Epílogo

Hoje faz exatamente três meses que fugi feito uma criança da casa da Bella, deixando para trás a Nessie. Me sinto um covarde. Antes isso do que me sentir culpado por determinar a vida de uma menina. Nessie ainda é tão nova, tem tanto a viver. Não pode estar apaixonada verdadeiramente por mim – embora eu esteja por ela.

Um aperto estranho estalou-se em meu peito essa manhã, como se a saudade das pequenas sardas no nariz fosse impossível de suportar. Peguei o celular e li novamente a mensagem. Sou um verdadeiro covarde por não lutar por ela, por fugir de uma adolescente mimada.

A porta do escritório se abriu, com um ruído baixo. Girei a cadeira para encarar quem adentrava em minha sala. Antes da cadeira dar a volta de 180 graus eu já sabia quem estava parada na porta. O cheiro era inconfundível, juntamente com as batidas descoordenadas do meu coração. Na medida em que a cadeira girava, a sinueta ia se tornando visível. Uma calça velha e rasgada, um cardigã cor de areia e inexplicáveis cachos cobres. Era a Nessie. Minha Nessie.

-Olá Jake.- Ela sorriu, jogando uma pequena mala no chão.

-O que faz aqui Nessie?- Eu não conseguia me mover, meu corpo já estava ardendo em chamas só de saber que dividíamos o mesmo cômodo.

-Você quebrou a regra número um Jake. Isso eu não permito!- Seus olhos brilharam irradiando esse desejo desumano e eloquente que brotava entre nós. Eu pertencia a essa menina.

Meu coração tá disparado
Meu corpo tá viciado
Nessa louca adrenalina que me faz arrepiar
Meu sangue ferve nas veias quando você me incendeia
Vem me amar

Eu sou vidrado em você
Química perfeita
Não consigo entender
É impossível te dizer não
Você criou as regras
Estou na palma de suas mãos

Tô me arriscando pelo seu amor
Me aventurei para ficar perto do seu calor
Inconsequente nossa paixão
A cada dia uma nova emoção

Nossos corpos já sabiam os caminho um do outro.

Meu coração tá disparado
Meu corpo tá viciado
Nessa louca adrenalina que me faz arrepiar
Meu sangue ferve nas veias quando você me incendeia
Vem me amar