Better Than Revenge escrita por luciana_seixas


Capítulo 23
Declaração


Notas iniciais do capítulo

Continuando...

Divirtam-se!!!



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Damon nunca havia corrido tanto em toda sua existência. Não tinha idéia pra onde Elisabeth tinha ido, mas precisava encontrá-la. Como pudera ser tão idiota a ponto de não ver o que estava bem na sua frente? Como permitira que a lembrança de Katherine e do quanto ela o magoara, mais uma vez, interferisse em sua felicidade?

Mas agora não tinha tempo pra lamentar-se. Tinha de achar Liz antes que ela partisse. Ele pegou o telefone e ligou para o irmão.

“Stefan, tem alguma notícia?”

“Não, mano. Nada ainda. Klaus está tentando ligar pro celular dela, mas ela não atende. E a Elena está tentando convencer a Bonnie a fazer um feitiço de localização.”

“Já convenceu!” ele ouviu a bruxa Bennett dizer do outro lado da linha. Stefan devia ter colocado no viva-voz, pensou. “Mas que fique claro que estou fazendo isso pela Liz, e não por você Damon.”

“Obrigado, Bonnie! Eu fico te devendo uma!” Damon respondeu, ansioso.

“Fica mesmo. Agora espera que eu vou precisar de uns dois minutos.”

Foram os dois minutos mais longos pelos quais Damon teve de esperar. Quando ele achou que Bonnie não conseguiria, ouviu a voz dela novamente.

“Ela está no antigo cemitério. Junto com a família.” Ela revelou.

“Valeu, Bonnie!” Damon já ia começar a correr quando escutou a voz do irmão.

“Damon, por favor. Pensa bem no que você vai dizer. A Liz é uma mulher especial, e que não merece sofrer mais do que já sofreu!”

“Eu sei, meu irmão. E é por isso que eu preciso dizer pra ela tudo que eu tenho guardado por todos esses anos. Me deseje sorte.”

“Boa sorte, Damon.” Com um clique, Stefan desligou. Damon pôs o celular no bolso e se pôs a correr pelo bosque. Era impressão dele ou o caminho tinha ficado mais comprido?

Após alguns minutos, ele finalmente conseguiu chegar ao cemitério. Não tinha estado naquela parte muitas vezes, mas não foi difícil encontrá-la. Bastou usar sua audição privilegiada de vampiro, que pôde ouvi-la chorando. Seguiu o som, e seu peito se apertou ao vê-la, ajoelhada ante aos túmulos. Lágrimas grossas lhe molhavam o rosto e ela apertava seu medalhão contra o peito.

Ele encostou-se em uma árvore, criando coragem para ir ao encontro dela, quando a ouviu falar, por entre soluços.

“Eu sinto muito.” Por um momento, Damon achou que ela o tinha escutado, e que falava com ele. Mas logo percebeu que ela falava com a família.

“Eu sinto muito, meus queridos. Eu não consegui. Eu falhei novamente! Eu sinto tanto por decepcioná-los!”

Damon via seus ombros chacoalharem com os soluços, a cabeça baixa. Ela estava tão distraída que nem tinha percebido sua presença. Ela tomou fôlego, pôs-se de pé e continuou a falar.

“Eu não consegui. Eu sei que tinha prometido. Eu prometi que faria todos aqueles que contribuíram pra morte de vocês pagarem por isso. Mas eu não posso fazer isso com ele!” ela apertava o medalhão com ainda mais força. “Eu sempre soube disso. Ele não teve culpa de nada. Que culpa ele tem de não conseguir amar? O que ele poderia fazer se eu não sou boa o suficiente? Se até a Katherine pareceu uma opção melhor do que eu?”

Damon sentiu uma forte pressão no peito. Algo que ele não sentia a muitos anos. Um sentimento que ele achou ter esquecido como era. Arrependimento.

“Eu não posso matá-lo. Eu não posso fazer nenhum mal a ele. Eu o amo! Eu sei que eu deveria ser leal a vocês. Que meu amor por vocês devia ser maior! Me perdoem!” ela chorava copiosamente. Damon teve vontade de correr até lá e confortá-la. Mas teve medo de que ela se fechasse novamente. Ela precisava colocar tudo aquilo pra fora.

“Eu sinto muito.” Ela repetiu. “Eu amo muito vocês, mas não poderia machucá-lo sabendo como eu me sentiria. Não poderia conviver com a lembrança de tê-lo feito qualquer mal. Eu o amo demais!” Elisabeth ergueu a cabeça e deixou que os raios de sol lhe aquecessem a face molhada. “Pelo menos eu consegui que a Katherine pagasse. Foi ela quem me tirou vocês, e era ela quem tinha de ser punida. Mas o Damon não.”

Damon viu quando ela enxugou as lágrimas e levou as duas mãos ao peito. Tocou delicadamente o medalhão, seu único elo com a família morta. Ela suspirou e falou novamente. “Espero que vocês entendam e me perdoem. Esperem por mim, meus queridos.”

Damon levou apenas um segundo para perceber as intenções dela. Ela ia tirar do dedo o anel de lápis lázuli que a protegia contra os raios solares. Ela ia se matar por ele? Ele não podia permitir! Ela era valiosa demais! Num pulo, ele correu até ela, abraçando-lhe pelas costas e segurando-lhe as mãos.

“Desculpa, princesa, mas eu não posso deixar você fazer isso!”

Elisabeth arfou em surpresa ao reconhecer-lhe a voz. “Damon! O que você está fazendo aqui? Como foi que você me achou?”

“Sorte que eu tenho uma amiga bruxa que estava disposta ame ajudar.”

“Bonnie.” Ela concluiu prontamente.

“E agora, princesa” ele disse, virando-a de frente para ele “você vai me contar direitinho que história é essa de querer tirar seu anel no sol. Ficou maluca?”

“Damon, me deixa em paz. Volta pra casa. Eu não tô a fim de discutir mais.” Ele viu os olhos dela de encherem de lágrimas. Não resistiu mais e a beijou. Foi um beijo doce, suave e gentil. Sentiu as lágrimas dela rolarem e molharem os rostos colados.

“Princesa” disse ele assim que os lábios se desgrudaram “eu sinto tanto! Eu fui um completo idiota! E foi preciso um sermão do Stefan, outro da Elena e um cruzado de direita do Klaus pra eu perceber a burrada que eu estava fazendo!”

“O Klaus te bateu?” ela perguntou, passando a mão pequena e delicada pelo rosto dele. “Por minha causa? Me desculpa! Ele não podia...” ela balançava veemente a cabeça.

“Não só podia como eu mereci!” ele a interrompeu. “Se não fosse por eles, eu ainda estaria lá enchendo a cara, e só perceberia o quanto eu te amo tarde demais!”

“Eu sinto tanto. Eu só causo confusão. Eu não devia ter voltado! E se ele tivesse feito coisa pior? Eu não ia suportar! Minha família, Trevor, Rose, você!” ela começava a chorar novamente.

“Princesa, você ouviu alguma palavra do que eu disse?” ele perguntou, delicadamente, com um sorriso.

“Claro! Você me contou que o Klaus te socou! Eu não fazia idéia que ele podia ser tão violento. Geralmente ele é um cavalheiro e...”

“Elisabeth!” Damon a sacudiu gentilmente. “Você só ouviu a parte menos importante.” Ele beijou-lhe levemente os lábios e prosseguiu. “Eu disse que eu te amo. Eu te amo! Demorou só um minuto pra eu perceber, depois que você saiu daquele jeito da mansão, que a minha vida jamais voltaria a ser mesma. Eu preciso de você!”

“Você me ama?” Liz piscou, surpresa. “Mas você não pode me amar. Você é apaixonado pela Elena!”

Damon riu alto e lhe beijou a testa. “Como assim, eu não posso te amar? Você me encantou no momento em que pus meus olhos em você. Tão jovem, tão doce, tão linda! Eu não podia acreditar o quão sortudo eu era por estar prestes a casar com uma moça como você. Mas aí, eu fui pra guerra e quando voltei... bom, você já sabe.” Não agüentou e beijou-lhe a boca novamente. Depois finalmente lhe disse. “E quanto a Elena, por muito tempo, eu realmente achei que era apaixonado por ela. Mas quer saber? Eu nunca a amei! Só me interessei por ela por que ela era igual à Katherine. Depois ela começou a namorar o Stefan, e o desafio só ficou mais interessante. Mas eu queria por birra, pra provar que eu podia tê-la, se eu quisesse. Mas eu não a amo!”

Elisabeth ainda não conseguia crer. “E a Rose?”

Damon deu de ombros. “Você nunca teve nenhum amigo com benefícios?”

“Você não tem jeito, hein?” Liz quase sorriu. “Quer dizer que você não sentia nada por ela?” ela insistiu.

“Se você quer mesmo saber... tesão, desejo, sim eu senti. Agora paixão, carinho, amor, isso não.” Ele foi sincero. Tomou-lhe as mãos nas suas e confessou. “Liz, o motivo de eu resistir tanto a esse amor que sinto por você é que eu não achava que fosse digno dele. Eu fiz muitos coisas que me arrependo, magoei muita gente, inclusive você! A única mulher que me amou do jeito que eu sou. Mas, então, eu pensei que se você acha que vale a pena tentar, quem sou eu pra contrariar?” ele disse, lhe beijando as palmas.

“Obrigada por ser honesto comigo.”

“Agora é a sua vez, então” ele respondeu. “Quero saber por que você se culpa pela morte dos seus pais.”

“Porque eu não estava lá. Eu devia estar em casa, me preparando pro nosso noivado. Mas eu tinha visto você e a Katherine juntos naquele dia e aquilo me abalou muito. Eu fiquei aqui no bosque nem sei por quanto tempo. E quando voltei, já era tarde demais. Eu fui egoísta e coloquei os meus sentimentos acima de todas as pessoas que eu amava. E, por causa disso, elas perderam a vida.”

“Não foi culpa sua, princesa!” ele disse, enfático. “Que culpa você tinha de a Katherine ser uma vadia psicopata e eu um idiota tapado que não conseguia enxergar o que estava bem debaixo do meu nariz?”

“A Katherine enganou a todos nós.” Elisabeth conclui. “Mas agora não adianta mais. Reconhecermos nossos erros não vai trazê-los de volta.”

“Mas vai nos ajudar a recomeçar.” Damon lhe tocou a face, numa caricia terna. “Eu nunca achei que pudesse me sentir assim por alguém. Você me faz querer cuidar de você, me deixa louco de vontade de te beijar o tempo todo. Me faz querer ser alguém melhor. O que você me diz, princesa? Será que você pode dar uma chance pra esse imbecil que só percebeu o quanto te ama quando quase te perdeu?”

“Não sei.” Ela fingiu pensar. “Acho que você vai ter de esforçar um pouquinho pra me convencer.”

Ele a enlaçou pela cintura e a puxou até que seus corpos ficassem colados. Aproximou o rosto de seus cabelos e sentiu o seu perfume. As mãos acariciaram-lhe as costas e ele lhe depositou um beijo no pescoço.

“Acho que vai ser um prazer!” ele disse rindo.

“Você não precisa ser alguém melhor” ela disse, enquanto passava os braços pelo pescoço dele. “Basta ser o Damon que eu tanto amo, que é suficiente!”

Quando se beijaram novamente, ambos sentiram que era ali que eles deveriam estar. Nos braços um do outro. E que mesmo depois de 150 anos, não havia sido possível destruir aquilo que o amor, caprichosamente, tinha insistido em unir.


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Notas finais do capítulo

Ladies, o que acharam? *So Cute*

Hoje não vou escrever muita coisa, porque tô morrendo de sono. Mas não podia deixar de postar esse capítulo fofo pras minhas leitoras lindas que moram no meu coração, né?

Amanhã eu vou postar os capítulos finais de BTR!

Obrigada a todos que tem lido a fic! Vocês são o máximo!

Beijos!!! Luv U!!!