Not Like The Movies escrita por MsRachel22


Capítulo 1
Bem-vindo ao inferno


Notas iniciais do capítulo

Legenda:
itálico - pensamentos
itálico e parênteses - memórias



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Espero que você tenha aproveitado o tempo da sua vida

                                                                 — Green Day

 

 

  Desci do carro e senti os pingos d’água na ponta do meu nariz e na minha bochecha, peguei as únicas duas bagagens – uma mochila e uma mala de mão média - e observei o lugar que eu consideraria como casa. Arrastei meus pés pelas poças d´água que se formavam no pátio extenso e fiquei contente pela garoa constante, já que eu não precisaria de explicações para o capuz do moletom que cobria boa parte do meu rosto.

  Os outros moradores – um bando de adolescentes de tamanhos diferentes – estavam mais preocupados em fugir da chuva que começava a se intensificar do que, necessariamente, ver quem seria o inquilino pela próxima temporada.

  As portas duplas da entrada eram incrivelmente pesadas apesar da aparência desgastada, empurrei uma delas com a mão livre e o cenário – uma prisão “sócio educacional para menores infratores” – era parecido com o que eu havia imaginado. As paredes tinham uma faixa larga de cinza, com pouco mais de um metro de altura, e um tom amarelado havia tomado conta da tinta branca que cobria o restante das paredes.

    Uma placa apagada indicava a diretoria à segunda porta a direita de madeira com o verniz fosco e entrei sem cerimônias; não havia muita mobília além de uma mesa de carvalho cheia de prontuários de capas verde e canetas, duas cadeiras e um balcão simples num tom amarelado e com o tampo desgastado.

— Precisa de ajuda? — A mulher de cabelos pretos, num corte rente as orelhas, disse num tom cansado e mal-humorado, não demoraria muito para descobrir que aquele era único tom de voz dela. Quero minha vida de volta e dar o fora daqui. — O que é? Vai ficar aí ou...

— Eu sou nova — murmurei em resposta e peguei o papel dobrado de dentro do bolso da minha calça e o estendi sobre o balcão. Ela o pegou da minha mão e passou os olhos pelo conteúdo com igual mal humor, franziu um pouco os lábios ao abaixar um pouco o papel.

— Ah, sim. Sakura Haruno. — Ela suspirou como se dizer meu nome fosse invocar um demônio ou coisa parecida, se virou e manuseou os prontuários de cor verde berrante e se aproximou com um deles em mãos. — Você precisa assinar esses papeis antes de se acomodar, depois Kurenai vai tirar suas dúvidas.

  Ela estendeu algumas folhas de papel sobre a bancada, passei os olhos sobre o texto longo e cheio de parágrafos que era, basicamente, um contrato de boas maneiras e termos de responsabilidade. “O interno se compromete a não cometer atos de violência, vandalismo ou libidinosos nas delimitações desta instituição”, quase me fez soltar uma gargalhada irônica.

— Não transe no corredor... Isso é sério? — Perguntei à moça e ela não desviou sua atenção da mesa de trabalho, sua postura deixava bem claro o quanto aquela burocracia a entretinha; assinei as linhas pontilhadas no final daquelas páginas e aguardei até que ela levantasse o rosto na minha direção. — Posso ir agora?

  Ela ergueu um dedo, como se eu estivesse interrompendo uma conversa, e guardou aqueles papeis no prontuário que tinha em mãos. Pareceu levar outra eternidade até que ela o deixasse sobre uma pilha razoável em uma das mesas e tirasse o telefone do gancho, apertasse alguns botões e voltasse a me encarar enquanto informava que eu havia chegado uma semana mais cedo do que o previsto; levou um tempo até que a outra mulher – Kurenai – aparecesse, me levasse dali e começasse a falar sobre os locais comuns, como a biblioteca, as salas e o refeitório, e os locais extraordinários, como o ginásio interditado, o pátio e o teatro.

— Você gosta de teatro Sakura? — Para ela, a pergunta era casual e não queria transmitir mais do que uma suposta curiosidade inocente, mas parecia que ela havia dito aquilo apenas para me lembrar do que havia acontecido. Não seja paranoica, trinquei a mandíbula automaticamente. — As aulas não são obrigatórias se você não gostar, mas seria interessante para alguém como você...

— Odeio teatro. — Minha resposta ríspida fez Kurenai ficar em silêncio, talvez escolhendo as palavras que pudessem retomar seu tom simpático e professoral conforme avançávamos pelos corredores.

— De qualquer forma, essa aula não é a escolha de todos os alunos — ela comentou desconcertada e ajeitou o cabelo furiosamente depois disso; atravessamos outro corredor e subimos o primeiro lance de escadas. — Os quartos ficam nesse andar e as salas no andar de cima, nós estamos no bloco C, procure se lembrar.

  Havia uma série de portas nos dois lados do corredor, a distância entre cada uma era de pouco mais de dois metros, os números dos quartos são entalhados na soleira e no final do corredor havia uma janela grande com grades soldadas no lado de fora.

— Não temos muitos alunos agora, então você conseguiu um bom quarto — ela piscou como se contasse um segredo e arqueei uma sobrancelha. — Geralmente são quatro pessoas por quarto... — ela começou a explicar e abriu a porta, havia duas beliches dentro do cômodo e uma cômoda perto da única janela dali —...e você tem duas colegas de quarto.

— Tudo bem — murmurei e assenti positivamente quando Kurenai me encarou, como se estivesse verificando se eu estava falando a verdade. Ela suspirou e ajeitou o cabelo outra vez.

— Você não precisa se abrir com ninguém se não estiver confortável... — Kurenai começou a dizer e respirou fundo, visivelmente escolhendo suas próximas palavras: — Mas eu aconselho que você não afaste as pessoas, Sakura. Se precisar de qualquer coisa, estou na direção.

  Ela parecia indecisa enquanto me encarava, havia um quê de ternura na postura e na voz dela que me fez perguntar há quanto tempo eu não recebia esse tipo de atenção. Faz tanto tempo assim desde que alguém havia dito isso sem pedir uma declaração ou me chamar de assassina? Faz sim.

  Andei pelo quarto e passei os dedos sobre a camada de pó da cômoda, observei o teto alto e parte de um cenário de filme de terror, os beliches de madeira com colchões cobertos por lençóis cinzentos e travesseiros monocromáticos e perdi a noção de tempo ao constatar que a luz se projetava em listras no chão – era irônico demais saber que eu veria o raiar do sol por barras de metal por um bom tempo.

  Comecei a pegar as minhas roupas e os poucos pertencentes que pude trazer, quando o silêncio foi quebrado por duas vozes femininas:

— Fala sério Hinata, você tem que...

— Não, eu não tenho....

  As duas interromperam a conversa assim que me notaram e a loira, com a maquiagem forte nos olhos e um piercing despontando da ponta do nariz, deu alguns passos na minha direção enquanto a morena, com os cabelos lisos na altura dos ombros e os olhos estranhamente perolados, me observava com cautela.

— Você é a nossa colega de quarto? — A loira perguntou, sua voz era dura e não parecia que ela estava descontraída como agora há pouco, então apenas assenti em resposta e um meio sorriso repuxou seus lábios. — Qual é? Você é muda ou está assustada?

— Ino, parece que você vai bater nela... — a outra a repreendeu num tom ameno.

— Ei, responde! Você vai dormir aqui também ou se perdeu? — Ela não pareceu ligar para o que a morena havia dito, ignorou-a outra vez quando ela murmurou algo sobre ser espaçosa e mandona demais.

— Kurenai me trouxe até aqui, então somos colegas de quarto. — Tudo soou como se fosse uma cena de um filme adolescente ruim, mas foi o suficiente para que a loira – Ino – relaxasse visivelmente e se afastasse. — Eu estava guardando as minhas coisas quando vocês apareceram.

— Ah tá... A gaveta do meio é minha, eu acho que a última está livre — Ino falou e sentou na cama de cima com rapidez, a madeira da beliche fez um som parecido com o de um estalo quando a loira se acomodou melhor. — Qual é o seu nome, colega de quarto?

— Sakura — respondi enquanto puxava a última gaveta e guardava as minhas roupas ali. — E você é a Ino — ela apenas assentiu e encarei a outra garota por alguns instantes. Ela realmente me parecia familiar.

— Hinata Hyuuga — ela se apresentou e estreitei os olhos brevemente, como se o sobrenome dela pudesse significar alguma coisa importante. — Filha do governador Hyuuga, que está a dispor da nação e tudo o mais — a entonação mecânica na voz dela era, sobretudo, de desprezo.

— A filha anarquista do governador, não é Hina? — O comentário suavizou a expressão de Hinata por alguns segundos e ela sorriu, balançou a cabeça e me passou o que restava na mochila e na mala. — A rotina daqui é bem simples, na verdade. Tem horário para comer, para fazer de conta que estamos estudando e podemos fazer qualquer coisa depois das três...

— Menos fugir — completei e ela sorriu. — Eu já imaginava — encarei as grades da janela e tudo o que ela podia oferecer era uma vista fragmentada de muros, um pedaço do pátio que eu havia atravessado há algum tempo e a saída daquele lugar, vigiada por guardas armados e de mau humor.

— Você se acostuma a ver o sol nascer quadrado, Sakura. — Ino garantiu e saltou da cama assim que empurrei a gaveta. — Como uma caloura oficial desse sanatório, acho que está na hora de te mostrar como nos divertimos, não é Hina?

— Caloura? — Murmurei e soltei uma risada seca, o máximo de bom humor que consegui demonstrar em um longo tempo. Faz tanto tempo assim? É claro que faz.

— É bem melhor do que ser chamada de interna ou de aluna — Hinata comentou e ajeitou as mangas da jaqueta jeans que usava, ela parecia ter a minha idade; Ino, um pouco mais velha, já que toda sua postura inspirava a maturidade desejável em lugares como esse. — Você quer vir agora ou descansar um pouco?

  Encarei aquelas duas estranhas que, apesar de serem totalmente diferentes, também estavam ali pelo mesmo motivo que eu: havia cometido algo imperdoável e seria a cobaia política de um projeto social para ressocializar adolescentes criminosos que não podiam ser julgados com as penalidades comuns.

  Se você já está no inferno...

— Por que não? — Ergui os ombros e Ino lançou um olhar zombeteiro para Hinata, saímos do quarto 118 e fechei a porta atrás de mim.

   ...pode abraçar o demônio que manda nele.

* * *

    As horas seguintes foram cheias de explicações por parte de Hinata sobre toda a sistemática daqui – horários, aulas, normas e hierarquia – com comentários cínicos por parte de Ino, além de indicações para bons lugares para matar o tempo ou com quem se devia falar para conseguir os itens proibidos.

— Basicamente, as únicas coisas que valem a pena aqui dentro — Ino havia comentado com um sorriso nos lábios um pouco rachados. — Drogas, bebidas e sexo fácil. Não que o sexo seja bom, a maioria nem sabe como te fazer chegar lá, mas mesmo assim...

— Ino! — O tom repreensivo de Hinata fez a loira rir, as duas se encararam e a morena desviou o olhar rapidamente.

— Para drogas, você fala com o mala do Sasori. Ele é pegável, na minha humilde opinião... — ela levantou o dedo mindinho e o balançou. — Não que tenha muita coisa ali, mas ele é pegável.

— Ah, tudo bem... — foi a única coisa que consegui dizer enquanto Ino balançava o dedo na minha direção e depois retomava sua linha de raciocínio ao explicar:

— Para remédios fortes e merdas do tipo, tem o Shino. Ele é macabro demais, parece que saiu de um... — ela continuou tecendo seus comentários sobre a aparência do fornecedor de remédios e seus hábitos por um bom tempo. Durante aquela tarde, ficamos sentadas num canto do pátio e observei os muros rachados e os arames farpados que se erguiam sobre eles.

  Não há como fugir, a menos que você queira quebrar uma perna se conseguir pular essa porcaria. Se. Recostei a testa em meus joelhos e respirei fundo, o ar parecia infinitamente mais pesado e, de alguma maneira, tóxico. Eu queria chorar e gritar, estapear quem ou o que fosse que mandasse no destino e culpá-lo pelo resto da minha vida pela merda de situação em que estou.

  Não havia como culpar outra pessoa quando eu – e somente eu – sou a responsável por parar numa prisão juvenil mascarada de colégio interno com função social e redenção humana. Grande desfecho para a grande Sakura Haruno!

— Tudo bem?

  O toque suave dos dedos de Hinata sobre meu pulso me fez sobressaltar imediatamente e meu corpo retesou com aquele gesto, foi puro reflexo cerrar os punhos e recolher mais as pernas. Ino e Hinata me encararam, uma desconfiada e a outra assustada, em absoluto silêncio.

— Ei, você está bem? A gente não morde, garota — a voz da loira soou bem-humorada, mas sua expressão havia endurecido e levou alguns minutos até ela se acomodar ao meu lado outra vez.

  Hinata repetiu a pergunta e apenas assenti rapidamente em resposta, enfiei meus dedos dentro do capuz e empurrei as mechas que escapavam para dentro da roupa. Mal percebi que estava tremendo até perceber que não estava conseguindo esconder meu cabelo rosa. Não seja paranoica, fingi prestar atenção na conversa das duas e repeti o mantra incansavelmente pelo resto da tarde.

  Quando Ino encerrou suas explicações, o sol estava começando a se pôr no horizonte murado. Levantamos e começamos a andar na direção do quarto, no meio do caminho Kurenai apareceu e sorriu amigável, como se todos fôssemos vizinhas de longa data que trocavam receitas e fofocas.

— Ei garotas... Estão se enturmando? — Ela não escondeu a animação em sua voz e gesticulava bastante conforme alternava seu olhar entre cada uma. — Isso é bom Sakura, mas eu preciso levá-la até Tsunade, ela quer dar as boas-vindas... Vocês sabem como é, não é?

— Pode apostar que sim... — Ino encarou as unhas e fez uma careta de tédio quando Kurenai desviou o olhar. Ela e Hinata acenaram na minha direção e subiram os degraus, respirei fundo e comecei a seguir Kurenai pelo corredor até a diretoria outra vez.

  Dessa vez, não houve perguntas por parte de Kurenai ou mais explicações sobre rotina – eu estava saturada de informações do tipo -, ela parecia contente por acreditar que suas palavras haviam surtido algum efeito. Antes fosse, quis me convencer e quando passamos pela moça no balcão, Kurenai se virou, disse que eu devia esperar e saiu para uma portinhola à direita.

  A moça do balcão levantou os olhos para mim por alguns instantes e retomou seus afazeres.

— Você acha que vai receber tratamento especial, Sakura Haruno? — A voz da moça me fez franzir o cenho, em nenhum momento ela desviou o olhar dos papeis que manuseava e levantava e sentava com frequência, tirava prontuários de uma ordem e os punha em outra repetidamente.

— Como é?

— Vocês, filhinhos de papais, acham que todo mundo tem que beijar seus pezinhos no instante em que entram aqui... Se esse país fosse um lugar justo, você estaria numa cadeia pelo o que fez — ela disse aquilo de forma casual e cada palavra me atingiu como o esperado. — Mas eu vou te dar uma dica, Sakura Haruno: você vai ser tratada como uma criminosa, porque é exatamente isso o que você é.

— Sakura?

  A voz gentil e calma de Kurenai me assustou mais do que as palavras da moça do balcão, permaneci parada mesmo quando Kurenai disse que eu podia ver Tsunade e levou um tempo até que eu conseguisse arrastar os pés até a porta; o corredor estreito era sufocante e terminava numa sala abafada e pequena, abarrotada por estantes e arquivos, com uma mesa de carvalho que separava o cômodo.

  Atrás dela estava uma mulher loira, com pouco mais de cinquenta anos – provavelmente a diretora -, que não disse uma palavra enquanto eu sentava na única cadeira livre do lugar e Kurenai se retirava. O lugar era tão minúsculo que até mesmo a moça do balcão conseguiria ouvir a conversa.

— Sakura Haruno em pessoa. É bom poder conhecê-la, mas lamento as condições... — ela estendeu a mão sobre a mesa e apertei-a com relutância. — Sinto muito pela sua família, Sakura, eu os conhecia e imagino a sua dor nesse momento.

— Não, você não imagina — retruquei; aprendi que as pessoas gostam de dizer que sabem como você se sente, como você está e porcarias assim. Elas gostam de soar boas, prestativas e não hesitam duas vezes em comentar que tipo de ser humano você é.

 Ela suspirou cansada e, num tom extremamente apático, disse:

— Você foi julgada pela Justiça a cumprir dois anos e meio de reabilitação aqui, a prestar serviços comunitários por outros dois e seus bens estão bloqueados até segunda ordem. Judicialmente, eu sou a sua tutora, mas legalmente você é uma criminosa — o tom impessoal surgiu num passe de mágica e fechei os olhos, buscando qualquer controle que estivesse escondido para fingir que nada daquilo estava acontecendo. — Lá fora, você está por conta própria. Mas aqui, se você precisar de ajuda, é só dizer.

— Eu estou bem — aquelas palavras ensaiadas por tantas vezes e por tantos anos antes não serviam de nada, apenas me expunham. — Vou fazer tudo isso que você falou e eu não vou causar problemas, se é o que quer saber.

— Na verdade, se você causasse problemas isso ao menos significaria alguma coisa... Dadas as circunstâncias e como você vem lidando com toda a situação, causar qualquer problema já quer dizer muito — ela retrucou irritada e espalmou as mãos sobre a mesa. — Você passou por muita coisa e não houve apoio algum...

— Nós já terminamos? — Cruzei os braços automaticamente e enfiei o que restava das minhas unhas na carne das palmas das mãos. — Ou você também vai repassar a audiência? — Ela não disse nada e apenas me encarou, me estudando exatamente como o júri havia feito e aquilo me irritou mais. — Eu assinei os papeis e não vou causar problemas. Já terminamos?

— Já — ela respondeu prontamente e levantei com pressa. — Sakura — parei, sentindo a vontade de sair daquela sala apertada virar numa urgência imediata; cerrei os punhos e respirei fundo. — Não importa o que digam, mas não foi a sua culpa.

— É fácil pra você falar.

 


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Notas finais do capítulo

Olá gente.
Faz muito tempo mesmo, mas muitas coisas aconteceram e decidi repostar NLTM. A fic foi minha primeira grande válvula de escape numa época conturbada da minha vida e me apeguei muito a estória, com as personagens e com toda a trama que não percebi que havia muito a ser arrumado.
Então reescrevi.
Tenho alguns capítulos prontos, mas as principais mudanças são: tamanho dos capítulos, dinamismo entre as personagens e na estória, mais diálogo (principalmente da Sakura) e uma versão mais enxuta e direta.
Espero que gostem e estou aberta a ideias, críticas e tudo o mais.
Enfim. Até o próximo! o/