Ready To Love Again escrita por luciana_seixas


Capítulo 2
O Encontro


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se!



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Elisabeth pegou a bolsa e colocou o casaco sobre os ombros. Depois, pôs-se a procurar pelas chaves de seu novo apartamento. Ele era pequeno, e Liz quase nunca ficava lá, fazendo Damon achar que o imóvel era dispensável. Mas ela gostava de saber que, se precisasse, teria um lugar para ir.

Quando finalmente achou o molho de chaves, Liz ouviu a campainha. Podia ouvir os batimentos cardíacos, então soube que era Elena. Ela abriu a porta para a amiga num piscar de olhos.

“Uau, você caprichou. Está linda!” a jovem elogiou.

“Obrigada.” Liz deu uma voltinha. “Não tá muito exagerado, não?”

“De jeito nenhum! Eu quase já consigo ver o Damon babando.” Elena deu uma risada. “Mas eu não vim aqui pra falar do Sr. Simpatia. Eu vim aqui ver se você precisava de ajuda e pra te desejar boa sorte.”

“Valeu, Elena. Mas agora eu preciso ir. Você sabe como Damon fica um saco quando tem que ficar esperando!”

“Acho que, com você bonita desse jeito, ele até vai achar que a espera valeu a pena.” Elena lhe beijou o rosto em despedida. Liz saiu logo em seguida para encontrar com o namorado, que a esperava do lado de fora do prédio. Encostado no carro, com os braços cruzados, Damon era a visão da tentação. Todo vestido do preto, apenas os dentes brancos destacados pelo sorriso charmoso. E os olhos azuis... Liz não cansava de admirá-los.

“Agora eu entendi!” Damon ergueu a sobrancelha, analisando-a de cima a baixo. “Acabei de falar com a Elena, e ela disse que eu ia ter uma surpresa maravilhosa.” Ele a puxou pela cintura e a abraçou. “Mas ela se enganou. Maravilhosa não chega nem perto de descrever você!”

Ele a beijou com paixão e Elisabeth se entregou ao turbilhão de sensações. Quando se separaram, ela precisou tomar fôlego para conseguir disser. “Você também está um arraso!”

“Eu não estou, amor.” Ele falou com um sorriso. “Eu sou um arraso!”

“Você é um convencido, isso sim!” ela retrucou, enquanto o procurava novamente com os lábios.

Ele a afastou delicadamente, enquanto sorria. “Detesto ter de ser eu a fazer isso, mas precisamos ir. Ou eu vou acabar te jogando sobre meus ombros e te carregando de volta lá pra cima!”

Damon deu um passo, abrindo a porta do carro para ela. Liz já ia sentar, quando notou o ramalhete sobre o banco.

“Flores, Damon?” ela se surpreendeu. “Rosas pra mim?”

“Você merece, princesa. Além disso, não seria um encontro de verdade se eu não te trouxesse flores!”

Elisabeth tomou o buque nas mãos e sentiu o doce perfume. “Obrigada, Damon. São lindas.” Ela lhe deu um leve beijo e entrou no carro.

Em poucos minutos, chegaram a um restaurante que Elisabeth não conhecia. Nunca havia estado lá e, se não fosse por Damon, talvez jamais estivesse. Não fazia seu estilo. Era chique e elegante. Combinava perfeitamente com Damon naquela noite.

Ao entrarem, Liz notou o sorrisinho de satisfação da atendente. Ela olhava Damon como se quisesse devorá-lo! Ao notar sua insatisfação, ele pegou a mão dela, e levou aos lábios, acariciando sua pele com um beijo suave.

“O que foi, princesa? Não gostou daqui?”

“Gostei, mas preferia que essa garota não ficasse olhando pra você como uma drogada em crise de abstinência!”

“Não precisa ficar com ciúmes, amor. Eu só tenho olhos pra você!” ele disse, em tom de quem se divertia.

“Eu não estou com ciúmes!” ela protestou.

“Está sim. Mas eu entendo. Eu também fico com raiva quando a gente entra em algum lugar e todos os homens viram pra olhar pra você.”

“Isso não acontece, Damon.”

“Acontece, sim.” Ele tocou-lhe a ponta do nariz. Depois, contornou-lhe o rosto, numa caricia gentil. “Mas você não percebe. Enfim, mas você quer saber por que eu não me importo com isso?”

“Porque?” Elisabeth fechou os olhos quando a mão dele alcançou seu pescoço e os dedos dele a fizeram se arrepiar.

“Porque” ele disse, aproximando o rosto do dela, até que ela sentisse a respiração dele junto a sua pele, “no final do dia, é comigo que você vai pra cama. Porque sou eu quem tem o prazer de tirar suas roupas e de te amar. Porque é o meu nome que você geme quando nós...”

“Chega, Damon!” Liz estava tão excitada que a voz saiu aguda. Ela pigarreou, antes de falar. “Desse jeito eu não vou conseguir comer.”

Ele riu com vontade e lhe beijou. Logo, estavam comendo e tomando vinho. Liz então perguntou a ele, apesar de já saber a resposta. “Por que você me convidou pra sair?”

“Por causa de uma conversa que eu tive com a Elena.” Ele foi sincero, como ela sabia que ele seria. “Ela me disse que, apesar de vampira, você continua sendo uma mulher. E que as mulheres são românticas por natureza, por mais que tentem negar. Enfim, então eu pensei que seria bom nós sairmos juntos, só nós dois.”

“Foi uma ótima idéia. Mas não precisava.” Ok, ela sabia que era mentira. Mas não queria estragar o clima de romance. “Isso não é muito a sua cara. Todo esse romantismo, quero dizer.”

“Eu sei. Normalmente eu não ligo pra isso. Mas você é especial. E você liga. Então, vale o esforço. Eu quero fazer tudo direito porque quero que esse relacionamento funcione.”

“Sério?”

“Sério. Eu não quero repetir os mesmos erros de antes. Você fez com que eu me sentisse um homem melhor, e eu nem sei se eu mereço isso. Além do mais, você passou todo esse tempo amando alguém que só te fez sofrer e...”

“Damon” ela o interrompeu. “Não fala assim. Se eu te amo, é porque você merece! O passado ficou pra trás.”

“Eu sei. Mas não consigo deixar de pensar que você simplesmente é boa demais pra mim. E eu tenho medo.”

“Medo?” ela o olhou, sem acreditar. “De que?”

“De que você perceba que eu não valho todo o esforço. Que você ache que tudo não passou de perda de tempo, e me deixe. Eu não ia culpar você, sabe? Depois de tudo o que eu fiz, seria natural.”

“Damon, entende uma coisa. Eu amo você. Simples assim. Sem explicações. E sem cobranças. Nem precisa retribuir o sentimento, afinal esse amor já foi platônico por muito tempo pra eu entender que eu não posso simplesmente me livrar dele.” Liz segurou-lhe a mão e os dedos se entrelaçaram, e ela sorriu ao ver aqueles olhos azuis passeando por seu rosto. “Basta que você me deixe te amar, que eu não importo com mais nada.”

“Mas devia.” Ele falou, sério. “Você é preciosa demais e deve se valorizar, assim como ao seu amor.” Liz beijou-lhe os lábios novamente, e ele a manteve perto de si. “Eu te amo, princesa. E no que depender de mim, de agora em diante, você vai ser muito feliz.”

Aquelas palavras deixaram Elisabeth emocionada. Damon jamais havia se exposto daquela forma, os sentimentos revelados sem receio. Ela sabia o quanto havia sido difícil pra ele, e estava grata por ele ter conseguido.

“Eu te amo, Damon. E só o fato de você estar disposto a me amar também já me traz mais felicidade do que eu jamais achei que pudesse sentir!”

Ele lhe deu um beijo que deixou o corpo dela pegando fogo. E, logo que eles se afastaram, ela notou que ele estava do mesmo jeito.

“Ok, acho que vou comer a sobremesa em casa.”

“Que sobremesa?” ela perguntou, anda atordoada com as reações do beijo. Somente quando viu o sorriso provocante dele que ela se deu conta de suas intenções.

“Me espera que eu vou pagar a conta.” Ele lhe beijou a testa, e se afastou a passos largos.

Elisabeth lhe acompanhou com os olhos e, naquele momento, tomoou uma decisão. Faria qualquer coisa para não perder Damon de novo. Ela não suportaria.

“Vamos, amor!” Damon a trouxe de volta a realidade. Ajudou-lhe a vestir o casaco e caminharam juntos até o carro. Ela entrou e esperou que ele também se acomodasse para falar.

“Eu me diverti muito hoje. Obrigada pelo jantar, Damon.”

Ele fez aquela carinha maliciosa que ela adorava e sorriu antes de falar, a voz rouca de desejo. “Não me agradeça ainda, princesa. A noite ainda não acabou.”

E ela mal pôde esperar para que ele cumprisse a promessa implícita naquelas palavras.


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Notas finais do capítulo

Bom fim de semana e não deixem de comentar! Beijos!!! Luv U!!!