When The Moon Light Meets The Sun Light escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 3
Conversando com a minha melhor amiga




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Eu ainda estava lá, pensando o que tinha de errado comigo, quando um garoto filho de Hermes chamado Daniel apareceu.

-Oi! – Ele disse vindo até mim e me abraçou. –O que você está fazendo perdida por aqui?

-Hã... Nada, eu só estava pensando.

-Pensando?

-É.

-Alguma coisa errada?

-Na verdade eu não sei... Tem algo de errado comigo hoje? Tipo, a minha aparência, alguma coisa? – Ele me olhou e sorriu.

-Alice, você está sempre perfeita. Mas porque está me perguntando isso?

-Nada demais... Ah eu queria te perguntar uma coisa... Você conhece um garoto de olhos azuis bem claros, mais ou menos 1,80 de altura, deve ter uns 17 anos, cabelo loiro-acinzentado, pele claríssima...

-O Alex?

-Não sei o nome dele.

-Pelo jeito é ele sim.

-Você sabe quem é o parente olimpiano dele?

-Ninguém sabe. Ele está no chalé de Hermes faz algum tempo já, mas ele não tem muitos amigos, ele é bem na dele. – Pelo jeito que ele falou, eu tive certeza que era o tal menino. Eu achava que conhecia todo mundo no acampamento, mas nunca tinha reparado no tal Alex.

-Já conversou com ele?

-Não exatamente.

-Ah... – Ele era gay, só podia ser isso. Se nada estava errado comigo, algo estava errado com ele. Nada contra os gays. Mas ele... Ele não parecia gay. E seria até uma pena pras garotas se ele fosse. –Tenho que ir pro meu chalé agora, Dani. Nos vemos depois.

-Ok, tchau, Ally.

Fui ao chalé de Apolo. Pelo menos agora eu sabia de que chalé era aquele garoto. Mas eu ainda queria saber quem era o parente olimpiano dele. Não sei bem o que chamou tanto a minha atenção nesse garoto, acho que foi todo aquele ar misterioso que ele tinha.

Alex’s POV.

Depois do meu treino de arco e flecha, eu fui conversar com a Taylor, filha de Perséfone.

Ela era a minha melhor amiga, talvez por ser diferente de todo mundo, assim como eu, ela se sentia bem falando comigo. Tínhamos muitas coisas em comum, ambos éramos meros erros pros nossos parentes olimpianos, por exemplo. Ela não sabia quem era meu parente olimpiano, por mais que me matasse não poder contar nem pra minha melhor amiga sobre o meu maior segredo, eu simplesmente não podia falar sobre isso. Se você ver a Tay, nunca, em circunstância alguma, cometa o mesmo erro que quase todos cometem. Todos a chamam de filha de Afrodite. É a mesma coisa que pedir pra morrer, no caso. Ela tem olhos azuis, cabelo loiro natural, comprido e liso, pele branca. Ela é muito bonita, mas algo a diferenciava - e muito - das filhas de Afrodite. Na verdade, quase tudo depois que você a conhecia.

Ela usava uma maquiagem bem forte, roupas escuras e marcantes, estilo submundo mesmo. O jeito como ela andava como se não ligasse pra nada nem pra ninguém, a revolta por trás dos olhos azuis, que fazia a carinha de anjo não parecer mais tão angelical assim. Ela tinha uma personalidade forte, assim como a sua mãe eu acho. Ela não aceitava que você a chamasse de filha de Afrodite, apesar de ter uma revolta contra Perséfone, ela tinha muito orgulho de ser filha dela.

(Taylor, filha de Perséfone)

A Taylor namorava um filho de Ares e os dois formavam um casal perfeito. Ele era alto com os cabelos negros, curtos e bagunçados, seus olhos tinham um brilho ameaçador e eram super escuros, com um tom meio avermelhado, como se fosse a ira queimando em seus olhos, como todos os filhos de Ares. Ele tinha a pele morena e era o melhor guerreiro do acampamento, o nome dele era... Caleb, eu acho. Eu já tinha visto Ares, posso lhe afirmar que o filho que mais parecia com Ares, em todos os aspectos, era o Caleb.

O chalé de Perséfone era um dos chalés dos deuses menores, por isso ficava um pouco afastado do chalé que eu dormia, que era o de Hermes. Eu cheguei ao chalé de Perséfone, que era escuro por fora, com a decoração de flores escuras pintadas nas paredes. Bati na porta e Taylor foi atender, ela era a única que ocupava o chalé. Taylor abriu a porta e deu um sorriso amarelo pra mim, era o máximo que ela conseguia sorrir.

-Alex, oi.

-Oi, tudo bem?

-Tudo e com você?

-É, eu estou bem.

-Então, o que te traz aqui?

-Eu queria conversar só.

-Algo está errado?

-Não, eu só queria conversar porque faz tempo que não nos vemos e você ainda não me contou como foi encontrar a sua mãe. – Perséfone tinha chamado Taylor pra conversar e eu ainda estava curioso pra saber como tinha sido. Taylor olhou pra mim e coçou a cabeça, como se estivesse pensando no que falar.

-Hã... Bem, não foi tão ruim quanto eu imaginava.

-O que ela queria falar com você? – Eu nunca admiti e talvez nunca admitisse isso, mas eu sentia um pouco de inveja da Taylor. A mãe dela pelo menos a chamou pra conversar, a minha mãe nunca me chamaria. Ela e a bendita reputação dela.

-Ela queria “me conhecer melhor” – Disse Taylor, rolando os olhos. –Isso soa bem idiota, não? – Ela disse dando uma risada sarcástica.

-Bom... Até que não parece ruim. Como ela é?

-Aparentemente falando? Ela tem os olhos da cor dos meus, ela estava vestindo um vestido que eu realmente queria roubar, era escuro e muuuuito legal, o cabelo dela é castanho escuro e um pouco ondulado, a pele dela é um pouco morena e...

-Eu quis dizer como pessoa, se ela é legal.

-Ela foi legal comigo. Ou tentou, ela deve querer alguma coisa de mim. Quer dizer, ela nunca nem ligou se eu estava viva ou não, nunca falou comigo nem nada...

-Talvez ela esteja querendo mudar as coisas, talvez ela queira ser uma mãe melhor. – Ela riu alto, uma risada de fazer qualquer um estremecer. Ela era muito legal, mas me assustava às vezes.

-Você é tão bobinho, Alex. Eu queria ser como você às vezes, tão inocente. Ninguém muda assim da noite pro dia sem querer nada em troca. Ela já é viva há bastante tempo pra começar a mudar agora, não acha? – Talvez ela estivesse certa.

-Mas o que ela te disse?

-Me pediu desculpas por não ter sido atenciosa comigo.

-E o que você respondeu?

-Eu mandei ela parar com o teatrinho e deixar esse negócio de teatro pra Apolo, já que isso faz mais o gênero dele. Aí ela me fez algumas perguntas, me pagou um Milk shake e eu respondi as perguntas dela. – Eu admirava a Taylor nesse sentido. A personalidade dela era tão forte, ninguém podia enganar ela, eu acho que se a minha mãe viesse me falando isso, eu ia cair feito um patinho. Na verdade eu tenho certeza. –Alex, eu marquei de me encontrar com o Caleb daqui a pouco... Você se importa se conversarmos depois?

-Não, está tudo bem.

-Se você estiver com algum problema, pode falar.

-Não, não se preocupe comigo. – Eu disse sorrindo e ela deu outro sorrisinho amarelo pra mim.

-Se cuida, garoto. – Ela disse bagunçando o meu cabelo como se eu fosse uma criança e entrando pra dentro do chalé de Perséfone de novo, fechando a porta.

Eu acho que vocês leitores já devem saber quem é minha mãe... Isso não faz muita diferença, sabe?

Quando eu estava voltando pro chalé de Hermes, eu passei na frente do chalé da minha mãe e fiquei olhando, como sempre fazia. Aquele chalé vazio, que nunca seria ocupado por mim, mesmo que fosse um direito meu ficar ali. Eu suspirei e andei em direção aos chalés dos deuses maiores quando eu vi aquela garota, a Alice.

-Alex, podemos conversar? – Ela disse com um belo sorriso no rosto.

-Como você sabe meu nome? – Eu perguntei confuso.

-Digamos que eu tenho meus contatos. – Ela disse rindo. –Então, podemos conversar? – Ela estava me olhando com aqueles olhos curiosos e brilhantes. Eu assenti. O que será que ela queria comigo?


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