Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 14
Capítulo Treze: Ócio


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulos meus amores!
Espero que gostem.
Bjs



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Capítulo Treze: Ócio

Ele abriu os olhos devagar, e me encarou abrindo um sorriso, feliz por eu ter cumprido minha promessa.

—Vamos, acorde. —Ele se levantou, sem a camisa e percebi que, Justin era bem diferente de Sebastian, seu corpo era liso, só com poucos músculos amostra, apesar de ter algo que eu não via no hibrido, ele era mais... Sutil, mais humano. Era uma coisa que nos, os anjos, prezávamos demais nos humanos, sua capacidade de ser tão nobres como o Nosso Pai, mas também serem tão cruéis como... O Quarto Arcanjo... Lúcifer.

—Tudo bem, vou tomar um banho. —Ele sorriu e se aproximou de mim dando um leve beijo em meu rosto. Sai do seu quarto, encontrei Mike no meio do caminho, segurou meus ombros e sorriu, como todos no caminho, percebi que estavam relaxando.

—Hoje estamos livres. Vou ver Meg! —Me disse e saiu da minha frente feliz indo atrás de um telefone, Sebastian parou perto de mim e me olhou.

— Temos o dia de folga? Comecei bem. —Ele riu e trançou as mãos na nuca, dei de ombro e olhei em seus olhos.

—Vai fazer o que? —Perguntei, eu nunca tinha ficado sem fazer nada. Sem uma obrigação, Justin estava seguro, e eu não tinha absolutamente nada a fazer.

—Vocês não têm intervalo lá em Cima?  —balancei a cabeça para Sebastian. — Bom, eu vou lá pro Central Park, andar de skate, tá a fim de ir?

—Tenho um compromisso com Phil. —Discorri me lembrando e olhando para a alegria das pessoas naquele corredor.

—Phil? Quem é Phil? —Perguntou Ryan aparecendo atrás de mim, me virei sorrindo para ele.

—Um senhor que eu ajudei a alguns dias, vou visitá-lo no asilo, hoje. —Respondi, ele ficou me analisando e depois deu um sorriso orgulhoso.

—Com um tempo livre, vai fazer companhia a um idoso? —Assenti com veemência.

—Ele é um senhor nota 100. —Disse Sebastian sorrindo, ele estava se deixando levar e isso era ótimo, para um primeiro dia. —Posso fazer uma visita a ele?

—Claro! Tem milhares de pessoas lá, quem sabe não faz um amigo. —Sebastian franziu o lábio, vendo que eu tinha percebido seu eventual progresso momentâneo depois da conversa que teve com Phil, desviou os olhos, irritado.

—Por que não leva Justin também? —perguntou Ryan— Vai fazer bem para o garoto.

—Se ele estiver disposto a ir.

Momentos depois de Ryan sair para chamar Justin, ele apareceu com um sorriso, feliz pro passar um tempo comigo, mas ele estava tendo uma idéia errada, pensava que era só uma mentira, que ia poder ficar comigo. Bom, ele ia ter uma surpresa, chamei Micaela, que me disse onde deveríamos encontrá-la.

Micaela era uma boa amiga e era um dos anjos mais sinceramente divertidos que eu tinha chegado a conhecer, bom eu sabia que podia contar com ela, nunca chegamos a lutar juntas por ela ser uma Profetisa e não uma Chama, seus poderes nos ajudavam no campo de batalha, sim, mas ela ficava longe dele ou no máximo fora da guerra. Entramos no carro, Justin foi dirigindo, Sebastian do lado, relaxado.

—Hum, Justin?

—Hã? —Perguntou se virando sorridente para mim.

—Pode parar na frente da Mcdonald? Tenho que pegar uma coisa — Falei inocentemente.

—Claro. —O caminho até a lanchonete foi tranqüilo, ele parou bem na frente, passei para o lado, a porta se abriu e Micaela entrou jogando o cabelo para o lado.

—Ah! Qual é! Ela não! —Reclamou Sebastian frustrado, jogando o tronco para frente, dramaticamente.

—Estou tão feliz e lhe ver quanto você vem me ver. —respondeu ela sem olhar para ele. —Prazer Justin, Saray me falou de você. Jurava que estava brincando, mas você é bem real. —Cumprimentou ela, Justin deu um sorriso forçado tentando se acostumar com seus olhos, se virou para frente, cantando pneus.

Na viagem até o asilo, Sebastian e Micaela foram fazendo insinuações um do outro, tentando inutilmente afetar um ao outro eu continuava rindo com esses comentários, Justin não entendia.

—Quem está usando “Infernus”? Tenho alergia a esse perfume. — Alfinetou Micaela depois de alguns minutos de silencio. Neguei com a cabeça, realmente me divertindo com aquilo.

— Seu olfato está ruim querida, é um dos melhores perfumes que tem. Já ouviu o slogan? “Se o inferno tem cheiro de pecadores, seja tentação. Use Infernus”. —Prendi minha respiração para não rir, mas não tive tempo para pensar.

—É ali.

Descemos do carro e fomos em direção a porta, o lugar tinha gente, mas não muitas só algumas pessoas, incluindo uma mulher fumando do lado de uma senhora paralitica sentada no jardim, aquilo a agoniou e andei até lá.

—A senhora poderia não fumar aqui? —Perguntei doce, a mulher fumante, os cabelos com uma tintura alaranjada, em olhou de cima a baixo.

—Por que eu deveria? —Com um sorriso, respondi.

—Por que está dentro de um asilo cheios de idosos que necessitam de carinho —comecei— e alguns tem problemas respiratórias e a fumaça do cigarro não está só a matando está piorando a situação todos ao seu redor, se quer acabar com suas magoas por que um cafetão que a senhorita acha que ama, não lhe deu bola e foi ficar com uma prostituta, lhe aconselho a começar a rezar e parar com esse vicio nocivo que está prejudicando a todos e a senhora. —A senhora ficou me olhando, surpresa e constrangida decidiu jogar o cigarro no chão apagou com a ponta do salto alto de má qualidade.

—Como você... Sabe disso tudo? —Perguntou para mim, ajeitei meu tronco e sorriso.

—Mágica, se a senhorita me der licença... —Sai de perto e fui em direção ao centro do jardim quadrado, procurando por Phil, o vi de costas, sentado em um banco de mármore do lado de uma senhora, me aproximei por trás dele e tapei seus olhos com as minhas mãos.

—Adivinha quem é! —Brinquei, as mãos flácidas tocaram minha mão. Percebi que, com Phil, eu era mais humana, mas... Divertida

—Anjo! —Coloquei meu rosto em seu ombro, sorrindo abertamente para ele, beijei sua bochecha macia e delicada.

—Eu disse que vinha. —Passei para seu frente, ficando de joelhos, sorri para a mulher ao seu lado, sua expressão era de susto quando me viu.

—Ela é tão bonita que dói. —Falou à mulher que deduzi ser Ofélia, pelo jeito que Phil olhou com carinho para a senhora de cabelos pintados de um loiro forte e os olhos de um castanho escuro muito bonito, os lábios bem vermelhos.

—Eu lhe disse, minha Ofélia, ela não é linda?

—A senhora também é muito bonita.

— Ah, senhora nada. Me chame de Ofih,querida. —Dei uma risada e fiquei olhando para eles.

—Ora, ora. Quem é essa senhorita tão encantadora? — Falou Sebastian se aproximando.

—Ofélia, se apaixonou Sebastian? —Perguntei rindo.

—Ela é muita coisa pro caminhãozinho dele, Saray. —falou Micaela, se aproximando. —Prazer, me chamo Micaela.

 Todos nós, incluindo Justin, rodeamos o casal, ficando em uma conversa fluente e simples.

—Tenho respeito, não iria estragar o amor que Phil tem por ela, não sou tão ruim Micaela. —Se defendeu Sebastian, se sentando ao lado de Ofélia, cruzando as pernas teatralmente. Micaela se colocou ao meu lado, conversando com Phil também, percebi eu Justin conversava com os dois também, Phil e Ofélia nem mesmo perceberam quem ele era.

Às 3 horas da tarde, Sebastian admitira ter subestimado a diversão que um casal apaixonado poderia exalar, Micaela estava feliz, tinha conversado horas com uma senhora chamada Mariah, eu estava em companhia de Phil que segurava carinhosamente minha mão e conversava com todos nós.

—Quem diria que existam jovens como vocês. —Falou a moça que estava de plantão, olhando para nossa roda.

—É, somos raras não é, Saray? —Falou, cortando propositalmente Sebastian e Justin do grupo, o Mestiço abaixou o braço dela estendido para mim e falou:

—Tenho a impressão que você não gosta de mim. — Indagou semicerrou os olhos, Micaela deu de ombros e virou o rosto para Mariah,que já tinha e aproximado em sua cadeira de rodas .

—As garotas são as melhores, não é Mariah? —Todas nós, as garotas, rimos e concordamos  com a cabeça, Phil, Sebastian e Justin se entre olharam.

—Eu também estou de fora, anjo? —Perguntou Phil para mim, dei um sorriso e segurei sua mão

—Não, você é exceção da regra, meu querido. —Respondeu Ofélia.

Às 4h 35min da tarde, as enfermeiras e voluntárias responsáveis pelo asilo nos pediram para ir. Nós despedimos dos nossos novos companheiros, Phil me olhou, os olhos cor de chuva, cheios de carinho, beijei sua testa e dei um sorriso.

—Vai ter mais sinais meus, prometo. —Ele fez que sim, com algumas lágrimas escorrendo na pele flácida, manchada e rosada de seu rosto.

—Não duvido mais disso, anjo. Sei que vai fazer o que me prometeu. —Me disse em uma voz chorosa e gentil.

Quando estávamos entrando no carro, Justin resolveu que deveríamos comer.

—Que tal a gente parar na Mc? —Perguntou ele, Micaela me olhou.

—Não sei se é uma boa idéia. — Falei, tentando lembrar a ele o fato dele ter milhares de paparazzi atrás dele, logo que percebeu, seu sorriso diminuiu.

—Mas acho que não impende de nós três irmos. —Falou baixo Sebastian para mim e para Micaela, mas não esperava que Justin escutasse.

—Eu deixo vocês lá. —Disse mínguo, olhei em seus olhos leves e um pouco tristes.

“As vezes essa historia de ser famoso não ajuda em nada”

Dei um sorriso reconfortante para ele, que me devolveu, olhando meu rosto, se sentindo um idiota por não poder sair comigo como um cara normal, apesar de não haver ligação com a sua vontade, Justin tinha uma inclinação muito grande a tomar a culpa em seus braços.

 Depois que ele parou o carro na frente da lanchonete, saímos do carro, mas ele pegou minha mão, me puxando carinhosamente para baixo, beijou de leve meus lábios, ainda fechados, seu corpo se dobrou para mim, querendo prolongar aquilo, dei um sorriso e sai de seus lábios.

Ao entrar no lugar, sentiu uma onde de enjôo me contaminar, varias pessoas comiam felizes grandes pedaços de pão alface, tomate, queijo e carne junto com um tipo de bebida energética, meu estomago embrulhou, dei um passo para trás, querendo sair dali.

—Que matadouro é esse?  —Perguntou Micaela indignada.

—Uma Mcdonald, a melhor lanchonete do mundo!

—Aquilo é carne? —Perguntei minha voz embargada pelo nojo e repulsa, Sebastian fez que sim com a cabeça.

—Que horror... Quantos animais foram mortos pra fazer isso?

—Eu não vou comer aqui, renuncio a tudo isso. — Falei cobrindo a boca com a costa da mão.

—Qual é! É bom, provem pelo menos. —O encaramos, pegando cada uma um braço e obrigando ele a sair de dentro da lanchonete.

—Vamos a um restaurante chinês.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tudobem?
Bjs



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