10. Reações

Suzane’s POV.

          Entrei no chuveiro e deixei que ele molhasse a minha pele vagarosamente, a água quente mornando a minha pele pela sua temperatura, então apenas me permiti ficar imóvel sentindo a água que escorria por meu corpo, eu já estava me sentido exausta por ter pensado o dia todo no Alec, Eu não sabia nem quando iria vê-lo novamente.

        Desliguei o chuveiro vagarosamente e me enrolei na toalha ficando um momento de olhos fechados, antes de entrar para o banho eu já havia desligado todas as luzes, aproveitando meu senso de direção larguei a toalha no chão e caminhei lentamente de olhos fechados ate o closet, peguei a primeira coisa que senti em minhas mãos , o que parecia ser uma camisola de seda e me vesti, caminhei novamente ate a cama e me aconcheguei calmamente, soltei meus cabelos e abri meus olhos a claridade da lua entrava pela janela trazendo com ela o perfume das rosas do pátio e o cheiro fresco de um rio ali por perto, deixando minha pele pálida em contraste absoluto com a macia colcha carmim, apenas sorri e fechei meus olhos, eu teria dormido se ainda pudesse, mas como o sono já não me acompanhava apenas fiquei ali apreciando o veludo que caia por meu corpo, e permaneci imóvel tentando sentir cada vez mais o aconchego da cama.

   Nem sei quanto tempo fiquei assim, poderiam ter sido minutos ou mesmo horas, e eu não teria despertado, mas o cheiro que vinha da noite não era mais só rosas e o frescor do rio, mas tinha baunilha e... Alec... ALEC? Abri meus olhos me sentando imediatamente e me deparando com uma das visões mais lindas da minha vida, um buque de rosas brancas e flor de baunilha amarrados  com uma fita de organza branca apoiado em um Alec com camisa social branca dobrada nos braços e uma calça caqui,

  Ele poderia passar por um alvo anjo, ou mesmo uma estrela reluzente, e eu fiquei incapaz de falar ao menos uma palavra sorri e o fitei, ele parecia tímido esse Alec era estranho

-Bom... Eu sei que você deve estar se perguntando o que eu estou fazendo no seu quarto a essa hora-ele gesticulava segurando o pequeno buque- com um buque, mas e que como não nos vimos o dia todo...er eu resolvi ver se nosso trato de amizade esta valendo.

Ele abriu um sorriso meio amarelo

 Eu assenti maravilhada, eu só podia estar sonhando

-Alec?

Ele pareceu apreensivo

-Sim?

-Tem alguma exceção de um vampiro dormir e sonhar? Porque eu acho que eu estou sonhando

No mesmo momento ele sorriu

-não não tem! Mas se isso foi uma critica ao meu modo de ser saiba que para mim não foi construtiva!

Ele fez um biquinho e cruzou os braços só para em seguida desfaze-lo e sorrir da minha cara

-Bom isso e para você! – ele me estendeu o delicado e pequeno buque, a fragrância delicada e suave se espalhou pelo quarto me embriagando, me perdendo no tempo no olhar dele, no alvo sorriso na sua nova feição doce e convidativa.

Fui despertada do transe pelo vento gelado que entrou pela janela me acordando tirando a baunilha embriagadora do meu cérebro, peguei o buque um segundo atrasada pelo meu transe e sorri

-Nossa são lindas- me levantei e as coloquei em um vaso próximo a janela, fazendo com que o vento batesse nelas ao entrar e perfumasse todo o quarto com o leve aroma adocicado

 Ele acompanhou todos os meus movimentos com os olhos, quando terminei de ajeitar as flores me virei e tentei quebrar os devaneios dele

- Mas então faremos algo novo hoje?

Ele me fitou

-A... Pois e... Imaginei que podíamos fazer algo diferente, claro se você quiser!

Impressão minha ou ele pareceu inseguro ao me convidar? Como as coisas mudam em!

-Por mim tudo bem, estou cansada de rotina- estampei meu melhor sorriso e ele me retribui com um de tirar o fôlego

-Então se a resposta e essa nos temos um lugar para ir sim! Ele se sentou na minha cama

-Aonde seria esse lugar diferente?  - especulei me encostando no dossel da cama, enquanto ele se deitava em minha cama e sorria

-Curiosa... – continuei olhando-o deitado em minha cama sereno e sorrindo e me perdi nos seus lábios, pareciam tão convidativos, ate que ele se levantou derrepente

-Hoje não podemos nos ausentar para muito longe da residência, porque e dia da Heidi, mas como eu não quero participar do “banquete” que tal irmos caçar em Montepulciano? Assim eu escapo do banquete coletivo e de quebra podemos conversar um pouco, e ai o que acha?      – ele deu uma piscadinha no final me fazendo morder os lábios levemente para segurar o desejo enorme que eu senti de avançar sobre ele... eu já estava ficando descontrolada com esse Alec, sair com ele então parecia bem tentador, mas se esta na chuva e para se molhar!

Assenti

-Claro, tenho dois minutos para trocar de roupa? – ele assentiu e deitou novamente, corri para o closet e me fechei lá pensei rápido, o que eu usaria? Se eu quero fazer com que ele me enxergue eu não posso usar qualquer coisa, percorri as araras cheias de roupas e pesquei uma sai jeans preta, abri as gavetas e encontrei uma blusa verde clarinho, era um numero menor que o meu, mas ficou bom apesar de deixar meus seios evidentes e uma sandália de strass; soltei os cabelos e sai

-Demorei?

Ele se levantou

-Nem um pouco, vamos?

Eu assenti e fui atrás dele, corremos 15 minutos em silencio ate chegarmos nas redondezas de uma cidade, que eu julguei ser Montepulciano, ali ele farejou algo e foi floresta a dentro novamente, 1 minuto depois ele fez sinal para que eu me abaixa-se.

Foi então que eu vi não muito longe dali pessoas em volta de uma fogueira, eram 20 pessoas ou mais, eu olhei para ele e sussurrei

-Como atacaremos sem que fujam, são um numero considerável.

Ele sorriu e me apontou uma direção que ia para a mata fechada, apurei meus sentidos e então eu pude ouvir, uma serie de gemidos baixos e ofegos humanos, seguimos o som silenciosamente e paramos a 3 metros do alvo, Alvo? Dois casais se beijando, mas... espera ai isso não e só beijo! Eles estavam... NÃO ACREDITO EU QUERIA MORRER DE VERGONHA!!!!  Mas não deu nem tempo o Alec fez sinal para atacar e eu mais por sede do que por racionalidade avancei na mulher que estava por cima enquanto segurava o pescoço e tapando a boca do homem e cravei meus dentes nela, aquela foi a melhor sensação que eu já tive o sangue dele estava diferente do que eu já provei, tinha um sabor leve e me levava muito alem de um frenesi, eu não conseguia pensar em nada era como se minha cabeça estivesse cheia de fogos de artifícios coloridos, perifericamente percebi que algo me escapava mas minha mente estava inundada em prazer, no fim do sangue ele foi se tornando normal de novo e eu pude largar o corpo seco, me levantei meio envergonhada pelo meu frenesi e arrumei minha blusa, foi então que vi um Alec pacientemente encostado em uma arvore enquanto dois homens e uma mulher continuavam ofegante e gemendo olhei para ele

-Ah desculpe nem percebi que ele havia fugido! –esbocei um sorriso amarelo e ele apenas sorriu

-Vai lá e acaba com o outro

Sem esperar por mais uma ordem fui e senti novamente aquele sangue deliciosamente exótico acalmar por completo minha queimação os fogos e as cores em minha mente estouravam cada vez mais, porem assim como a outra vitima o final foi normal e eu me levantei, foi então que ele  escorregou sorrateiramente para o lado da mulher que gemia e abaixou lenta e sedutoramente, afastou os cabelos dela e mordeu, aquela mordida poderia ser um beijo demorado de tão delicado e excitante que foi.

Sedutoramente e sem nenhum estrago em sua roupa que ainda estava imaculadamente impecável ele repousou a mulher no chão se levantou quebrou o pescoço do outro homem e foi bem rápido ao drená-lo, ao terminar ateou fogo nos corpos que logo se incendiaram por completo e nos saímos em disparada, fomos parar outra vez no lago da noite passada aonde ele acendeu outra fogueira.

Aproveitei a deixa e fui no lago me lavar e arrumar meu cabelo que estava um caos de folhas secas, quando terminei e fui me sentar em volta da fogueira e já estava sentado me observando.

-Então satisfeita? –ele sorria sedutor me deixando fascinada

-sim! Mas me diga o que tinha naquele sangue? Eu nunca provei nada igual!

Ele gargalhou enquanto remexia a fogueira

-Oxitocina e Endorfina, era o que tinha lá. – ele ainda sorria agora divertido com certeza pela cara palerma que eu deva ter feito

-Da para falar minha língua?

Ele assentiu

- Oxitocina e Endorfina são hormônios liberados quando os humanos sentem prazer, como naquele caso o que eles estavam fazendo era prazeroso eles tinham essas substancias no sangue, coisa que como você viu faz uma grande diferença, como você percebeu no final o sabor volta ao normal pela adrenalina do medo que nos causamos que acaba consumindo a endorfina.

Fiquei boba com a explicação do mestre Alec!

-Bem interessante! Mas como você descobriu isso?

-Na verdade pesquisando na biblioteca, já ouviu falar em vampiros sucumbos e incunbos?

Eu já tinha ouvido algo a respeito

-Sim, não são vampiros sexuais que matavam suas vitimas depois do ato?

Ele assentiu

-Isso mesmo, eles praticavam isso não pelo prazer carnal porque sexo com um humano e muito difícil, mas pelo fato que naquele ato tinha oxitocina e endorfina, que era o que eles queriam- ele sorriu e mudou o tom de sua voz para um extremamente sedutor que se eu tivesse coração teria parado- Por isso a frase, a luxuria e so o começo do prazer!

Alec’s POV.

         Hoje ela havia se superado, estava perfeita em uma saia justa e uma blusa que a deixava extremamente tentadora, saímos para caçar e a sorte não podia estar mais favorável, encontramos humanos safadinho fazendo o que não deviam.

   Bendita hora que a biblioteca serviu para uma coisa pratica, sangue com oxitocina e endorfina e como se fosse um estimulador afrodisíaco para nossa espécie, como se eu precisasse de mais alguma coisa para ficar duro com ela, então esperei que ela sentisse a delicia que e esse sangue dos deuses e tentei ser o mais sedutor possível!

    Acabamos indo para o lugar de nosso primeiro encontro, hoje tinha que sair um beijo pelo menos, conversamos sobre diversas coisas e o efeito começou, ela foi ficando mais melosa, chegou mais perto e deitou perto de mim.

-Alec? – ela sussurrou

-Sim?

-Posso me deitar aqui?

  Eu que não ia perder a oportunidade

-Claro! –Ofereci meu braço para que ela deitasse, meio idiota já que para ela n fazia diferença, mas para mim fazia poxa, quanto mais perto melhor, se eu tivesse um coração ele estaria pulando feito louco porque afinal lá em baixo já tava para lá quente.

    Ficamos assim um tempão, quando eu olhei no relógio já eram 4:30 e nos tínhamos que voltar, passamos novamente pelo caminho da noite passada e acabamos em seu quarto, entramos eu fechei a cortina enquanto ela se sentava na escrivaninha

-Eu vou ter que ir, Aro não pode perceber esse deslize. –ela sorriu

-E eu tenho que estudar- disse soltando um suspiro resignado

   Essa era minha chance

-OK! Então não mereço um abraço por essa noite? – tentei disfarçar o nervosismo com um sorriso

-O pacto esta mais forte então?- ela me retribuiu o sorriso e abriu os braços enquanto eu a abraçava e sentia seu doce cheiro delicioso me invadindo e impregnando e sussurrei no seu ouvido

-Mais forte do que nunca!

Quando ela tirou seus braços de mim senti como se seus olhos me puxassem e me atraíssem cada vez para mais perto, dei um passo involuntário para frente e ela parecia sentir o mesmo pois também ajustou o espaço que nos separava, porem olhou para baixo e se afastou, percebi que era melhor não forçar e já ia colocando um PE atrás para sair em retirada porem uma melodia doce me hipnotizou era sua voz

-Espera Alec! –me virei ficando mais próximo que antes –Obrigada pela noite incrível- ela terminou me fitando duvidosa

 Só que eu não podia esperar mais, ou era agora ou nunca mais então rapidamente passei uma de minhas mão para sua nuca e a puxei vagarosamente roçando nossos narizes e por fim nossos lábios, selando o que eu sempre desejei e não sabia acendendo algo no lugar que deveria se chamar coração.