PDV Edward.

– Tive noticias de uma medica que relatou ter atendido uma garota parecida com a Bella no hospital! – Carlisle entrou dentro de casa correndo enquanto anunciava a novidade.

– Serio? - perguntei contente, mas ao mesmo tempo preocupado – Mas ela ta bem? – por que será que ela havia ido ao medico, será que esta muito doente?

– Sim, mas o que eu descobri me deixou surpreso.

– Desembucha pai, o que a Bellinha tem? – perguntou a Alli demonstrando a mesma agonia que eu sentia.

– Ela...”

–-*--

– Ela, o que? – gritei com Carlisle.

– Ela esta grávida.

O copo que estava na minha mão desabou no chão...

Grávida? Não acredito, não posso acreditar que ela esta grávida e morando longe de toda a sua família logo no momento em que ela mais precisa de nós e o pior como eu pude abandoná-la nesse momento??????

Eu queria falar alguma coisa, mas não conseguia, meu cérebro não obedecia as minha ordens, eu permaneci parado, como se tivesse imobilizado.

– Edward, filho, você esta bem? – Escutei a voz de Esme, mas não conseguia responder, eu vi todos se apavorando com a minha situação mas simplesmente meu corpo não obedecia ao meu comando, o estado de choque tinha se apoderado do meu corpo.

– Carlisle, o que esta acontecendo – escutei Esme perguntar a ele preocupada.

– Ele entrou em estado de choque. Vamos tentar sentá-lo no sofá.

– Ela... Ela... não... pode.. estar... sozinha... – meu desespero e preocupação eram enormes. – Ela precisa de nós.

– Eu sei querido, mas não temos como encontrá-la. A policia esta empenhada ao máximo nas buscas, mas tiveram nenhum sinal dela. Nada que realmente possa ser útil. Todos os telefonemas que receberam foram trotes de pessoas que com toda certeza não tem coração.

– Edward, todos estamos querendo a Bellinha de volta e agora mais do que nunca, por que se antes ela já precisava da gente, agora então com a descoberta dessa gravidez que ela precisa mesmo de todos nós.

Tririmmm tririmmm.

Por que o telefone só toca nas horas mais inapropriadas?????

Carlisle que estava mais próximo correu para atender.

- Alo?

- Onde? – ele perguntou a pessoa do outro lado da linha – Mas esta...? – a voz dele foi enfraquecendo e as feições foram ficando cada vez mais triste. – e você precisa que eu vá para ai para... sim... okay, eu entendo.

- Então, quem era? Alguma noticia dela? – Perguntei angustiado.

- Encontraram uma garota que pode ser a Bella... – ele começou a responder.

- Como assim pode ser a Bella? Não podem perguntar à ela o seu nome? – Alli perguntou.

- Não, por que ela esta morta e não conseguiram identificar o corpo.

Meu mundo acabou de desabar nesse exato momento, eu não senti meus pés no chão, meu estomago estava embrulhado e minha cabeça doía forte até que tudo sumiu.

Edward, venha até mim meu amor, venha, eu estou aqui.

Eu escutava a sua voz mas não sabia de onde vinha, isso me atormentava.

Bella, onde você esta?

Aqui, meu anjo, venha me buscar!

Onde? Onde? BELLA??????

– Edward,meu filho, acorde!- escutei a voz da minha mãe enquanto segurava minha mão. – Edward se acalme, querido.

- Bella? – acordei a chamando.

- Querido, aclame-se – Carlisle falou comigo. – Tenho certeza de que não é ela. – Ele disse tentou passar uma falsa segurança, mas de nada adiantou, pois no seu rosto podia-se ver o desespero de perder sua filha.

- Carlisle eu sinto muito... – Isso era culpa minha, se não tivéssemos brigado isso não teria acontecido. – Isso tudo ta acontecendo por minha causa...

– Nem pense nisso Edward, isso não é culpa sua e logo , logo, nós teremos a Bella de volta em nossa casa. Isso tudo vai se esclarecer. – ele levantou-se do lado da minha cama e se encaminhou para a porta.

– Aonde você vai? – perguntei ainda meu desnorteado.

– Fazer o reconhecimento na delegacia.

Levantei-me correndo da cama.

– Posso ir junto? – perguntei esperando que a resposta fosse sim, não agüentaria esperá-lo voltar para ter uma resposta.

– Não – ele respondeu friamente.

– Por que não?

– Porque você precisa descansar.

PDV Carlisle

No caminho para o IML, minha mente vagava em pensamentos, eu rezava para que não fosse ela, mas ao mesmo tempo queria encontrá-la, ter minha filha nos meus braços era tudo que eu queria e precisava naquele momento.

Ultimamente é cada vez mais comum ver os pais enterrando os seus filhos, mas não podia suportar esta idéia, ver o caixão descendo, com minha menina dentro dele, era algo insuportável, ver uma jovem que começava a viver tendo a vida roubada tão precocemente.

As lagrimas escorriam pelo meu rosto enquanto dirigia, meu coração batia a mil por hora, faltava-me o fôlego, mas eu não iria desistir, se esse seria o fim, preferia vê-la e dizer o que não disse enquanto vivia: O quanto a amo e o quão importante é pra mim, a minha menininha.

Entrei no IML com o coração na boca, falei com a atendente e ela me levou até o necrotério e mostrou-me o corpo sobre a mesa coberto com lençol.

– O senhor pode ficar o tempo que precisar. Caso precise tem os pertencer encontrados com a garota para facilitar o reconhecimento – ela disse colocando a mão no meu ombro. – Assim que terminar o reconhecimento me encontre na recepção. – Ela disse fechando a porta.

Caminhei devagar até a mesa temendo o que iria encontrar, puxei o lençol devagar e descobri o rosto...