Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 27
Capítulo Vinte e Seis: Explicação


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, espero que gostem e obrigada por ler.
Beijos



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Capítulo Vinte e Seis: Explicação

Respirei fundo.

—Antes, você tem que me prometer uma coisa.

—O.K, o que for. —Apertei os olhos, talvez nunca fosse me perdoar se algo desse errado. O que eu tinha a falar, a verdade que ele queria, era tudo o que eu sabia sobre o Céu e Inferno, não poderia entrar em detalhes, poderia matá-lo.

—Somente ouça, não faça perguntas, nunca. —surpreso ele assentiu— O que tenho a dizer, Justin, é a verdade do Universo, são coisas que vão além da compreensão humana, coisas que Deus construiu com as próprias mãos, regras que não podem ser quebradas, um erro meu, ou de qualquer outra criatura da minha raça pode causar um algo terrível, algo que pode acabar com a vida, mesmo de um anjo. —Citei, seus olhos estavam fixos em mim.

—Tudo bem, sem perguntas.

—Estou falando sério, Justin. Talvez você não entenda nada do que  vou falar, a curiosidade pode custar sua vida. —Agora um pouco assustado, ele assentiu outra vez, respirei fundo, me lembrando das horas que perdia ouvindo Gabriel falar.

Apertei os olhos, sem saber por onde começar, ele apertou minhas mãos gentilmente.

—Me diga por que desceu.

Suspirei, já era um bom começo.

—Miguel me mandou até você graças aos seus eventuais desvios de caminho, eu tentava ajudá-lo pelos seus sonhos e algumas mensagens em sua cabeça, mas nada estava funcionando, então desci para tentar lidar melhor com isso, apesar de que estava bem irritada por ter descido.

—Irritada por quê? —Perguntou, abaixei os olhos, um pouco envergonhada pelo meu antigo comportamento.

—Não gostava do mundo humano. Sempre achei tudo muito mundano e sem nexo, não via sentido no que faziam aqui embaixo, poucas coisas eu relevava. —Justin ergueu as sobrancelhas, os olhos castanhos me fitando. —Fiquei mais irritada ainda quando entrei na sua multidão de fãs. —Franzi o cenho, me lembrando de como era incomodo, os corpos me empurrando na mesma direção, gritos e choros exagerados.

Ele sorriu.

—Ciúmes?

—Acho que não no momento, estava muito irritada. Mas, olhando agora... Talvez, um ciúme inconsciente. —Admiti, Justin aproximou o rosto do meu, encostando os lábios na minha testa.

—Eu sei que disse para não fazer perguntas mas... —Fiquei na defensiva, temia por ele.

—Sim?

—Como fica tão gelada? —Aquilo era surpreendentemente ingênuo, não o que eu esperava, minha temperatura n~qao era exatamente o ponto mais confuso em mim, talvez minha estrutura óssea diferente, ou como eu conseguia esconder minhas asas “sob” minha pele ou até o que mais estava esperando: “Como era o Céu?”

—Aham, bom... Minha temperatura é mais baixa graças ao fato que minha alma é, bem... Maior e bem mais liberta que a de um humano, isso faz com que eu perca um pouco da minha massa. De onde venho, não temos massa, Justin, somos feitos de Essência, nada mais que isso.

—Como um fantasma? —Tentou ele, ponderei.

—Mais ou menos isso, não somos feitos da mesma matéria. —Ele ficou confuso, puxou minha mão para perto dos lábios, beijando minha palma.

—Mas você parece feita de ossos, carne... Bem, você definitivamente não é igual as outras, foi feita para mim, mas... Bem, você entendeu. —Sorri, Justin sempre gostava de deixar claro o que era dele ou não, mesmo quando se tratava de um pessoa e, pensado de uma certa forma, era verdade, eu era dele. Justin tinha a capacidade de me dispensar, bastava ele deixar claro que não precisava de mim.

—Minha Essência foi transformada em algo que o mundo de vocês possa aceitar.

—Essência? —indagou olhando em meus olhos. —E por que você está brilhando? —Seus olhos me contornaram, ele enxergava o meu brilho.

—Essência é do que, eu, David e os outros anjos são feitos. Como vocês são feitos de energia, átomos, células, ossos, músculos, nós somos feitos de Essência, o motivo do brilho é por que... Estou mais próxima do céu, algumas cosia tem acontecido e eu tenho aumentado minha ligação com ele.

—Por quê?

Franzi os lábios.

—Tem algo serio acontecendo lá em cima, e eu tenho coisa para fazer, alem de cuidar de você, Justin. —Ele recuou um pouco, virando o rosto para o leste, conseguia ver a silueta da casa de Micaela a única casa abeira da praia. Vivíamos um pouco isolados ali, só tínhamos mais casa em um raio de 3 quilômetros para os dois lados.

—Pensei que... Cuidar de mim fosse seu trabalho em tempo integral. —Choramingou, sorri e levantei os olhos para o céu estrelado, analisando as estrelas.

—Esse é meu trabalho, Justin. Mas não nasci somente para isso, tenho outras responsabilidades, e algumas delas estão necessitando de mim agora.

—Então me diga outra coisa que está fazendo? —Respirei fundo.

—Tenho que treinar Sebastian. —senti seus músculos se enrijecendo, apertando mais minhas mãos, ele abaixou a cabeça, somente a menção do nome e Sebastian parecia irritar sua mente quase que instantaneamente. —Eu sei que não gosta da idéia, mas não escolho minhas missões, sou somente incumbida de cumpri-las da forma mais eficiente e rápida possível.

—Tinha que ser ele?

—Sebastian é de uma raça rara, Justin, e parece disposto a nós ajudar, sendo o que ele é, não negamos qualquer coisa que o leve mais para o nosso lado.

—Raça? Pra mim ele só é um desgraçado qualquer, não tem raça para isso, Say. —Um sorriso puxou o canto da minha boca, ciúmes. Não devia gostar disso, mas, eu sentia como se fosse um tipo de sinal de que ele se importava comigo.

Ignorei seu comentário.

—Sebastian é um Híbrido, a mistura entre Celestial e Caídos. —balancei a cabeça, me lembrando do pouco que sabíamos dos Híbridos. — Eles não deveriam nascer, seus pais, são constituídos de matérias opostas não deveriam nem mesmo conseguir se unir, mas em alguns casos, raríssimos, eles conseguem e uma criança nasce dessa junção, que infelizmente não vive por mais de 3 anos, seu corpo se autodestruí, mas Sebastian... —Justin olhou meu rosto, observando desgostoso minha expressão curiosa— Não fazemos idéia de como está vivo. E não queremos que mais vidas se percam.

Ele ficou calado e largou minhas mãos, largando-as na areia.

—Então... Quer dizer que ele pode morrer a qualquer hora?

—Sim, por que a... Justin! —Repreendi, ele não devia ser pensar em cosia desse tipo,a morte de outra criatura não devia deixá-lo feliz.

—Quê? —Desviou o olhar, me escondendo um sorriso debochado e cruel.

—Não devia ficar feliz com isso. —Disse, tentando achar seus olhos, coisa que ele me negou continuou olhando para o lado.

—Por que não? —a pergunta me pegou de surpresa. Ora, não era obvio? Me inclinei um pouco para ele, mas não consegui responder, Justin  se virou em minha direção, os olhos queimavam com alguma emoção que eu desconhecia. —Ele te beijou, não foi? Não posso ficar com raiva do cara que tentou me tirar a vida?

Alma de Justin ondulava brilhante aos eu redor.

—Ah, Justin...

Ele se aproximou, me deitando sobre a areia fria, deitou seu corpo sobre o meu, beijando de forma ele meus olhos, nariz e boca.

—Não conseguiria viver com você longe, Say. Não é a mesma coisa sem você por perto, não mais. —disse me envolvendo em volta de sua alma ondulante, passei os braços em sua cintura; sentia seu medo agora. —Não quero perder você, não posso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tá bom?
Bjs



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