Edward sentia o vento no cabelo enquanto corria, na floresta era apenas um borrão que sumia em questão de milésimos de segundos, seus pés deslizavam sobre a terra fresca.

Logo chegou onde queria, onde passava quase todas as tardes desde que voltara para Forks. Sentou-se na pedra mais alta, que tinha uma vegetação rala de musgo seco. Observou o enorme abismo que tinha a poucos metros a sua frente. As rochas cinzas que escureciam e ficavam negras lá embaixo e as pedras do outro lado, as árvores verdes que balançavam com o vento e o sol que começava a se pôr, ele parecia encostar na ponta da pedra mais alta do outro lado.

Sentiu um toque frio na sua mão e o sentimento nostálgico que nunca o abadonava desde que o coração de Bella havia parado a sete anos e meio atrás bateu em cheio em seu peito.

Ele sabia o quão doentio era aquilo e que só o machucava mais, cavando o buraco mais fundo onde ele se encontrava agora mas tudo parecia tão real. Ele abaixou a cabeça a suspirou pesadamente, depois de alguns segundos ergueu a cabeça e a expressão preocupada no rosto dela se foi quase que instantaneamente, substituída por um gracioso sorriso.

Edward sorriu também, sentindo seu coração dormente inflar. Bella estava linda e se todo o plano de tranformá-la em vampira tivesse dado certo ela estaria daquele jeito hoje. O cabelo continuava o mesmo mas todo o resto havia mudado. Seus olhos castanhos estavam vermelhos agora. Não havia mais a vermelhidão sempre presente quando ela estava com Edward por perto em sua bochechas e nem os roxeados de olheira embaixo de seus olhos. Seus lábios estavam mais vermelhos, mais fartos. Ela seria uma linda vampira, a mais linda delas.

Sua pele incrivelmente mais pálida reluzia, não como o brilho dos vampiros, mas como uma aura que circundava todo o corpo dela. Como um anjo, que irradiava a sua luz dourada. Ela estava magestosa, toda vestida de branco e se não fosse por isso - e por ela toda estar ligeiramente mais transparente - ele juraria que ela ainda estava viva, do lado dele.

A mão dela que estava sobre a sua se apertou, a sensação era tão real que Edward não conseguia nem pensar em não se entregar a ela.

- Está tudo bem? - A voz suave de sinos ressoou em seus ouvidos, mais parecendo ser cantada.

- Sim.

- Não, não está. Se estivesse por que você estaria com essa cara?

Bella apoiou seu queixo no ombro de Edward que olhava pra frente agora, ele suspirou.

- Você não é real Bella. Eu tenho que aceitar isso logo, antes de perder o controle. Eu tenho que deixar você ir. - Sua voz saiu firme apesar das falhas.

Bella beijou o seu ombro o fazendo encará-la.

- Eu sempre estarei aqui por você Edward. Além da eternidade.

-

No quarto de Renesmee os beijos, chupões e pequenos gemidos eram abafados pela música alta. As coisas estavam saindo do controle.

Suas bocas procuravam umas as outras enquanto suas línguas dançavam de uma maneira insana.

Renesmee usava apenas com uma calcinha amarela, dessas que as adolescentes usam, com desenhos e tudo mais e uma camisa branca com a alça fina. O tecido fino da camisa não deixava passar despercebido o bico de seu seio rígido. Ela se encontrava sentada na cama com as pernas abertas com Jake, vestindo apenas uma bermuda, no meio delas.

Ele deslizou uma de suas mãos para o seu pescoço, tornando o beijo mais intenso que antes, havia fome nele. A outra mão foi parar em uma das coxas da menina, apertando-a de forma selvagem e deixando, possivelmente, toda aquela área roxa.

Com Jacob não existia muito cuidado, pelo menos não nessa hora, e não que Renesmee se importasse muito com isso, afinal, ela não é o que pode se chamar de fácil de se machucar também.

Sua mão foi para uma das nádegas de Renesmee, apertando-a e trazendo a menina para ainda mais perto de si. Ela sentou em seu colo, sentiu automaticamente o volume que havia se formado em suas calças e não pode deixar de gemer, por mais baixo que fosse, ela estava tentando se conter ali.

Aquilo só deixou Jacob ainda mais louco.

Renesmee enlaçou seus braços ao redor de seu pescoço, voltando a beijá-lo de maneira fervorosa. A mão de Jacob foi parar na bainha da blusa dela para então seus dedos tocarem suavemente na pele quente de Renesmee por debaixo da blusa, na sua cintura. Ele ia devagar, como se estivesse descobrindo algo novo, o que realmente estava, seus dedos passaram por seu ventre brincando ali e subindo lentamente um pouco mais.

Renesmee sentia tanto frio na barriga que a sensação era indescritível, ela nunca tinha sentido aquilo antes, nem nada parecido com aquilo, parecia que pela primeira vez em sua vida seu corpo não tinha controle. As borboletas davam voos rasantes e audaciosos em sua barriga. Os dedos de Jacob castigavam-a subindo lentamente por seu corpo, passando pela barriga e finalmente chegando onde ambos queriam. 

A mão cheia de Jacob segurou um dos seios de Renesmee e a sensação foi tão impossivelmente boa que mesmo com os lábios colados nos dele ela não pode deixar de gemer, o gemido mais alto até agora, contra os seus lábios. Jacob ficou mais excitado ainda e Nessie notou isso quando o volume já grande e satisfatório preso em suas calças cresceu ainda mais.

Ele apertou fortemente seus seios e mesmo que involuntariamente os quadris de Renesmee se mexeram para frente, rebolando no colo de Jacob, era a vez dele de gemer pela primeira vez naquele dia, ela gostou disso, de como seu gemido rouco saia de sua boca levemente inchada. 

Seu tronco de inclinou pra frente e Renesmee largou os lábios de Jacob procurando um pouco de ar. Respirar estava se tornando uma tarefa terrivelmente difícil naquele momento. Mais difícil ainda agora quando Jacob colou seus lábios no pescoço dela, dando aqueles beijos já tão bem conhecidos pela menina, os que a deixavam algumas horas sem poder ver o pai, pelas marcas roxas que eles deixavam, marcas roxas estas que perto das que se encontravam em sua coxa agora, não eram nada.

A cabeça de Renesmee tombou no ombro de Jacob, cansada, enquanto ela tentava sem sucesso algum normalizar a respiração.

Quando os dedos dos rapaz ainda trabalhavam em seus seios Renesmee soube que seria impossível normalizar qualquer coisa ali. Sua calcinha ficou molhada na hora e ela começou a fazer pequenos movimentos com os quadris deixando ambos a ponto de explodir.

Uma das mãos de Jacob ainda estavam na nádega de Renesmee, puxando-a mais e mais pra perto, como se ainda fosse possível e ela enterrou o rosto na clavícula dele tentando controlar os gemidos involuntários que saiam de sua boca.

Mordeu-lhe levemente o ombro assim que uma das mãos rápidas de Jacob voaram para seus quadris, ajudando-a a rebolar sobre ele, friccionando ambos os sexos, deixando os dois em um êxtase absurdo.

-

Leah corria pela floresta e a uma distância considerável da casa dos Cullens, ela já conseguia ouvir a música. Tudo bem que sua audição era muito apurada mas ainda assim a música estava alta demais.

Vampiros malucos. Ela pensou.

Correu ainda mais rápido, obrigando suas patas a se moverem fortemente contra a terra molhada da floresta, agradeceu por ser a mais rápida do grupo, mesmo não sendo mais a única mulher presente nele.

Começava a cair uma garôa bem fina do céu agora, as nuvens em um cinza claro, nada que fosse deixar alguém surpreso se tratando de Forks.

Chegou até as redondezas da casa e prestou uma atenção redobrada para ver se tinha alguém por perto. Nada. Leah se transformou rapidamente, vestiu um shorts e uma camiseta e entrou pelo quintal dos Cullens. A música já estava se tornando irritantemente mais alta dali.

Subiu as escadas e chamou por alguém enquanto batia na enorme porta de vidro, nada nem ninguém além do barulho da música. 

Resolveu entrar, afinal, não dava para pegar um vampiro desprevenido. Chamou pelos Cullens de novo e por Jake. Ela sabia que ele estava na forma humana, então, com certeza estaria com Renesmee e muito possivelmente ali. Recebeu o silêncio como resposta de novo, o silêncio não, o barulho alto da música que já estava deixando-a irritada.

Subiu as escadas para o segundo andar. Os móveis tremiam e quicavam, fazendo um barulho angustiante contra o piso. O som vinha do quarto de Renesmee então Leah não pensou duas vezes quando cruzou o corredor com sua velocidade anormal e abriu a porta do mesmo.

A cena era no mínimo desconfortável, pelo menos para Leah, ela não deveria estar ali agora. Tudo bem que ela saberia de tudo de qualquer forma, por mais que quisesse Jacob não conseguiria não pensar naquilo e instantaneamente fazer com que todos os lobos vissem o que se passou, mas outra coisa era estar ali, vendo ao vivo e a cores e atrapalhando tudo. É, essa era a situação de Leah.

As mãos de Jacob que estavam por baixo da blusa da menina nessa hora deslizou indo parar contra o colchão da cama e Renesmee que a segundos atrás estava no colo de Jacob, agora de encontrava no lado oposto da cama, tentando ficar o mais longe possível dele, uma distância segura.

Suas costas pressionadas contra a parede gelada. Ela tinha grandes hematomas, roxeados e esverdeados pelas coxas, a lateral da blusa fina um pouco rasgada onde se encontrava a costura, os roxos das penas também estavam presentes em seu pescoço, clavícula e colo, seus lábios inchados e vermelhos e o cabelo completamente bagunçado, parecia que não penteava-o a três dias. Ela não olhava Leah, parecia terrivelmente envergonhada e encarava o piso de madeira.

Jacob por sua vez permanecia no mesmo lugar. Suas mãos apertavam o colchão, onde antes estava o corpo de Renesmee e ele olhava para Leah com uma expressão de raiva, algo como ''vou te matar agora'', apesar do sorriso falso e sarcástico no rosto.

- Me desculpem. - Leah finalmente conseguiu dizer, mas não conseguiu se ouvir nada por causa da música.

Jacob levantou da cama e esticou os braços, desligando o som.

- Me desculpem. - Leah disse de novo.

Renesmee pareceu acordar nessa hora e encarou Leah.

- Meu pai? - Ela perguntou visivelmente nervosa.

- Ele não está aqui.

Não só ela mas Jacob também pareceu aliviado com aquilo, seus músculos relaxaram.

- Então.. - Jacob perguntou parando na frente de Leah.

Renesmee levantou da cama e Leah pôde ver por cima do braço de Jacob apoiado na entrada do quarto a menina pegar um roupão de banho verde e jogar sobre o corpo, amarrando a faixa da cintura, colocou algumas mechas do cabelo bagunçado atrás da orelha e se dirigiu até Jacob, parando atrás dele.

- Eu vou tomar um banho. - Ela disse.

Alisou suas costas com a mão delicada e depositou um beijo ali, antes de sair lançou um sorriso sem graça a Leah.

Renesmee não gostava de ficar quando o assunto da conversa era o bando, pois para Leah ir até lá atrás de Jacob, o assunto só poderia ser esse. Andou até o final do corredor onde ficava o banheiro e deixou a água fria cair sobre o seu corpo.

- Então.. - Jacob apressou Leah de novo, não estava mais com raiva por Leah ter aparecido bem naquela hora.

- Sam quer que vocês decidam o turno de patrulha dos bandos.

Jacob bufou. Era exatamente por isso que ele não queria ser um alfa antes, responsabilidade.