- Bom dia, bela adormecida!! – Damon falou enquanto me abraçava e beijava meu pescoço. Eu sorri e abri os olhos.

- Bom dia, amor! - falei e acariciei sua face. Nós nos beijamos ternamente até que ouvimos um pigarro e paramos para olhar quem era. Stefan estava parado na porta olhando pra gente. – O que foi? – Damon perguntou com um pouco de raiva.

- Temos problemas. – ele falou.

- Ok. Já estou indo conversar com você. - Damon falou e Stefan saiu para a gente se vestir. Nós nos vestimos rapidamente e saímos para ver o que Stefan queria. – O que aconteceu?

- Isobel voltou. –Stefan falou sério.

- O quê? Como? – Damon perguntou surpreso.

- Ela simplesmente apareceu na porta, ontem à noite. – Stefan falou e começou a descer as escadas. Eu e o Damon o seguimos.

- O quê ela faz aqui?

- Não sei. É isso que eu vou descobrir.

- Eu não acho que deva contar a ela que estou aqui. – Katherine falou aparecendo do nada no corredor.

- O quê? Por quê? – Stefan perguntou.

- É melhor que ela e o John não saibam que eu continuo na cidade, depois que saí da tumba. – Katherine falou.

- Você que estava cooperando com eles. - Damon falou sarcástico. – Fez um acordo com o John e quase me matou.

- Fiz o que precisava para sair da tumba. – ela falou com raiva. – Agora estou repensando minhas alianças. – Bufei e ela me olhou com raiva. Ela se virou para sair, mas Damon a interrompeu:

- O que você sabe? – ela se voltou pra gente respirando fundo e revirando os olhos.

- Sei que quero Klaus morto, por isso estou no time de vocês. E se precisarem que eu troque de lugar com a Elena de novo, quanto menos pessoas souberem que estou aqui, melhor. Pense nisso Stefan. Vamos, seja esperto!

- É o seguinte... Porque não liga para o Alaric e avisa que a esposa dele apareceu na porta da namorada dele. – Stefan pediu pro Damon e eu e ele saímos para fazer isso.

***

Damon me levou até a casa dos Martin. Nós íamos ajudar Bonnie, a amiga de Elena, a achar um meio de descobrir como ela transferia os poderes das bruxas que morreram para ela. Jeremy, o irmão de Elena, ia conosco. Eu tinha acabado de conhecer os dois direito e ao que me parece eles eram um casal.

- Você era bibliotecária não era? – Jeremy perguntou para mim.

- Sim, mas eu sou professora do Jardim de Infância agora. – falei sorrindo. Estávamos subindo as escadas pro apartamento dos Martini.

- Eu iria adorar ter uma professora como você no jardim de infância. – Jeremy falou brincalhão e eu ri.

- Essa não é a primeira vez que eu ouço isso. – falei olhando acusadoramente para o Damon e nós rimos. De repente, eu piso em falso e quase caio. Minha sorte foi que Bonnie me segurou rapidamente. Logo em seguida ela olhou assustada pra mim. – O que foi? – perguntei

- Eu sinto algo vindo de você... Uma grande energia... Mas eu não consigo identificar o que é. É como se uma barreira me impedisse de identificar isso... Isso é bem estranho. – Ela falou se afastando de mim como se eu fosse anormal.

Depois disso, voltamos a seguir o caminho normalmente até o apartamento deles. Damon abriu a porta e quando entramos vimos o corpo do Luka todo queimado no chão. Eu fiquei com pena dele, por mais do que o pai tivesse feito, ele não merecia aquilo. Damon entrou falando:

- Yep! Todo mundo está morto! - ele falou e eu bati no ombro dele.

- Não fale assim deles. – falei o repreendendo.

- Concordo com a Rebecca, Damon. – Bonnie falou. – Vamos pegar os grimórios. Passaram anos os colecionando. Quero que fiquem seguros.

- Ou poderíamos só acender outro fósforo e cremá-los.

- Damon, Já chega!- falei com raiva.

- É. Não seja desrespeitoso. Não com ele. – ela falou.

- Tudo bem, vou enterrá-lo.

- O que estamos procurando? – Jeremy perguntou.

- Um dos Grimórios possui um feitiço que me permitirá absorver a energia de uma bruxa que morreu violentamente. – ela falou enquanto Damon cobria o corpo de Luka com uma coberta.

- Não sabia que eram íntimos. – Damon falou.

- Não éramos, mas quando ele devolveu os meus poderes, ele me mandou um recado. Se achar o lugar onde as bruxas foram queimadas, posso absorver energia e usar quando  eu precisar.

- Vamos colocar na nossa lista de afazeres. Absorver o poder das bruxas anciãs mortas. – ele falou.

- Sabe onde as bruxas foram queimadas? – ela perguntou descrente.

- Esqueci-me de mencionar isso? – Damon perguntou cínico.

- Teremos que ler todos os livros para encontrar o feitiço certo? – Jeremy perguntou.

- Creio que sim. – falei já me lamentando por mais um dia perdido.

- Não exatamente. – ela falou e começou a fazer um feitiço em frente à estante. Um monte de livros caiu e um deles estava aberto. - É esse daqui.

- Ótimo. Pegue o resto. – Damon falou. – Vamos.

***

- Acha que Isobel está falando a verdade? Que todos sabem sobre mim? – perguntou Elena.

- Não acredito no que ela fala. – Stefan falou. – Mas seriamos estúpidos em ignorar o aviso. – ele falou.

- Deveria ficar aqui para podermos protegê-la. – Damon falou.

- Mas qualquer um pode entrar aqui, Damon. E você sabe que pode ser um vampiro mais velho. - alertei.

- Rebecca tem razão. Qualquer vampiro pode entrar aqui. A casa da Elena é mais segura. – ele falou.

- Por que não minha casa? – perguntei.

- Pode ser... Vamos lá então. – ele falou.

- Esse é o plano? Não deixarão eu sair de perto de vocês? - Elena perguntou.

- Elena, eles só querem você a salvo! Entenda! – falei já me chateando com ela. Será que ela não percebia que tudo que eles faziam era pra proteger ela?

- Me deixando presa?

- Se tem ideia melhor, fale. – Damon foi direto.

- Ok. Um de vocês terá que ir comigo ao almoço nos Lockwood. – ela falou e eu bati a mão na testa.

- Eu vou. – disse Stefan.

- Que droga! O almoço!- falei. – Damon não vai dar pra ir com você, meu amor. – falei afagando o cabelo dele

- Tudo bem - Damon falou enquanto afagava minhas costas.

- Pra onde vocês iam?- Elena perguntou.

- Tenho coisa de bruxas pra resolver com a Bonnie.

-Vai levá-la ao... – ela falou, mas Damon interrompeu pressionando o dedo indicador no lábio dele.

- Não se calem por minha causa! - Katherine chegou e eu revirei os olhos. Eu realmente não gostava daquela mulher.

- Se vocês tem um plano para impedir nossa condenação, por favor, me contem. – ela pediu colocando as duas mãos no sofá. Todos ficaram em silêncio e o Damon sorriu vitoriosamente. – Sério. Qual é o plano para nos tirar dessa condição? Dei a vocês uma selenita, um lobisomem e a adaga para atrair e matar Klaus. E agora tudo o que têm é a selenita. Pelo que eu sei. – falou.

- Não. Nós a temos.

- Onde está? – Ela perguntou interessada.

- Está em um lugar muito seguro. – ele respondeu.

- Fui honesta com vocês. Hora de devolver o favor. – ela falou com raiva.

- Vou ser sincero com você. Não confunda o fato de não colocarmos fogo em você enquanto dorme, com confiança. – ele falou

- Tudo bem. Se é assim... – ela falou e saiu. Eu sorri divertida com aquilo. Ele sorriu pra mim e me deu um selinho rápido.

***

- Venho te buscar daqui a algumas horas. – ele falou e eu estava emburrada. Eu queria ir com ele. Queria ajudar, mas ele tinha me dito que era pra eu descansar.

- Ok! Seu chato! - falei e saí do carro. Ele riu.

- Esteja pronta! Eu venho te buscar a qualquer hora pra quando voltarmos, fazermos coisas um tanto que indevidas... – ele falou piscando e eu ri.

- Seu safado! Só sirvo pra isso não é?

- Não mesmo. – ele falou ficando sério. – Se não fosse você, quem ia estar lá, nas horas que eu mais preciso?

- Hum... – coloquei a mão na boca e fiz cara de pensativa. Ele riu e negou com a cabeça. Me inclinei no carro e dei um selinho nele. – Te amo seu bobinho!

- Eu também te amo, Becca. – ele falou sorrindo. Me afastei do carro e ele deu a partida.

- Tchau! - falei e ele acenou em resposta. Fiquei olhando o carro partir pela rua, abraçada a meu casaco, depois eu só entrei na minha casa com a raiva voltando a tomar conta, por que eu não tinha nada o que fazer.

***

Eu não aguentava nem passar mais um segundo naquela casa sem ter o que fazer. Estava tudo o maior tédio, por que eu só conseguia pensar no que tinha acontecido até agora, não conseguia me distrair e me estressava mais. Tentei ler um livro, mas só me fazia lembrar do que acontecia.

- Quer saber? Vou embora daqui! Não posso ficar parada sem fazer nada! - falei já com raiva.

Lembrei do que a Elena falou, que ela ia pra um almoço na prefeitura e decidi ir pra lá e ajudar eles. Troquei de roupa ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=32880956&.locale=pt-br ) calcei meu salto, peguei minha bolsa carteira, coloquei minha jaqueta e saí decidida. A casa dos Lockwood não era tão distante, por isso dava para eu ir andando sem nenhum problema. Alguns minutos depois, eu cheguei e estavam todos saindo. “Mas que droga! Mal cheguei!” pensei.

Vi Elena no telefone caminhando apressada com o Stefan. Eles estavam sérios e assustados, provavelmente tinha acontecido alguma coisa. Tentei andar em direção á eles, mas antes que eu pudesse me aproximar direito, Stefan empurrou Elena, pegou ela pelos pulsos e a sacudiu. Percebi logo que tinha alguma coisa de errado, então apressei meu passo.

Ela injetou alguma coisa no Stefan e ele caiu pro lado. Não era Elena, era Katherine, aquela vadia! Ela o empurrou para os arbustos, olhou em volta e entrou no carro. Esperei ela sair, pois não tinha condições de lutar contra ela e pelo jeito que ela me odiava poderia até me matar, e logo em seguida corri até o Stefan

- Stefan? – perguntei me metendo nos arbustos. Ouvi seus gemidos de dor e logo o localizei. Me ajoelhei do seu lado e ele pegou em meu braço. Seus olhos estavam se fechando.

- Ligue... Pro... Damon... Katherine... Elena... – ele falou entre gemidos e logo em seguida apagou.

- OMG! Que merda! - falei. Disquei o número do Damon apressada e esperei ele atender.

- Becca? O que foi? – ele perguntou já esperando o pior, provavelmente.

- Eu vim para a casa dos Lockwood e quando eu cheguei, Katherine tinha injetado alguma coisa no corpo do Stefan, provavelmente verbena porque agora ele está desacordado, e Elena sumiu. Eu acho que Katherine raptou ela! - falei de uma vez, desesperada.

- Ok. Fique ai com o Stefan. Vou resolver a confusão da prefeitura e já já estou ai.

- O que aconteceu?

- Isobel mordeu John e causou um grande tumulto. Provavelmente pra distrair todos, enquanto capturava Elena. Não se preocupe, nós vamos resolver isso. – Damon falou.

***

Damon entrou em casa com Stefan em um ombro e John em outro. Eu vinha logo atrás dele apreensiva. Ele jogou John no chão e colocou Stefan no sofá. Suas mãos estavam sujas de sangue do John. Ele olhou pra elas impaciente e subiu em silêncio.

- Você está bem? – perguntei e ele me olhou com raiva.

- Bem furioso. – ele falou e entrou no banheiro. Ele tirou a jaqueta e lavou a mão com raiva. Entreguei a toalha de rosto quando ele terminou e ele enxugou as mãos impacientemente. Jogou o pano pro lado e tirou a camisa. E então ele parou como se percebesse algo e olhou para a saboneteira. – DROGA!- ele gritou e começou a procurar algo desesperadamente na saboneteira, que não achou e então a jogou contra a parede.

- Hey! Hey! Hey! Calma ai Machão! Vamos parar com o stress? O que aconteceu? – falei colocando a mão em seu peito, com raiva.

- A vadia da Katherine levou a Selenita.

- Ok. Se acalme! Vamos resolver isso!- falei tentando olhar em seus olhos, o que foi difícil, pois ele só olhava para o lado.

- Como vou me acalmar? Ela pode estar entregando a selenita para o Klaus nesse exato momento!- ele falou furioso.

- E você acha que Katherine seria estúpida ao ponto de ir procurar alguém que esteve atrás dela por centenas de anos? Ela pode ser vadia, mas é esperta! - falei. – Agora olhe em meus olhos e tente se acalmar pra esfriar a cabeça. – peguei a face dele com minhas mãos e puxei para que ele olhasse em meus olhos. Ele olhou por alguns instantes e pareceu se acalmar.

- Acho que sei onde Isobel pode estar. – ele falou e eu sorri pra ele.

- Viu como é melhor pensar nas coisas sem estresse? – perguntei pra ele e ele sorriu.

- É por isso que eu preciso de você. Quem vai clarear minha mente nessas horas? – ele perguntou e eu sorri feliz. Dei um selinho nele e nós saímos do banheiro.

***

- Acha que essa é a casa? – Stefan perguntou. Tínhamos acabado de chegar no esconderijo de Isobel, como Damon tinha previsto.

- É bom que seja. É a melhor casa hipotecada da cidade. – ele falou.

- Juro se ela não estiver aqui... - Stefan falou. Ele parecia desesperado para encontrar Elena.

- Não seja tão pessimista. – Damon falou com raiva e Stefan abriu a porta rapidamente. Entramos e a casa parecia estar vazia.

- Vou ver no andar de cima- ele falou e correu até as escadas, nervoso. Eu fui ajudar o Damon

- Vou por esse lado. – falei apontando para o lado direito. Ele segurou meu braço e olhou em meus olhos protetoramente:

- Você vai ficar aqui comigo. Não quero que ninguém se machuque mais hoje. – ele falou autoritário. Eu cruzei meus braços e olhei pra ele furiosa. Ele desviou o olhar e viu umas malas no chão. Stefan descia as escadas, já tinha olhado tudo. – Essas coisas são da Isobel. É definitivamente a casa certa. – ele falou

- Onde elas estão? – ele perguntou nervoso.

- Eu não sei, Stefan! – Damon falou como se isso fosse obvio e nós saímos.

***

- Você não me obedeceu. – Damon falou com raiva

- Eu não podia ficar sem fazer nada Damon! - respondi. – Não consegui me distrair. Cada vez eu me estressava mais.

- Katherine poderia ter te matado se tivesse visto que você estava lá!

- Mas ela não matou ok? Estou viva! Agora chega de ficar brigando por causa disso. – falei com raiva. Ele pegou uns papeis de uma gaveta e fechou ela num estrondo grande, me olhando furioso. Olhei pra ele com mais raiva ainda pela maneira que ele estava me tratando, peguei minha bolsa e saí pisando fundo.

- Aonde está indo?

- Não é da sua conta! - falei e saí da casa dele sem dar tchau a ninguém.

***

- Rebecca? – escutei a voz de Damon. Olhei pro lado e ele já tinha entrado. Revirei os olhos e falei autoritária.

- Vá embora. – como eu esperava, ele fez justamente o contrário. Se sentou do meu lado na janela e puxou minha face, para que eu olhasse em seus olhos.

- Você está dramática demais hoje. TPM? – ele perguntou e eu virei minha cara com raiva. – Vamos lá Bequinha! Eu estava com raiva. Não posso deixar você correr perigo. – ele falou – Isso não é um jogo, nem nada do tipo. Se você se machucar eu vou passar o resto da minha vida me culpando, por ter te colocado nisso. Eu sei que as vezes eu exagero, mas o que eu posso fazer? É da minha natureza! – olhei pra ele, que sorriu. – Desculpa Becca. - ele falou com uma carinha de anjo que eu não aguentei.

- Ok! Ok! – falei e abracei ele. – Desculpa também. Eu devia ter te escutado. Ando muito estressada mesmo. – falei e ele riu.

- E agora, o que você acha da gente ter uma reconciliação a la Damon Salvatore? – ele perguntou galante.

- E como seria essa reconciliação? – perguntei já adivinhando a resposta.

- Bem... Envolve eu, você e a cama. – ele falou e eu ri.