Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 49
Capítulo 49 - Planos


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas leitoras e queridos leitores!!!
Mais uma vez desculpa pela demora... Eu estou com esse capítulo pronta há quase dois dias, mas eu estava sem tempo para entrar no Nyah para postar. Realmente sinto muito.
Também não tive tempo para responder os reviews, mas eu prometo que vou fazer isso assim que tiver um tempo. Acho que amanhã eu consigo pelo iPhone... Não é promessa, mas vou fazer o possível. Obrigada a todos que mandaram reviews... Eu li todos, viu?
Bem não vou continuar enrolando vocês...
Leiam as notas finais. Aviso importante!



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Capítulo 49 - Planos

O tempo em Little Hanglenton não estava muito bom, nuvens carregadas tomavam conta do céu sobre o povoado. Ignorei as nuvens e abri a porta da mansão a minha frente.

Nagini me esperava enrolada ao lado da escada.

- Senhora... - ela sibilou para mim.

- Nagini. - Asha se inquietou em minha bolsa. - Quieta, Asha. - tirei minha cobra da bolsa e deixei ela se enrolar em meu braço esquerdo.

- O Lorde está a sua espera, senhora... - Nagini tirou os olhos de Asha e começou a subir a escada mostrando o caminho para mim.

Segui a cobra mesmo sabendo onde meu pai estava. Asha não gostava nem um pouco da presença de Nagini, mas eu não podia fazer nada. Sabia que Asha teria que se acostumar com Nagini da mesma forma que Nagini teria que se acostumar com Asha.

- Milorde, sua filha está aqui... - Nagini sibilou indo para a poltrona e subindo pelo encosto.

- Katherine. - a voz fria e conhecida preencheu o ar.

O quarto estava praticamente do mesmo jeito que eu me lembrava. A lareira ainda estava acesa e Rabicho estava encolhido em um canto do quarto, mas dessa vez Crouch não estava perto da janela e o jardineiro trouxa também não estava no chão em frente a porta.

- Pai. - andei até a poltrona. Asha apertou um pouco meu braço passando o medo que ela sentia para mim, passei a mão por sua cabeça tentando acalmá-la.

- Rabicho, saia. Não se afaste muito seu inútil! - com um guincho típico de ratos, ele se levantou de seu canto e saiu do quarto.

Conjurei uma poltrona para mim e a coloquei de frente para meu pai, me sentei e Asha de desenrolou de meu braço lentamente se empoleirando na poltrona da mesma forma que Nagini.

- E então? - eu perguntei quebrando o silêncio. - Quais são seus planos?

- Como Crouch está se saindo?

- Ele está se saindo bem. Conseguiu enganar perfeitamente os professores e os alunos, até mesmo Dumbledore.

- E sobre o Potter?

- Crouch foi encarregado de ficar de olho no Harry.

- Ótimo... Ele está se saindo bem. - uma risada fria preencheu o ar.

- Não estou aqui para explicar como Crouch está se saindo. Vai me contar ou não seus planos?

- Meu atual desejo é ver Harry Potter morto, querida.

- Mas não quer vê-lo morto por outra pessoa. - arrisquei.

- Não. Preciso do sangue do Potter para ter meu corpo de volta, vou pegar o que eu preciso dele e depois vou matá-lo. - ele falou com calma e seu rosto já deformado se repuxou em um sorriso.

- Como deseja fazer isso? Onde entra a parte do Torneio Tribruxo?

- Não posso realizar meus planos com Dumbledore protegendo o garoto. - ele falou como se desse a resposta para mim, e de certa forma dava.

- Os competidores do Tribruxo estarão sozinhos. - eu murmurei. - A última tarefa, não é? Seja lá qual for, vai usar a última tarefa para trazer Harry até aqui e colocar seus planos em ação.

- Sim... - o orgulho misturado com surpresa estava presente em sua voz.

- Poderia me explicar todo o plano? Quero ajudar. - não era mentira, eu queria ajudar os dois lados da balança.

- Crouch transformará a Taça Tribruxo em uma chave de portal, o plano é simples querida... Manter Harry Potter vivo nesse torneio até que ele esteja pronto para morrer nas minhas mãos, essa é a primeira prioridade. - Nagini sibilou concordando.

- Não poderei ajudá-lo durante as provas, mas posso treiná-lo antes das tarefas. - já tinha decidido fazer isso semana passada. - Como vai usar o sangue de Harry para criar um corpo novo?

- Um antigo ritual minha querida. Existe três ingredientes importantes nesse ritual.

- Que seriam?

- Sangue do inimigo, carne do servo e osso do pai. - Nagini que respondeu.

- Sim. Aquele trouxa veio ter uso.

- Carne do servo? - eu perguntei arqueando uma sombrancelha, aquilo não parecia ser muito simples.

- Rabicho, ele se tornará muito útil nesse ritual. - assenti compreendendo.

- O que eu posso fazer?

- Apenas fique de olho no Potter. Soube através de Crouch que você e Harry são próximos em Hogwarts. - ele estava me testando novamente.

- Se for para ficar de olho no inimigo, é melhor fazer da forma correta: se tornando amiga... - eu falei da forma mais fria que consegui.

- Interessante e concordo com você. - novamente seu rosto se repuxou. - Agora que você já sabe quais são os meus planos, devemos mudar para o assunto da Luna.

- O que devo fazer?

- Tire o feitiço dela e mande ela continuar onde está, por hora lá é mais seguro. Informe-a sobre meu retorno e quando eu estiver com meus poderes completos e tiver um corpo só meu, vou buscá-la.

- E se ela se recusar a ficar em Hogsmeade sob o nome de Anita Chase, o que eu devo fazer?

- Ela ficará por lá.

- Como poder ter tanta certeza? - eu perguntei sem acreditar.

- Ela quer passar um tempo com você Katherine, por isso ela aceitará ficar em Hogsmeade por enquanto.

Assenti um tanto incrédula, se a Luna que eu conheci no final do ano passado era uma Luna que estava sendo controlada por um feitiço de meu pai era como se eu não conhecesse a mulher que era minha mãe.

- É possível tirar o feitiço de uma vez sem deixar nenhuma sequela ou é necessário tirar parte por parte? - eu perguntei.

- Ela está com esse feitiço há quinze anos, Katherine. Não é um feitiço que deixe sequelas, mas pode ser que sobre alguma coisa se você tirar o feitiço de uma vez dela. Deixo essa escolha nas suas mãos. - ele respondeu.

- Eu já vou então. - eu falei me levantando e fazendo a poltrona em que estava sentada desaparecer.

- Mantenha-me informado. - ele falou e virou a poltrona novamente para a lareira.

Rabicho estava encolhido perto da escada, ele olhou para mim e se encolheu mais um pouco quando olhei para ele.

- Deveria voltar para dentro, Rabicho.

- C-claro milady. - ele falou soltando um guincho e se levantando cambaleante.

Desaparatei assim que coloquei os pés para fora da casa e aparatei nos arredores de Hogsmeade. Meus olhos levaram alguns segundos para acostumar com a claridade repentina.

Eu poderia ir direto falar com a Luna, mas eu começava a ficar com fome por isso fui até o Três Vassouras para comer alguma coisa. Pedi um pedaço de torta e uma cerveja amanteigada.

Comi em silêncio e sozinha, entreguei dois galeões para Madame Rosemerta e entrei em uma das ruas paralelas à principal do povoado indo até a pequena loja onde Luna morava agora, ou melhor dizendo, Anita Chase.

- No que posso aju... - ela parou de falar ao me ver parada na porta. - Katherine! - ela saiu de trás do balcão e parou na minha frente antes que pudesse me abraçar em um impulso.

- Olá, Anita. - eu a cumprimentei. - Frank. - cumprimentei o homem que ainda estava atrás do balcão.

- Olá, menina. - ele acenou para mim e pegou uma bolsa de couro sob o balcão e passou por mim. - Fique a vontade. - ele falou abrindo a porta e saindo.

- Veio me ver? - Luna perguntou sorrindo.

- Me desculpe por isso. - murmurei erguendo a mão. - Estupore! - a segurei antes que ela atingisse o chão.

Fiz ela flutuar até o andar de cima e depois de deixá-la deitada na cama desci novamente para a loja, precisava trancar tudo para poder tirar o feitiço dela. Depois de estar tudo trancado, voltei para o segundo andar.

Saquei a varinha e apontei para o peito dela.

- Enervate! - murmurei.

- O que fez comigo? - ela perguntou olhando para os lados assustada.

- Eu estuporei você. - respondi calmamente.

- Por quê?

- Luna, eu poderia explicar tudo para você mas não tenho tempo para isso. O que eu posso fazer é tirar o feitiço que meu pai lançou em você há quinze anos e deixar que sua memória volte completa. - eu falei calmamente.

- O que eu preciso fazer?

- Apenas fique calma, deite-se e deixe o resto comigo. - ela fez o que eu pedi e fechou os olhos.

Comecei a murmurar o feitiço que anularia o outro, coloquei minhas mãos sobre sua testa e continuei murmurando o feitiço que parecia ser uma canção de tão longo.

Depois de terminar a primeira parte, onde eu tinha que preparar a mente dela para receber novamente as lembranças e receber novamente a magia, entrei na segunda etapa: destruir aos poucos as barreiras criadas ao redor de sua mente pelo feitiço deixando que as memórias voltassem da forma que ela conhecia, apagando as memórias que tinham sido manipuladas por Lord Voldemort. Minhas mãos começaram a soltar um brilho azulado, logo todo meu corpo estava com esse brilho. Minha mente se fundiu com a dela e aos poucos fui derrubando as barreiras, podia sentir as memórias dela, as memória manipuladas se dissolvendo aos poucos dando espaço para as que estavam contidas por quinze anos.

Eu poderia deixar metade para um outro dia, mas achei melhor fazer tudo aquilo hoje. Se eu parasse na metade, ela poderia tentar se lembrar de coisas que ainda estavam sendo contidas pelas barreiras do feitiço e eu não sabia o que poderia acontecer se uma coisa dessas acontecesse. Depois que não tinha mais nenhuma barreira mágica na mente dela eu me retirei aos poucos, deixando que ela se acostumasse pouco a pouco com a parte vazia, a parte que eu ocupava antes.

Minhas mãos e meu corpo já não brilhavam mais, a segunda etapa estava completa. A terceira era a mais delicada, fazer Luna entender o que tinha acontecido, fazê-la entender o que eu tinha feito e o que tinha acontecido com ela nos últimos quinze anos. Era também uma tarefa delicada para mim também.

Eu sabia que a Luna que eu tinha conhecido no final do ano passado, não era a mesma que estava agora na minha frente. A Luna que eu tinha conhecido no final do ano passado, era uma Luna que era controlada, que não tinha vontade ou opinião própria. Dessa nova Luna eu não sabia o que esperar.

Me assustei quando ela abriu os olhos, ela não olhou para mim, ela olhava o redor, mas eu podia jurar que ela via nada.

- Luna? - arrisquei chamá-la. Ela olhou para mim e seus olhos, pela primeira vez, entraram em foco. Ela piscou várias vezes e depois sorriu para mim, era um sorriso diferente de todos os que eu tinha visto até agora. Ela parecia estar feliz, realmente feliz.

- Katherine. - ela não parou dessa vez, ela se sentou na cama com um impulso e no outro me puxava para seus braços. - Minha filha. - ela afagou meus cabelos.

Eu esperava muitas coisas dessa nova Luna, mas não isso. Afastei-a pelos ombros e me surpreendi ao ver lágrimas descendo por suas bochechas e mais e mais lágrimas aparecendo em seus olhos.

- Luna, você está bem? - eu perguntei entregando um lenço para ela enxugar as lágrimas.

- Estou, querida. - ela sorriu gentilmente.

- Não, eu quero dizer... Você estava sendo controlada por um feitiço de meu pai já há quinze anos, não se sente confusa, tonta ou alguma coisa parecida? - eu perguntei realmente preocupada. Não sabia como deveria agir agora.

Essa Luna era a verdadeira, a mulher que eu sempre quis conhecer.

- Estou realmente bem Katherine. Obrigada.

- Se lembra de tudo, sem nenhuma falha? - eu perguntei.

- Sim. Me lembro de tudo o que o Lorde das Trevas pediu para mim e de tudo o que eu fiz para ele, sei muito bem o que aconteceu durante esses quinze anos que eu estava sendo controlada por um feitiço e me lembro de quando você veio me ver pela primeira vez e contou sobre o que aconteceu com a Anna.

- Como você pode se lembrar de tudo isso?

- Durante esses quinze anos, eu via tudo acontecer como se eu estivesse dormindo mas estivesse conciente sobre tudo o que acontecia ao meu redor. Ou melhor dizendo, era como se eu visse tudo acontecer sem poder interferir. - ela respondeu.

- E sobre meu pai?

- O Lorde das Trevas? - assenti. - Quer saber se eu apoio ou não o que ele fez e ainda faz? - assenti novamente. - Eu gostei dele na época em que estudávamos em Hogwarts, por ele ser exatamente o meu oposto. Eu nunca deixei de amá-lo, Katherine. Eu realmente ainda o amo. Não peço para você compreender isso, eu concordo e apóio muitas coisas que ele faz, mas é claro que eu ainda discordo de muitas coisas também.

- Me dê um exemplo. - eu pedi. Queria testá-la, ver se ela tinha opinião própria dessa vez.

- Quando ele atacou os Potter por causa de uma profecia. - ela respondeu e eu pude ver que ela era mesmo a Luna, uma mulher que possuía opinião própria. Mas tinha uma coisa errada.

- Atacou os Potter por causa de uma profecia? - eu repeti.

- Sim. - e ela me contou sobre o que tinha levado meu pai caçar e tentar matar Harry quando ele ainda era um bebê: uma profecia.

- O que essa profecia dizia?

- Eu não sei, nem eu e nem mesmo o Lorde das Trevas conhecia a profecia até o final. - ela respondeu.

- Luna, meu pai mandou você continuar por aqui até que ele esteja com os poderes completos e com um corpo só dele.

- Eu ficarei, vou esperar notícias suas e novidades. - ela sorriu calmamente.

- Eu preciso voltar para Hogwarts agora. - era verdade, mas também era uma desculpa para voltar logo para Hogwarts e processar o que eu tinha acabado de escutar.

- É claro, já está ficando tarde. - ela desceu junto comigo. - Tome cuidado. - ela falou me abraçando antes que eu saísse da loja.

- Vou tomar. - retribuí o abraço.

Voltei para o castelo andando, precisava pensar no que faria agora. Precisava tirar essa história a limpo, poderia simplesmente revirar a mente de Severo atrás da resposta que procurava mas sabia que poderia conseguir as respostas de uma forma mais pacífica. Falaria com Dumbledore e Snape mais tarde, quem sabe amanhã.

Durante o jantar, resolvi entrar na mente de Severo para falar com ele.

- Katherine, o que houve? - ele perguntou permitindo que eu entrasse em sua mente.

- Preciso falar com você e com Dumbledore amanhã. - eu falei.

- Aconteceu alguma coisa?

- Sim, quer dizer não... Esqueça. Preciso falar com vocês dois. Poderia falar com Dumbledore para mim? - pedi.

- Sobre o que você quer falar conosco?

- Não posso falar. - se eu explicasse o assunto, eles poderiam criar uma história antes não me contando o que eu realmente queria saber.

- Tudo bem. Vou falar com Dumbledore depois do jantar e falo com você depois. - ele concordou. - Precisa ser amanhã, não pode ser outro dia?

- De preferência amanhã.

- Muito bem. - ele criou novamente a barreira ao redor de sua mente e eu voltei minha total atenção para meu prato praticamente intocado.

Horas mais tarde, Severo entrou em minha mente dizendo que Dumbledore tinha concordado em falar comigo amanhã a tarde, depois do almoço, em meu dormitório particular onde ninguém nos incomodaria.

No dia seguinte, depois do almoço, eu subi para meu dormitório. Não tinha o que fazer em nenhum lugar do castelo, então fui para meu dormitório esperar por Dumbledore e Severo. Asha sibilava nervosa enquanto rastejava pelo chão da sala.

Estava lendo um livro qualquer quando o quadro se abriu e Dumbledore e Snape passaram por ele. Indiquei as duas poltronas para eles, enquanto ia guardar o livro eles se sentaram.

- O que queria falar conosco, Katherine? - Severo perguntou quando eu voltei a sentar.

- Preferem que eu seja direta? - ambos assentiram. - Então me expliquem o motivo de meu pai ter caçado os Potter e tentado matar Harry. - pedi e observei a surpresa e o choque passar pelo rosto dos dois.

- O que quer dizer, Katherine? - Dumbledore perguntou tentando esconder a surpresa.

- Sabe muito bem o que eu quero dizer, Dumbledore. Por que nunca me falaram sobre a profecia que levou meu pai caçar os Potter?

- Como ficou sabendo sobre isso? - Severo perguntou.

- Fiquei sabendo pela Luna. - respondi. - A Luna que eu conheci no final do ano passado, estava sendo controlada pelo meu pai e não possuia vontade própria, ela simplesmente aceitava tudo o que eu falava. Como eu tirei o feitiço que a estava controlando, durante esses últimos dias, eu fui procurá-la ontem.

"Para testá-la, eu perguntei se ela discordava de alguma coisa que meu pai tinha feito e ela disse que sim. Então eu pedi que ela me desse um exemplo e ela falou que não concordava com o fato de que ele tinha resolvido caçar os Potter por causa de uma profecia. Agora me respondam, por que não me falaram sobre isso? Por que esconderam isso de mim? Vocês sabem o que a profecia dizia, não?

- Katherine, nós podemos explicar. - Severo começou, mas Dumbledore o interrompeu.

- Querida, nós achamos melhor manter isso em segredo até que Harry também estivesse pronto para saber a verdade.

- Quais são as palavras da profecia? Você sabe não é Dumbledore?

- Sim. A profecia foi feita para mim. - o diretor respondeu calmamente.

- O que ela diz?

- "Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum deverá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar..." - Dumbledore recitou depois de suspirar pesadamente.

Foi como se o mundo caísse sobre meus ombros.

- Meu pai... ele... como ele sabia sobre a profecia?

- Na época que a profecia foi feita, eu trabalhava para seu pai, Katherine. Eu era apenas um Comensal da Morte, escutei parte da profecia e corria até o Lorde das Trevas para contar sobre ela. - Severo respondeu abaixando um pouco a cabeça.

- Então ele não conhece toda a profecia? - ele negou.

- Ele ficou nervoso quando eu contei o que tinha escutado, se desesperou e escolheu os Potter como o alvo.

- Escolheu? Ele tinha escolhas?

- Tiago e Lílian não tinham sido os únicos que tinham desafiado e enfrentado Voldemort três vezes. - Dumbledore falou.

- Quem?

- Franco e Alice Longbottom. - ele respondeu. - Neville Longbottom nasceu dia 30 de julho, um dia antes de Harry nascer.

- Final do sétimo mês. - murmurei e ele assentiu. - "Um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum deverá viver enquanto o outro sobreviver". Mesmo meu pai não sabendo dessa parte da profecia ele deseja a morte de Harry, mas deseja que a morte dele seja pelas próprias mãos.

- O que você sabe sobre os planos de Voldemort? - Dumbledore pergutou.

- Não sei de nada. A única coisa que eu sei é que ele deseja a morte de Harry mais do que tudo agora. - respondi. - Ele não me revela seus planos, eu estou no escuro como já falei antes. - eu menti. Pela primeira vez eu me vi realmente dividida. Precisava decidir quem ajudaria a partir de agora. - Vocês não estão escondendo mais nada de mim, certo?

- Não. - eles responderam juntos.

- Eu preciso colocar meus pensamentos em ordem, poderiam me deixar sozinha? - pedi.

- Claro. - então eles se levantaram e saíram me deixando sozinha com meus pensamentos.

Agora eu sabia qual era o plano de meu pai, sabia o que tinha levado meu pai caçar os Potter há catorze anos atrás, sabia qual era o risco que Harry estaria correndo nesse Torneio e sabia o que poderia acontecer quando eu escolhesse um lado, o lado onde eu lutaria quando a guerra estourasse.

Tomei a decisão mais egoísta e mesquinha que eu poderia tomar. Deixaria tudo como estava. Não iria interferir em nada, ajudaria Harry treinar antes das provas do Tribruxo e apenas isso. Não tomaria um lado enquanto tal decisão não fosse necessária.

Eu não precisava me preocupar com essas coisas por enquanto. Meu pai podia estar recuperando as forças, mas ele ainda não tinha um corpo próprio, eu não precisaria me preocupar enquanto ele não estivesse realmente de volta.

Sabia muito bem que estava sendo egoísta, mas eu não queria tomar uma decisão agora, não podia tomar uma decisão agora enquanto eu não tivesse certeza sobre o que eu queria para mim.

Eu não poderia dar as costas para um lado agora sem saber se o que eu estava fazendo era o correto. Eu ainda não podia tomar uma decisão, ainda era muito cedo para isso.

Meu plano não era muito bom, sabia que ninguém sairia ganhando nele, nem mesmo eu.

Fechei os olhos e tentei organizar minha mente da melhor forma possível. Eu tomaria a minha decisão final quando meu pai estivesse de volta. Foi nessa conclusão egoísta que eu cheguei.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do capítulo?
A conversa da Kath com o pai foi o que vocês esperavam? Alguém ficou surpresa com a aparição da Luna e da revelação que ela fez para a Kath sobre o motivo do Voldemort atacar os Potter há anos atrás?
Agora, o que acharam da decisão da Katherine? Olha, eu prometo que ela vai anunciar o lado em que ela vai ficar logo depois do final do Torneio. Certos acontecimentos irão contribuir para a decisão dela. *falei demais.*
Agora ao AVISO IMPORTANTE!
Amores, é o seguinte. Esse final de semana vai ter a "gincana esportiva" *traduzindo o japonês ao pé da letra.* e eu estou totalmente sem tempo para escrever. Detalhe, eu uso algumas aulas para escrever... E essas 'algumas aulas' não estão dando as caras nessa semana e nem na próxima. E quando eu volto para casa é enterrar a cabeça nos livros e estudar para a prova. Então eu acho que vou demorar um pouco para postar o próximo capítulo. Acho que vou demorar mais ou menos duas semanas de novo, dia 8 é a prova para saber meu nível de inglês e depois que ela passar eu vou ter um tempo a mais para escrever... Mas vou fazer o possível para postar o capítulo antes desse dia.
Bem já enrolei demais vocês... Espero que entendam minha situação. E espero QUE TENHAM GOSTADO DO CAPÍTULO!!!
Comentem, por favor. E aceito desejos de boa sorte para a prova...
Beijos, até os reviews...