Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 36
Capítulo 36 - Lobisomem


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo desse ano!!! Espero que gostem...



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Capítulo 36 - Lobisomem

Depois do Hallowen, Lupin simplesmente evaporou do castelo por uma semana. No final do mês de setembro tinha sido igual.

Mesmo sabendo que Snape ainda estava parcialmente bravo comigo, não pude deixar de ir até ele perguntar sobre o Lupin.

Severo tinha deixado bem claro para mim sobre a inimizade entre ele e Lupin desde os tempos em que eles eram alunos aqui.

– Entre. - Snape falou entediado quando eu bati na porta de sua sala.

– Com licença, professor. - eu falei entrando.

– Katherine, já falei que não vou voltar a... - ele começou a falar ao me ver.

– Não é sobre isso que eu vim falar. - eu falei o cortando. - Quero saber o tem de errado com o Lupin. Ele sumiu no final do mês passado e agora novamente. - eu falei sendo direta.

Para a minha surpresa, ele abriu um sorriso satisfeito.

– Pensei que você nunca fosse vir perguntar, ou fosse falar com ele. - ele falou.

– O que quer dizer? - eu perguntei.

– Katherine, você sempre está sabendo de mais coisas do que deveria, e isso... Bem, eu acho que você não fará um bom proveito dessa informação.

– Severo, pare de enrolar e vá logo ao ponto. - eu falei irritada.

– Ele é um lobisomem. - ele falou e meu queixo caiu eu era realmente tola.

– Desde quando? - eu perguntei.

– Não sei exatamente, mas desde a época de Hogwarts ele já era assim.

– Então a poção que Harry viu você dando para ele... Era a Poção do Acônito? - eu perguntei me lembrando sobre o que Harry me falou no dia do Hallowen.

– Potter contou para você?

– Sim. Eu falei com ele no mesmo dia e ele me contou o que viu na sala do Lupin. - eu respondi. - Ele pensou que você estava tentando envenenar o Lupin.

– Não seria uma má idéia. - ele falou. - Só foi uma idéia. - ele acrescentou ao ver meu olhar sobre ele.

– Dumbledore sabendo disso, aceitou o Lupin na escola na época em que vocês estudavam aqui? - eu perguntei me sentando na cadeira em frente a mesa dele.

– O Salgueiro Lutador foi colocado lá no mesmo ano em que nós entramos na escola por causa dele.

– Hum... - eu falei deixando minha mente trabalhar. - Só para perguntar, você não vai mesmo voltar a me ajudar com a questão de entrar na mente de meu pai, vai?

– Não. - ele respondeu fechando a cara.

– Obrigada. Desculpe por ter incomodado, Severo. - eu falei me virando para sair.


No final da semana, tivemos o primeiro jogo da temporada. Grifinória contra a Corvinal, já que Draco deu a maior desculpa só por causa do braço dele (que por sinal já estava ótimo) para que a Sonserina não tivesse que jogar com um tempo tão ruim.

Para resumir tudo, os dementadores apareceram, meus olhos ficaram por dois dias escarlate, Harry caiu da vassoura por causa da influência que os dementadores possuem sobre ele, a Nimbus 2000 virou farelo e Grifinória perdeu.

O domingo eu passei trancada em meu dormitório, usei esse tempo para seguir o conselho dos fundadores e entrei novamente na mente de meu pai para entender o que eles queriam me dizer.

Pai.– eu chamei em sua mente.

Ainda está atrás de informações sobre sua mãe, Katherine?– ele perguntou.

Ainda não desisti se é isso que quer saber. Mas hoje eu quero que você me responda outra coisa.– eu falei. - Quem passou as informações para o senhor sobre o esconderijo dos Potters há doze anos atrás? Foi Sirius Black?– eu perguntei depois que ele ficou em silêncio.

Não.– ele respondeu dando risada. - Você deve conhecer a história dos marotos, minha querida.

Sim, eu conheço.

Então me diga, quem é o mais fraco e mais vulnerável entre os quatro?– ele perguntou se divertindo.- Tiago Potter, não iria se matar. Lupin pode ser um lobisomem, mas ele não entregaria o amigo. Se não foi Sirius Black... Peter Pettigrew. - eu falei tanto na cabeça dele quanto em meu quarto.

Inteligente como sempre.– ele falou.

Obrigada.– agradeci já me retirando da mente dele.

Na segunda, como meus olhos ainda não tinham voltado ao normal, eu tive que ficar novamente em meu dormitório. Passei o dia processando as informações que eu tinha agora em minhas mãos.

Black não era um assassino e nem era ele que tinha traído os Potters, e com isso, se eu fosse ligar os pontos, Pettigrew ainda estava vivo. A questão era como e onde.

No final do dia, Bianca e Melanie vieram com Harry trazer as tarefas do dia para mim.

– Seus olhos estão melhores, Kath. - Mel falou colocando os livros na mesa em frente a lareira.

– Amanhã você vai poder ir para a aula. - Bianca falou animada.

– Provavelmente. - eu falei. - O que vocês falaram para os professores hoje? - eu perguntei.

– Falamos que você não estava muito bem, e que ficou no dormitório descansando. - Mel falou sentando ao meu lado.

– O que você ficou fazendo aqui? - Harry perguntou. (N/A: Harry só foi junto, porque ele é o único que fala a senha sem medo.)

– Fiquei lendo. - eu menti. Não podia falar que eu fiquei pensando no que meu pai me falou ontem sobre quem traiu os pais dele.

Conversamos até a hora que eles precisaram voltar para as salas comunais, depois quando eu já estava sozinha comecei a olhar os livros que elas tinham levado para mim.

O trabalho que Minerva tinha passado era fácil e eu resolvi começar a fazer. Terminei antes de ir dormir.

Pelo o que Bianca e Melanie falaram, Lupin tinha "melhorado" e hoje deu aula normalmente.

Eu precisava conversar com ele. Se tinha alguém nessa escola que poderia me ajudar a entender o que aconteceu com Pettigrew, esse alguém era o Lupin.


Na manhã seguinte, meus olhos já tinham voltado ao normal. Fui para o café da manhã normalmente. Draco veio correndo assim que me viu.

– Kath, você melhorou? - ele perguntou com preocupação nos olhos mas frieza na voz.

– Sim. Só estava indisposta ontem. - eu falei.

Depois disso, fui me sentar com as meninas que acenavam para mim.

As aulas da manhã eram uma aula dupla de Feitiços e uma aula dupla de Poções. Flitwick sorriu para mim e se aproximou assim que eu entrei na sala.

– Como se sente hoje, srta. Riddle? - ele perguntou.

– Estou bem professor. Obrigada. - eu respondi educadamente e fui me sentar ao lado de Alexia, já que ela era meu par até o final do ano.

– Não sei como você consegue ser tão educada com ele, Kate. - ela falou de cara fechada.

– Por que você está tão irritada, Alexia? - eu perguntei.

– Ela está irritada porque o Draco ignorou ela ontem a noite. - Rachel murmurou para mim, já que ela estava sentada atrás de nós.

– Não é verdade. - Alexia falou fuzilando Rachel.

– Depois conversamos sobre isso. - eu falei rindo e prestando atenção no que Flitwick tinha começado a falar.

Alexia nunca foi uma boa oclumente, então foi fácil entrar na mente dela e descobrir o que estava a deixando irritada. Eu já a conhecia a anos, mas nunca passou pela minha cabeça que ela gostava do Draco.

Enquanto metade da minha concentração estava na aula, a outra metade estava na mente dela. No final das duas aulas, eu já estava sabendo sobre tudo. Ela gostava do Draco e como ele nunca olhava para ela e sempre estava comigo, ela resolveu me odiar por roubar a atenção do Draco. Era algo tão idiota! Draco nunca gostou de mim da forma que ela gostava dele. Tanto ele quanto eu, nós nos víamos como irmãos. Mas seria inútil tentar explicar isso para a Alexia.

Ela tinha voltado a falar comigo e voltado a me considerar uma amiga por causa da Parkinson. Desde quando Draco entrou na escola, a Parkinson não desgruda dele. Então ela percebeu que o Draco não me amava, só que ela ainda não entende que tipo de relação eu e Draco Malfoy temos.

O sinal tocou e eu afastei esse assunto da minha cabeça. A próxima aula era Poções, o que significava que Snape iria me encher de perguntas durante toda a aula.

Como eu tinha pensado, Snape praticamente não saiu da minha mente durante as duas aulas de Poções. Ele queria saber como eu tinha ficado nos dois últimos dias e também queria ter certeza que eu não tinha voltado a entrar na mente de meu pai. Claro que eu escondi essa parte para que ele não descobrisse.

Eu vou falar com o Lupin, hoje.– eu falei para ele.

Ele olhou para mim, sabia que ele queria perguntar o motivo e o que eu iria falar com o Lupin, mas eu bloquei a minha mente. Ignorei o olhar dele sobre mim até o final da aula, não era algo inteligente já que Severo ainda estava um tanto irritado comigo.

Depois do almoço, as aulas passaram como um piscar de olhos. Depois da aula dupla de Herbologia, eu fui atrás do Lupin.

– Professor Lupin. - eu o chamei antes que ele entrasse na sala dos professores.

– Srta. Riddle, no que eu posso ajudá-la? - ele perguntou educadamente, mas parecia que ele tinha envelhecido 5 anos em uma semana.

– Eu tenho algumas perguntas para fazer ao senhor, será que poderia me encontrar na sua sala depois do jantar? - eu perguntei.

Ele me encarou por alguns minutos antes de assentir e entrar na sala dos professores.

– O que está aprontando, Katherine? - Snape perguntou parando atrás de mim.

– Saberá no momento certo, Severo. - eu murmurei passando por ele e descendo as escadas em direção a Sala Comunal da Sonserina. Deixei minha mochila lá e fui com as meninas para o Salão Principal.

Jantei sem prestar atenção no que estava comendo. Em minha cabeça, eu tentava imaginar qual seria a reação que Lupin teria quando eu perguntasse a ele sobre Tiago Potter e os marotos.

(N/A: A Katherine já sabe sobre o mapa do maroto, por causa dos gêmeos e sabe muito sobre eles, por causa do Snape. Só não sabe que eles eram animagos, e até o começo do capítulo, não sabia que o Lupin era um lobisomem.)

– Katherine, você já terminou aquela tarefa que a Minerva passou ontem? - Rachel perguntou tirando-me de meus pensamentos.

– Já. - eu respondi olhando para ela e depois para a mesa dos professores. Lupin ainda estava lá.

– Eu falei para você, Rach. A Kath sempre termina os trabalhos que os professores passam antes mesmo que a gente comece. - Lexi falou.

– Não é verdade, Lexi. - eu falei. - Alexia, o que foi? - eu perguntei vendo que ela estava com os olhos vidrados aonde Draco estava sentado.

– Nada. - ela se apressou a desviar os olhos.

– Já terminou de comer? - eu perguntei para ela.

– Sim.

– Vem comigo. - eu falei me levantando, ela me acompanhou sem saber onde eu ia. Entrei na primeira sala de aula fora de uso e me sentei sobre a mesa do professor enquanto ela parou no meio da sala.

– O que queria falar comigo? - ela perguntou.

A sala estava escura e a luz que vinha de fora deixava uma parte do rosto dela nas sombras. Estalei os dedos e uma bola de luz apareceu onde deveria ter um lustre.

– Desde quando você gosta do Draco? - eu perguntei sem tirar os olhos do rosto dela.

– Eu não gosto dele! - ela falou, mas a expressão de quem foi pega no flagra já tinha denunciado ela.

– Alexia, eu te conheço e a sua expressão e sua mente já te entregaram. - eu falei para ela.

– Katherine Liwener Riddle, eu não acredito que você entrou na minha mente! - ela gritou.

– Sim, mas mesmo que eu não tivesse entrado com o que você acabou de falar... - eu falei dando de ombros e ela tampou a boca com a mão.

– Não vai falar para ele, vai? - ela perguntou esquecendo completamente da postura que ela sempre mantinha.

– Não. Devo pedir desculpas para você. Você parou de falar comigo há anos atrás por achar que ele gostava de mim e começou a me odiar por causa disso também, não é mesmo? - eu perguntei.

– Sim. - ela falou abaixando a cabeça derrotada.

– Tola! Mesmo que ele já tenha me olhado de outra maneira, para mim, ele sempre será o Draco Malfoy que cresceu junto comigo. Alexia... - eu falei descendo da mesa e andando até ela. - Há dois anos nós voltamos a conversar normalmente, se lembra? - eu perguntei, ela assentiu. - Por que você nunca me contou isso?

– Eu nunca serei melhor do que você, Kath. Nunca serei melhor em nada! Você consegue fazer coisas que nem os professores conseguem, sabe toda a matéria que nós deveríamos estudar aqui em Hogwarts, é bonita, tem amigas de verdade e tem o Draco ao seu lado. - ela falou caindo no chão ajoelhada e com as lágrimas escorrendo pelo rosto. - Eu não sei nada, Kath. Meus pais tem orgulho de você e não de mim.

– Alexia, pare! - eu falei autoritária. - Você também é bonita e também tem amigas. Eu posso saber de coisas que os professores desconhecem e tenho um nível de magia negra que eu não gostaria de ter. Alexia, não vou dizer para você esquecer o Draco, mas tente se aproximar de outros garotos. Sorria mais, seja mais confiante. Venha, levante e enxugue essas lágrimas.

– Mas meus pais ainda se orgulham... - ela começou.

– Não. Seus pais tem medo de mim. Eles são seguidores do meu pai, Alexia. Acham que me agradando poderão ter pontos a mais quando meu pai retornar.

– Katherine me desculpa por tudo. - ela falou me abraçando de repente.

– Está desculpada, Alexia. - eu falei retribuindo o abraço. - Você, seus pais e os Malfoy não sabem de muita coisa sobre mim ainda. Posso contar para você outra hora, mas só se você prometer manter segredo até que eu autorize você a falar para qualquer pessoa. - eu falei a afastando de mim.

– Eu prometo. - ela falou.

– Preciso falar com o Lupin agora, Alexia. Vá para o Salão Comunal ou sei lá. Converso com você depois. - eu falei.

– Com o Lupin? - ela perguntou fazendo careta.

– Você nunca vai mudar isso... - eu falei rindo. - Ainda tem coisas que eu faço que ninguém deve saber o por quê. - eu falei já abrindo a porta. Antes que eu saísse da sala voltei a estalar os dedos e a bola de luz sumiu, Alexia continou na sala.

Subi as escadas até o terceiro andar, onde eu entrei em um dos corredores e parei depois em frente a sala do Lupin. Bati na porta e esperei a resposta.

– Entre.

– Professor Lupin, sou eu, Katherine. - eu falei abrindo a porta.

– Estou aqui em cima, srta. Riddle. - ele falou e eu subi as escadas a porta estava aberta. - Entre. - ele me convidou enquanto guardava alguns pergaminhos em uma gaveta. - Estava corrigindo alguns trabalhos. - ele falou sorrindo.

– Claro. Me desculpe por ter sido tão petulante, hoje mais cedo. - eu me desculpei.

– Não se preocupe. Pelo o que o diretor e os outros professores me contaram, a senhorita é uma presença muito forte aqui. Sente-se. - ele falou se levantando. - Aceita um chá? - ele perguntou.

– Claro. - eu falei me sentando em uma cadeira.

Alguns minutos de silêncio tomaram conta da sala antes que Lupin colocasse uma xícara de chá na minha frente.

– O que queria falar comigo? - ele perguntou se sentando de frente para mim e tomando um gole do chá.

Se ele queria que eu fosse direta, eu fui.

– Você é um lobisomem. - eu falei e vi a pouca cor de seu rosto desaparecer.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Mereço reviews/recomendações?