Abstration... escrita por Lady Leticya Snape


Capítulo 7
7.Amigos


Notas iniciais do capítulo

OI pessoal!
pois e ja estava com esse capitulo pronto e não resisti esperar!
ashuashuas
ele e decisivo!
ah! não esqueçam de me falar se querem as cenas quentes entre a
Suzane e o Alec!
rsrsrrs
enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/111493/chapter/7

7.Amigos?

Alec’s POV

Sai da sala aliviado, nossa que aula chata, seu eu estava assim imagina ela, ainda bem que a próxima aula teórica seria só daqui três dias.

Estar com ela era estranho, era como se ela conseguisse arrancar lá de dentro o melhor de mim, conseguisse arrancar o que muita gente nunca conseguiu, nem mesmo Aro e isso era estranho e diferente me dava vontade de rir e me deixava mais leve, cheguei ao meu quarto e deitei na cama, trazer aquelas lembranças à tona me fizeram ver algo diferente, algo que a muito estava enterrado dentro de mim, aquele rapaz de 17 anos que um dia já fez coisas normais, que já viu a vida com prazer, e que não era um adulto obcecado por poder, realeza e ordens.

Aquela frase que ela citou e mais do que certa, eu sempre estive aqui fazendo as mesmas coisas seguindo a mesma rotina por séculos

Esses pensamentos me deram uma vontade enorme de sair correndo por ai só por correr, sem horário de chegada nem de saída, correr sem obrigações

Levantei-me e tentei escutar algum ruído, porem nada que pudesse atrapalhar, Aro estava na sua sala jogando xadrez com Marcus, enquanto Caius assistia, Demetri estava no corredor conversando com Felix, e eu ainda podia ouvir Jane folheando livros na biblioteca, fui ate o closet e peguei uma mochila coloquei dentro dois mantos pretos, uma bermuda, uma blusa e um par de tênis, escalei minha janela e desci no pátio exterior pulei o muro e subi ate o quarto da Suzane, parei na varanda para escutar se alguém tinha visto, mas estava tudo calmo, abri a porta da sacada e entrei, e então tive uma visão linda, ela com um robe de seda marfim contrastando com a cor perolada de sua pele e uma blusa por baixo dele vermelha que realçava seus olhos, olhos que me olhavam espantados

-O que você faz aqui?

Eu sorri com seu jeito espantado,

-Como você deve ter percebido nos nós entediamos fácil nessa nova vida- enquanto dava uma explicação plausível para estar fazendo essa maluquice fechei a porta da sacada e me sentei na cama- Portanto eu pensei que talvez você quisesse dar um passeio comigo, sei lá, andar um pouco esquecer essa loucura de vampiros e de aulas.

Me estiquei na cama dela enquanto esperava pacientemente por sua resposta, que como eu previa foi positiva

-er... Eu não sei, será que isso não te trará problemas futuros?

Ela parecia meio espantada e ao mesmo tempo receosa, como se eu estivesse fazendo uma proposta de outro mundo, rolei os olhos e sorri

-Só teremos problemas se você não andar logo e formos descobertos, ai sim, será um problemão para mim e para você. -sorri e continuei olhando para seu rosto espantado- Afinal qual seria a desculpa aceitável que daríamos caso isso ocorresse?

Ela me olhou meio divertida

-Realmente não sei Sr. Alec Volturi –enquanto fingia falsa indignação- Ok, vamos lá.

Em meio segundo ela havia saído voando para o closet e em um segundo estava de volta com uma saia jeans clara, tênis, e uma regata branca com uma camisa xadrez de mangas curtas por cima,

-estou apropriada?

Ela ainda parecia confusa e receosa

-Esta ótima! Vem.

Abri a porta da sacada e esperei ela passar, pulei para o pátio externo e sai correndo para a orla da floresta próxima dali com ela no meu rastro, corremos ate próximo do rio, aonde paramos, me sentei no chão fazendo uma fogueira, sei que parece meio estúpido fazer uma fogueira quando não se tem frio, não precisa de luz, e não se come nada... Quer dizer e bem estúpido, mas hoje eu estou fazendo coisas humanas, ou pelo menos tentando.

Suzane’s POV.

OMG!

Para tudo, eu estou sonhando não e?

Não só pode Primeiro eu estava no meu quarto tentando ler aqueles malditos livros chatos para a próxima aula, o que não estava dando certo porque eu só pensava na conversa com o Alec na sala, do nada eu ouço o barulho de alguém subindo e para meu espanto vejo um Alec sorridente escorregando pela minha sacada, e me chamando para dar uma volta, fiquei tão estática que ate aceitei o convite, e segui o rastro dele floresta dentro, ate que ele parou próximo a um rio e estava acendendo uma fogueira, como ele ia fazer isso eu não sei, porque os galhos estavam todos molhados.

Ate que ele ajuntou alguns cuspiu em cima deles e ateou fogo, que para minha surpresa de novo fizeram uma grande fogueira, me sentei boba perto do fogo

-Como você conseguiu acender um fogo desses num monte de galhos molhados?

Ele sorriu do meu espanto e eu fiquei meio desconfortável, afinal não era normal ele ser gentil comigo

-E o veneno.

Ele respondeu e se sentou ao meu lado, o que para mim continuou o mesmo, o que seria o veneno?

-O que e o veneno?

Eu devo ter feito uma cara de retardada porque ele riu da minha pergunta enquanto remexia o fogo

-Sua saliva e o veneno, nós vampiros não temos saliva como os humanos no lugar de saliva tem um liquido que imobiliza as vitimas, e que no caso de se quere transformar alguém e ele o responsável pela mudança, porém e altamente inflamável.

Fiquei grata pela explicação, porem essa situação e tão estranha, ele nunca foi tão gentil, muito menos paciente e agora alem disso tudo ele ainda me chamou para sair, eu não sei mais o que pensar sobre essa situação.

Ele continuou mexendo no fogo e olhando para o rio que se estendia a nossa frente

-Suzane, sei que você deve estar confusa e sem entender o por que desse convite, mas hoje quando você falou aquilo no final da aula, não sei- ele parecia agoniado, seus olhos me fitando pareciam diferentes, não... Ele não parecia o mesmo Alec de dias atrás- Sei lá, desenterrou dentro de mim algo humano, algo que a muito tempo não despertava, parece que com os anos eu realmente envelheci, e hoje eu percebi isso.

Ele terminou e olhou para o lago na nossa frente, ele parecia meio perdido em pensamentos e eu não sabia o que fazer com uma mudança tão radical de comportamento, então eu simplesmente olhei para o fogo tentando dissipar o desconforto que eu sentia perto desse novo Alec, essa colocação dele me fez pensar na minha própria condição não estaria eu perdendo esse lado humano meu também?

-Sabe Alec, eu te entendo, ás vezes eu mesmo me vejo pensando como pude me adaptar tão rápido assim... Não me sinto mais a mesma de antes.

Ele me olhou e sorriu

-quer saber a verdade? Nunca tive adolescência, passei minha vida útil enclausurado aqui, isso que eu estou fazendo hoje eu só havia visto em filmes, eu nunca tentei ser normal, talvez por que eu nunca tenha sido mesmo- ele sorriu meio triste –eu já era diferente quando humano, mas hoje e como se eu tivesse acordado.

O olhei nos olhos, que agora pareciam de um garotinho em manhã de natal

- Alec, nem eu me sinto como uma garota de 16 anos, já se passaram semanas que eu estou aqui e é como se eu estivesse com 25 anos de idade,

Ele apenas sorriu para mim e começou a fazer pedrinhas voarem por cima do lago com uma habilidade invejável, mas eu ainda precisava entender o que estava acontecendo, ele era obrigado a me ensinar todos os dia e odiava, custava a me agüentar nos momentos de aula, e agora ele fala que eu mudei a vida dele

-Alec? Por que me odiou tanto desde que nós conhecemos? Porque não poderíamos ser amigos desde o inicio?

Ele fitou o fogo

-Nem eu sei, tinha algo em você que meu eu velho e arrogante não queria ver, algo que te fazia sempre ter razão no que fazia sua simplicidade...

Ele parecia incomodado

-Olha Suzane, ainda não me sinto bem para falar tantas coisas sobre mim, afinal eu passei 200 anos enterrando o Alec humano, acho que não conseguirei desenterrá-lo em 2 horas

Ele sorriu e deitou na grama com os braços atrás da cabeça, eu sorri e acompanhei seu movimento

- então Alec humano, amigos?

Ele me olhou divertido enquanto me estendia à mão

-Amigos!

Apertamos as mãos e ficamos olhando para o céu, cada um perdido com seus pensamentos enquanto o fogo crepitava na fogueira, não sei quanto tempo se passou, mas percebi que o céu começava a mudar de cor.

Me levantei, parecia que não haviam passado nem 20 minutos, ele também pareceu perceber e se levantou.

-Pelo visto não temos muito tempo, logo o sol aparece- ele disse isso pegando uma mochila e tirando algo negro lá de dentro e jogando em minha direção- vista essa capa ela e minha deva ficar um pouco grande, mas da.

Me vesti rapidamente, e ele fez o mesmo

-Pronta?

Eu assenti

-silêncio e agilidade ok?

Assenti novamente e disparei atrás dele, que mais parecia um fantasma negro não fazia nem um ruído, era mais silencioso que o vento, em pouco tempo estávamos de volta aos muros da residência Volturi, refizemos o caminho da “fuga da noite anterior” e logo eu já me encontrava no meu quarto enquanto ele fechava a porta da sacada e a cortina, quando íamos respirar aliviados ouvimos passos vindo em direção ao quarto,

-Droga, não podem me ver aqui a essa hora da manhã, irão saber que eu te levei para fora da residência

Eu não sabia o que fazer

-então pula a janela!

Ele me olhou como se eu fosse retardada mental

-há essa hora os guardas já estão no pátio, não vai dar

Eu não conseguia pensar em mais nada, ate que uma luz me veio

-E isso! Vai para o closet e se tranca lá, eu vou tentar despistar quem quer que seja

-Você e louca, sabe quem esta vindo ai? E a Jane!

-não importa vai!

Ele saiu e se trancou, eu espalhei meus livros sobre a mesa me sentei lá e forcei uma cara de desinteressada que passou a noite lendo, sobre formação Volturi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1...2...3...
Comentem!!!!!!!!!