, tenho certeza que conseguirá. # Achei que tinha escutado um obrigado bem baixinho, mas Seth não falou nada depois. Mesmo assim eu sorri, irmão bobo.

Saímos de casa e seguimos a trilha do som alto que já vinha da festa. Notei o quanto meu irmão estava nervoso, talvez ele fosse perder o bv. Eu nem sabia se ele era ou não, mas ele só tinha treze anos. E não me contava nada, então ficava difícil. Enfim...

Cheguei à festa e logo deixei Seth a vontade. Meus olhos varriam o local em busca de Sam. Sabia que se eu desse mole, logo um urubu estaria em volta dele preparando o bote.

Então o encontrei em um canto, do lado da mesa de bebidas, conversando com Embry. Ao menos não era uma garota. Caminhei naquela direção e Embry desceu o olhar em mim. Sam permaneceu discreto como sempre.

# Oi meninos. # Eu disse enquanto cumprimentava ambos com um beijo no rosto. Embry tentou desviar e me beijar na boca, mas fui mais rápida do que ele. Pra variar só um pouco.

# Você nunca aprende. # Sam disse enquanto dava risada do amigo. Embry se mancou e saiu, me deixando a sós com Sam. # Você está linda, Leah. #

# Obrigada. # Disse pegando uma cerveja na mesa. Olhei para Sam e me perdi naqueles seus olhos negros. Deus, como eu nunca tentei ficar com ele antes?

# Quer dançar? # Ele pediu assim que a música trocou e foi para uma relativamente mais calma. Gostei do pedido e aceitei na hora.

Fomos para um lugar que estava improvisado como pista de dança. Vários casais começaram a ir para a pista e me senti feliz por estar acompanhada de Sam.

No começo foi bem estranho envolver meus braços em seu pescoço e sentir os seus em minha cintura nua. Fomos criados juntos, desde criancinhas. Mas a questão aqui era que ele tinha se tornado um homem maravilhoso e eu só estava reparando isso agora.

Depois eu comecei a sentir seu cheiro me invadindo, seus braços me apertavam com tanta firmeza enquanto íamos de um lado para o outro apenas acompanhando o ritmo da música.

Chest to chest Nose to nose Palm to palm

Peito com peito

Nariz com nariz

Mão com mão

Nossos olhares se cruzaram já que levantamos a cabeça ao mesmo momento. Por um momento me lembrei que meu plano hoje seria dar em cima de Sam até ele não aguentar mais, mas com aquele olhar eu vi que tudo seria diferente.

Encostei minha testa na sua e fechei meus olhos apenas sentindo o momento. Leah Leah, quem diria.

# Como é que eu nunca percebi? # Ele perguntou com a boca quase colada na minha. Meu coração acelerou e eu me esqueci completamente da onde eu estava. Pra mim era só eu e ele. Eu e Sam dançando juntos e descobrindo sentimentos.

We were always just that close

Wrist wrist

Toe to toe

Lips that just felt like the inside of a rose

Nós sempre estivemos tão próximos Pulso a pulso Dedo a dedo Lábios que pareciam o interior de uma rosa

# Talvez... # Ele não me deixou continuar. Assim que entreabri meus lábios, senti os seus pressionando os meus. Era uma sensação incrível, muito melhor do que beijar qualquer garoto que tinha beijado até hoje.

Pousei minhas mãos sobre seus cabelos enquanto ele ainda mantinha suas mãos apertando firme minha cintura, aproximando cada vez mais, se possível, nossos corpos.

# Vem cá, vem ver só! # Eu ouvia uns cochichos, mas não identificava nenhum som direito. Eu só pensava no beijo que recebia de Sam, no quanto tudo aquilo era bom.

Paramos para recuperar o fôlego e aí eu notei que a nossa volta todos nos olhavam, inclusive Seth.

# Cara, que nojo! # Ele disse.

# O Sam finalmente pegou! # Quil gritou me fazendo revirar os olhos. Será que ninguém podia cuidar apenas de suas vidinhas?

# Isso merece uma comemoração! # Ouvi Jacob chegando de longe carregando uma garrafa de cerveja. Depositou essa no chão e logo depois segurou meu corpo e tirou meus pés do chão.

# Ei, quê isso?! # Ele me ignorou e continuou me carregando. # Jacob, me coloque no chão, já! # Comecei a socar suas costas, mas nada surtia efeito. Levantei a cabeça e notei que o restante dos meninos tinha trabalho para arrastar o Sam.

Quando finalmente paramos, entendi a ideia dos garotos. Pena que já era tarde demais para reagir.

Apenas deixei que me jogassem na água e logo depois senti o baque de Sam sendo jogado ao meu lado. Voltei à superfície e esperei que ele voltasse também. Sam estava lindo com os cabelos molhados.

# Vocês não tem amor a própria vida. # Sam segurou minha mão e me puxou de volta para terra firme. Os garotos apenas me olhavam de cima a baixo.

# Quando ele reparar vai ficar puto brother. # Embry tentou cochichar, mas o seu cochichar era exatamente igual a um grito. Sam escutou e ameaçou-o caso não falasse. # Olha pra ela. #

Olhei para mim no mesmo instante que Sam fazia o mesmo. Droga. Esqueci que estava de blusa branca, que agora era mais transparente do que estar sem blusa. Meu sutiã vermelho gritava e fazia os garotos suspirarem, e Sam gritar.

# TIRA O OLHO! # Ele gritou e os garotos saíram correndo, cada um para uma direção. Sam ficou louco. # Toma. # Sam puxou a sua camisa e esticou-a para mim. Sorri em agradecimento e beijei seu rosto.

# Obrigada. # Tirei a blusa ali mesmo notando o deslumbramento em seus olhos. Segurei a risada de sua cara de bobo e vesti sua blusa, que de tão grande vinha parar em meus joelhos. # Acho que estou parecendo um mano. #

Ele deu risada e aproveitei a brecha para roubar um beijo seu. Sam assustou-se no começo, mas logo se concentrou em retribuir meu beijo. Sorri em cima de seus lábios. Quem diria Leah, você e Sam, juntos assim. Eu pensava enquanto me perdia em tanto carinho.

So confused when I asked you if you love me But I don't wanna seem so weak Maybe I've been California dreaming

Tão confusa quando te perguntei se você me amava Mas eu não quero parecer tão fraca Talvez eu tenha tido meu sonho californiano

# Acho melhor eu voltar pra casa. # Tentei separá-lo, mas foi em vão. Beijamo-nos mais uma, duas, três vezes e só parávamos para buscar ar novamente. Enquanto Sam brincava com a pele nua de minha cintura, eu me concentrava em contornar os músculos em desenvolvimento dos seus braços.

# Fica mais um pouco. # Ele pediu baixinho enquanto marcava uma trilha de beijos do meu pescoço até meu ombro.

# Sam... # Disse tentando me controlar. # Meu pai me mata se souber que fiquei esse tempo todo com você. Aliás, ele mata você. #

# Não tenho medo Leah. # Ele segurou minha mão firme. # Mas tudo bem. Eu te levo até sua casa. #

E caminhamos assim até minha casa. No caminho, encontramos os meninos que riram maliciosamente em nossa direção. Bando de virgens.

E quando viramos a última casa ao lado da minha, separamos nossas mãos. Meu pai morreria de saber que sua menininha estava crescendo.

# Espera um pouquinho aqui. # Beijei seus lábios e entrei em casa com cuidado para não fazer barulho. Tirei a rasteirinha e fui em direção ao meu quarto. Abri o armário e peguei uma blusa qualquer. Tirei a blusa de Sam e dobrei-a.

Fui para fora da casa com o mesmo cuidado para não acordar meus pais. Sam esperava um pouco distante para não ser visto.

# Obrigada. # Estiquei sua camisa e ele logo a colocou. Sentiria falta de vê-lo sem camisa.

Então ele me beijou e saiu correndo para encontrar os meninos. Provavelmente falar de como foi a pegação. Dei risada e entrei em casa, mais feliz do que o comum.

N/B:

Prefiro não falar sobre a madu aqui, vou deixar para fazer uma homenagem digna a ela quando terminar (finalmente) a Keep. Só posso dizer que sinto a sua falta e gostaria muito que você pudesse dar seus comentários ótimos nessa fic. Rest in piece...

Agora sobre a fic. Oh Deus! Culpem a Byzinha, juro, tudo culpa dela. E não tem como eu começar a primeira nota dessa fic falando sobre a fic que me inspirou. Fire Bomb (da Byzinha, duur.) é a melhor fic ever sobre esse casal. Quem sabe a minha seja melhor? KKKK, fake. Ela vai me killar u.u.

Acho que já falei pacas no aviso (?) sobre meus problemas para escrever com a Leah. Acho que esse capítulo não ficou tão ruim, mas morro de medo das reviews. Critiquem a vontade, mas por favor, com respeito. É só isso que peço.

De resto, espero que gostem e me acompanhem nessa nova aventura/desafio. Próxima semana eu posto, depois do Natal, claro. Ou quem sabe dependendo das reviews eu não adianto? Depende de vocês honeys. Love everybody. Beijinhos!