Secrets Of a Life 2 escrita por Ester Liveranni


Capítulo 4
Capítulo 4 - A mudança


Notas iniciais do capítulo

Nussa gente que tenso,
Quase que não sai de novo :S
Tô sentindo a maior falta dos emoticons na fic
Até por que a Alice é assim cheia de caras e bocas...
Mas em fim, não adianta chorar elo emoticon vetado!
Então...
Boa leitura.



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Acordei no meu quarto, sob os olhos furiosos de minha mãe.

– Se sente melhor? - falou seca.

Fiz que sim com a cabeça e me preparei mentalmente para a bronca.

– Só me diz, o que você pensou que estava fazendo quando resolveu encher a cara naquela maldita festa? – falou entre os dentes.

– Eu não tava bêbada, mãe... só foi uma dose. – expliquei.

– E no seu caso isso faz alguma diferença Alice?

– Não... – falei segurando a vontade de chorar.

– Então por quê Alice? Por quê você fez isso? – ela disse se levantando. - Faz idéia de como seu pai e eu ficamos preocupados? Poxa a dois anos desde que descobrimos a doença que você sabe das suas limitações.

– Eu sei...

– Não é o que parece! – falou me encarando. - Nós confiamos em você, por que acreditávamos que fosse madura o suficiente pra cuidar de si, mas pelo visto nos enganamos!

Meu corpo estava dolorido, e depois do que ela falou a vontade de chorar só aumentou.

– Agora durma! E não se esqueça o vôo é às 09:00h.

– Mãe eu... – falei com uma voz quase inaudível.

– Ahh e antes que eu me esqueça, você está de castigo! – falou antes de bater a porta.

Fechei os olhos e senti as primeiras lágrimas da noite rolarem pelo meu rosto. Ouvi ela discutindo alguma coisa com meu pai no quarto ao lado, e isso só fez a minha culpa aumentar ainda mais. Por que eu fui tão estúpida? Essa era a pergunta que ecoava na minha cabeça, mas a resposta não vinha.

Depois que as coisas se acalmaram no quarto ao lado meu pai veio me ver.

– Posso entrarr?

– Entra... – falei secando o rosto.

– Você está bem?

– Uhum... E ela, ainda ta me odiando?

– Alice. – ele falou sentando do meu lado, e eu me apoiei em seu peito. – Sua mãe não te odeia, só está um pouco brrava.

– Pai... o senhor acha que ela vai me perdoar?

– Claro que vai. – disse me fazendo cafuné. - Ela te ama Alice, independente do que aconteça!

– Obrigada pai. – falei intensificando o abraço.

No dia seguinte levantei as 6:00h e fiquei esperando o meu pai sair do quarto. Assim que ele desceu as escadas eu entrei. Minha mãe ainda estava dormindo, então deitei atrás dela e a abracei.

– Eu sinto muito. – sussurrei.

– Eu também. – ela falou se virando.

– Não vai acontecer de novo mãe, eu juro. – falei já com os olhos cheios d’água.

– Minha linda. – falou segurando meu rosto em suas mãos. – Eu não sei o que seria de mim, se algo acontece a você Alice!

– Eu sei. - falei abraçando a. - Me perdoa mãe por favor!

– Claro, que eu te perdoo Alice. Você é minha filha e eu te amo lembra?

Fiz que sim com a cabeça.

– Agora vamos parar com esse chororô, que daqui a pouco estaremos rumo a Montreal.

(...)

Angie foi conosco ao aeroporto. Queria se despedir por que segundo ela eu jamais voltaria. Sentirei falta de suas tiradas, de sua franqueza nada inconveniente, das dietas começadas nas segundas e interrompidas nas sextas. Mais acima de tudo sentirei falta dessa minha cúmplice que eu chamo de amiga.

A viagem foi tranquila e depois de quase dez horas dentro do avião a base de barra de cereal e suco de pêssego finalmente chegamos. Quebec estava coberta de neve, a cidade estava toda branca, e tirando a arquitetura, até que o clima lembrava bastante a minha terra natal. Estávamos cansados da viagem, e ainda assim Carlisle e eu fizemos questão de iniciar uma guerra de neve na frente da casa. Depois de um tempo entramos, já que a noite estava ficando cada vez mais fria.

O final de semana passou rápido e na segunda já seria meu primeiro dia de aula. Mamãe ficou resfriada e acabou dormindo até mais tarde. Resultado todo mundo se atrasou, inclusive meu pai que daria sua primeira aula na Universidade de Montreal (École Normale de Musique).

No fim das contas tudo se resolveu, mas como não consegui tomar um café descente e como já havia perdido o 1º tempo, resolvi passar em na lanchonete pra comprar um copo de suco de laranja. Apesar da neve, não estava tão frio quanto ontem. O tempo estava limpo e segundo a previsão todo esse gelo estaria derretido até o fim da semana.

Em fim peguei o ônibus errado e acabei em um congestionamento básico antes de vir pro colégio, o que já me deixou de mau humor, foi então que eu resolvi mudar um pouco o meu percurso, passando em uma lanchonete que fica de frente pro colégio. Eu já estava atrasada mesmo, mal é que não ia fazer. Bom, estava eu linda e bela com o meu suco de laranja na mão e o meu material na outra quando um imbecil praticamente me atropelou no meio do pátio. Derramando todo o suco no meu casaco.

– Tá cego?- vociferei

– Opa foi mal! - o garoto falou.

– Foi mal nada! Droga, agora eu tô toda molhada – resmunguei comigo mesma.

– Ahhh vai, até que não foi tão mal. – ele falou com um sorriso safado. - É sempre bom ver uma novata molhada pela manhã...

– Claro, saí hoje de casa e pensei “nossa vou ficar super sex vestindo o meu café da manhã”. – ironizei.

– Foi só uma piada... Eu sou o JB, err... Foi mal, você quer que eu...?

– Não, eu não quero nada tá! Só me deixa em paz pode ser?

– Seu desejo é uma ordem! – falou indo embora.- Patricinha – balbuciou.

– Idiota!- rosnei.

Cheguei na aula super atrasada, já que eu não sabia onde ficava a sala de biologia.

– Senhorita Cullen estou certo? – indagou o homem baixinho e careca a minha frente.

– Sim senhor.

– Eu sou, Franklin Dallas e serei seu professor de biologia neste semestre. Alguma dúvida, não? Ótimo. – Falou sem nem me deixar pensar no que ia falar. – E antes que eu me esqueça. – baixando os óculos. – Atrasos não serão permitidos! Agora sente se.

Passei o olho na sala procurando um lugar onde sentar, e só haviam dois disponíveis. Um era ao lado de um gorducho vestido com roupa de rapper, que me olhava como se eu fosse um frango de padaria. E o outro era justamente ao lado do descoordenado com cabelo de Einstein que minutos antes havia feito o favor de derrubar o suco em mim.

– Ande Senhorita Cullen, não temos o dia todo! Vá sentar ao lado do Senhor Black por favor.

Legal, como se eu soubesse quem era “Senhor Black”. Pisquei algumas vezes então pude ver o projeto de Einstein me sinalizando pra que eu sentasse ao seu lado.

– Interessante, não achei que fosse ver a patricinha nem tão sedo... – falou me empurrando o livro.

– É, pra mim também não é um prazer sentar ao lado do Sid Vicious* mas tudo bem. – falei dando um sorriso desanimado e ele riu.

A aula até que não foi tão chata

O professor era rápido e bem exigente, mas eu não me preocupei já que estava adiantada na minha antiga escola. E apesar do meu atual parceiro de laboratório passar a aula inteira alfinetando o modo como eu me visto, pode se dizer que amanhã até que não foi tão chata.

No intervalo peguei uma maçã e me sentei em uma mesa vazia que ficava perto da janela. Lá fora o sol estava preguiçoso, como costumava ser em Forks.

Alguém se sentou do meu lado, mas não me dei ao trabalho de olhar.

– Oi! Você é bem estiloza, vou andar com você posso? – perguntou uma garota sorridente.

Ela era do meu tamanho e tinha o cabelo loiro cheio de cahos.

– Claro. Fica a vontade!

– Meu nome é Kate, Kate Watson. – falou me estendendo a mão.

– Alice Cullen, prazer.- falei a cumprimentando.

O resto do intervalo foi tranqüilo, Kate era muito animada e conhecia todo mundo. Ela me apresentou sua amiga Sam que era uma linda morena, tão animada quanto ela. As meninas eram ótimas, em nenhum momento me senti deslocada ou constrangida, pelo contrário, a impressão que eu tinha é que nos conhecíamos a uns duzentos anos.

Depois da aula fui pra casa que estava com um cheiro maravilhoso de assado. Mas como não havia ninguém em casa, deduzi que o cheiro fosse na vizinha. Sentei no sofá e fiquei lá zapeando os canais da TV sem me focar em nada.. Na verdade eu só conseguia pensar no colégio e no dia absurdo que eu tive.

“Agora me diz, quem aquele garoto pensa que é pra falar de como eu me visto? Eu não sou patricinha, ele é que é desleixado isso sim...” – pensei comigo mesma.

– Alice? – minha mãe falou entrando em casa carregando umas sacolas. – Carlisle chegou?

– Não. – falei pegando um iogurte na geladeira.

– Faz o favor, guarda essas compras enquanto eu vou lá no colégio buscar o seu irmão... Ahhh e dá uma virada no pernil que ele já deve estar quase pronto.

– Pernil?

– É querida, eu não te falei, o seu tio Jake e a sua tia Nessie moram aqui perto, então eu os chamei pra jantarem com a gente.

– A ta! – falei colocando as bolsas na mesa.

Depois de virar o pernil e guardar as compras, peguei o telefone e liguei pra Angie pra contar das novidades. Não demorou muito e a minha mãe chegou com o Carl.

– Alice sai desse telefone! – Bella pediu aflita.

Eu não tava muito afim, mas como não tinha escolha, me despedi da Angie e enquanto ela preparava o jantar eu fui colocando a mesa.

– Nossa eu estou tão ansiosa, deve ter uns cinco anos que não vemos os seus tios.

– É...- falei meio desinteressada enquanto preparava a salada.

– E dos meninos você lembra?

– Não muito...

– O Jasper e a Esme devem estar enormes. – falou pegando o suco. – Lembra do Jasper? Vocês não se desgrudavam quando eram crianças... Ele deve ter a sua idade agora. – ela falou em tom malicioso.

– Pode parar, ele deve ser o maior nerd espinhento.

A campainha tocou, e como todos estavam muito ocupados, eu fui atender.

– Já vai! – gritei antes de abrir a porta. – JB? O que quê você ta fazendo aqui?

– Eu vim pro jantar. – falou olhando um papel tão confuso quanto eu.

– O quê? E como é que você descobriu onde eu moro?

– Quer saber, eu devo estar na casa errada, eu vou embora. - ele falou se virando.

– Alice, são eles? – minha mãe falou vindo até nós.

– Não mãe é...

Jasper! – disse o abraçando.

Para o mundo que eu quero descer! Ele não pode ser o Jasper...Black...


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Notas finais do capítulo

Gente que saudade de responder review, vcs nem imaginam XD
Então façam uma leitora feliz e escrevam rsrsrs
Agora é sério gente, vlw pelo carinho e pela atenção, fico muito feliz mesmo.
Amanhã tem mais
*Bjox*