- Bem feito! Se você guardado pelo menos uma boa parte ontem, provavelmente já teriamos acabado! - Eu disse, pela quinta vez.

 - A culpa é minha por ter caido no sono? - Resmungou Petúnia.

 - A culpa é sua só por ter bagunçado o quarto.

 Mamãe me obrigou a ajudá-la a arrumar o quarto.

 - Tenho que ir!

 - O quê?! E me deixar aqui arrumando tudo sozinha? Não mesmo! Não vou deixar a senhorita aproveitar que mamãe e papai estão trabalhando para sair com os amigos.

 - Mas.. Eu combinei de ir nessa festa a dois meses!

 - Eu não mandei você bagunçar o quarto.

 - Eu só baguncei porque queria achar uma roupa decente!

 - E?!

 - Eu juro que continuo a arrumas assim que eu voltar. Eu volto em duas ou três horas.

 Suspirei bem fundo.

 - Vai logo.

 - Obrigada.

 Não foi um obrigada, tipo: "ai, você é melhor irmã do mundo!" foi mais um "viu só?Sou superior a você". 

 Já fazia uma hora que Petúnia tinha saido, e eu só havia limpado um pouquinho.

 - Lílian!

 Soltei um grito.

 - Alice! - Eu disse, com a mão no coração, que batia assustadoramente rápido - Que susto! Mas, como você entrou aqui?

 - Pela lareira, claro. Nossa, que bagunça!

 - Adivinha?!

 - Petúnia.

 - Nossa, como descobriu? - Debochei.

 Alice riu.

 - Intuição.

 - Mas o que faz aqui?

 - Eu recebi sua carta, mas não podia enviar uma resposta porque sua coruja estava com milhões de outras cartas. Contei para Suzane que viria aqui. - Alice nem parava para respirar - Lily, nós te mandamos cartas. Muitas vezes. E é você que não respondia.

 - Mas Alice, eu não recebi carta alguma!

 Alice olhou desconfiadamente em volta e parou o olhar na parte do quarto da Petúnia.

 - Espera! - Falei, entendendo onde ela queria chegar. - Acha mesmo que ela...

 - Em minha defesa, não estou acusando ninguém.

 - Mas...?

 - Mas tudo é possível.

 - Merlin! Pode estar em qualquer lugar! - Falei olhando em volta.

 - Eu te ajudo.

 Foi uma grande prcura. Uma hora depois e nós haviamos desistido.  Então, enquanto conversávamos, Alice me ajudou a guardar as coisas do quarto. É muito mais rápido quando tem alguém que realmente te ajuda.

 - Ai! - Foi a última coisa que eu ouvi antes de ver um borrão e, de repente, ver Alice estatelada no chão.

 - Alice, você está bem? - Corri até ela.

 - Sim. Me desculpe; droga! Derrubei as coisas a bolça de sua irmã.

 - Tudo bem... Ei, olha!

 - O que?

 Examinei atentamente a bolça. Sim, todas elas possuiam os mesmos papéis brancos com o mesmo simbolo.

 - Achei!

 - O que? - Repetiu Alice.

 Eu, sem conter a emoção (nem sei porque estava tão feliz, mas senti que tinha algo muito bom ali), falei triunfante:

 - As cartas!