Minha Vida depois de o Último Olimpiano escrita por Mari_Carlie


Capítulo 17
Capítulo 17 No Caminho


Notas iniciais do capítulo

Hey Guys!Esse capitulo foi bem dificil de escrever, já que eu fiquei sem tempo para ele.Só podia imaginar o que ia acontecer quando ia me deitar, e ficava sonhando com Percabeth.
De qualquer modo, se alguém tá precisando de ajuda para escrever, tem esse site :Write Or Die ( Escreva ou morra, em portugues) que se você para de escrever por 5 segundos ele começa a soltar sons irritantes como buzinas, bebes chorando, pratos quebrando, ou até mesmo começa a apagar seu texto, tudo para que você não pare de escrever.Se você escreve bem sobre pressão, devia tentar.



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"Você sente algo estranho a abandonar um lugar, eu disse a ele, já que você não só vai sentir falta do lugar em si,mas também da pessoa que você é nesse lugar agora, porque você sabe que pode nunca voltar a ser assim."

Azar Nafisi.Reading Lolita in Terhan.
Nos ultimos capitulos:
Annabeth, e Percy se preparam para sair do acampamento com ajuda de Nico, que reluta em ir para ficar com uma garota do chalé de Hermes.Eles seguem o conselho de Apolo, e vão atrás das Parcas que podem dizer-lhes algo sobre o sumisso do Ofiotauro.


Eu estava no meu chalé, jogando todas as minhas coisas na mochila.Algumas roupas limpas, um saco de dormir, dracmas,néctar( fiz a anotação mental de que estava sem ambrosia), o celular da minha mãe,e é claro, eu não podia esquecer de tirar a foto que eu tinha de baixo do travesseiro, minha e da Annabeth, no Central Park.Era melhor eu não esquecer aquilo ali, se Elliot descobrir que eu durmo com uma foto da Annabeth, ele iria tirar sarro de mim pelo resto da minha vida.
Eu olhei para o chalé de Poseidon rapidamente, tentando ver se eu tinha
esquecido de algo, peguei minha escova de dentes, empurrei para dentro da mochila, e me certifiquei que Contra Corrente estava, como sempre, no meu bolso, e saí, pelo o que poderia ser, a ultima vez.
Fui andando devagar até a arena, Annabeth tinha dito que eu tinha dez minutos para arrumar minhas coisas.Então eu sabia que estava bastante adiantado.Mas eu fui andando bem devagar para ter certeza de que tudo no acampamento eu teria memorizado, e que não sairia da minha memória.
Engraçado isso.Sempre que eu saia para uma nova missão, mesmo com todos os monstros, eu tinha uma certa confiança de que ia voltar, bem pequena, mas depois da segunda ou terceira missão, eu sentia que tinha treinado o suficiente para sobreviver.Agora, era diferente (vivo ou morto) eu provavelmente não voltaria.
Mas Annabeth tinha razão, já havíamos aprendido o que era necessário.

Quando eu cheguei lá, Annabeth conversava com Nico, mas não consegui distinguir sobre o que era, já que assim que entrei a Sra O’Leary pulou em mim.
-Ta bom garota, eu estive meio ocupado para te ver todos os dias. – e ela continuou me lambendo – tudo bem, tudo bem, eu também senti sua falta.
Ela se afastou um pouco, e abaixou a cabeça para que eu pudesse acariciá-la.
Annabeth, colocou a mão no ombro do Nico, e disse mais algumas palavras, que eu não consegui ouvi muito bem. Annabeth
veio até mim,junto com Nico.Ele não parecia particularmente animado com tudo isso.
-Wyoming é? - ele perguntou.
-A montanha do diabo, perto do lago sabe?
-Sim, Annabeth já me deu as informações necessárias.Vamos agora.Eu tenho que voltar, e encobrir a falta de vocês por alguns dias. Depois vocês encaram a fúria do Quíron, e dos deuses e de quem mais estiverem desobedecendo.
-Acho que a gente agüenta não é Annabeth?
Annabeth apenas assentiu com a cabeça, pensativa.Ela parecia estar se
concentrando em outra coisa bem distante.
-Então vamos?
-Sim - respondeu Nico - Você vai na Sra. O'Leary,eu já dei as instruções para ela,  então não precisa se preocupar.E eu levo Annabeth comigo. Mademoseille? - ele chamou ela.
Mademoiselle????
-Nico. Não chame a minha namorada de assim.
Annnabeth deu uma risadinha, e um beijo na bochecha do Nico.
-Se o Nico quer ser fofo comigo, deixa ele ser fofo comigo, ora mais.
Eu olhei para ela, tentando decifrar o que ela queria dizer com aquilo. Mas
nada me veio a mente.
-Nos vemos, ao lado do lago, então. - Nico disse, e então estendeu a mão para a Annabeth, e ela a agarrou, e então eles caminharam para a sombra e desapareceram no meio do nada.
Eu montei na Sra.O'Leary, e disse para seguir as instruções dele.Ela não
precisou que eu repetisse, logo partiu para um canto escuro na arena de esgrima.
Ah, fazia tanto tempo que eu não fazia viagens na sombra, e eu tinha me
esquecido como é incrível, dá para sentir adrenalina correndo pelo seu corpo com aquela velocidade, e sem ter a menor idéia do que está acontecendo a sua volta.
Quando chegamos, eu tive uma surpresa.Esperei que fossemos parar no lago, ao lado da montanha.Eu pensei em dizer de novo a Sra.O'Leary, aonde íamos, quando avistei Nico e Annabeth ali, também bastante confusos.
-O que aconteceu? - perguntei - não devíamos ir parar do lado da montanha?
-É, devíamos. -ele respondeu - por alguma razão, a uma espécie de barreira aqui,algo que nos impede de chegar mas além. Isso aqui é possivelmente o máximo que vamos chegar da montanha por viagem nas sombras.
Eu olhei em volta.Estávamos em algum tipo de floresta, cercados por arvores, e ao longe eu podia ouvir o som de um riacho, o som da água descendo sobre as pedras.
-Sabe onde estamos? - perguntei para os dois.
Nico não respondeu.Annabeth pareceu pensar por um minuto e avaliar a situação mentalmente.
-Possivelmente em alguma floresta perto da montanha.Deve haver alguma proteção muito poderosa que nos impede de entrar no território delas.Parece o lugar que estamos procurando.
-O que fazemos? - perguntei.
-Vamos tentar ir caminhando até chegarmos a um lugar onde possamos procurar informações, estou com um mapa do estado, e vou avaliar que tipos de bosques e florestas tem por esses lados, e então vamos acampando, e procurando ajuda até achar alguém que possa nos dar informações locais.
-E eu? - perguntou o Nico.
-Vai fazer o combinado, voltar para o acampamento, e encobrir nossas
faltas.Tentar enganar Quíron pela maior quantidade de tempo possível.Isso vai nos dar mais tempo para resolver a situação.
-Tudo Bem.Vamos Sra. O'Leary, eu sei que você está cansada, mas vai ser só a viajem de volta okay? Depois você pode comer todos os biscoitos de cachorros infernais do mundo.
Eles foram caminhando, até desaparecer.
Então Annabeth pegou uma bussola, e foi caminhando, sem a visar, E eu simplesmente comecei a segui-la.Ela então,foi num lugar aberto, onde as arvores deixavam a luz do sol entrar totalmente, e sentou-se na grama, pegou um mapa e começou á avaliar as informações lá contidas.
Eu me senti estranho.Não sabia muito bem o que fazer agora.
-Não era desse jeito que tínhamos planejado. - eu disse.
Ela demorou alguns instantes para responder.
-Mas nunca é assim.Nunca é como nós planejamos.É por isso que é tão difícil.
Nós ficamos em silencio por um segundo, mas pensar em estar em missões para salvar o mundo me lembrava que costumávamos estar em trio.
-Eu sinto falta do Grover.
-Eu também.Mas como o novo senhor da natureza selvagem, está de um lado para o outro, nos cantos dos Estados Unidos.
-Ele não mandou nem uma mensagem de Iris ultimamente não é?Nem ligou, nem fez nenhuma ligação telepática comigo.As vezes acho que ele está ocupado de mais para isso, ou machucado.
-Eu não sei.A Juníper tem chorado rios, de tão preocupa que ela está.Ele pelo menos devia ligar mais para ela ou coisa assim.Ela tem enlouquecido de preocupação com isso,
-Acho que ele deve estar realmente bastante ocupado.Mas se não estivesse bem, eu sentiria.
-Eu sei. -Ela disse, e então voltou para os mapas.


Eu e a Annabeth ficamos olhando mapas e bussolas, até ela calcular a probabilidade de qual sentido seria melhor nós seguimos.
Nós caminhamos por um tempo, bastante tempo, até escurecer, e ainda estávamos nos bosque.Pelo tamanho da floresta, Annabeth acha que vamos ficar acampando por um bom tempo, até chegarmos, a cidade,
ou a montanha.Eu fico sem saber ao certo o que fazer.Naquele momento ela estava muito distante.Sem falar muito, apenas fazia um comentário sobre a paisagem de vez em quando...Mas com exceção disso, ela estava bastante quieta.Eu não sabia o que dizer para ela."Isso vai dar certo", não eu não tinha nenhuma segurança disso. "O que você tá pensando?" Não, se ela quisesse falar sobre isso estaria falando, não?. "Muitos planos na cabeça?" Também não, ela iria falar também."Você tá bem?" Mas que droga, NÃO.Ela parecia bem.Só parecia um pouco preocupada, ou silenciosa de mais. Annabeth, as vezes, quando ficava nervosa falava de mais.Ou de menos.Ou ficava normal, eu não sei.Eu só sei que queria saber se havia alguma coisa perturbando ela,mas sentia que se eu perguntasse isso, já saberia a resposta.Annabeth gosta de trabalhar com planos.É o jeito dela. Eu tinha a leve impressão de que o fato de  estarmos meios sem rumo, e sem muita certeza das coisas a deixava preocupada.Mas ainda assim, parecia haver mais.
Eu só não fazia idéia de como perguntar.
Nós continuamos caminhando ao norte.E nada.Vimos o sol escaldante ir se abaixando, até desaparecer completamente, dando lugar ao crepúsculo,e então a abstinência de luz de qualquer lugar além da lua.
-Caminhamos vendo o pôr do sol.Isso não deveria ser de algum modo romântico?
Ela não respondeu, apenas sorriu, um pouco.Eu tive vontade de beijá-la.Mas achei que esse não era um bom momento.Ela continuou sorrindo por mais alguns instantes, até o sorriso ser derretido pela mesma face preocupada de antes.
Como a escuridão nos impedia de andar na floresta com segurança, decidimos acampar, embaixo do galhos de uma arvore.Annabeth comentou rapidamente:
-Estamos no sul.Quando o sol nascer de novo, vai nos acordar as cinco da manha com a luz do sol e o calor.Embaixo de galhos ficaremos livres da luz as cinco da manhã.
Eu fiz que sim com a cabeça.Eu não tinha argumentos.Aliás, eu raramente tinhabargumentos quando eu discutia com a Annabeth.Bom, não argumentos tão inteligentes quanto os dela.Não que eu fosse dizer isso a Annabeth um dia.


Eu a ajudei a montar uma barraca, que ela havia trazido na mochila para todo o caso.E eu estendi o meu saco de dormir, ao lado do dela.Eu comentei que novamente ouvia o som de um riacho, caso precisássemos tomar um banho - não juntos,obviamente -  Ela não respondeu.Ainda parecia ter alguma coisa muito importante em mente.
Ela, felizmente, havia trazido alguma comida, além de nectar e ambroisa.Nós dividimos um donut, e alguns doces Fini, sabe, aquele tipo de doce que sua mãe passa a vida dizendo que é porcaria.
Annabeth pegou mais um do saco disse:
-Arranjei um espaço na minha mochila só para doces azuis.Achei que gostaria.
-Eu gostei, Annabeth.Me lembra a gente, comendo doces na praia.
Ela respondeu algo como:
-É.
Eu lembrei aquilo.Ficando na praia depois do Captura da Bandeira.Indo contra as regras do toque de recolher.Comendo Fini.Entendendo meus sentimentos pela Annabeth.Formando "eu amo você" na areia.
Eu lembrei dela chorando.E indo embora.Agora eu sei que isso fazia-a lembrar do Luke.E é claro, lembrei de como era a impaciência, a frustração, de dizer "eu te amo" e não ter uma resposta certa.
Eu olhei para ela novamente.E sorri.
Mas acho que ela não viu.Acho que é melhor assim.Eu não consigo pensar direito quando ela fixa os olhos em mim.Eu nunca lembro exatamente o que eu devo falar.Acho que é por isso que eu consigo falar tanta besteira quando estamos juntos.
Nós comemos em silencio, até que a Annabeth começou a ficar olhando para as estrelas, e começou a parecer que estava viajando em seus próprios pensamentos.Ela continuou sem dizer nada, e sem continuei sem saber o que perguntar.Ela continuava parecendo meio nervosa , eu disse para mim mesmo.Eu sinceramente estava começando a ter medo de que se eu perguntasse, ela iria me dar um soco.
Pergunta, que droga, eu disse para mim mesmo, você ta vendo como ela tá distante.É, e se for muito pessoal ela me bate.
Que droga, é horrível quando você percebe que num namoro nem tudo sai
naturalmente.
-Annabeth? – eu a chamei de seus devaneios.
-Sim?
-Tudo bem se eu perguntar se tem alguma coisa errada?
-Acho que sim.
-Então.... Ãhh, tem alguma coisa errada?
Ela deu uma risadinha.
-To com muita coisa na cabeça ultimamente.
Ela não falou mais, e eu senti que ela não queria falar mais, tentei falar
alguma coisa mais casual.
-Quer ir dormir?Eu posso ficar de vigia primeiro.
Ela pensou no assunto por alguns segundos.
-To só um pouco cansada,não muito, se você quiser ir dormir logo, eu fico de vigia.
Foi então que eu percebi que eu não estava com nenhum sono.Não tinha vontade de ir dormir, tinha vontade de.........Ficar um pouco mais com ela, por mais algum tempo.
E eu estava criando coragem para realmente dizer que preferia ficar com ela por mais um resto na noite, quando Annabeth bocejou e disse:
-Não tá com sono? – eu mexi a cabeça negativamente – tudo bem, então acho melhor eu ir dormir, já que teremos que ir começar caminhar cedo amanhã.  – Ela se levantou e foi entrando na barraca – me acorde em algumas horas, sim?
Ela não esperou minha resposta e entrou.Eu virei meu pescoço apenas para conseguir ver um pouco da Annabeth se deitando no saco de dormir.
Eu olhei para as estrelas, esperando o tempo passar.
Pff, isso ia ser entediante.

Várias horas se passaram, e eu caminhava, entrava na barraca, e ia chamar a Annabeth.O problema era que quando eu a via dormindo, em paz, sem mostrar nem um traço de preocupação ou nervosismo, eu não tinha coragem de acordá-la.Eu simplesmente não conseguia.Eu sei que ela disse que só estava um pouco cansada, mas eu lembro dela me dizendo de manhã que não tinha dormido nada a noite inteira . Como eu poderia esquecer?Annabeth deveria estar morrendo de sono naquela hora.E eu tinha pena de mais de acordá-la.
Mas, havia uma coisa muito curiosa, e em todas as três vezes em que eu entrei na cabana para acordá-la, eu sorria, muito.Mas eu sorria mesmo.Por causa de uma coisa muito....Peculiar.
Eu já disse que eu tinha colocado meu saco de dormir ao lado do dela na
barraca, certo?
Pois é, eu também tinha certeza de ter visto Annabeth entrar e se deitar no saco de dormir dela.Bom, alguma coisa a fez mudar de idéia, pois quando eu entrei, encontrei ela se enrolando no MEU saco de dormir.
Eu entrei e sai de lá outras vezes, mesmo sabendo que não teria coragem de acordá-la, mas entrava para ter certeza que ela estava dormindo onde eu deveria estar dormindo.
Por alguma razão, isso me fazia bastante feliz.Na verdade a idéia de que nós iríamos dividir o mesmo espaço enquanto dormíamos também me deixava de, algum modo, alegre.Eu queria sabe como é que era,sabe.Fechar meus olhos olhando para ela, e acordar com ela do meu lado.Nunca havia me perguntado isso antes, até hoje.
De qualquer modo, já havia passado horas desde o horário que eu deveria
acordá-la, e eu estava quase sonâmbulo.Se algum monstro aparecesse, acabaria me matando facilmente.Então finalmente decidi ter coragem de acordar ela.
Eu coloquei a mão no ombro de Annabeth, e disse:
-Annabeth?Annabeth.Annie.Acorde,sim?
Ela começou a se mexer e então a acordar lentamente, eu avisei de que estava na hora dela de ficar de vigia.Ela piscou algumas vezes e então se sentou ao meu lado.
-Sinto que eu dormi bastante.Parece que levou muito para me acordar, não é?
-Lembrei que você não tinha dormido muito noite passada.
Ela passou a mão na testa.
-Este lugar aqui é bastante quente.Meu saco de dormir estava quase me dando hipertermia, achei melhor deitar no seu, supus que não se importaria.
-Não me importei.
-Eu vou até aquele riacho lavar o rosto e trocar por uma roupa menos
quente.Então não durma ainda ok?Eu já volto.
Ela se levantou, pegou a mochila e saiu da barraca, caminhando para as
arvores.Eu esperei que ela voltasse, mas o tempo parecia passar devagar de mais.
Eu me levantei, e comecei a seguir o caminho dela entre as arvores, até o
pequeno rio, onde eu á vi de longe.
Alguma coisa, algum desejo, havia feito com que eu me levantasse e fosse atrás dela.Ela não estava demorado muito, era só minha mente distorcendo o tempo, e eu sabia daquilo.Mas eu realmente deseja quebrar as regras na minha mente, e dar uma pequena olhada, bem rapidinha, nela.
Eu tentei focar meus olhos na Annabeth enquanto eu a fitava de longe.Estava bem escuro, mas eu podia definir o corpo dela de costas para mim, de frente para o rio.
Ela tirou a camiseta laranja do acampamento,e jogou-a na sua mochila, então se abaixou em frente ao rio, e encheu as mãos de água, e jogou a água sobre seu rosto, e então deixou escorrer – lentamente - pelo pescoço, e pelos ombros e...
Ah deuses, garotos de 17 anos não podem ser colocados assim a tentação.Nós temos 17 anos sabe?Nós as vezes temos...ham...
Aquilo foi de mais.
Eu sai dali rapidamente com medo de ser pego, e sem tentar fazer nenhum barulho.Assim que eu cheguei na barraca, pude finalmente respirar, desde que vira ela tirar a camisa. Eu achei que nunca ia conseguir tirar aquilo da minha cabeça.
E assim que eu me deitei no meu saco de dormir, e senti o cheira dela ali, eu tive certeza.

Annabeth chegou alguns minutos depois, e eu juro que eu estava corando quando olhei para ela depois daquilo no riacho.Ela estava sorrindo, como alguém contando uma piada engraçada, ou se segurando para não rir de uma piada engraçada, e por um minuto eu tive certeza que ela sabia que eu estava espionando ela na floresta.
Depois desse minuto conclui que era alucinação minha por causa do sono, e fiquei sem saber se ela realmente sabia que eu estava.Até hoje não sei.
Ela deu um beijo na minha bochecha, e disse:
-Boa Noite, Cabeça De Alga.
 Ela começou a se afastar quando eu tomei coragem e falei:
-Ei!Eu lembro de quando você me dava beijos de boa-noite, e eles eram bem mais legais, Sabidinha.
Eu deu uma pequena risadinha. E se aproximou de mim devagar,e me beijou suavemente.Annabeth se afastou segundos depois, e então se aproximou do meu rosto de novo, mas não me beijou novamente, apenas sussurrou no meu ouvido:
-Boa Noite Cabeça De Alga.
Ela saiu da barraca e ficou sentada lá fora, pelo o que eu pude ver.E em poucos segundos eu apaguei completamente.De vezes me quando eu fico me perguntando se a história do rio realmente aocnteceu.As vezes acho que foi só um sonho idiota que eu tive quando desmaiei de sono depois que acordei a Annabeth.De vezes em quando não.Essas coisas sempre vão me perturbar.


No dia seguinte tivemos mais sorte, conseguimos caminhar o suficiente para pararmos numa cidadezinha sem muitas coisas, mas conseguimos pelo, menos pegar algumas informações, e comprar alguma comida de verdade.
Annabeth disse que queria sentar, dar uma olhada nos mapas e pensar um pouco, então nós paramos num café, e eu pedi dois cappuccinos, com cobertura de chantily.Annabeth sorriu com o pedido, ela sabia o que significava.Nós havíamos pedido aquilo na manhã do nosso desastroso dia dos namorados...Não que eu vá contar essa história agora.Muito longa, é melhor nos concentrarmos no...Onde é que eu estava mesmo? Ah sim, estava contando quando eu e Annabeth estávamos num
café junto.
O cabelo dela estava amarrado num rabo de cavalo, e ela já não parecia mais cansada.
-Perdeu o sono hein? – eu perguntei.
O garçom apareceu deixando nossos cappuccinos na mesa.
-Sim, não consigo me imaginar com muito sono desde que estamos tão perto da caverna das parcas.Estamos quase lá entende?
-Estamos quase lá do primeiro passo.Depois ainda temos que conseguir informação e ver onde que o Ofiotauro está.
-É, mas pelo menos estamos fazendo alguma coisa. – ela tomou um gole do cappuccino – quando chegarmos lá será quase metade do caminho.
-Quase metade do caminho. – eu repeti – isso não devia tá acontecendo mais rápido?Quer dizer, até conseguirmos descobrir onde está o ofiotauro, terão a chance de matá-lo, várias vezes.
-Eles, ou quem quer que seja, já tiveram a chance de matá-lo, várias vezes, milhares de vezes.É por isso que o Olimpo está tão preocupado.Por que eles ainda não fizeram nada.Mas podem fazer a qualquer momento.Talvez estejam esperando por algo.De qualquer modo temos que continuar.Não tem como dizer, “ah oi Quíron, desculpa ter saído do acampamento sem permissão, a gente vai voltar pro chalé e
promete se comportar pelo resto da eternidade”.
-Ei!Esse é tipo de comentário que eu teria feito!Eu que sou a pessoa com o sarcasmos aqui, entendeu?Você é a pessoa com o cérebro.
Nós começamos a rir, enquanto tomávamos cappuccino, e naquele momento enquanto riamos, eu senti..Eu senti como se nada mais importasse.Senti como todo o resto do mundo deixasse de existir.O acampamento, Elliot, Olimpo, As parcas, O Ofiotauro, Samantha, Nico,Calipso,tudo que eu estava me preocupando, desapareceu naquele
momento.Não sei como explicar bem aquilo.As coisas simplesmente não importavam mais, não faziam mais diferença.Era só eu e a Annie, sentados, tomando cappuccino com chantily e rindo.E era tudo que vinha a minha mente no momento.
Mas o tempo passou, e nós em algum momento tivemos que nos levantar, pagar a conta, e começar a caminhar em direção a montanha.
Annabeth me avisou que eram apenas alguns poucos quilômetros, então podíamos apenas caminhar até lá.
Mas antes de irmos, ela disse que tinha que parar em um bar, e pediu que eu esperasse.
Ela entrou e eu fiquei esperando do lado de fora.Algum tempo depois ela saiu, e me pediu para guardar uns mapas e a garrafa térmica dela na minha mochila.
-A minha agora ficou cheia. – ela disse.Eu peguei as coisas e enfiei na minha mochila.
-Ei cuidado!Esses mapas são os únicos que temos, se perdermos, temos a chance de ficamos completamente perdidos.
-Tudo bem – eu disse, dobrando os mapas, tentando ser o máximo cuidadoso com eles – Mas aliás o que foi que você comprou lá?
Ela abriu a mochila e me mostrou uma garrafa de vinho.
-Para quando é que você vai usar isso Annabeth?
-Dã, hoje.
-Nossa, não sabia que planejava deixar nossa noite assim tão animada.
-O que??Não!!!Não é para a gente, é para as Parcas.Lembra da história?Apolo fez com que elas fizessem tudo para ele porque eles as deu vinho.Tenho a leve impressão que elas não vão falar sobre o destino, assim, sem razão aparente, então achei que isso podia ajudar.
-Sem argumentos, Meritíssima.
Ela bufou.
-Sem piadas agora Percy.Temos uma longa caminhada pela frente.
Nós começamos a caminhar pela estrada, sentido o clima ventoso e seco.
Eu estendi minha mão para ela.Annabeth a segurou.
E foi assim que fomos caminhando, juntos.Até chegarmos a montanha.Juntos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?Ficou bom?Porque jaja vem o próximo, que vai explicar muita coisa que está acontecendo, ou apenas deixar mais misterios e deixar tudo mais complicado.
Até lá!
Bjus,
Mari.
PS. Reviews e recomendações costumam me fazer escrever muito mais rapido.



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