Falling escrita por ka


Capítulo 19
A Tortura


Notas iniciais do capítulo

Gente, quem tem medo e não consegue ler tortura eu aconselho a ler até a parte "Ela olhou para minha perna e chegou a faca para perto dela.", ok? Beijoos :* espero que gostem *-*



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        Ouvia risadas. Estava fraca, sonolenta. Havia cordas machucando meus braços amarrados. A única coisa que lembrava era os gritos de Luca. Luca. Jason e Loren o seguravam. Os anjos não eram páreos para um exercito que lembro que havia na casa do lago.

       Olhava de um lado para o outro. Queria descobrir de quem eram as risadinhas, mesmo imaginando que eram de Loren.

      -Olha que acordou. – Loren me encarava.

      -Vocês sabem que vão ser pegos, não sabem? – Loren deu uma risadinha e olhou para Peter como se estivesse perguntando se é serio o que estava falando.

      -Você acredita mesmo nas promessinhas bobas de Luca. Coitadinha. Ela é muito ingênua, garotos. Seria uma pena que algo acontecesse com ela, não é mesmo. – Loren se aproximava. Uma lagrima queria sair. Luca havia prometido e eram apenas meras palavras – Carter, Carter, a ingênua Carter, quem mandou se apaixonar por Luca? Ele te iludiu. Quando você está apaixonada acredita em tudo que o outro fala. Não vale a pena se apaixonar por ele – ela levantou a cabeça e respirou fundo e olhou de novo para mim – Você precisa crescer.

     -Por que você acha que eu estou apaixonada por ele?

     -Me deixe ver... O beijo, seus olhares, seu olhar na verdade porque não se iluda queridinha, ele não gosta de você! Você está completamente apaixonada por ele! Pobrezinha. – Peter deu uma risadinha e revirou os olhos.

    -O que vocês vão fazer comigo?

    -Agora? Nada, mas nada me impede de te matar você – ela chegou perto de mim, tão perto. E, cantarolou a palavra matar. Logo depois, veio aquela risadinha e então saiu com Peter e Jason.

       Gemia tentando sair daquelas cordas. Cambaleava tentando sair daquelas cordas muito firmes e bem amarradas. Mal conseguia me mexer. Meu cabelo caia sobre meu rosto, suava. Aquele ambiente era frio. Depois de tanto resistir a ficar dentro das cordas, cansei. Encostei no canto da parede escura. Devia ser um porão aquele lugar. Havia uma porta, uma janela com grade e o resto era vazio.

      Quando me encostava, senti algo cortando minha mão. Um prego ou algo pontudo no chão havia me cortado. Sangrava bastante. Me sentia tonta.

      Naquela hora, senti um estrondo. A porta aberta brutamente por Loren que correu até mim logo depois de fechar a porta.

      -Você está maluca? – ela pegou na minha mão machucando ainda mais – Há dúzias de vampiros querendo seu sangue nesse momento. Eu vou te matar! Eu! Não eles. E.u! – ela disse pausadamente o ultimo “eu” – Sua idiota! – ela saiu gritando, com certeza com os vampiros.

      Me sentia tonta. O corte continuava a sangrar. Deitei a cabeça e comecei a pensar nos meus pais e na minha amiga falecidos. Tentei não chorar, tentei. Lagrimas caiam sobre meu rosto.

       Naquele momento, minhas pálpebras já não agüentavam ficar abertas. Tudo girava. Me sentia cansada. Até que depois de tentar tantas vezes ficar com a pálpebras abertas, elas se fecharam.

      -Carter! – minhas pálpebras ainda queriam se fechar. Parecia que estava dormindo a segundos. Olhei em meu relógio e vi que estava a horas. Sabia que não estava dormindo. Eu desmaiei.

      Então, vi seu rosto. Aquele rosto lindo que sempre quando via meu coração batia mais forte. Luca. Ele jogava Loren contra parede. Havia milhares de anjos. Corpos mortos de vampiros e nada de Peter ou Jason.

     -Vocês até podem ter pego Peter e Jason, mas não eu! Ah não! – um anjo se meteu na briga de Luca e Loren.

    -Vai ajudar a Carter, Luca. – disse um anjo.

    -Carter, meu amor, você está bem? – assenti – meu deus, eu não acredito que fizeram isso com você. – ele tirou a corda dos meus braços e segundos. Ele me abraçou, gemi – Que corte é  esse?

     -Me cortei. – Luca olhou para Loren e jogou-a contra a parede empurrando ela contra as paredes. O anjo empurrou Luca.

    -Calma, eu cuido dela.

    -Não foi ela, Luca.

    -Quem foi? Peter? Jason? Eu vou matar eles!

    -Fui eu!

    -O que?

    -Calma, foi isso daqui – disse apontando para o negocio pontudo que me cortei. Ele me abraçou de novo, depois me colocou no colo e voou. Conseguia ver tudo, desde os vampiros mortos até Jason e Peter presos. Eles estavam presos com algemas diferentes, provavelmente mais potentes.  Além de vampiros mortos também havia vampiros presos, da mesma maneira dos anjos da morte. Aquela imagem de Peter e Jason não saiam da minha cabeça, mas o que me atormentava era Loren ainda não ter sido presa.

     Como de costume, em segundos já estávamos em casa.

    -Tem certeza de que aqui é seguro?

    -Não, mas a gente nunca deve ter certeza de nada porque quando você tem certeza as vezes a vida mostra a você que não é assim. – ele olhou para mim de um jeito como se fosse especialmente para mim aquilo – Você está mesmo bem? – ainda estava no colo de Luca. Entrava no meu quarto junto a ele.

    -Tenho sim.

     -Jura? – ele me colocava em cima da minha cama. Ele era muito delicado. Era como se nem estivesse me segurando.

    -Sim, obrigada. Luca!

    -Fala.

    -E a Loren?

    -Não se preocupe.

    -Como não?

    -Eles já estão a levando para a cadeia dos sobrenaturais no submundo.

    -Ela pode escapar.

    -Não.

    -Como pode ter certeza? Você mesmo disse que não da para ter certeza de tudo.

    -Carter, não se preocupa! – Luca beijou minha testa – Carter... – Luca olhou para baixo.

    -Fala.

    -Sobre o beijo... – meu coração batia mais forte – Eu queria falar sobre isso. É que...

    -Ora, ora. Quem é vivo sempre aparecem, não concordam? – a voz de Loren estragava tudo,  o momento que com certeza era para dizer que não sentia o mesmo por mim.

   -Loren. – ela ria como uma criança.

    -C-como? – estava perplexa

    -Pobrezinha. Eu escapei. Antes que me prendessem eu fugi pela janela!

    -Tinha grade de ferro!

    -Ela não sabe a força que nós temos, não é Luca? – ela riu mais.

    -Sai de perto dela!

    -Calma, lindo. – Luca estava com uma cara totalmente irritado e eu mais ainda por ela ter o chamado de lindo.

    -Você já percebeu que está sozinha? Todo seu exercito foi destruído. Agora é só você!

    -E quem disse que eu sozinha não posso fazer grandes coisas? – Luca olhava como se não acreditasse.

    -Eles vão te encontrar!

     -Duvido muito. – Loren brincava com os objetos na mesa como se fosse uma criança. Loren não estava nem um pouquinho preocupada.

     -Eles estão a sua procura! Você não vai escapar.

     -Por que você se importa tanto? – ela olhou para mim com um sorriso malicioso – Eles nem estão aqui!

    -Eles com certeza vão vir para cá!

    -E você acha que eu não pensei nisso? Parece até que você não me conhece! Que você não conviveu comigo mais de cem anos!

    -O que? Você disse que não sabia quem era! – Luca havia mentido para mim?

    -Carter, não é isso... – sai correndo. Fechei a porta e corri.

     De repente Loren agarrou meu braço e voou.

     -Carter! – os gritos de Luca me fazia querer chorar. Ele havia mentido para mim, mas agora não importava mais. Loren havia me seqüestrado de novo?

     Via Luca voando também e do nada veio uma luz forte, segando meus olhos. Havia desmaiado de novo? Dois segundos depois estávamos, eu e Loren, no mesmo lugar só que havia algo diferente. As pessoas estavam transparentes, e tinha uma visão diferente do mundo. Havia vampiros, anjos, lobisomens, etc.

    -O Luca já te levou aqui antes?

    -Onde a gente está?

    -Submundo, garota!

    -Aqui é o submundo? – Loren assentiu.

    Estávamos no meu mundo só que tudo e todos estavam transparente. Loren me levava para algum tipo de mansão. Era uma casa só que muito grande, com um grande portão de ferro enferrujado, paredes claras e sujas, a grama estava morta e a árvore quase. Ela parecia de terror, mas não era como as de filmes. Era diferente. Era pior. Talvez por ser uma casa mal assombrada de anjos da morte, talvez por eu estar nessa cena ou não sei.

      Entrávamos na mansão, meu coração batia mais forte. Estávamos dentro da casa. Seria um lugar mais aconchegante se eu não estivesse sendo forçada a entrar com um anjo da morte que quer me matar.

      Loren me levava até o fundo da casa. Estávamos no último cômodo da casa. Loren me jogou contra a parede. O quarto era grande, ela me jogou desde a porta até a outra parede. Bati forte as costas e a cabeça, gemi. Foi um grande impacto. Ouvia passos, passos fortes. Do nada apareceu seus vultos. Peter e Jason. Meu coração acelerava ainda mais.

    -Ta com medo? – Loren gargalhava.

     -Me diz uma coisa. O que você ganha me matando?

     -Você não sabe mesmo, não é? – fiz que não – O Luca me conhece a mais de cem anos. Nós já namoramos. Nós já nos amamos. Você não se enxerga? Você quer roubar o meu namorado? – namorado? Eu apenas pensava, tudo doía de mais para eu conseguir falar, finalmente os garotos saíram do vulto e apareceram na porta – Entrem meninos. Que a tortura comece! – o que?

     Loren é a namorada de Luca? Tudo era uma mentira. Aquele beijo... não passava de um acontecimento do destino. Não significava nada.

      Loren abria uma gaveta de madeira e tirava dela uma faca. Era uma faca grande. Estremeci. Loren pegava na faca como se estivesse brincando. Para ela devia ser uma brincadeira, não era ela que iria se machucar. Naquele momento senti que ia morrer.

    Não deu nem um segundo, Luca apareceu quebrando a janela jogando cacos de vidro para os ares. Apesar de Loren talvez ser sua namorada e ele ter mentido ele não iria deixar me matarem, iria? Mesmo assim sorri.

   -Não se alegre não, Carter – Loren estalou seus dedos e trinta anjos da morte apareceram. Correndo atrás de Luca conseguiram prende-lo. Loren abria um armário e tirava uma garrafa pequena onde havia uma caveira. Ela pegava uma taça e colocava o liquido na taça – Um pouco de veneno... – não pensei, simplesmente corri com todas as forças que tinha atrás de Loren e dois anjos da morte me jogaram no chão. Luca parecia uma criança não querendo tomar remédio. Os anjos fizeram Luca beber a força o veneno. Em menos de um minuto Luca estava inconsciente. Uma lagrima caiu dos meus olhos. Loren riu.

     -Qual o seu problema? – de tantas mortes, minhas lagrimas já se secaram, caíram poucas. Sabia lidar melhor.

     -Calma, não somos tão fracos como vocês humanos! Veneno só faz a gente desmaiar. Se toca, você acha mesmo que eu iria matar o Luca? Você sim, mas não Luca! – suspirei. Finalmente uma noticia não tão ruim.

      Eles amarravam Luca enquanto estava inconsciente. O prendiam em algo diferente, claro, por causa da força fora do normal de Luca. Peter pegava da mesma gaveta que Loren, uma algema. Ele vinha em minha direção e eu me afastava, engatinhando. Ele voou tão rápido que nunca conseguiria fugir dele. Pegou meu braço e prendeu no meu braço uma argola e a outra no pé da cama ao meu lado.

     -Agora não tem graça, meninos. Esperem até Luca acordar! Você! – ela apontou para um dos capangas anjo da morte – Fica aqui e me avisa quando ela acordar! – ele assentiu.

     -Sim, senhorita. – Loren fechou a porta logo atrás de Peter e Jason e os outros capangas.

       Quase uma hora depois o capanga de Loren, Jason e Peter foram até eles porque Luca já havia acordado. Estremeci. O que eles iriam fazer?

       Loren chegava com um sorriso maquiavélico no rosto e Peter e Jason sérios. Eles entravam no quarto e Loren ia direto para a escrivaninha pegando a faca e alisando-a com os dedos. Ela olhou para mim e depois para Luca e novamente para mim e foi em minha direção. Com aquele sorriso maquiavélico. Luca estava boquiaberto, com medo.

      -Não faz isso, Loren!

     -Isso não cabe a você decidir, Luca. Isso é entre eu e ela!

     -Por que você vai fazer isso? Só porque eu terminei com você? – Loren fazia uma cara mais irritada que o normal. Foi direto em minha direção. Estava com a faca na mão e inclinando a cabeça de um lado para o outro. Olhou para a faca depois para mim e se sentiu melhor. Se só de olhar para mim e pra a faca em seqüência já a fazia se sentir melhor ela nunca iria perder a chance de me matar.

     Ela pegava a faca e levava em minha direção. Como já esperava, aquela risadinha do mal. Meu coração batia cada vez mais forte. Cada vez que a faca se aproximava mais meu coração batia. Estava perdendo o fôlego.

     Luca gritava, mas não adiantaria nada ele gritar porque estávamos no submundo, isso devia acontecer outras vezes e ainda mais estávamos distantes das outras pessoas. Ou seja, ninguém o ouviria.

     A faca estava cada vez mais perto, cada vez mais. Ela olhou para minha perna e chegou a faca para perto dela. Parecia um arranhão o corte, mas ele ardia cada vez mais. Sangrava bastante. Sabia, era só o começo. Isso parecia divertir Loren e machucar Luca. Ele nem ao menos conseguia ver aquela faca com meu sangue. Pronto, em menos de dez segundos havia dois cortes na minha perna, ela havia feito mais um. Ela cortou e fez o mesmo efeito. Os cortes sangravam. Loren ria. O cheiro de sangue se espalhava pelo ar, Loren percebeu.

     -Fechem as portas e as janelas. Agora! – fez isso para o cheiro não se espalhar e os vampiros não aparecerem.

      A faca continuava em suas mãos. Loren olhava e sorria. Peter se aproximou. Ele também estava com um sorriso maquiavélico. Ele pegou na faca encostando no sangue.

     -Larga isso, Peter! – Peter simplesmente olhou para Luca e revirou os olhos.

     -Minha vez. – engoli a seco. Ele me analisava. Peter me pegou por trás e me colocou na sua frente. Ele era muito forte, meu peso praticamente não significava nada para ele e para nenhum anjo da morte. Ele me jogou no chão, gemi. O sangue caia sobre o chão. Olhava para o chão e de repente senti outro arranhão, pena que não era um simples arranhão. Mais um corte. Ardia. Todos eles juntos ardiam muito. E cada vez aumentava. Um, dois, três, quatro... arranhões eram muitos. Cortavam minhas pernas. Escorria sangue por todo o chão. Então Loren pegou um novo facão, limpo. Olhou seu reflexo no facão, riu, simplesmente riu, como se contasse uma para si própria uma ótima piada. Deixou a faca na mesa ao seu lado, lá estava uma caneta vermelha. Chegou perto de mim. Estava paralisada,não sentia meu coração bater,me sentia já morta. Seria melhor estar morta logo do que sentir a tortura de Loren. Ela se ajoelhou para olhar dentro dos meus olhos.

      -Ele é meu, dentro desse seu coraçãozinho de nada, não existe um só sentimento quem dirá um sentimento amor.

      Arregalei meus olhos, então ela pegou a caneta e desenhou um coração na minha barriga. Não entendi ao certo o que ela queria fazer. Mas ela pegou o facão, fechei os meus olhos sabia que iria começar de novo a sangria. Senti o corpo de Loren se aproximar, ela abaixou, senti. Ela começara a contornar o coração com a ponta do facão, logo depois,no meio do coração,uma pontada fina,só a ponta do facão. Uma dor me tomou. Doía muito. Ela começava a cortar minha barriga. Aquela dor me fazia eu me contorcer toda o que piorava tudo. Tive certeza que naquele momento iria morrer. Então ela simplesmente parou. Simplesmente sem mais nem menos. Senti um alivio depois de tanta tortura. Respirei fundo. Via, junto comigo, todos a olhando. Ela olhava firme para mim como se aquela visão fosse a mais bela de todas. Jason se aproximou e encostou em sua mão pegando a faca.

     -Já chega. Eu sei o que eu quero. Sei qual vai ser minha revanche – isso já não era sua revanche? Engoli a seco, novamente. Ele olhou para meu rosto, passava medo, Loren ria.

     Meu coração batia mais forte, cada vez mais forte, parecia que iria pular do meu peito ainda mais quando ela se aproximava. Sua sombra me cobria. Ela chegava mais perto. A faca escorria sangue. Meu sangue. O que seria sua “revanche”. Loren se aproximava cada vez mais perto com a faca e com aquele sorrisinho. Só passou uma coisa na minha cabeça. Iria morrer. Sem mais nem menos, sem nem ao menos uma despedida descente. Luca olhava para a gente com cara de medo. Eu tremia. Só havia uma coisa que tinha certeza, morreria naquele mesmo dia talvez, mas eu iria morrer.


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Notas finais do capítulo

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