Doce Atração escrita por melodrana


Capítulo 8
Capítulo 7 - Confidencias


Notas iniciais do capítulo

Amoores!
Mais um capitulo pra vcs, espero que gostem =)
Beijoos
Ps. Reviews. Nunca se esqueçam dos reviews (y)



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A segunda-feira não estava ensolarada.

Bem, pelo menos assim eu vou poder ver o Edward.

Aliás, ontem a noite eu pensei muito nele. E no Jacob. Caso eu não conseguisse me controlar, e por um acaso eu mordesse o Edward – espero que isso nunca aconteça – eu estaria arranjando uma briga com o lobisomem. E isso não seria bom.

Cheguei a escola e logo vi o carro prata de Edward estacionado. Eu não o vi, mas vi Alice entrando pelo prédio. No momento eu não queria fala com ela, com certeza a maratona de perguntas começaria. Eu queria alguns minutos de sossego, então andei vagarosamente pelo caminho.

- Olá Bella... – escutei um sussurro em meu ouvido. Um arrepio percorreu o meu corpo, e quando virei os olhos, o vi ao meu lado.

- Oi... – falei sorrindo.

- E aí, pronta para a tempestade de perguntas da Alice?

- Não me diga que você não falou nada a ela de novo...

- Não falei nada... Ela está completamente desesperada... – ele também sorria. Eu me segurava para não derreter.

- Espero que eu sobreviva...

- Eu sei que você vai... Você é forte... – ele sorriu com o trocadilho, mas eu revirei os olhos. Não gostei da piadinha.

Percebi então que já estávamos na porta do prédio. Eu não queria sair de perto dele, mas não tinha como evitar. Eu não podia virar uma atleta.

- A gente se vê... – ele falou e depois seguiu pro campo.

Quando cheguei a sala, vi Alice ali parada, com uma cara de aflita. Segui pra minha carteira, atrás da dela, e fiquei a espera das suas perguntas.

- Como você não beijou ele? – ela gritou depois que eu falei que não tinha acontecido nada.

- Não beijando... Minha mãe tava vendo...

- Eu não acredito nisso Bella!

- Calma Alice, terão outras oportunidades...

Passei o resto da aula descrevendo o nosso novo “encontro” a Alice, em detalhes. Ela não me parava de fazer perguntas – e o professor não parava de chamar nossa atenção.

Mas até que foi bom. Assim eu não me esquecia nem um momento de Edward. Seu sorriso estava gravado em mim, e isso me fazia a pessoa mais feliz daquela escola.

Na hora do intervalo, ele não estava em seu lugar habitual. Eu procurei pelo refeitório inteiro, mas ele não estava lá. Comecei a entrar em desespero – e Alice também. Ela queria ver a cara do irmão depois de saber todas as informações necessárias.

Então, nós fomos nos sentar em uma mesa ao lado da janela. Ali pelo menos eu poderia ver o campo e lembrar dele.

Quando coloquei meus olhos além da janela, eu vi Edward. Ele estava sentado embaixo daquela mesma árvore, com os olhos fixos em algo que eu não fazia a mínima idéia do que era. Ele estava divino sentado ali. Tive a impressão de ter dado um suspiro depois de vê-lo.

- Bella! Vai lá! – Alice gritou, depois de ver Edward lá embaixo.

- Alice, não precisa gritar...  E as vezes ele quer ficar sozinho...

- Duvido... – Rose falou, me incentivando.

- Vai logo Bella...

Eu então me levantei e saí do refeitório. Logo que alcancei o caminho até a árvore, o olhar de Edward me encontrou. Eu sorri e ele retribuiu, satisfeito.

- Posso? – perguntei quando cheguei ao seu lado. Ele estava radiante, como eu acho que estaria em um dia de sol.

- Claro...

Me sentei em sua frente. Olhei para cima e vi Alice e Rose acenando pra mim, como duas idiotas. Eu não pude deixar de rir, e ele virou o rosto para ver o que era.

- Acho que hoje nós temos platéia... – ele falou, também rindo.

- Eu não me importo... Elas não podem mesmo escutar o que a gente fala...

- Foi exatamente por isso que eu vim pra cá... Eu quero privacidade...

De repente uma de suas mãos alcançou a minha. Eu estremeci, mas depois fiz o mesmo. Coloquei a minha mão que estava sobrando sobre a dele.

- Então, qual é a pergunta do dia? – perguntei, mais sorridente do que esperava.

- Hoje eu quero te fazer uma proposta...

- Outra? – perguntei, já cansada das suas quebras de pacto.

- Mas essa não tem nada a vê com as perguntas...

- Pode fazer então... – falei meio curiosa.

- Eu quero te levar pra um lugar hoje depois da aula, aí lá eu te faço a pergunta... Pode ser?

- Que lugar é esse? – ele tinha me deixado intrigada. Ele falou desse lugar com muita empolgação.

- É surpresa... Você topa ou não?

Eu olhei bem pro rosto dele. Não seria muito seguro ficar sozinha com Edward novamente – eu tinha certeza de que esse lugar é deserto – mas eu também não podia recusar um pedido desses.

- Eu topo...

Ele abriu um sorriso enorme, e eu retribuí. Era tão difícil não poder fazer nada com ele depois desses lindos sorrisos...

Percebi então quer todos estava entrando no prédio. Eu comecei a me levantar, ainda de mãos dadas com ele, e ele se levantou comigo. Nós dois parecíamos dois namorados. Todos nos olhavam e cochichavam depois.

Eu não estava nem aí pro outros. A única coisa que eu queria era ficar perto do Edward.

Não participei da aula de educação física. Eu inventei uma dor na cabeça e fiquei sentada, só olhando as outras meninas no atletismo. Foi ótimo pra todos, por que eu fiquei sem fazer nada – era tudo que eu queria – e as meninas não precisavam se preocupar com a minha presença no campo.

Na aula de biologia, eu me sentei ao lado de Mike novamente. Ela não falava comigo a dias, então resolvi colocar nosso papo em dia.

- Oi Mike... – falei quando me sentei. Ele me olhou e não respondeu.

- O que foi? Eu fiz algo de errado? – perguntei preocupada. Pelo que eu lembre, ele amava conversar comigo.

- Não Bella, você não fez nada... – ele me respondeu com a voz meio fraca.

- Então por que você não fala mais comigo?

- Acho que você prefere a companhia de outras pessoas, como o Edward...

Certo. Estava na cara que era ciúmes. Só eu que não quis ver isso.

- De onde você tirou isso? – perguntei indignada.

- Acho que faz alguns dias que você não fala mais comigo...

- Eu não falei porque você também não falava! Mike, não é só por que eu tenho outros amigos que é preciso me afastar de você!

Ele corou. Acho que ele percebeu que eu tinha razão, e resolveu se redimir.

- Desculpa Bella... Eu não queria isso...

- Tudo bem... Então nós somos amigos novamente? – perguntei estendo minha mão.

- Amigos... – ele apertou a minha mão e sorriu. Eu sorri de volta e fiquei feliz por ter o Mike de volta as minhas aulas de biologia.

Eu pretendia procurar Edward lá fora quando saísse, mas não foi necessário. Ele estava na porta da sala, me esperando, com aquele sorriso maravilhoso nos labios.

- Oi... – ele falou depois de chegar mais perto.

- Olá... – falei sorrindo. Não tinha percebido que Mike estava ao meu lado.

- E ai Mike...

Mike levantou a mão, como se fosse um cumprimento. Percebi que a cara dele não tinha ficado muito feliz depois de ter visto Edward pegar na minha mão e me conduzir até a saída.

- A gente se vê amanhã Mike... – falei depois de sairmos do prédio.

- A gente se vê... – ele respondeu, sem emoção.

- Tchau Mike... – Edward falou, e ele somente levantou mão de novo.

Mike se afastou e Edward começou a me conduzir ao seu reluzente conversível prata.

- Acho que o Mike não está muito feliz com os nossos encontros... – Edward falou, abrindo a porta do passageiro para mim.

- Não sei por que... Nós somos somente amigos...

Edward ficou feliz com a informação e sorriu. Depois de dar a partida, ele parou de olhar pra mim e começou a prestar atenção na estrada. Eu continuava com os olhos fixos nele, imaginando onde aquela perfeição me levaria.

- Você não vai mesmo me dizer pra onde você está me levando? – perguntei tentando pelo menos ter uma pista desse lugar misterioso.

- Não... Já falei que é surpresa...

- Nem uma dica?

- Você vai gostar, não se preocupe...

Ele acelerou o carro e eu, meio rabugenta, olhei pra frente e fiquei esperando que a estrada me dissesse pra onde nós estávamos indo.

De repente, eu percebi que estávamos saindo da cidade. Comecei a ficar mais preocupada, já que quanto mais longe ele me levasse, mas risco a preciosa vida dele estaria correndo.

- Você vai me levar pra fora da cidade?

- É...

- Você não pretende me seqüestrar né? – falei brincando.

- Não... Eu estou te levando a La Push... – ele falou, finalmente cedendo.

Eu já tinha escutado alguma coisa sobre La Push, mas estava muito curiosa pra saber como era o lugar. Eu espero que seja cheio de pessoas. Será mais seguro se for assim.

Depois de uns 10 minutos, nós chegamos. Edward havia estacionado o carro bem a frente da praia, e eu fiquei toda feliz de ver o mar tão perto de mim, indo pra frente e pra trás, num ritmo constante.

Edward estava agarrado a minha mão. O único momento que ele tinha a largado foi quando estava dirigindo. Sentir o calor que vinha dele era tão bom que eu nem me importava. O que me importava era somente ficar perto dele.

Ele então começou a me conduzir à direção contraria a da praia. Eu pensei que nós nos sentaríamos na areia e começaríamos a conversar e tal, mas não foi isso que aconteceu.

- Pra onde você ta me levando agora? – perguntei, já ficando meio brava com esse mistério.

- É segredo...

- Até quando você vai ficar com esses segredos?

- Até nós chegarmos... – ele sorriu e eu emburrei. Pensei que assim ele iria se redimir e iria contar pra mim onde nós estávamos indo, mas ele não me contou. A única coisa que ele fazia era me levar arrastada.

De repente, percebi que nós estávamos na entrada de uma caverna. Ela parou ali, e eu já fiquei com medo do que viria em seguida.

- Bella, fecha os olhos...

- Não! – falei, meio apreensiva.

- Por favor... 

- Não...

- Certo, então eu mesmo vou ter que fechar...

Ele se instalou atrás de mim e colocou suas duas mãos sobre os meus olhos. Eu queria me libertar daquilo – seria fácil demais. Eu poderia até quebrar as duas mãos dele se quisesse – mas o deixei me levar.

Seu cheiro estava agora ainda mais presente em mim. A aproximação fez com que a minha garganta começasse a queimar um pouco, mas eu prendi a respiração e não deixei que a minha sede estragasse esse momento.

Eu estava com medo de cair. Percebi que os meus pés andavam sobre pedras bem irregulares, e sobre um tipo de areia bem molhada. Não seria tão fácil de o Edward me segurar caso acontecesse algum acidente.

Depois de mais alguns metros, ele parou.

- Você promete que não vai abrir os olhos se eu tirar as minhas mãos?

- Prometo...

- Mesmo?

- Sim Edward...

Ele então soltou o meu rosto e eu fechei os meus olhos. Não pretendia acabar com a felicidade dele, então não me senti muito incomodada de ficar com os olhos fechados.

De repente senti as mãos dele na minha cintura. Desta vez meu corpo inteiro sentiu um arrepio, e eu quase me desequilibrei. Dei um suspiro, tentando colocar meu corpo de volta a um ritmo calmo, e depois fiquei esperando ele fazer o próximo movimento.

Ele me conduziu para frente, e depois de um tempo, fez com que eu me sentasse em uma pedra gelada. Ele ainda me segurava, provavelmente com medo de que eu caísse, mas depois de me colocar perfeitamente em uma posição bem confortável, ele largou de mim.

- Posso abrir os olhos? – perguntei, depois de ter perdido toda a minha paciência.

- Pode... – ele sussurrou em meu ouvido esquerdo, me fazendo levar um susto.

Quando abri os meus olhos, fiquei maravilhada. Nós estávamos parados a frente de uma espécie de piscina natural. A água era transparente, calma, cheia de peixes coloridos. Mais em volta havia várias pedras, algumas cobertas por algumas plantas, outras totalmente lisas. O lugar era meio escuro, mas a água refletia perfeitamente as nossas silhuetas.

- E ai? – ele me perguntou depois de ver a minha admiração momentânea.

- É... lindo Edward...

- Sabia que você ia gostar... – ele sorriu e pegou em minha mão. Eu me ajeitei de modo que ficasse frente a frente com ele, e depois de alguns segundos em silencio, eu sorri.

- Por que você me trouxe até aqui? – perguntei, ainda com os olhos fixos nos dele.

- Porque aqui é um lugar especial pra mim... Eu sempre venho quando estou com vontade de ficar sozinho...

- É muito bom mesmo... E por que você as vezes quer ficar sozinho? – perguntei, bem curiosa pra saber todos os segredos mais profundos dele antes de revelar os meus.

- Ah... É muita carga sobre mim sabe... Capitão do time de futebol, tutor, eu tenho que cuidar da Alice... Tudo isso as vezes cansa...

- Quem mandou você ser assim, todo talentoso? Tem que sofrer mesmo... – falei rindo. Ele também riu, e depois ficou olhando pro meu rosto, com um olhar curioso.

- Então quer dizer que a senhorita me acha talentoso?

- Sim... Bastante pra um garoto de 17 anos...

- Eu duvido que eu seja mais talentoso que você... – ele falou, sorrindo. Eu já comecei a me preocupar com o que viria em seguida.

- Por que você acha que eu sou mais talentosa?

- Bem... Você consegue dar dois mortais de costas seguidos sem nenhuma pratica nas lideres...

- Hum... – é, isso era um talento.

- Você consegue quebrar coisas indestrutíveis com apenas um dedo...

Revirei os olhos e ele viu que eu fiquei brava. Mas os talentos não pararam.

- Você conseguiu me deixar completamente encantado por você com apenas um olhar...

- Isso não é um talento...

- Ah é sim... Não é qualquer uma que faz a minha cabeça virar desse jeito...

Eu abaixei os olhos, meio envergonhada. Eu queria corar e ser uma pessoa normal, pelo menos assim ele iria parar de me elogiar.

Ele colocou uma de suas mãos em meu rosto e o levantou novamente. Seus olhos verdes se penetraram nos meus e eu pude sentir o calor que eles queriam transmitir.

Edward aproximou meu rosto do dele. Meu nervosismo cresceu e eu queria que ele não continuasse. Minha garganta ainda queimava, eu precisaria de mais alguns minutos pra me adaptar.

 - Bem, acho que está na hora da pergunta do dia... – falei, afastando meu rosto do dele.

Ele não queria mais fazer nenhuma pergunta, percebi a decepção nos olhos dele quando o interrompi. Mas isso era necessário, e ele percebeu que eu teria que ter um tempo.

- Certo... A alguns dias atrás, você me falou que era meio perigoso nós dois ficarmos sozinhos...

- É... Bastante perigoso... – confirmei sua afirmação, mas ele pareceu não ligar.

- Por quê?

- Bem, porque eu posso te machucar...

- Como? Você é tão frágil, não dá pra imaginar você me machucando Bella... – ele falou, se esquecendo do pequeno detalhe da minha força extraordinária.

- Você esqueceu que eu quebrei uma tampa de aço aquele dia na tua casa? Edward, você perto de mim é um vaso de porcelana... Qualquer descuido e você pode se quebrar em pedaçinhos...

- Mas por que isso? Por que você é tão forte?

- Por que... – eu parei por um segundo, tentando pensar na resposta certa – isso faz parte do que eu sou... E além do mais, não é somente assim que eu posso te machucar...

- Tem mais? – ele perguntou num tom mais alto de voz. Acho que agora ele começou a se assustar com as minhas respostas.

- Tem... Mais uma forma...

- Qual é? – a curiosidade pulsava em suas veias. Eu podia sentir os seus batimentos se acelerando, e seu sangue pulsando na minha mão.

- Isso... Eu não posso te responder...

- Bella, é tão grave assim que você não pode me falar?

- Digamos que sim... – eu falei agora com remorso. Eu queria contar a ele, mas não podia. Seria melhor ele não ficar sabendo o que era.

Edward agora tinha raiva em seus olhos. Fiquei com medo de magoá-lo mais, então resolvi desvendar tudo aos poucos.

- Você não se importa com isso?

- Com o que? – ele perguntou, voltando a olhar em meus olhos.

- Com tudo isso de eu poder te machucar... Você não tem medo?

- Por que teria? – ele agora estava confuso. Eu também estava.

- Sei lá, qualquer pessoa teria medo...

- Eu não tenho por que ter medo Bella... Eu gosto de você, não me importa se você é um et, ou qualquer outra coisa...

Eu queria poder chorar agora. Pela primeira vez, alguém mostrou um sentimento maior por mim. Geralmente as pessoas saem correndo quando descobrem que eu posso machucá-las.

- Mesmo? – perguntei com os olhos fixos nele. Eu queria achar algum vestígio de que aquilo fosse mentira, para que eu pudesse sair correndo pra não me iludir.

- Bella, eu gosto de você pelo que você tem aqui dentro...

Sua mão direita se libertou da minha, se levantou e tocou o meu peito.

Foi como se eu tivesse levado um choque. Todo meu corpo se enrijeceu e eu olhei para os seus olhos, meio hipnotizada.

O lugar onde seus dedos tocavam minha pele queimavam. Sua pele quente me transmitia uma coisa tão boa que eu queria sentir isso em todo o meu corpo.

Fechei os olhos e tentei transferir toda essa energia para cada parte de mim. Ele começou a retirar a mão, mas eu coloquei a minha sobre a dele, impedindo-o de mexer qualquer músculo.

Eu não poderia continuar mentindo pra ele. Eu tinha que falar a realidade. Eu tinha que senti-lo verdadeiramente.

Abri os olhos e mirei fixamente seus olhos verdes. Eles brilhavam, como o olhar de uma criança ao receber um presente.

Respirei fundo e falei:

- Mesmo se eu fosse uma vampira?


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