História Olimpiana

                                             A história de Clarinha

            Todos os campistas estavam assando marshmallows em volta da fogueira. Grover tocava Hilary Duff em sua flauta, enquanto Nico o encarava. Filhas de Afrodite repassavam a maquiagem enquanto Clarisse colocava pó de mico em seus blushs. Travis e Connor armavam novas pegadinhas para o chalé de Atena. Annabeth e eu estávamos de mãos dadas.
            Era uma típica noite no Acampamento.
            Grover parou de tocar flauta.
            - Estou entediado.
            - Cara – Connor resmungou. -, todo dia é a mesma coisa. Nós temos de fazer algo diferente, pelo menos hoje.
            - Tem razão – Clarisse comentou. – Eu devia colocar pó de mico no papel higiênico, não na maquiagem.
            - Você fez o quê? – Silena berrou. – A MINHA MAQUIAGEM ERA IMPORTADA DA FR...
           - Ei – interrompi. -, nós podemos inventar uma história.
           Todos me encararam.
            - Sabem, daquelas que um começa, daí vai passando a vez, e quando der uma volta inteira nós vemos como ficou.
            - Só se eu começar – Travis disse.
            - Certo, pode começar.
            - Então. – ele pigarreou. – Era uma vez... uma... – ele olhou à sua volta. – hã... garota gorda e arrogante que todo mundo odiava.
            - Travis, pra quem você estava olhando quando disse isso? – Clarisse perguntou.
            - Hã... pra ela. – ele apontou para uma filha de Afrodite, que começou a chorar e saiu correndo.
             - Me ligue depois, sim? – ele gritou.
             - Agora é minha vez – Connor disse. – então, todo mundo odiava essa garota. Ela tinha problemas intestinais, cuspia falando e adorava almôndegas.
            - Qual é o problema de gostar de almôndegas? – Travis perguntou.
            - Ora, elas são muito estranhas. São bolas de carne. Isso não é normal.
            - Concordo – Tyson disse. -, mas o que seriam de nós sem as almôndegas?
            As filhas de Deméter encararam Tyson.
            - Ninguém precisa de carne para viver – uma delas disse. -, especialmente almôndegas.
            - É claro que precisamos – Tyson retrucou. – Não necessariamente de peixes, mas carne moída sim. Eu gosto de carne moída.
             As filhas de Deméter atacaram Tyson. Devem ser vegetarianas.
            - Ei, ei, gatas – Travis interrompeu. –, na boa, vamos continuar a história.
            - É minha vez. – Grover disse. – Então, Clar... hã... Clarinha... resolveu ir comprar abacates, e acabou descobrindo que o vendedor era um mago, e ele disse que ela era um dos três gêmeos do Shrek que haviam desaparecido. E ela precisava encontrar seus outros irmãos.
               Todos encararam Grover.
              - Clarinha? – Clarisse disse (haha).
              - Mago? – Annabeth disse.
              - Um dos três gêmeos do Shrek? – Travis perguntou.
              - Comprar abacates?! – Tyson exclamou. – O QUE ELA PRETENDIA FAZER COM ELES?!
               Todos encararam Tyson.
                - Oh, certo, vocês não gostam que comam carne mas comem abacates. Eles também tem sentimentos, como os golfinhos. 
                - É, Tyson... – eu disse. – Acho que é minha vez. Então, o vendedor de abacates disse que para encontrá-los ela teria que escolher uma dessas opções: A piscina de purpurina... o balde de ouro... ou... hã, o jardim do mendigo. Um desses caminhos levaria a seus irmãos, outro à solidão eterna e outra à sua morte.
                Todos me encararam.
                - Eu acho que o caminho do mendigo a deixaria forever alone. – Connor sugeriu.
                - Minha vez. – Nico disse.
                Todos encararam Nico.
                - Como a Clarisse era mesquinha...
                - Clarinha – Grover interrompeu.
                - É, tanto faz. Então, como a Clarisse era mesquinha, ela escolheu o caminho da piscina de purpurina. Mas então ela descobriu que era purpurina azul, e ela odiava azul. Então ela escolheu o caminho do balde de ouro.